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Pardal Veterano |
# dez/08
Ok, finalmente, demorou mas chegou, o grupo de estudos de História do Violão.
Bem, vamos começar nossa história aonde tudo começou...
Muitas hipóteses são levantadas quanto ao surgimento dos instrumentos de cordas em geral. Alguns associam a invenção do arco ao fato, depois de uma caçada alguém resolveu puxar a corda esticada e deu nisso. Ninguém hipotetiza que o arco veio de um instrumento musical, entretanto... Enfim.
Foi assim que supõe-se terem surgidos as primeiras harpas: arcos com várias cordas, que soavam cada uma de forma diferente. É bem verdade também que o homem rapidamente aprendeu a dividir uma corda só, podendo usá-la para fazer vários sons. Uns dos reconhecidos pioneiros dessa forma de se tocar é Pitágoras, que usou um monocórdio (instrumento de uma só corda) e, usando material adequado, dividiu a corda em frações de números inteiros: Primeiro tocava a corda inteira, depois apenas sua metade, depois dois terços, depois um terço, deopis três quartos, depois um quarto, e assim ele achou as primeiras relações musicais, as mais básicas, que persistem até hoje com poucas alterações.
O monocórdio e sua família continuaram a ser usados até a idade média. Exemplo disso é a Trombeta Marina, que apesar do nome, é um instrumento de uma só corda, enorme, aliás. Sem trastes, com quase dois metros de altura (algumas realmente são maiores, outras menores), tocadas com os dedos, com pinças ou mesmo com arcos, as Trombetas Marinas permitiam que um só som fosse produzido, prática ideal para se manter o bordão. A música modal da idade média em geral deixava soar uma única nota, grave, como acompanhamento, e os outros instrumentos brincavam com o modo da nota dada.
A lira é o próximo instrumento, também muito usado na Grécia. Com mais de uma corda, segundo a mitologia, Apolo foi quem presenteou os gregos com o instrumento. Símbolo da ordem, Apolo era reverenciado com a lira, que raramente era usada para festividades a outros deuses. Era um instrumento usado apenas em solenidades cívicas religiosas, e muito pouco fora desse contexto. Em festas, teatros ou orgias, era raramente visto. Nestes casos, a flauta tomava a cena. Pouco se conhece da música grega, pois a notação era escassa e de difícil interpretação, e pouca coisa nos chegou até hoje.
Depois da lira, temos alguns instrumentos que contribuíram, durante o medievo, para o desenvolvimento dos instrumentos de cordas. A citole, cítole, citore, guiterne ou cítara (em algumas péssimas traduções) foi um dos primeiros instrumentos de cordas a possuir teclado. Instrumento que podia ser tocado com arco ou pena e que deu origem à viola da gamba, possuía três cordas simples, inicialmente. No final da idade média, alguns exemplares tinham trastes e quatro pares de cordas, sendo tocados com os dedos, mas ainda era um instrumento muito diferente do violão.
Infelizmente, após um edito do Papa Gregório, no século VI, a música vocal passou a imperar. Nas igrejas e mesmo fora delas (por serem o centro cultural da era das trevas), apenas a voz e alguns instrumentos eram utilizados. O cantochão é um exemplo de instrumento, da família dos monocórdios, que a igreja mantinha na maioria de seus mosteiros e conventos, pois segurava o bordão necessário ao canto, conhecido como gregoriano. Sabemos muito sobre o canto gregoriano pois sua notação era muito similar à notação de partitura que temos hoje: quatro linhas, uma clave e pontos marcando as notas a serem feitas. Não eram anotados os valores dos sons, porém podemos inferi-los pela duração das próprias sílabas, uma vez que não havia ainda um pulso regular. Não haviam metrônomos, nem nenhuma coisa que se prestasse a auxiliar o ritmo.
