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Mensagem |
coprofago
Veterano |
# 23/set/25 20:13
Fala pessoal, comecei recentemente a dar aula de bateria, peguei um aluno abençoado que as vezes ele acelera o andamento ou diminui a velocidade, isso acontece mais na hora de fazer virada, na hora da virada ele acelera o andamento, ou dependendo da virada ele diminui a velocidade. Não sei o que fazer pra ele melhorar isso, queria umas dicas de vocês kk. Obrigado desde já.
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JJJ
Veterano
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# 23/set/25 20:24
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Durante a virada, ele pode manter a contagem dos beats com o pé, no bumbo ou no contratempo. Talvez ajude a manter o tempo...
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Lelo Mig
Membro
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# 24/set/25 03:05
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O nome dele é Lars Ulrich?
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Buja
Veterano |
# 24/set/25 14:57
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Ta aprendendo ainda. Mas tenta acostumar ele a usar metronomo.
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Wanton
Veterano |
# 24/set/25 16:20 · Editado por: Wanton
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Recomendo quebrar a virada em partes menores, que possam ser repetidas fora do contexto da música, apoiadas por metrônomo, como o Buja falou.
Lelo Mig
O nome dele é Lars Ulrich?
Lars é um dos meus! Tive um professor de bateria que dizia que um baterista profissional tem que treinar 8 horas por dia, como se fosse um emprego. Aí quebra com aquela imagem do rock como um estilo de vida livre. Na prática, o musico que ensaia 8 horas por dia não é diferente de um analista contábil em uma baia de escritório.
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Buja
Veterano |
# 24/set/25 18:01
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Wanton
Eu duvido realmente que alguem consiga ficar 8 horas por dia praticando.
Apos uns 50 min de treino, a gente já nao concentra mais, erra muito, fica cansado, machuca os dedos, tensões, musculatura.
Tocar um instrumento é um exercicio fisico e mental.
Ainda mais quem diz que treina ficar subindo e descendo escala pentatonica e cromática. Eu quando ouço isso, acho conversa pra boi dormir.
Claro que, sem treino, não se consegue chegar em um alto nivel.
Eu mesmo fico treinando trechos específicos de slap durante algum tempo todos os dias, até ficar bem fluido.
Mas nao passa de 15-20 de treino. No maximo.
As vezes, 5-7 minutos e ja largo o baixo de lado.
Se alguem me diz que fica slapando baixo 8 horas por dia, acho que eu vou pedir pra ficar sentado observando esse tal treino de 8 horas.
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Lelo Mig
Membro
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# 24/set/25 21:23 · Editado por: Lelo Mig
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Wanton
Eu falo essas coisas prá zoar...
... pelo contrário, ou sou daqueles que acha que depois que músicos começaram a tocar com click e afinar com afinador eletrônico a música morreu.
Nada como instrumentos (micro desafinados) porque foram afinados de ouvido à partir do Lá de um piano velho ou do Lá de um telefone de linha. E nada como tocar cada compasso com um BPM diferente...
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coprofago
Veterano |
# 25/set/25 15:49
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Obrigado pelas sujestões, vou testar cada uma com ele kk. Quanto ao metrônomo, foi uma das coisas que jâ passei pra ele, treinar seguindo o metrônomo, espero que ele esteja fazendo isso na hora de praticar na casa dele.
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mateus54321
Membro Novato |
# 25/set/25 17:38
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Lembro de ter lido uma vez uma matéria da Ultimate Guitar sobre técnicas diferentes que alguns professores já tinham usado para ensinar um caso parecido com o seu.
O que o professor relatava era um aluno que não conseguia compreender o conceito de tempo nem com o metrônomo ligado e com os exemplos dele. Daí pra resolver a questão levou o aluno numa aula pra dar uma volta no bairro.
Ele ligou o metrônomo e dava 1 passo a cada batida, a cada volta no quarteirão aumentava um pouco a velocidade. A aula foi só isso, mas na aula seguinte o aluno não errou mais o tempo.
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JJJ
Veterano
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# 25/set/25 19:55
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Lelo Mig
nada como tocar cada compasso com um BPM diferente
Concordo plenamente!
Às vezes, as diferenças de andamento são gritantes. O cover mais recente que eu gravei (Sweet Lorraine, do Uriah Heep) é um exemplo. Eu resolvi usar a música original como track "guia", pra gravar minhas partes por cima (e depois remover a guia, claro). Cara... O bagulho é louco, vai sambando de 140 a 170 bpm o tempo todo. E o mais engraçado é que a gente mal percebe! Porque, na verdade, é uma dinâmica natural, deixando a música muito mais orgânica e prazerosa de ouvir.
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Lelo Mig
Membro
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# 25/set/25 22:16
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JJJ
"...mais orgânica e prazerosa de ouvir."
Exato! O mesmo ocorre com afinação.
Há um tempo atrás meu filho falou que achava o som da banda dele "magro". Eu disse a ele, parem de afinar com afinador eletrônico, afine cada um com seu ouvido, à partir de uma nota referência, e esta "micro diferença" do ouvido de cada um e a "micro imprecisão" de cada afinação de cada corda, fará toda a diferença.
