Dúvidas sobre o uso do fuzz em bandas de prog brasileiras dos anos 70.

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    lucgenesis
    Veterano
    # mar/07


    Bom dia! Gostaria de sanar uma dúvida minha e espero que alguém possa me ajudar ou pelo menos me indicar algum caminho.

    Não sei se alguém já escutou músicas como "Deus" do Terço, "O Vira" dos Secos e Molhados, "Matança do Porco" do Som Imaginário, "Bat Macumba" ou "Panis et Circensis" dos Mutantes e reparou que todos os guitarristas dessas bandas utilizam, nessas músicas, um pedal de efeito (que eu imagino que seja um fuzz) que "estrangula" o sinal distorcido da guitarra provocando um som "achatado" nos solos.

    Gostaria de saber se realmente é um fuzz ou uma regulagem de amplificador e como regulá-los para conseguir o mesmo efeito, já que tenho uma banda que toca este estilo e tenho dificuldades em encontrar esse timbre para minha guitarra. Obrigado e fico aguardado as (possíveis) respostas.

    lucgenesis
    Veterano
    # mar/07
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    http://rapidshare.com/files/22958836/O_Ter_o_-_Ter_o_II_-_1972_-_01_-_ deus.mp3

    Aqui está uma amostra de uma das músicas que eu citei acima. A banda é o Terço, umas das grandes bandas de progressivo brasileiras da década de 70. Reparem que o efeito usado estrangula o sinal distorcido da guitarra. É exatamente sobre esse efeito que quero discutir. Vamos lá galera!

    Bog
    Veterano
    # mar/07 · Editado por: Bog
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    lucgenesis

    Meu, eu acho esse efeito muito louco!

    No caso dos Mutantes, eu acho que é um fuzz sim, mas é um fuzz MUITO estranho. Você deve estar falando daquele som meio "trinado", não é mesmo? Infelizmente, é complicado achar o pedal específico que eles usavam para fazer isso, porque era um pedal feito pelo Cláudio Baptista. Ele publicou alguns esquemas na revista Nova Eletrônica, mas deve ser difícil de encontrar também.

    Numa gravação recente, eu tentei conseguir um som PARECIDO, que tivesse esse tipo de "trinado". No meu caso, o som é mais estridente e menos metálico, mas acho que ficou "parecido". Parei de tentar copiar porque achei que mesmo diferente combinou com a música, e era o que eu estava procurando:

    http://caixeiro_viajante.palcomp3.cifraclub.com.br/downplay.php? id=49446&arq=caixeiro-viajante_auto-ajuda.mp3

    Bog
    Veterano
    # mar/07
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    Aliás, se alguém souber como conseguir um som mais parecido com esse fuzz maluco, eu também sou muito curioso. Afinal, o meu ficou só um pouco parecido. Funcionou nessa música, mas em outras eu poderia usar algo mais próximo do trinado metálico original.

    marinhoemery
    Veterano
    # mar/07
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    Bog

    Ficou legal o som. Você usou um Talk Box?
    Fala aê sobre o equipamento usado pra esse som...

    lucgenesis
    Veterano
    # mar/07
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    Nessa música que você granvou realmente ficou muito parecido! Gostei do resultado que você atingiu. Talvez para chegar num timbre parecido necessitava apenas de um ganho no efeito e você chegaria bem próximo às gravações dos anos 70.

    Mas ainda continuo procurando alguém que nos possa dar mais informações!

    Bog
    Veterano
    # mar/07
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    marinhoemery
    lucgenesis

    Eu tenho certeza ABSOLUTA de que eu fiz de um jeito completamente diferente dos caras dos anos 70. Isso aí foi só uma guitarra e uma pedaleira, sem amplificador. Os efeitos que eu usei na pedaleira foram: compressor, um pouco de envelope filter (auto-wah), um simulador de Fuzz Face, um simulador de violão (!?) e um equalizador.

    Se eu fosse tentar me aproximar mais do timbre setentista, minhas primeiras apostas seriam:

    1. Aumentar o ganho do Fuzz Face
    2. Usar um amplificador valvulado (hehehe) e saturar, saturar muito

    rafaewnroll
    Veterano
    # ago/13 · Editado por: rafaewnroll
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    estou fazendo um trabalho pra faculdade sobre o fuzz e acabei encontrando esse post e achei a resposta pra tua pergunta sobre Bat Macumba (que não é nenhum das respostas acima)

    "o som de “Batmacumba” é todo especial e único, por causa do pedal que inventei e o Sérgio usou na guitarra. Esse pedal era composto de um motor de máquina de costura ligado ao eixo de um potenciômetro, cuja trava eliminei, o qual, ao ser rodado pelo motor, produzia algo que os feitos eletrônicos teriam de ser requintadíssimos para imitarem, porque reproduzia a inércia do motor ao subir e cair de rotação, bem como continha um capacitor, ligado ou desligado por uma chave, a qual punha ou tirava o ruído do próprio motor no áudio. Variando a rotação do motor por meio de um pedal, o Sérgio produzia inúmeros efeitos, desde simular o som de um motor de automóvel com a guitarra "passando dentro", até fazer a guitarra falar "enrolando a língua" na dicção das voltas mais lentas do motor"
    interessante PRA CARAMBA!

    http://www.iaspmal.net/wp-content/uploads/2012/01/JoseRibeiroPaiva.pdf tem mais aqui sobre as musicas
    e procure sobre a "guitarra de ouro"

    Scolt
    Membro
    # ago/13
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    Noosa!

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