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esmoluca Membro Novato |
# jan/15 · Editado por: esmoluca
Boa tarde a todos. A um tempo atras, herdei um violão da minha avó que estava em péssimas condições. problemas: -a parte onde ficam as tarraxas (não sei se esse é o nome, mas é onde aperta/afrouxa as cordas) estava quebrada, solta do resto do violão. colei com cola epoxi e nunca mais soltou. -os parafusos que prendem a tarraxa nessa parte estão frouxos e mesmo que eu aperte, eles não ficam firmes -o negocio branco que imagino eu que sirva pra dar um espaçamento entre as cordas e o corpo do violão está todo amassado e desgastado -o corpo do violão está bastante riscado, mas não parece furado nem nada assim. Gostaria de saber se vale a pena mandar para um conserto ou se é melhor tentar vender esse e comprar um outro. Mesmo com esses problemas, venho usando ele com cuidado por uns 3 anos e sempre me atendeu bem, menos quando toco as cordas soltas que fazem um som bem estranho (que imagino que seja do "espaçador" que citei no penultimo tópico dos problemas). O modelo dele é o Autor n°3 da Di Giorgio do ano de 1968. Desculpa a falta de conhecimento dos nomes e termos, tudo o que sei sobre violão foi vendo na internet. Obrigado pela ajuda -edit- http://blog.santoangelo.com.br/wp-content/uploads/2013/04/23.jpg de acordo com essa imagem, o que quebrou e foi colado foi a cabeça e o "espaçador" é o rastilho
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Edson Caetano Veterano
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# jan/15
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esmoluca Mandar em um luthier vai ficar um pouco caro, a pestana e o rastilho são trabalhos artesanais feito exclusivamente para o seu violão, e será necessário a avaliar se o braço está bom
Eu tentaria arrumar sim, manda uma foto pra gente...
O custo de peças não é alto, um jogo de tarraxas custa 30 reais e os dois pedaços de osso mais 10, fechando com um jogo de cordas bom 25
Troca de tarraxa, retifica dos trastes, confecção da pestana e rastilho, regulagem geral, dá para ficar bom sim
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esmoluca Membro Novato |
# jan/15
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Como sei se o braço está bom? segue algumas fotos do violão: Inteiro: http://i.imgur.com/OQ2w1qe.jpg Parafusos das tarraxas que estão frouxos: http://i.imgur.com/RLSumeL.jpg Cabeça colada (frente): http://i.imgur.com/jAjvRuT.jpg Cabeça colada (traseira): http://i.imgur.com/zvXVI4o.jpg Rastilho quebrado: http://i.imgur.com/hcm7Akq.jpg
Na parte da cabeça, to com a impressão que aqueles cilindros onde as cordas enrolam estão tortos. Em alguns momentos na hora de trocar de corda ou afinar, fica muito duro para dar uma volta nas tarraxas, depois melhora um pouco, ai fica alternando entre duro e normal.
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Edson Caetano Veterano
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# jan/15
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esmoluca Agora que eu entendi o que quebrou, a mão é uma parte muito complicada, ainda mais do jeito que foi, mas você conseguiu colar, bola pra frente
Vou te sugerir umas coisas
- retire um parafuso das tarraxas e compre novos um pouco mais largos, pouca coisa, isso vai resolver a "frouxidão" - compre em lojas de música um rastilho e com a ajuda de uma lixa, de parede mesmo, vá dando formato em sua peça, baseado na que quebrou - troque as cordas
Assim você vai deixar o violão usável...
Do jeito que está dificilmente vai conseguir vender e como é muito antigo vale guardar de recordação
Lembre de usar sempre as cordas mais leves possível, para não forçar a mão
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carlcarl Veterano
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# jan/15
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Edson Caetano vou descordar em um ponto com o que voce sugeriu. para os parafusos eu os retiraria ,limpava com algum produto tido "wd40" para tirar a ferrugem ,encheria o buraco com palitos de fósforo ou palitos para limpar dentes e recolocaria os mesmos parafusos .desta forma com certeza eles ficarão fixos. no resto eu seguiria sem medo o que voce sugeriu. abç obs:este violão é lindo ,vale a pena ser guardado ao menos como recordação
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esmoluca Membro Novato |
# jan/15
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Edson, obrigado pelas respostas. vou fazer o que você sugeriu. acha que eu consigo trocar esse rastilho sem muitos problemas?
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Sapopemba Veterano |
# jan/15 · Editado por: Sapopemba
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esmoluca O violão que você herdou, um Di Giorgio Autor n°3 de 1968, é raro e muito cobiçado. Esse modelo é de uma série superior dessa marca (série artística), e a safra é boa (Di Giorgios da década de 60 valem muito mais que os da década de 70 em diante).
Porém, algumas alterações no instrumento original o desvalorizam muito aos olhos dos colecionadores. Por exemplo, para um colecionador, um violão com o verniz do tampo trocado faz com que ele perca quase todo o valor, independentemente da qualidade do som..
Por isso dou-lhe um conselho: como você mora no Rio de Janeiro, leve o instrumento ao luthier Ricardo Dias (pesquise na net), que é especialista em restaurações. Enquanto isso não ocorre, não venda esse violão nem troque nenhuma peça dele, a não ser as cordas e o rastilho.
Quando resolver vendê-lo, se quiser, entre em contato comigo por MP. Não sei se tenho grana e disposição para comprá-lo (já tenho um modelo desses, também da década de 60), mas posso dar minha opinião quanto ao preço, ainda que eu não seja um grande entendido no assunto.
Abçs
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Edson Caetano Veterano
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# jan/15
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carlcarl Sim um enxertinho de madeira seria ótimo, mas não imaginei como iria explica isso para ele para ficar realmente bacana
esmoluca o segredo do rastilho é a paciência, imagino que não tenha as ferramentas para facilitar, então é muita lixa , ir com calma desgastando a peça e dando o formato, ele vai só encaixado nem precisa colar
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esmoluca Membro Novato |
# jan/15
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Edson Caetano e carlcarl Muito obrigado pelas dicas, vou ver o que vou fazer a respeito dele.
Sapopemba Opa, não sabia isso desse modelo, bem bacana! E vou procurar informações com esse Ricardo pra ver o que ele pode fazer por mim. Qualquer coisa sobre a venda dele, entro em contato se você ainda tiver interesse.
Abraço a todos que puderam ajudar.
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Sapopemba Veterano |
# jan/15
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Isso aí, valeu.
No seu lugar, eu levaria o violão para o Ricardo analisar o que deve ser feito nele em termos de reforma. Provavelmente ele fará o possível para manter a originalidade do instrumento e só reformará o que for estritamente necessário.
Não sei se você gosta de bossa nova nem sabe da importância dela. João Gilberto, Tom Jobim, Baden Powell e muitos outros expoentes da música brasileira tiveram um violão desses.
Quanto ao Baden, veja no link abaixo o violão que ele utilizava entre os anos de 1959 - 1971: http://www.brazil-on-guitar.de/baden_powells_guitars.html
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