Apesar disso, durante a baixa idade média, com o crescimento das cidades, a diminuição do medo de bárbaros, o leve florescimento do comércio, a incipiente noção de nacionalidade, vão aos poucos auxiliando o surgimento de novos instrumentos. A invasão moura trouxe do Oriente Próximo o ud, instrumento de cinco pares de cordas, tocadas com os dedos, e pai do alaúde. Instrumento em forma de meia-pera, o alaúde medieval possuía exatamente cinco ordens, sendo a primeira simples e as seguintes dobradas. Apesar do ranço entre cristãos e muçulmanos não ter sido até hoje resolvido, os ibéricos aproveitaram desse instrumento, que foi rapidamente levado a outros cantos da Europa por ciganos mouros e trovadores que o usavam para acompanhar suas canções. Assim, o ud se espalhou por toda a Europa.
Apesar da sugestiva e atrativa idéia de o violão descender diretamente do alaúde, essa não é a opinião compartilhada pela maioria dos musicólogos atualmente. Admite-se, no entanto, que o violão é filho da Guitarra Clássica. Essa história começa um pouco mais atrás, de forma que vamos contá-la.
Na região da atual Itália, a citole, de três ou quatro pares de cordas, era um instrumento de som doce, pequeno, som que se tirava com arco ou pinça (penas eram comuns como pinça). Na península ibérica, entretanto, surge um instrumento que tinha como objetivo rivalizar com a citole. É a vihuela, instrumento de cinco pares de cordas. Semelhante à guiterne medieval, porém com caixa de ressonância em formato de oito (8, como o violão), um pouco maior (quase do tamanho do violão) e com cinco ordens: a primeira simples e as quatro seguintes em pares dobrados, porém dobrados em oitava nas duas últimas ordens.
A vihuela rapidamente ganhou espaço, pois os músicos ibéricos fizeram por onde ela acontecesse. é assim que a guiterne, influenciada, ganha caixa de ressonância em formato de oito, porém ainda é um instrumento menor. Surge então a guitarra renascentista. A vihuela persiste por um período curto de tempo no resto da Europa, sendo mantida apenas na região onde foi criada. Lá, ela ganha cordas de arame, substituindo as tripas tradicionais. A guitarra renascentista rapidamente ganha aceitação, de tal forma que menos de um século depois está presente em todo o território do antigo continente.
É na guitarra barroca, entretanto, com cinco ordens de cordas (prima simples, outras dobradas) que Gaspar Sanz escreve dois métodos até hoje famosos. Joaquim Rodrigo, ao escrever "Fantasias para um gentilhombre" revisita temas famosos do compositor do barroco iniciante. Clérigo, organista e guitarrista, Gaspar Sanz, originário da região da atual Espanha, estudou música em Roma, ganhando nome rapidamente. Um dos primeiros a fazer uma escola do instrumento, Gaspar Sanz ainda usava a notação em tablatura. A notação das músicas do instrumento em partitura só viria um século depois, por volta de 1760.
é no final do barroco (época de Bach) e início do clássico (época de Mozart e Haidyn) que começam a ser feitas guitarras com seis ordens de cordas simples. Por volta da mesma época, começa a divisão entre música dedilhada e música rasqueada. A música dedilhada começa a ser feita principalmente para concertos de câmara, que se tornarão muito comuns até o surgimento e desenvolvimento do pianoforte, que em meados de 1830 começa a dominar os palcos europeus e desbancar o violão. Essa guitarra clássica começa a ser explorada por vários autores, como Federico Moretti, Antonio Abreu (que em seu método, dentre outras coisas, apresenta uma breve história do instrumento e orientações quanto às unhas), Fernando Ferandiere.
A guitarra clássico-romântica, pouco posterior a esses métodos, possuía a afinação que o violão atualmente carrega, seu tamanho era também similar. O barreamento interno do tampo também é modificado, permitindo que tampos mais finos sejam usados na confecção do instrumento. Todas as cordas já são simples, variação conhecida desde 1770. Surgem então os famosos mestres do violão clássico: Ferdinando Carulli, Mauro Giuliani, Fernando Sor, Dionísio Aguado, Matteo Carcassi, Napoleon Coste, Johann Kaspar Mertz, dentre outros. Firma-se a notação de partitura como o padrão para anotar músicas para o instrumento.
