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T. Forge Membro Novato |
# jul/14 · Editado por: T. Forge
Nos anos 80, Carlos Assale fundou uma fábrica nacional de guitarras com um objetivo muito específico: fazer guitarras de qualidade pra livrar os músicos nacionais de instrumentos esdrúxulos que povoavam o meio na época (Tonante, Jennifer, etc). Assale já tinha visitado praticamente todas as grandes fábricas de guitarra do mundo, de várias marcas. Assim, nasceu a Dolphin. Depois de alguns anos, o Assale se desassociou da marca para trabalhar no primeiro contrato para fabricar guitarras com a marca Fender fora de uma fábrica da Fender (quando isso acontece, elas são fabricadas sob a marca Squier). Esse contrato trazia para o Brasil as famigeradas e polêmicas Southern Cross.
A Dolphin, em seu início, se concentrava quase que exclusivamente em guitarras do tipo Strato e, posteriormente, Superstrato. Tem algumas tecnologias próprias patenteadas, que eram usadas em suas guitarras e faziam delas um instrumento mais único.
Nos anos 2000 a Dolphin já tinha seu modelo Les Paul. A primeira geração, que possuía headstock bem semelhante ao da Gibson, é muito difícil de encontrar hoje em dia.
1ª geração
Headstock Gibson like
Nessa época era bem comum as marcas imitarem os shapes originais da Gibson na cara dura, até que processos começaram a obrigá-las a modificar seus modelos. Saiu então a 2ª geração, com o corpo ainda réplica, mas com o headstock levemente modificado. Essa geração durou muito pouco tempo, sendo rapidamente substituída pela próxima. Também é bem difícil de se encontrar hoje em dia.
2ª geração (a foto está um pouco achatada e a guitarra está "tunada", não está original)
Headstock
A 3ª geração chegou com mais uma mudança no headstock (seguindo o design da Epiphone, não mais da Gibson) e pela primeira vez, uma alteração significativa também no corpo. O cutway passou a ser mais pontudo e mais aberto. É a Dolphin DGLP mais comum de se encontrar hoje.
3ª geração
Headstock
A Dolphin lançou pelo menos um modelo "spin-off": a DGLP Exótica.
DGLP Exótica
A partir daí, o modelo parou de ser designado "DGLP" e a 4ª geração passou a ser chamada "Rocket". Muita coisa mudou dessa vez. O shape do corpo parece estar bem mais largo. O cutway parece ter mantido a abertura anterior, mas voltou a ser mais arredondado. O binding agora é custom (com as litras pretas no top), ferragens douradas, tampo de maple e um headstock completamente novo. Além de, supostamente, agora serem fabricadas em mogno (que muito provavelmente deve ser nato, que os fabricantes denominam mogno asiático, por ter muita semelhança).
Ela vem agora em mais opções de cor. [Imagens grandes. Abrir em outra aba]
Preta.
Vintage Sunburst
Cherry Burst
Ambar
Headstock frente
Headstock fundo
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Não cheguei a testar todas as gerações. Na verdade, só a primeira e a segunda (tenho uma ainda). Eram exatamente a mesma guitarra, apenas com o headstock diferente. Ambas tem braço colado.
A terceira geração se não me engano passou a ter braço parafusado. Ou pelo menos as duas versões.
Essa nova ainda não testei, mas pretendo. Bonita ela está, e muito. O nível do acabamento subiu consideravelmente em relação a todas as gerações anteriores. Só não me agradou mesmo essas ferragens douradas e esse headstock horrendo.
Tem um vídeo de teste da Rocket, com início e encerramento pela própria Izzo (detentira atual da marca Dolphin) e o miolo do teste feito pelo TV Cifras.
Não gosto muito do review deles, é bem capenga. Não sei se dá pra concluir alguma coisa sobre o som, já que usaram uma puta de uma distorção de merda que até uma Zoom 505 dá risada.
Mas parece sim ser uma guitarra BEM honesta. Pretendo achar alguma por aí e testar eu mesmo.
Enfim, está aí. Só pra informar mesmo.
https://www.youtube.com/watch?v=q5yIaJ1tnME
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Flavio Jr. Veterano |
# jul/14
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Bacana! sempre pensei que a Dolphin fosse as mais ching-ling hehe
Esqueceu de citar as fontes.. principalmente de quando fala da Southern Cross!
