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Bloody_Rage Veterano |
# jun/14
Aê galera blz?! espero que sim hehe venho aqui mostrar um improviso meu,depois de um tempo meio desanimado p/ tocar,quero saber o que vcs acham que eu devo melhorar além da parte técnica é claro rsrs,o detalhe é que eu ñ estou mto acostumado á tocar coisas assim,digamos que eu era meio que um guitarrista "analfabeto",daqueles que só improvisa em pentatonica,usei só algumas escalas de F e de Dm,tem uma penta no meio hehe,enfim,quero saber o que vcs acharam p um cara que praticamente ñ sabe usar escalas hehe,e me indiquem coisas para ouvir e praticar,desde já obrigado!
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Filippo14 Veterano |
# jun/14
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Bloody_Rage
Faltou muita pegada, e usar técnicas mesmo, slide, bends, VIBRATOS, etc. Achei nítido que você decorou umas partes das escalas no braço e usava elas para tocar ao invés de decorar o braço inteiro e interligar as partes. Ficou tudo muito picado, sem nexo nenhum. Pense em uma história ao gravar um solo, a ideia do volume no começo foi muito legal, achei que voce ia dar um começo, meio e fim legais para o solo, mas não aconteceu.
Aprender realmente modos gregos é crucial para qualquer um, ainda mais alguém que tenha um interesse de fazer improvisos como você. Use o fórum, tem várias pessoas explicando modos de vários jeitos, tem youtube e internet para isso, corre atrás que isso faz falta no fim.
Acho que o grande segredo que você tentou fugir é o de dar cara de penta. Em um solo como esse, balada mesmo, penta é fundamental, ela da aquele som choroso, blueseiro que caracteriza esse tipo de sonoridade, é usar pentas e passar por notas de modos, é esse estilo, penta total, com bastante dinamica, bends, vibratos, que foi justamente o que faltou você colocar. As pentatonicas são pedaços dos modos gregos, são 5 das 7 notas dos modos gregos daquela tonalidade. Aprender modos e localizar as pentas dentro deles é importantíssimo.
O que você precisa fazer:
1- Aprender modos gregos de verdade, entender as diferenças de cada modo, saber como fazer para dar a intenção de cada modo, criar pentatonicas de cada modo (já expliquei no fórum como fazer isso, basta procurar) e localizar as notas da pentatonica menor dentro das escalas dos modos gregos.
2- Dar uma cara blueseira para seus solos, sabendo usar os modos gregos junto com a pentatonica menor. Treinar várias técnicas como slides, bends e vibratos para dar essas intenções.
3- Pensar no solo como uma história, pensar no começo dele, desenvolvê-lo para chegar em um climax bem marcante e que acabe sem perder a intensidade e emoção do climax.
Abração
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Bloody_Rage Veterano |
# jun/14
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Filippo14
mto obg pela avaliação e pelas dicas cara,sim eu estava tentando fugir da penta pq é uma coisa q eu uso demais e ñ consigo usar direito o modo jonio por exemplo,comecei á uns 2 dias estudar modos gregos,mas eu sou um cara preguiçoso,ñ é sempre q eu pego na guitarra,ñ tenho tido muito animo ultimamente,mas mto obg pelas dicas e pela avaliação.
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Filippo14 Veterano |
# jun/14
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Bloody_Rage
Decorar os sete modelos é bem inútil, na minha opinião.
Os modos gregos são sete escalas, cada uma começando de uma das sete notas da escala maior natural.
O modo grego que começa na primeira nota da escala maior, naturalmente acaba formando a mesma coisa que a escala maior natural, elas começam no mesmo lugar e acabam quando fecha a oitava, então o jônio é igual a escala maior natural.
Os outros modos começam a partir das outras notas da escala. Todos os modos tem as mesmas notas dentro de uma mesma tonalidade, eles apenas começam em lugares diferentes, por isso que tocar notas daquele tom à esmo não caracteriza nenhum dos modos. Um modo tem que ser pensando a partir da tétrade formada através do círculo das notas, é a mesma coisa que campo harmônico, os acordes formados no campo harmônico são as tétrades que aparecem ao pegar a T - 3ª - 5ª -7ª de cada começo de modo, ou seja, o jonio tem a tonica na nota 1 da escala, o dórico tem a tonica na nota 2, e as tétrades vão sendo formadas assim.
Para você dar a intenção de jônio, dórico, etc, você precisa usar as notas que caracterizam aquele modo, ou seja, a sua tétrade e alguma outra nota que possa parecer interessante.
As notas interessantes são aquelas que através do olhar da tonica do modo escolhido forme um intervalo que nenhum modo tenha em comum com aquele.
Exemplo: A 6ª maior de um dórico, a 3ª maior de um mixo, a 4ª aumentada do lídio, a 2ª menor de um frígio, são a mesma nota, e essa nota cria todos esses intervalos que são muito importantes para os modos, essa mesma nota forma os intervalos interessantes de serem usados em cada modo, mas para que essa nota específica e especial dê a sonoridade específica de cada modo que a gente quer, ela tem que ser combinada com as tétrades desses modos.
Para soar dórico, você da um foco muito maior na tétrade do dórico e a 6ª maior dele, que é essa nota. Da mesma forma o lídio, você usa a tétrade do lídio em conjunto com a 4ª aumentada dele, que olhando não para INTERVALOS, mas para NOTAS, é a mesma nota que a 6ª maior do dórico.