Tempo depois vi que hoje em dia tem DAW que simula isso...kkkk
Prá mim o som é tridimensional e uso uma analogia, como um barco na água, para explicar isso. A dinâmica é o movimento prá cima e para baixo, o Andamento é o movimento para frente e para trás, e a Afinação é o movimento de oscilação lateral. Para ser orgânico precisa ter esse conjunto de movimentação.
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JJJ
Veterano
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# 26/set/25 10:32
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Lelo Mig
A soma dessas pequenas imprecisões dá humanidade à coisa toda...
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LeandroP
Moderador |
# 26/set/25 22:59
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JJJ
A soma dessas pequenas imprecisões dá humanidade à coisa toda...
Penso da mesma forma!
Há muito tempo eu me empolguei com o fato de poder escrever música no computador pra ele executar e eu tocar junto. A parte mais difícil pra mim era a bateria. Eu escrevia as divisões certinhas, copiava e colava nos compassos. Embora estivesse preciso, me soava robótico. E nessas eu me esforçava pra humanizar o que havia escrito. Empurrava o tempo pra frente com ponto de aumento, subdiviões mais rápidas, de modo a quebrar essa perfeição. Muito trabalhoso, exigia muitas horas testando. O computador não sabe o que é o swing feel. Hoje eu não teria essa paciência rs
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JJJ
Veterano
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# 27/set/25 18:18
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LeandroP
eu me esforçava pra humanizar
Eu fiz isso toda a minha vida músico-digital.
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LeandroP
Moderador |
# 27/set/25 23:28
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JJJ
É um exercício de paciência rs
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Buja
Veterano |
# 29/set/25 09:04
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Há um tempo atrás meu filho falou que achava o som da banda dele "magro". Eu disse a ele, parem de afinar com afinador eletrônico, afine cada um com seu ouvido, à partir de uma nota referência, e esta "micro diferença" do ouvido de cada um e a "micro imprecisão" de cada afinação de cada corda, fará toda a diferença.
Interessante...nunca tinha ouvido falar sobre nem pensado nisso.
Toda vez que gravo ou toco em casa sozinho, eu afino com afinador.
Mas quando toco com amigos, ali ja vai na base do ouvido mesmo: "Bate o LÁ ai...e dai afino meu baixo e a galera afina o deles tambem"
Sempre achei que esse metodo em banda era mais rapido e impreciso, mas tambem no meio da galera ninguem ouviria essa diferença mesmo...tanto faz.
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Lelo Mig
Membro
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# 29/set/25 13:15 · Editado por: Lelo Mig
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Buja
Essa "micro desafinação" devido a imprecisão humana, por exemplo, o teclado em 440 Hz, a guitarra em 440,5 Hz o baixo em 439,5 Hz e etc. engorda o som.
"Bate o LÁ ai..."
Você pega discos do passado, álbuns dos Beatles, Led Zeppelin e etc. há variação grande de uma faixa para outra, tipo uma canção em 440 Hz outra em 445 Hz. Isso acaba dando uma sensação orgânica ao ouvinte... Os caras faziam sem querer, mas hoje se sabe que é um dos motivos de alguns álbuns antigos soarem "tão acolhedores".
O mesmo vale para andamento... mesmo sem considerar as oscilações dentro da própria canção, se fizer uma média, Highway Star, do Deep Purple, por exemplo, foi gravada no studio na média de 173 BPM; ao vivo, no Made In Japan, ela esta na média 188 BPM, ou seja, reflete toda a adrenalina do "tocar ao vivo".
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Buja
Veterano |
# 30/set/25 09:22
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mas hoje se sabe que é um dos motivos de alguns álbuns antigos soarem "tão acolhedores".
Sofro quando vou tocar alguma musica dos Bee Gees.
Afino meu baixo em LA pardão, e soa bem desafinado. Ai vejo que está em 432.
Legal, afino, toco, fico feliz. Proxima musica.
Soa desafinado de novo. Não é possivel que o baixo desafinou de uma musica pra outra, tocando so pizzicato leve.
Dai vou ver, o LA está ligeiramente fora de novo rsrs.
Ai pensava: como esses caras afinavam? Não tinha afinador?
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Buja
Veterano |
# 30/set/25 09:25
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reflete toda a adrenalina do "tocar ao vivo".
Ai sim, realmente, acho que nenhuma banda ao vivo toca no bpm do estudio.
Alguem sempre acelera, alguem sempre atrasa.
Vejo hoje os shows do RHCP. Um Californication por exemplo.
A banda começa legal, bpm bem proximo ao que sempre ouvimos.
Dai o batera entra.
Ja muda ligeiramente pra mais lento.
Quando o vocal entra, abaixa uns 15 bpm pelo menos rsrsrs.
Fica estranho, mas antes de segundo compasso, a banda toda já se ajustou ao vocalista.
É engraçado até.
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