Explicações muito úteis da NIG sobre "true bypass"

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    ABATANGERINA
    Veterano
    # jan/09


    fiz uma pergunta sobre o chorus e abaixo transcrevo a resposta. achei muito útil msm as explicações técnicas.

    Olá Anderson Há uma certa confusão sobre o chaveamento dos nossos pedais, e o Chorusé justamente um caso particular, assim como o PathFinder. A resposta curta é "não, não é true bypass". No entanto, permita-meexplicar com alguma minúcia as técnicas de chaveamento, pois vouencaminhar esse e-mail para outras pessoas que podem ajudar nadivulgação da informação correta. Os seguintes pedais... ... AS1 (Amp. Simulator)... DD1 (Dual Drive)... XD1 (Extreme Distortion)... SP1 (Shred Pro)... FZD (Fuzz & Distortion) ... usam o que chamamos de "True BUFFER Bypass", que está explicadinhono manual. Vou dar uma breve explicada nos 3 casos clássicos dechaveamento: 1) TRUE BYPASS: é a forma mais antiga e simples de chavear. Justamentepor ser a mais antiga, acabou consagrada pela tradição e por ter sidousada por grandes gênios. É um bom marketing, mas há um erro implícitoque contradiz o nome (altamente marketeiro): o sinal SOFRE SIM perdas,especialmente nas frequências agudas. Isso acontece porque os cabos e ospróprios componentes de um pedal true bypass (a chave, as trilhas naplaca, etc.) oferecem uma capacitância que, em resumo, mata frequênciasmais altas. Infelizmente, pouca gente conhece esse fato, e a maioria daspessoas acredita (como o nome sugere) que é a forma mais "perfeita efiel" de transmitir um sinal de áudio sem "alterações". Ah, sim, podefuncionar muito bem, mas os resultados vão variar muito dependendo defatores como a captação (passiva / ativa) da guitarra, a impedância deentrada do amp, comprimento e qualidade dos cabos, quantidade de efeitosna linha, etc.. 2) BYPASS ELETRÔNICO: É o que você não gosta. Na falta de uma chavemecânica robusta (e cara), como a usada no true bypass, usa-se uma chavesimples, sem trava. Aí entram em cena um monte de componentes paradefinir o estado "ligado" ou "desligado" do pedal. O sinal é chaveadoeletronicamente, passando muitas vezes por componentes que você nãoqueria que estivessem lá, pois geram perdas / distorções / matança defrequências, enfim, um monte de coisas ruins que dependem de como ocircuito é feito. Aliás, pode ser bem feito e com bom resultado, mas jávimos várias "desgraças" por aqui, coisa feia mesmo, lixo. 3) TRUE *BUFFER* BYPASS: É o que usamos sempre que possível (modelosacima). Tem a mesma chave mecânica com trava do true bypass, dispensandotodo circuito "parasita" do caso anterior. Só que, para evitar perda deagudos, coloca-se um buffer (feito com um ampop de BOA qualidade, paranão haver distorções) entre a chave mecânica e a saída. Esse buffer é umcomponente ativo. Tecnicamente, ele faz uma cópia fiel do sinaloriginal, só que com baixa impedância, o que permitirá ao sinalpercorrer cabos (e até mesmo outros pedais) sem que aquela capacitânciaque eu mencionei antes interfira. Nossos casos particulares são os seguintes: ** LS1 (PathFinder): Esse pedal tem não apenas um buffer, mas uma sériebem longa deles e com alguns componentes a mais. Tomamos o cuidado demanter o sinal o mais fiel possível (de fato, funciona muito bem, semperdas de volume ou agudos). Ainda assim, o bom senso não nos permitedizer que ele é "True Buffer Bypass", muito menos "True Bypass", o quedá uma idéia errada do que é de fato. ** ASDC (Chorus):Devido as particularidades do efeito (onde mistura-se osom limpo com o efeito propriamente dito), o sinal passa por circuitosde ênfase e deênfase antes da saída. Você não precisa saber o que é issomas, como os nomes sugerem, uma coisa anula a outra, e o sinal que sai écópia do que entrou, com os efeitos benéficos da baixa impedância (comoum buffer). Porém, novamente, há mais coisas no caminho do que apenas umbuffer, por isso o pedal não é true bypass nem true buffer bypass.Novamente, é só questão de bom senso ao dar o nome: na prática, podeapostar que é uma forma bastante eficaz e fiel de bypass, já que é issoque deve lhe preocupar. Um abraço, Eng. André RamosNIG Music

    marcioguita
    Veterano
    # jan/09
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    Ótima explicaçao ":)

    Koisa
    Veterano
    # jan/09
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    Lecal

    Fernando de almeida
    Veterano
    # jan/09
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    "True BUFFER Bypass"
    Tem um tópico em que foi explicado todos os tipos de bypass .... Vou ver se acho para comparar as respostas ...

    BaNdAiD
    Veterano
    # jan/09
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    ABATANGERINA

    Então, o mito do true bypass nunca vai morrer...é como as lendas urbanas!!
    Especialistas já falaram sobre isso, e como um sistema bypass bufferizado pode trazer mais benefícios do que um "true" bypass...

    O foda é ter que ver fabricante de pedal usando termos como "real true bypass"...

    ogaitnas
    Veterano
    # jan/09
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    Atualmente, acho que a maioria dos truebypass vendidos usa buffer, se não usar buffer vc tem o bypass que dá estalos... se seu bypass não dá estalos ele usa buffer...