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Frankie Veterano |
# jul/14 · Editado por: Frankie
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Curti, apesar do cara do TV Cifras tocar porcamente e timbrar pior ainda. Só lamento ter aquele logotipo da marca na casa 12.
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erico.ascencao Veterano |
# jul/14 · Editado por: erico.ascencao
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Só lembrando que a marca Dolphin fo vendida pelo Assale já faz muito tempo - acredito que antes de ele tocar o projeto da Southern Cross.
Dá uma olhada neste texto.
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MatheusRich Membro |
# jul/14
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Achei o formato do headstock aceitável, até diria bonito, mas aquele "desenho" no meio cagou tudo.
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krixzy Veterano |
# jul/14 · Editado por: krixzy
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Nos anos 80, Carlos Assale fundou uma fábrica nacional de guitarras com um objetivo muito específico: fazer guitarras de qualidade pra livrar os músicos nacionais de instrumentos esdrúxulos que povoavam o meio na época (Tonante, Jennifer, etc).
Se durante todo esse tempo com essas gerações ai passadas ele ainda não conseguiu nem credibilidade:
Flavio Jr. sempre pensei que a Dolphin fosse as mais ching-ling hehe
Acho que não é agora que ele vai fazer muita coisa, também sempre achei que essa marca fosse bem vagabunda, porem nunca tive oportunidade pra testar, acredito que no máximo ela seja mais ou menos, visto o histórico da marca, se tivesse algum diferencial significante ela teria algum destaque no mercado.
edit:
Se já mudou de dono como o erico.ascencao citou, provavelmente o objetivo não é mais o do inicio.
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erico.ascencao Veterano |
# jul/14
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krixzy Também para informação, o Carlos Assale já foi dessa pra uma melhor.
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Nefelibata Veterano |
# jul/14
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T. Forge erico.ascencao
Nunca vi com bons olhos as guitarras desta marca. Sempre me pareceram bem meia boca.
Alguém sabe dizer se as atuais são fabricadas no brasil ou china?
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Slash_Wylde Veterano |
# jul/14
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Eu tenho uma desde meados de 2000, 2001, fui buscar direto na fábrica. (não deixavam vender lá, então separaram pra mim, marcaram a caixa e me deram um lugar pra comprar a mesma ).
Tenho até hoje. Infelizmente acho que farei um quadro com ela dentro e pendurar, já que está trastejando e um ajuste no luthier talvez seja o valor dela. (Ou talvez quando fizer o ajuste ja trocar os captadores pelos meus atuais que pretendo trocar em breve)
Mas a guitarra é muito boa pelo valor. Toquei sem problemas por uns 5 anos..
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krixzy Veterano |
# jul/14
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Slash_Wylde já que está trastejando e um ajuste no luthier talvez seja o valor dela
Acho que uma retífica nos trastes resolve, eu arrisquei fazer na minha cobaia aqui, ficou 100%, super confortável e trastejamento zero.
acho que farei um quadro com ela dentro e pendurar
Essa ideia é boa, acho que farei isso futuramente com minha cobaia, foi meu instrumento de aprendizado musical e de luthieria huehueheh... apesar dos riscos ela ainda está totalmente tocável, confortável, e uma sonoridade até decente, pretendo fazer um vídeo tocando top gear com ela futuramente.
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T. Forge Membro Novato |
# jul/14
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Flavio Jr. Nefelibata De serem, são, hoje. Mas de todas, pra mim são as mais confiáveis. Na verdade mesmo, essas guitarras "concorrentes" da mesma categoria muito provavelmente são fabricadas no mesmo lugar, uma ao lado da outra. A Dolphin DGLP, por exemplo, é praticamente a mesma guitarra que a Shelter Nashville. Mudando apenas detalhes estéticos, que seguem as recomendações de cada marca.