É no século XIX que um luthier, contemporâneo desses mestres, Antonio de Torres Jurado, estabelece o padrão da construção do instrumento. O leque harmônico Torres é usado até hoje por luthiers e instrumentos em geral. Qualquer instrumento da Gianninni ou Di Giorgio utiliza-se dessa forma de barreamento, em que sete faixas de madeira são coladas atrás do tampo, em sentido convergente para o braço. O formato do instrumento, um oito bem cinturado mas nem tanto, é também padronizado. O braço e a caixa de ressonância aumentam. Antes o braço ia até a décima casa, e a caixa era menor também. As cravelhas, antes semelhantes às de violino, que atravessavam perpendicularmente a mão, são substituídas por tarraxas, mecanismo que garante maior precisão e evita que as cordas voltem com a tensão.
é no meio e início do século XIX, e início do XX, que temos Francisco Tárrega. Um dos mais proeminentes compositores para violão, o espanhol inovou com técnicas de toque de mão direita, estabeleceu uma forma racional de compor a digitação de uma peça, além de trazer a posição clássica de se apoiar o instrumento na perna esquerda. Outra contribuição importante são as diversas transcrições de obras de Bach para violão, originalmente para cravo-alaúde, alaúde, violino ou violoncello, de Isaac Albeniz, Mozart e Beethoven.
Expoentes importantes do século XX são Heitor Villa-lobos, que com seus doze estudos, cinco prellúdios, suíte popular e choro típico revolucionaram a técnica do instrumento, sendo suas peças matéria obrigatória de qualquer curso superior de violão que se preze. Outro importante professor e compositor é Agustín Barrios. Iminente no meio do século, temos Andrès Segóvia, que recebeu os doze estudos de Villa-Lobos em dedicatória. Aumentnado me muito a popularidade do instrumento, Andrès Segóvia abriu espaço para os famosos violonistas atuais, dentre os quais Turíbio Santos, Juliam Bream, Fábio Zanon e John Williams.
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Pardal Veterano |
# dez/08
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PS:
Não precisa ler tudo de uma vez só, ok?
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Pardal Veterano |
# dez/08
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Mais um up! E em breve dicas de interpretação de peças antigas!
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Pardal Veterano |
# dez/08 · Editado por: Pardal
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Ops, tópico errado!
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Pardal Veterano |
# dez/08
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Bom, como urge a melhora do presente tópico, tendo em vista sua ampla popularidade, resolvi escrever um pouco sobre Gaspar Sanz. No tópico de estudos de violão apareceu uma peça dele, e acho que algumas informações a mais não fariam mal a ninguém...
Gaspar Sanz (1640-1710) Foi um compositor e clérigo espanhol dos mais importantes. Estudioso do órgão e da guitarra, dedicou três métodos ao último instrumento, aproveitados até hoje por violonistas em todo o mundo. Estudou teologia em Salamanca, na própria pátria, e vihuela na atual Itália. Em Nápoles, onde estudou teoria musial e órgão, conceituou-se renomado organista. Em sues métodos, ensinava duas formas de tocar: italiana, usando rasgueios, e espanhola, usando dedilhado - ou ponteio. A música de Sanz é notadamente anotada em tablatura, mesmo as peças em estilo italiano, que geralmente eram anotadas em cifras. Sim, cifras!!!
