thur Veterano |
# mar/09
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tem no fcc um forun falando sobre os groovin http://forum.cifraclub.com.br/forum/7/134610/
--=> Pedais Groovin´: HM-300, DS-200 & EQ-400 <=-- Bom, em primeiro lugar, tenho de pedir desculpas pro pessoal que ficou esperando esse review. Sei que é do interesse de todos, pois trata-se de uma linha nova de baixo custo, assim como a da Behringer, mas, infelizmente, meu tempo está escasso. Aliás, esse review já deveria ter sido postado ontem, mas tive de fazer uma mixagem de última hora... de qualquer forma, antes tarde do que nunca... hehehehehe
Na época que fiz o teste com alguns pedais dessa linha da Groovin´, eu estava procurando um overdrive pra mim (saga contada neste mesmo tópico). Contudo, ainda quando procurava um novo pedal de distorção (outra saga contatada, mas em outro tópico), contatando uma das lojas que costumo comprar equipamentos, o vendedor, pelo telefone, logo me falou do Heavy Metal como opção. Disse que se tratava de uma linha nova, que era um pedal similar ao Metal Zone e que valia apena testar. Como eu tenho o Metal Zone, e não procurava um pedal similar, deixei de lado a idéia. Contudo, quando fui testar alguns over´s e vi os pedais, pensei que deveria pegar alguns e testar. Foi o que fiz, motivo pelo qual agora passo à escrever as minhas impressões sobre esses pedais.
CONSTRUÇÃO
Quando coloquei acima que me conveci a testar os pedais da Groovin´ quando os vi, me referia à impressão que se tem da construção desses pedais numa "primeira olhada", que é muito diferente daquela que se tem no caso dos Behringer. Apenas observando, eles parecem tão resistentes quantos os BOSS, mas, ao pegá-los na mão, quando tudo passa da impressão para a certeza, a coisa é um pouco diferente.
Esses pedais não têm a construção dos BOSS, é verdade, mas tem uma bela construção. Em termos de durabilidade e acabamento, são realmente muito melhores que os Behringer (vou usar a linha da Behringer como parâmetro, pois, creio, seja um dos interesses do pessoal). Eu não saberia dizer do que é feito o box do pedal. Olhando, parece que é de metal. Com ele na mão, vendo como o pedal é leve, não tive certeza nem que fosse metal, nem que fosse plástico. De qualquer forma, seja o que for, exatamente, é um pedal com muito boa construção... muito resistente, sem dúvida alguma.
O foot dos Grrovin´ não é tão "frouxo" quanto o dos pedais da Behringer. Como o material é mais" denso", digamos assim, existe um pouco mais de pressão, o que passa mais segurança na hora de pisar. Ainda que eu não ache os Behringer´s ruins, especialmente quanto à construção, penso que é preciso alguns cuidados, ainda mais com o foot, para que o prazo de validade dele não seja tão curto. Por fim, os knob´s dos pedais Groovin´ são padrão BOSS. Super resistentes, o que dá um toque especial no muito bom acabamento dessa linha de pedais, ainda mais considerando-se o preço final pro consumidor. Enfim, se a sua preocupação com essa linha é a construção e a resistência desses pedais, pode ficar tranqüilo, que o pedal é muito bem acabado. SOM
Antes de passar à análise dos pedais, tenho de esclarecer que não testei toda a linha, especialmente porque na loja só havia os modelos Heavy Metal, Distortion, Equalizer e Flanger, afora outros dois pedais para baixo. Contudo, como já contei antes, fui na loja para testar overdrives, motivo pelo qual testei as duas distorções e o equalizer, que passo à análise agora:
Groovin´ Heavy Metal – HM-300
Como sabia se tratar de uma cópia do Metal Zone, a primeira coisa que fiz foi setar o pedal conforme a minha regulagem.... e, para minha surpresa, soou muito, mas muito parecido mesmo. Já tinha feito algo parecido com o Digitech DF7 Distortion Factory, que entre outros pedais clássicos, simula o Metal Zone, e o som nem de longe se parecia com o meu timbre do MT-2. O Heavy Metal me deixou muito surpreso. Foi um começo e tanto com essa linha da Groovin´. Qualquer mexida que eu fazia nos pot´s, modificava o som na mesma medida que o MT-2. Foi realmente impressionante... :]
Contudo, existem duas pequenas diferenças entre os dois pedais, sendo que a última pode interessar muita gente:
1) ainda que o EQ seja muito similar ao BOSS, ele é similar, não é igual. Os pot´s não atingem tão bem os extremos como o BOSS, seja para cortar ou "atolar" alguma freqüência. O som fica muito parecido, é verdade. Em regulagens flat ou outras próximas o som é praticamente igual. Mas cortes e 100% das freqüências não são tão precisas. De qualquer forma, o pedal é muito bom, muito similar ao MT-2 e a maioria que não conhece o Metal Zone tão bem pode não perceber essas diferenças. Acreditem, essa diferença é tão somente sutil;