Em se tratando do modelo Les Paul, temos as concorrentes Dolphon, Shelter, Michael, Golden, Memphis e Strinberg. De todas elas (já testei todas), a Dolphin foi a que me passou mais confiança e que mostrou ser mais 'suscetível' a um upgrade. Algumas delas tem um detalhamento estético superior, porém a construção e sonoridade não batem a DGLP ao meu ver, como a Golden e a Strinberg. Já a Memphis (atual, a antiga era bem inferior) e a Michael são bem parecidas, com a diferença do braço ser parafusado.
Mas como eu disse, testei apenas as duas primeiras gerações da DGLP, que não são mais fabricadas. Não tenho ideia de como estão essas novas, mas quero muito testar pra ver.
erico.ascencao Sim sim. Ele vendeu a Dolphin pra se dedicar ao projeto Southern Cross.
MatheusRich Achei feio por si só, mas se não tivesse aquele inlay estranho no meio seria até aceitável.
krixzy Se durante todo esse tempo com essas gerações ai passadas ele ainda não conseguiu nem credibilidade:
Veja bem. A Dolphin manteve o monopólio da industria nacional de guitarra durante os anos 80. Era a marca mais conceituada entre os músicos nacionais que preferiam um instrumento igualmente nacional. Se não me engano, nessa época, elas eram fabricadas aqui mesmo, sob a supervisão completa do Assale. Inclusive, ele desenvolveu tecnologias próprias. Tinha uma ponte que ele mesmo desenvolveu e fabricou, que vinha nessas guitarras dessa época.
Só que ele vendeu a marca para um grande grupo, que representa outras várias marcas. Não tenho certeza se já foi pra Izzo na época, mas hoje a Dolphin é da Izzo. É inevitável que o controle de qualidade caia em uma transação como essa. Foi até por isso que a Dolphin começou a produzir também acessórios musicais diversos (a Izzo fazia isso).
Mas a falta de visibilidade da Dolphin hoje se deve mais a outro fato. Nos anos 80, ela era praticamente a única (ou uma das poucas) marca que fabricava instrumentos decentes (diria até tocáveis). Era a época das famosas Tonante Finder, Jennifers e Stratosonics. Só sabe o terror que é quem já pegou um instrumento desse nas mãos.
Com o passar dos anos, e creio que até como um reflexo desse trabalho da Dolphin, foram surgindo outras marcas nacionais e representadas aqui que traziam instrumentos de qualidade por um preço baixo, assim como a Dolphin fez, então a concorrência aumentou significativamente, fazendo com que ela fosse apenas "mais uma".
Mas acredite, a Dolphin da era Assale foi uma bênção ao mercado nacional de guitarras. Uma pena que não manteve o status com o tempo.
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krixzy Veterano |
# jul/14
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T. Forge Mas a falta de visibilidade da Dolphin hoje se deve mais a outro fato. Nos anos 80, ela era praticamente a única (ou uma das poucas) marca que fabricava instrumentos decentes (diria até tocáveis). Era a época das famosas Tonante Finder, Jennifers e Stratosonics. Só sabe o terror que é quem já pegou um instrumento desse nas mãos.
huehuehueeu... essas marcas ai eu nem conhecia kkkkk... devia ser uma época difícil, dessas ai só cheguei a ver uma jennifer, eu nem tinha conhecimento sobre marca nem nada, na época que eu tava juntando uns trocados suados pra comprar minha primeira guitarra, uns 15 anos atras, um carinha de uma loja me mostrou uma jennifer, lembro que ela tinha uma tinta meio preta, e mudava de cor, ficava verde escuro de acordo com a luz, mas nesse dia ainda não tinha suficiente pra comprar uma guitarra, mais tarde acabei comprando uma Memphis MG32, que é minha cobaia rs... O som e tocabilidade dela ta melhor hoje depois das minha experiencias de aprendizagem pra regular, pensei em vender mas ela não deve valer nem R$ 150,00, então deixo ela aqui pra aprender umas coisas de luthieria, e até tirar um sonsinho de vez em quando, depois da retífica que fiz ela ficou incrivelmente confortável.
Mas acredite, a Dolphin da era Assale foi uma bênção ao mercado nacional de guitarras. Uma pena que não manteve o status com o tempo.