Algumas considerações devem ser levadas em conta. Na era de Sanz, as guitarras ainda tinham cinco ordens. No estilo iataliano, a primeira ordem era simples, e as outras pareadas em uníssono, dando uma afinação reentrante. Chamamos de afinação reentrante o fato de que a quarta e a quinta ordens ficavam com som mais agudo que a terceira ordem. A afinação era igual a das primeiras cinco cordas do violão, mas o ré e o lá eram uma oitava acima do que é hoje no nosso instrumento. A forma espanhola dobrava as duas últimas ordens em unpissono também, mas a afinação nao era reentrante, se assemelhando à afinação violonística moderna. Assim, quando se transcreve uma peça tablaturada de Sanz, deve-se levar em conta que, mesmo que aquela nota esteja anotada na quarta ou quinta ordens, ela provavelmente soava uma oitava acima. Supõe-se que Sanz usava uma afinação mista, que era semi-reentrante, isto é, as duas últimas cordas tinham tanto a oitava da afinação italiana quanto da espanhola.
Como compositor do clero, vale notar que a maioria das peças de Gaspar Sanz são feitas sobre um canto religioso. Ele escolhia uma melodia antiga, e deixava como voz do baixo (ou tenor, como era chamada na época), e colocava uma voz por cima. Assim foram feitas a maioria das músicas de Sanz. Uma das indicações que ele dava e que podemos aproveitar na nossa interpretação é que:
deve-se tomar muito cuidado ao se usar o polegar da mão direita. Sempre toca a voz mais grave, e, se há dois números, mesmo se eles aparecerem nos bordões, você deve usar o polegar na voz mais grave, pois o polegar é o dedo que deve explicar essa voz, já que seu som é mais encorpado, e porque a segunda corda (do par) não soa tão bem com outro dedo que puxe para cima como o polegar soa ao golpear para baixo (Tradução livre, nossa).
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qew Veterano |
# dez/08
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lá vamos nós, finalmente! haha
to lendo aki!
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LuísFalcão Veterano |
# dez/08
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Pardal Muito legal, estou gostando bastante, é muito interessante saber de onde veio e quem foram os homens que traçaram a história do nosso instrumento!
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LuísFalcão Veterano |
# dez/08
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Grande Villa-Lobos, quando eu tocar qualquer coisa dele eu vou estar satifeito
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LuísFalcão Veterano |
# dez/08
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Pardal Você disse que da música grega pouco se conhece e me veio uma dúvida: os modos gregos tem alguma coisa a ver com a lira e com a música grega ou recebem esse nome por outra razão ou outro período musical grego?
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Pardal Veterano |
# dez/08
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LuísFalcão
Você disse que da música grega pouco se conhece e me veio uma dúvida: os modos gregos tem alguma coisa a ver com a lira e com a música grega ou recebem esse nome por outra razão ou outro período musical grego?
Na verdade, a sua dúvida é bem comum. As pessoas que vem ao cifra club e lêem aquelas coisas sobre modos acabam se encerrando nessa dúvida. São oito os modos gregos. Eles são basicamente compostos de duas tétrades iguais, em seqüência. As escalas gregas são escritas em descendente, e não em ascendência como estamos acostumados.
No início da Idade Média, por volta do século VI, alguns teóricos da igreja resolveram organizar os modos que eram usados na liturgia religiosa. Semelhantemente à época do renascimento, nesse período ainda sebuscava a inspiração da cultura clássica grega, de tal forma que os nomes dos modos gregorianos (de Gregório) são os mesmos dos modos gregos, só que trocados. Houveram algumas confusões com os nomes, os modos ficaram sete e não oito, dentre outras coisas. Mas basicamente, os modos gregos =/= modos gregorianos.