    MauricioBahia
    Moderador
    # jan/09 · Editado por: MauricioBahia
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    se seu bypass não dá estalos ele usa buffer...
    ogaitnas
    Mas eu no site da TonePad que se colocar um resistor de 100k na saída do pedal o estalo some. É desse estalo quando ativa a DPDT que vc fala?
    Abs

    ogaitnas
    Veterano
    # jan/09
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    MauricioBahia

    Dessa do resistor eu não sabia.. o estalo é o que se ouve qdo se ativa/desativa o pedal, millenium e outros modelos de buffer foram criados para acabar com isso e não ter perdas com capacitância e afins... pelo menos na teoria...

    Se só um resistor acaba com o estalo, interessante...

    Zero Zen
    Veterano
    # jan/09 · Editado por: Zero Zen
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    MauricioBahia

    Não existe maneira melhor de verificar se um pedal é True-By-Pass do que tirar a fonte e a bateria dele, se ele continuar funcionando em "by pass", não tenham dúvida, ele é TBP.

    Em sets grandes e numerosos, as vantagens do True-By-Pass podem ficar prejudicadas, em virtude da capacitância. Mas em sets enxutos, com dois ou três pedais. Como é que fica ?

    Além do mais, alguns pedais e amps respondem de forma diferente com um sinal de alta impedância e com um sinal "buferizado".

    O caso mais típico é o de certos Wah-Wahs, que exigem ser o primeiro da fila de pedais. De outra forma eles ficam esquisitos, para dizer o mínimo.

    Existem pedais com buffer de excelente qualidade, a extinta linha Zoom Analógica é um exemplo, por outro lado, a linha de pedais Boss, apesar de suas reconhecidas qualidades, não possui um "by pass" muito transparente.

    Mas se me é possível optar, vou de TBP. O que não me impede de possuir pedais como Boss, Zoom, Digitech e outros.

    T+

    MauricioBahia
    Moderador
    # jun/09 · Editado por: MauricioBahia
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    Formatei melhor o texto que o ABATANGERINA colou acima, para uma melhor leitura pois é muito interessante!

    1) TRUE BYPASS:
    é a forma mais antiga e simples de chavear. Justamente por ser a mais antiga, acabou consagrada pela tradição e por ter sido usada por grandes gênios. É um bom marketing, mas há um erro implícito que contradiz o nome (altamente marketeiro): o sinal SOFRE SIM perdas, especialmente nas frequências agudas. Isso acontece porque os cabos e os próprios componentes de um pedal true bypass (a chave, as trilhas na placa, etc.) oferecem uma capacitância que, em resumo, mata frequências mais altas. Infelizmente, pouca gente conhece esse fato, e a maioria das pessoas acredita (como o nome sugere) que é a forma mais "perfeita e fiel" de transmitir um sinal de áudio sem "alterações". Ah, sim, pode funcionar muito bem, mas os resultados vão variar muito dependendo de fatores como a captação (passiva / ativa) da guitarra, a impedância de entrada do amp, comprimento e qualidade dos cabos, quantidade de efeitos na linha, etc..

    2) BYPASS ELETRÔNICO:
    É o que você não gosta. Na falta de uma chave mecânica robusta (e cara), como a usada no true bypass, usa-se uma chave simples, sem trava. Aí entram em cena um monte de componentes para definir o estado "ligado" ou "desligado" do pedal. O sinal é chaveado eletronicamente, passando muitas vezes por componentes que você não queria que estivessem lá, pois geram perdas / distorções / matança de frequências, enfim, um monte de coisas ruins que dependem de como o circuito é feito. Aliás, pode ser bem feito e com bom resultado, mas já vimos várias "desgraças" por aqui, coisa feia mesmo, lixo.

    3) TRUE *BUFFER* BYPASS:
    É o que usamos sempre que possível (modelos acima). Tem a mesma chave mecânica com trava do true bypass, dispensando todo circuito "parasita" do caso anterior. Só que, para evitar perda de agudos, coloca-se um buffer (feito com um amp de BOA qualidade, para não haver distorções) entre a chave mecânica e a saída. Esse buffer é um componente ativo. Tecnicamente, ele faz uma cópia fiel do sinal original, só que com baixa impedância, o que permitirá ao sinal percorrer cabos (e até mesmo outros pedais) sem que aquela capacitância que eu mencionei antes interfira. Nossos casos particulares são os seguintes: ** LS1 (PathFinder): Esse pedal tem não apenas um buffer, mas uma série bem longa deles e com alguns componentes a mais. Tomamos o cuidado de manter o sinal o mais fiel possível (de fato, funciona muito bem, sem perdas de volume ou agudos). Ainda assim, o bom senso não nos permite dizer que ele é "True Buffer Bypass", muito menos "True Bypass", o que dá uma idéia errada do que é de fato. ** ASDC (Chorus):Devido as particularidades do efeito (onde mistura-se o som limpo com o efeito propriamente dito), o sinal passa por circuitos de ênfase e de ênfase antes da saída. Você não precisa saber o que é isso mas, como os nomes sugerem, uma coisa anula a outra, e o sinal que sai é cópia do que entrou, com os efeitos benéficos da baixa impedância (como um buffer). Porém, novamente, há mais coisas no caminho do que apenas um buffer, por isso o pedal não é true bypass nem true buffer bypass. Novamente, é só questão de bom senso ao dar o nome: na prática, pode apostar que é uma forma bastante eficaz e fiel de bypass, já que é isso que deve lhe preocupar. Um abraço, Eng. André Ramos NIG Music

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