O problema da marca deve ter sido a venda mesmo, aconteceu uma historia semelhante com a Fender, o criador que não lembro o primeiro nome agora, fazia guitarra por amor ao que fazia, visava a qualidade e talz, ai quando ganhou fama, recebeu uma proposta irrecusável e acabou vendendo a Fender pra uma empresa que só visava o lucro, foi ai que a fender quase quebrou, dai foi vendida pra outros que tinha a mesma visão do Fender, ai recuperaram a qualidade e o sucesso de volta, vi isso em uma reportagem, foi uma história bacana.
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Luisfelp FR1 Membro |
# jul/14 · Editado por: Luisfelp FR1
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"O problema da marca deve ter sido a venda mesmo, aconteceu uma historia semelhante com a Fender, o criador que não lembro o primeiro nome agora, fazia guitarra por amor ao que fazia, visava a qualidade e talz, ai quando ganhou fama, recebeu uma proposta irrecusável e acabou vendendo a Fender pra uma empresa que só visava o lucro, foi ai que a fender quase quebrou, dai foi vendida pra outros que tinha a mesma visão do Fender, ai recuperaram a qualidade e o sucesso de volta, vi isso em uma reportagem, foi uma história bacana."
Link da reportagem que conta uma parte da história da Fender, falando sobre essa ''dark age'' que o krixzy e que eu também creio que tenha ocorrido com a Dolphin:
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T. Forge Membro Novato |
# jul/14
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Só a título de curiosidade, a nova linha da Dolphin engloba outros modelos. E porra, estão muito lindos.
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rhoadsvsvai Veterano |
# jul/14
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T. Forge
estão lindas,mas lp de braço parafusado? isso deveria ser crime punivel com pena de morte heheheheh
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T. Forge Membro Novato |
# jul/14 · Editado por: T. Forge
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rhoadsvsvai O da LP é colado.
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rhoadsvsvai Veterano |
# jul/14
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T. Forge vc falou que o da terceira ,ultima geração é parafusado
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T. Forge Membro Novato |
# jul/14
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rhoadsvsvai Ah sim. O da terceira era parafusado ou pelo menos tinha as duas versões. Mas as duas primeiras e essa nova são todos colados :D
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jul/14
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Bonita a Rocket S Ambar.
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Jm7 Veterano |
# jul/14
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Braço parafusado não chega a ser um crime tão macabro assim, além do mais, se for preciso é possível trocar sem maiores problemas.
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dimi1822 Membro |
# jul/14
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Os novos modelos são bonitos, mas não adianta ser bonito se o som é ruim. A Dolphin muda, muda a aparencia da guitarra, mas a guitarra continua ruim
Minha opinião
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renatocaster Moderador
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# jul/14 · Editado por: renatocaster
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Gostei muito dessa Telecaster do vídeo.
EDIT: R$585,00 no ML. Interessante, interessante...
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T. Forge Membro Novato |
# jul/14
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renatocaster Também fiquei muito tentado. E olhe que nem gosto de Tele.
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Luis A. Membro Novato |
# jan/16
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Ressuscitando aqui para fazer uma observação sobre esta guitarra....
Segundo o fabricante esta guitarra (Dolphin Rocket LP) é de mogno, porém na minha opinião ela está mais para compensado do q para mogno, visto q o corpo da guitarra é feito por VÁRIAS tiras de aproximadamente 5cm de largura por 1cm de profundidade....
O corpo da guitarra é extremamente pesado, provavelmente devido à quatidade de cola necessária para juntar as tirinhas de madeira....
A pintura da guitarra é bonita, dá a impressão de um bom acabamento, porém eu testei varias guitarras do msm modelo, umas 6, e todas elas estavam com os trastes muito mau colocados.... Oq ao meu ver deixa claro uma maior preocupação com a estética do q com a funcionalidade da guitarra....
Enfim, nao dá pra exigir muito de guitarras baratas no mercado nacional... Seguindo a logica dos fabricantes nacionais, daqui a pouco vamos chamar papel marche de eucalipto tratado...
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segundo melo Veterano |
# abr/18
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conprei uma recentemente e ela e muito bonita e pesada e provavelmente e mesmo mogno tem otimo som encorpado e caracteristico do modelo les paul so o que me encomodou foi o braço que acheio meio desconfortavel e tanbem as taraxas os captadores são honestos mais o braço me encomodou bastante ainda estou me acostumando
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