Os modos gregos sã oito, sendo quatro autêntucos e quatro plagais. Temos o Dórico:
Mi - Ré - Dó - Si - Lá - Sol - Fá - Mi
E seu plagal Hipodórico:
Lá - Sol - Fá- Mi - Ré - Dó - Si - Lá
O modo dórico, de Ré no sistema gregoriano, é na verdade o de Mi no sistema grego, e descendente. Representa a calma e a virilidade. Se olharmos o modo original, perceberemos algo de comum em todos os modos gregos (e ausente nos modos gregorianos): as quatro primeiras notas do acorde (ou o tetracorde, que nesse caso não se refere à harmonia) mantém entre si a mesma relação intervalar que o segundo tetracorde: T - T - st. Em todos os modos gregos, é assim que são formados. Vamos a eles e seus plagais:
Frígio Original:
Ré - Dó - Si - Lá / Sol - Fá - Mi - Ré
Plagal:
Sol - Fá - Mi - Ré / Dó - Si - Lá - Sol
A "/" está dividindo os dois tetracordes para facilitar o entendimento da simetria intervalar. O modo frígio era o modo militar, entusiástico. No sistema católico seria o modo de Mi, mas no grego é o modo de Ré.
Lídio Original:
Dó - Si - Lá - Sol / Fá - Mi - Ré - Dó
Plagal:
Fá - Mi - Ré - Dó / Si - Lá - Sol - Fá
Você já deve ter notado que o modo Hipodórico no sistema grego é o modo Eólio do gregoriano, bem como o Hipofrígio (grego) é similar ao Mixolídio (gregoriano), e o Hipolídio (grego) partilha as mesmas notas do Lídio (gregoriano). O lídio é o modo da preguiça. O Lídio grego, preguiçoso, deu origem à nossa escala maior natural. É mole? É com certeza!
Temos ainda os Mixolídio original e plagal, mas esses dois são muito difíceis de montar, gregamente falando. A reação intervalar é st - T - st, e representa a paixão. Mas eu não consegui lembrar como formá-lo, terei de editar isso daqui depois de descobrir.
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LuísFalcão Veterano |
# jan/09
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Pardal Caramba quanta coisa nova e interessante, eu não tinha nem noção de nada disso! Muito bom esse tópico cara, to gostando muito!
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LeandroP Moderador |
# jan/09
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Pardal
Ótimo tópico!
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Pardal Veterano |
# jan/09
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LuísFalcão
Caramba quanta coisa nova e interessante, eu não tinha nem noção de nada disso!
Interessante com certeza, mas é tudo velho... rsrsrsrsrs!!!
Muito bom esse tópico cara, to gostando muito!
Que bom! Fico mais animado com isso. Tem de ir pra frente, com dúvidas como a sua. É legal assim, porque se o pessoal faz as perguntas, eu sei o que falar, e não fica um discurso pra paredes.
LeandroPanucci
Ótimo tópico!
Grato!!! Aguardando contribuições suas, hein?
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Pardal Veterano |
# jan/09
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Bom, galera, segue aqui um incentivo aos violonistas. Tá cheio de erros, hein? Não cometam os mesmos...
Na época de Bach, era muito comum fazerem-se transcrições de músicas de um instrumento pra outro. Mantendo o espírito dos tempos, essa transcrição para violão de uma peça de Bach originalmente para violino (que ele transcreveu para cravalaúde) é uma dança renascentista estilizada.
Minha humilde gravação (com um erro grotesco no final e vários no meio) tem como objetivo incentivar a galera do fórum de violão. Não peguem músicas muito difíceis de tocar. Estava destreinado, e aí esse foi o tempo que arrumei pra gravar... Perdão. Um dia eu posto algo decente.
http://www.4shared.com/file/78818228/433e78e7/Gavotte_en_rondeau_Rende red_2.html
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kiki Moderador |
# jan/09
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Pardal muito bom! li o primeiro tópico numa tacada. só acho que pdoeria ter links pras imagens... deve achar facil no google eu já vi quase todos esses instrumentos, mas sempre é bom.
legal o lance do ud, que depois vira alaude. bem aquele lance arabe do AL.
voce que tá responsável? posso mandar coisa tambem? enquanto lia, tive umas idéias. mais pra debater do que pra explicar...
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LuísFalcão Veterano |
# jan/09
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Pardal Bem legal a gravação cara!