Pensando em C jônio:
A nota "especial" é o Sí.
o Sí é a 6ª maior do dórico, 4ª aumentada do lídio, 3ªmaior do mixolídio, 7ªmaior do jônio, Tônica do lócrio, que são intervalos importantes, mas ela só vai ampliar a sonoridade de cada modo específico, se for usada com a tétrade do modo escolhido.
As TÉTRADES dos modos são totalmente diferentes e fará com que as notas usadas sejam diferentes, criando uma sonoridade diferente.
Usar modos é isso, saber as sonoridades de cada um e aplicá-las quando você quiser.
Eu sempre tento criar pentas desses modos com as tétrades e a nota boa/especial, muito fácil de aplicar essa ideia, pentatonicas são o que nós guitarristas mais gostamos, e elas mantém essas sonoridades únicas.
Modos é isso, saber entender e aplicar essas sonoridades, através de pentas ou não pela extensão do braço todo do instrumento.
Abração
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Jube Veterano |
# jun/14
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A explicação do amigo Filippo14 foi simplesmente sensacional, em especial no post acima, matou a pau o misticismo que rola encima dos modos.
Eu daria um palpite no seguinte, você conhece as pentatônicas, mas não tem muita fluência nelas, então não tenha vergonha de usar elas hehe. Você precisa organizar um pouco as ideias e criar um fraseado mais ligado, coeso, que conte uma história mesmo, tenta trabalhar uns teminhas, aprende blue note e vai dar tudo certo.
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Bloody_Rage Veterano |
# jun/14
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Jube
Entao cara,o negocio é q eu ja uso demais penta e pentablues,é meio q automatico eu pego a guitarra e ja to tocando a penta,é q eu gostaria de aprender a usar as escalas maiores menores modos gregos e etc,mas valew.
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Jube Veterano |
# jun/14
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Bloody_Rage Na escala maior/menor você vai ter o mesmo "shape" digamos assim, das pentatônicas, com a adição de mais umas notas, você até pode dar intenção nelas. Opinião minha, o que falta pra você ali não é mudar a escala que está tocando e sim melhorar o fraseado e a dinâmica para soar melhor.
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Filippo14 Veterano |
# jun/14
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Jube
Exatamente, pentatonica é na verdade uma "seleção" das melhores notas do eólio, o modo mais tradicional de ser usado.
A pentatônica menor 5 ( a do eólio ou da escala menor natural, que forma o relativo menor do Jõnio) é uma escala com T - 3ª menor - 4 ª - 5 ª - 7ª. . Esses INTERVALOS, após uma análise dos modos gregos, percebe-se que são iguais no dórico, no frígio e no eólio, ou seja, você consegue usar esse mesmo modelo em outros 2 modos. Terão poucas NOTAS diferentes entre sí, pois os 3 estão no mesmo tom, mas fará MUITA diferença sonora usar o modelo de pentatônica na TÔNICA do eólio, dórico e frígio, fora que vai manter o som guitarrístico bem foda que é justamente a mágica da guitarra.
Tirando músicas regionais e tal, a grande maioria dos guitarristas tentam sempre dar intenções de blues, chorosas, tristes para suas músicas. Muitos criam "pentas novas" (guitarristas amam pentas) que vão resolver esses problemas de digitação, de pensamento, de costume com os shapes das escalas, o que auxilia muito o entendimento da teoria para nós.
Não quero deixar você comum aos outros, mas Músicos como Scott Henderson, Robben Ford, Larry Carlton, entre muitos outros usam e abusam de pentas, e eles são guitarristas que usam coisas realmente complicadas.
A mágica na minha opinião é conseguir entender os modos gregos, menor harmônica, menor melódica e derivados dela (alterada e dom-dim) e não só isso, mas fazer suas sonoridades serem colocadas onde você quiser, que em geral é música rock/blues, com essa cara blueseira.
Abração
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lufre Veterano |
# jun/14
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um post sem muita pretensão que acabou virando uma super aula. muito bom
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Luisfelp FR1 Membro |
# jun/14
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Filippo14
Bela aula sobre modos gregos, hein cara! Como o lufre falou um post sem pretensão que virou uma bela de uma aula, direta e bem explicativa, sem essas firulas que tem na internet cheio de termos técnicos que iniciante não entende direito. Valeu pelo post ;) +1.
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Filippo14 Veterano |
# jun/14
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Jube Bloody_Rage lufre Luisfelp FR1
Modos gregos eh algo muito facil que o pessoal tende a complicar e deixar muito confuso. A pessoa soh precisa entender que os modos sao a escala maior comecando de varios lugares dela e que o importante sao as tetrades formadas.
Abracao
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INNARELLI Membro Novato |
# jun/14
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ae fera acho que vc sabe tocar, só não curti o timbre.
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Bloody_Rage Veterano |
# jun/14
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Obg pela opnião e pela ajuda galera,mto obg mesmo
INNARELLI
ficou muito agudo né?! poisé eu tava regulando sons ainda,procurando uns drives legais na pedaleira,valew.
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INNARELLI Membro Novato |
# jun/14
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Bloody_Rage nao sei, parece que ficou sem efeito nenhum.
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INNARELLI Membro Novato |
# jun/14
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vc usou uma distorção e um chorus?
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Bloody_Rage Veterano |
# jun/14
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INNARELLI
não,usei apenas distorção leve,equalizada bem mais ou menos,ñ sou mto chegado em efeitos como delay mas vou dar uma explorada neles.
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INNARELLI Membro Novato |
# jun/14
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assim véi com um delay ou um chorus, acho que o som ia ficar mais encorpado.
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