2) a diferença mais importante que percebi se refere ao timbre. Digo, à uma particularidade do timbre do Metal Zone. Qualquer um já leu ou ouviu alguém falar que o timbre do MT-2 parece em enxame de abelhas e etc. Pois bem, bem regulado, o MT-2 soa muito orgânico e muito bom para a maioria das vertentes de metal. Contudo, mal regulado, sim, o som vai ficar horrível e um "abelhume" só. Qual razão disso? O timbre do MT-2 tem o maior nível de compressão que conheço. Ouvir o MT-2 e compará-lo com outros pedais de distorção, que costumam ter bastante compressão, dá a impressão que os engenheiros da BOSS pegaram as freqüências do pedal e amassaram até que ficassem no menor nível possível. Por essa razão, o som pode ser abelhudo... e por essa razão, também, esse é o pedal com o maior punch que conheço. Quem gosta muito de palm muting não pode não ter esse pedal, pois o som sai forte, como uma pedrada na orelha (vide os melhores palm muting´s desferidos pelo Dimebag Darell). Por outro lado, o HM-300, da Groovin´, parece ter feito um processo um pouco diferente: amassou, sim, as freqüências, mas um pouco menos. Com o processo efetuado pelo BOSS, a freqüência que ficou mais prejudicada é a dos agudos. Os agudos do MT-2 são "indóceis". Por outro lado, no HM-300, os agudos soam melhores que no MT-2. Doutra forma, o HM-300 acaba tendo menos punch que o MT-2. É bem verdade que ainda tem bastante, mas já não é tão "soco no estômago" como o Metal Zone. Trocando em miúdos, é possível que o pessoal prefira o Heavy Metal ao Metal Zone por conta dessa diferença, que não é tão sutil quanto a primeira. A maioria das freqüências soam melhores e menos achatadas. Sinceramente, como uso o MT-2 especificamente para palm muting, ainda prefiro ele. Contudo, se procurasse usá-lo para muito além disso, diria que o HM-300, de uma forma geral, é melhor que o MT-2.... sendo muito sincero. Eu gosto muito do MT-2, mas tenho de admitir que o Heavy Metal soa mais aberto e, portanto, melhor quando regulado com as freqüências mais acentuadas.
Groovin´ Distortion – DS-200
Esse pedal, suponho, deve ser similar à opção TURBO II do BOSS DS-2. Não tenho certeza disso, pois não pego um DS-2 há muito tempo, mas, de qualquer forma, creio que isso não seja tão relevante...
Bom, esse distortion tem pot´s de LEVEL, LOW, HIGH e GAIN. Os pot´s de EQ são muito bons. O timbre fecha e abre com muita facilidade. Se não me engano, pois testei esses pedais há quase 1 mês, ele tem um timbre natural mais fechado, motivo pelo qual quase sempre regulei o pedal com mais agudos que graves, o que não é natural pra mim, que costumo fazer o inverso. Contudo, claro, é preciso seguir o que o pedal pede, não é verdade? :]
O ganho do pedal também é muito bom. Com a chave mais perto do "zero", o som da distorção soa mais como uma distorção forte com pouco ganho da guitarra, sacam? Não é como um overdrive natural ou como algumas distorções antigas mais fracas, mas sim como uma distorção forte com pouco ganho de saída da guitarra. Com o GAIN perto de 10hs, o som já soa mais natural... não que antes disso seja ruim, longe disso, mas parece que o som fica com bastante drive (sujeira mesmo), mas sem sustain e corpo algum... é mais ou menos isso. Continuando: depois das 10hs, o timbre ganha mais corpo, aparece mais, pois, sim, o pedal tem bastante ganho. É um pedal forte que serve muito bem pra metal. Não tem a mesma complexidade e força do Heavy Metal, mas soa muito bem pra metal, assim como pra hard rock, grunge e estilos afiliados à esses...
O som é muito bom, muito orgânico, os pot´s funcionam muito bem e, ainda que ele tenha um nível de ganho intermediário ao do meu gosto pessoal (gosto ou de overdrives ou de distorções com bastante ganho), achei o pedal muito bom, com bom som e que pode agradar muita gente, sem sombra de dúvidas.
Groovin´ Equalizer – EQ-400
Para testar esse pedal, pedi que o vendedor me alcançasse o BOSS GE-7 e o EQ da Behringer, pois todos trabalham com as mesmas bandas de freqüências. Conclusão: o Behringer é o mais fraco, e bem mais fraco. É preciso mexer bastante os pinos, considerando a sensibilidade dos ajustes de um EQ, para o timbre mudar... sem falar que o resultado final, na minha opinião, quase nunca é satisfatório... contra si, ainda, o Behringer tem os pinos muito frouxos... fiquei com a impressão de que dependendo da maneira como será feito o transporte do pedal, os pinos podem se mexer. Claro, é possível fazer bastante coisa com o Behringer, mas, como estou acostumado a usar o BOSS, fiquei realmente muito decepcionado com a qualidade desse pedal.
Por outro lado, ainda que o Groovin´ não seja tão sensível quanto o BOSS, não o é por detalhe. A diferença é sutil... tanto que, honestamente, se já não tivesse um GE-7, compraria o EQ-400. Os pinos são resistentes e firmes, o que me deixaria muito mais seguro que o Behringer. Testei o pedal com algumas das regulagens que uso e a variação em relação ao GE-7 foi muito sutil. Aliás, em alguns casos, quando estava testando o Behringer, fiz a mesma coisa (tentar usar as minhas regulagens), e não consegui regular de forma alguma... nem mesmo colocando os pinos nos extremos positivos ou negativos das bandas. Já com o Groovin´ isso não aconteceu nenhuma vez, motivo pelo qual recomendo esse pedal para quem procura um bom equalizer de 7 bandas.
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