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LuísFalcão Veterano |
# jan/09
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concordo com o LuísFalcão
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Pardal Veterano |
# jan/09
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kiki
Fique à vontade! tem de movimentar o grupo mesmo...
LuísFalcão
Valeu. Bem-aventurado o homem que não se condena naquilo que aprova...
LuísFalcão Membro Novato# Enviado: 4/jan/09 23:35 Citar Votar Denunciar
Pardal Bem legal a gravação cara!
LuísFalcão Membro Novato# Enviado: 6/jan/09 13:15 Citar Votar Denunciar
concordo com o LuísFalcão
rsrsrsrsrsrs...
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qew Veterano |
# jan/09
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voltei, to lendo aos poucos... para nao me embolar...
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LuísFalcão Veterano |
# jan/09
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Pardal hauahuhauhauha era um up disfarçado
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Pardal Veterano |
# jan/09
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LuísFalcão
Falando em up...
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kiki Moderador |
# jan/09
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Pardal Fique à vontade! tem de movimentar o grupo mesmo... obrigado!
mas agora nem lembro o que era... =p
vou reler depois e ai devo lembrar. mas nao vai ser tão cedo, meu trab tá me matando esses dias.
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Pardal Veterano |
# jan/09
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Up!
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qew Veterano |
# jan/09
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Pardal
legal cara, lí tudo, me sobraram algumas duvidas:
Marina, que apesar do nome, é um instrumento de uma só corda
quer dizer que a trombeta tinha corda? o.O
cítara (em algumas péssimas traduções)
hum interessante, sempre lí e ouví "cítara", quer dizer que "culturalmente" é parcialmente equivocado dizer "cítara"?
Gaspar Sanz ainda usava a notação em tablatura
como era essa "tablatura"?
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Pardal Veterano |
# jan/09
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qew
Marina, que apesar do nome, é um instrumento de uma só corda
quer dizer que a trombeta tinha corda? o.O
Na verdade, não era uma trombeta como estamos habituados a pensar: era outro instrumento, que recebia o nome de trombeta porque tinha um som anasalado, parecido. Era bem mais barato de fazer que uma trombeta normal, além de ser mais fácil de tocar, mas era um instrumento que parecia um metrônomo, com a caixa acústica bem comprida, e uma corda só. A idéia era realmente reproduzir a trombeta. O cavalete é completamente solto, de tal forma que a vibração que se passa ao tampo é semelhante à de uma trombeta regular. Mas a trombeta marina era um instrumento monocórdio.
hum interessante, sempre lí e ouví "cítara", quer dizer que "culturalmente" é parcialmente equivocado dizer "cítara"?
Quando me referi à cítara, não quis dizer o instrumento indiano, com vária cordas e tlaz. Estou me referindo a um instrumento que parece um violino bem rústico, antigo, que se tocava com plectro, dedo ou arco. Em geral de três cordas apenas, e feito com um só pedaço de madeira, um pouco menor que um violino e maior que uma rabeca, a citole ganhou aos poucos características parecidas com o que viria a se tornar o violão.
como era essa "tablatura"?
Bem semelhante à nossa mesmo. A tablatura dele tinha cinco cordas ainda, por causa da guitarra de cinco ordens. Ela tinha divisão de compassos, naturalmente. Os números indicavam as casas em cada corda. Para anotar o ritmo, em cima de cada nota de duração diferente se colocava um símbolo, uma figura semelhante às da partitura. Se não houvesse uma figura acima da nota, ela teria a mesma duração que a última figura anotada. Basicamente, idêntica às tablaturas modernas.
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qew Veterano |
# jan/09
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Pardal
ah tá! agora entendi, valeu ae!
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Pardal Veterano |
# jan/09
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qew
Disponha!
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Pardal Veterano |
# fev/09
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qew
disponha sempre!
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qew Veterano |
# fev/09
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Pardal
opa, valeu =D
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Pardal Veterano |
# fev/09
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up!
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