Paul.Gilbert Veterano |
# nov/10 · Editado por: Paul.Gilbert
Olá a todos do Cifraclub, já fui um membro muito ativo desta comunidade, mas já havia alguns anos que não postava algo aqui. Apesar de estar sempre acompanhando o fórum quando pude. Sou aprendiz de Luthier e guitarrista a quatro anos.
Vim postar um review de um instrumento pouco comentado no mundo dos violões, mas que me surpreendeu com seu custo/benefício honesto. O Condor CN-300
Adquiri o violão recentemente, em uma troca. Troquei pau-a-pau em um Eagle CH-889, um instrumento do qual eu não gostava muito. Se tratando de um violão usado, alguns detalhes não me permitirão dar uma impressão realmente precisa sobre o instrumento, mas farei meu melhor:
Condor CN-300 – Especificações: • Corpo: Tampo em Spruce, sólido, lateral e fundo em Mogno. • Pestana: Original em plástico, substituída por uma custom de osso. • Braço: Colado, Mogno. • Marcação: Apenas na lateral. • Escala: Jacarandá. • Rastilho: Original de plástico, substituído por um de Mogno. • Tarraxas: Condor. • Captação: Shadow com volume + 5 bandas.
Preço médio: 700 reais.
Visual: É um instrumento bonito, e chamativo. Particularmente não gostei do tom "laranja" do tampo, mas fora este detalhe pessoal, acho que não há do que reclamar. A pintura é bem feita, sem excessos ou respingos, e o hardware está em harmonia com todo o restante do instrumento. Os cortes do corpo deixam o violão agradável de segurar, apesar de não ser um instrumento tão leve.
Tarraxas: São tarraxas honestas, para um violonista amador como eu, seguram a onda e proporcionam uma estabilidade desejável na afinação. Comparando com um jogo de guitarra, diriam que são como Wilkinson Ez. Seguram a Onda.
Madeiras: Aqui o violão fica realmente interessante. O tampo é de Spruce sólido e as laterais, fundo e braço são de Mogno brasileiro. Todo este conjunto de madeiras de boa qualidade propicia um timbre desplugado bastante agradável aos meus ouvidos. E quando plugado, não gera muita microfonia. O instrumento é rico em médios, e antes da regulagem, chegava a ser estridente demais.
Braço: Por se tratar de um instrumento usado, o braço não estava bem regulado e os trastes já estavam opacos e gastos. Após uma hidratação na escala, retífica de trastes e regulagem geral, gostei bastante do resultado, um braço "gordinho" e gostoso de mandar bossa nova ou música erudita, e até de se palhetar. O espaçamento entre as cordas é agradável para se usar "walking bass".
Captação Esse captador shadow é mesmo interessante. Não tenho muita experiência com captação de violão, além desta uma, usei apenas uma fishman e uma Hofner. O que posso dizer, e o que se pode perceber pela gravação, é que se trata de um equalizador poderoso, que se bem regulado, muda completamente o som original do instrumento. Pode-se ir do som apagado de nylon velho, até um som estaladinho à lá Steve Morse.
*O jack era de baixa qualidade, e as furações eram porcas e tiveram de ser refeitas!*
Pestana + Rastilho: Eis aqui o ponto fraco do violão. Os originais apesar de estarem bem regulados, eram do plástico mais vagabundo possível, e não consegui usar por muito tempo (cerca de 40 mim, rs). Troquei por uma pestana em osso de boi e um rastilho em mogno, que deixaram o som mais vivo, e menos estridente, além de melhorarem a estabilidade da afinação.
Conclusão: Foi realmente uma troca muito boa. Sou entusiasta de violões de nylon, e apesar de possuir um Giannini com algumas décadas de idade, este violão me surpreendeu e preencheu o espaço que faltava no meu Set. Estou gravando uns demos com a minha banda e ele vai servir para traçar bases e reforçar arpejos. Longe de ser um violonista na essência da palavra, mas sendo um guitarrista com alguma experiência, recomendo que os amigos que procuram um instrumento bom e barato, dêem uma boa olhada nestes condors. Como um instrumento de preço médio, Recomendado!
Postarei sons e fotos amanhã de tarde. Obrigado a todos!
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