Outono Portenho (Piazzolla) - guitarra e contrabaixo acústico

Autor Mensagem
makumbator
Moderador
# mar/14 · Editado por: makumbator


Essa é minha humilde tentativa em gravar esse maravilhoso tango do Piazzolla, Outono Portenho, composto em 1969. Estou tocando o contrabaixo acústico e a guitarra. O arranjo é baseado no original do compositor para quinteto de tango (bandonéon, violino, piano, guitarra elétrica e contrabaixo acústico), com algumas mudanças feitas por mim mesmo.

www.youtube.com/watch?v=MUH3L4lxaX4



Essa composição é característica do “nuevo tango” de Piazzolla, estilo que “modernizou” o antigo tango portenho combinando-o com elementos de música erudita (Piazzolla estudou composição na Europa) e pitadas de jazz.

Essa peça faz parte da coleção “Quatro estações portenhas”, que também possui a primavera, verão e inverno portenhos.

A grande dificuldade é toda a articulação e pegada idiomática do contrabaixo de tango, que apesar de exaustivo é bem divertido de se tocar. Há toda uma preocupação com acentuação (muitas retomadas de arco, em que quase tudo é arco para baixo, ao contrário do universo erudito), com os arrastos e golpes no tampo e lateral do instrumento.

Mesmo eu já tendo tocado com músicos argentinos de tango (e aprendido bastante com eles, um deles inclusive aluno de um aluno direto de Piazzolla) ainda não sinto que captei totalmente estilo. Mas valeu o esforço

No tango tradicional (e no nuevo tango) não há instrumentos percussivos, então o contrabaixo e o piano são os encarregados em criar essa atmosfera rítmica para os demais. Esses são os dois instrumentos que “levam” a música.

Aqui um artigo interessante de um grande baixista argentino e compositor de tango (Pablo Aslan), em que ele explica e comenta as características principais do estilo:

http://www.bassplayer.com/TabId/177/Default.aspx?ArticleId=5159

A guitarra tem em geral muito da intenção e timbres jazzísticos. O som é limpo e muitas vezes seco (com pouco reverb). Em alguns momentos usa-se chorus ou outros efeitos parecidos. Nessa gravação em certos trechos a guitarra tem tremolo (nativo do Cubase mesmo).

Em geral há poucos solos para guitarra no tango, mas o instrumento além da tarefa harmônica junto ao piano, é encarregado de dobrar, preencher e responder a muitas frases do bandonéon, violino e do próprio piano.

O violino também apresenta muitos elementos rítimcos (como o “tambor” característico), glissandos, acentos e uma “sujeira” muito musical. Em outros momentos ele assume um caráter bem melódico.

O contrabaixo foi gravado ao mesmo tempo com microfone (AKG 170) e em linha (com pré amp Germano M.). O timbre final foi uma mescla de ambos. Usei um pouco de compressor (Tube-tech CL 1B Softube) para igualar um pouco o sinal do arco com do pizzicato. Fora isso tem um pouquinho de simulação de fita (VTM) e de console (VCC), ambos da Slate Digital.

Há reverb de convolução nos VSTis (Reverence, do Cubase)

Guitarra em linha, com Amplitube 3 e reverb de mola Springbox, da PSP Audioware.

Aqui os VSTis usados:

Bandonéon: Steinberg Halion Sonic
Violino: Vienna software special edition n.1 e n.1 Plus
Piano: Synthogy Ivory Piano II - Italian grand


versão em mp3:
http://app.box.com/s/zst97127env5vugd94bc

backing track (sem contrabaixo):
http://app.box.com/s/5qy33xu96zb570ja6ybu

backing track (sem guitarra elétrica):
http://app.box.com/s/mhxer9qckyyp38eco9rc

Partitura e partes (incluindo guitarra com tab):
http://app.box.com/s/2chuhnh3ep9fyujuwdsf


Valeu!

Floydniaco
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator


Sensacional ! !

As mudanças na dinâmica são um desafio a parte !

Seus tópicos são de encher os ouvidos ... e os olhos também !
Tudo bem organizado e com toda a informação necessária para se fazer um momento de apreciação. Me sinto como se estivesse escutando um single que veio com um belo encarte.

É muito bom ouvir música latina por aqui !

Timbres, mix .. tudo no padrão makumbator !

Abraço !

makumbator
Moderador
# mar/14
· votar


Floydniaco

Sensacional ! !

As mudanças na dinâmica são um desafio a parte !

Seus tópicos são de encher os ouvidos ... e os olhos também !


Puxa, muito obrigado!

Tudo bem organizado e com toda a informação necessária para se fazer um momento de apreciação. Me sinto como se estivesse escutando um single que veio com um belo encarte.


Hehhe! Esse é o meu lado detalhista/perfeccionista e paranoico com organização...Hhsahsah!

É muito bom ouvir música latina por aqui !

Quanto a isso tenho no forno a Milonga del angel, também do Piazzolla, Coisa n.9 do Moacir Santos e Canção do Radamés Gnatalli (essa última é do repertório de música erudita do autor, para contrabaixo e piano)

guizimm
Veterano
# mar/14
· votar


demais cara, o Piazzola é um dos meus favoritos de todos os tempos.
Nunca tinha notado pitadas jazzisticas, como diz o texto, mas tbm eu nunca parei pra ouvir bem o tango tradicional.

Prabéns e continue tocando!

De Ros
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator

Sensacional, espetacular, fantástico e estupendo. Sem mais.

MMI
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator

Parabéns, Makumba. Muito bom mesmo. Sensacional!

Só uma pergunta indiscreta, para comparar a nossa loucura... Quantas horas vão num projeto desses?

TG Aoshi
Veterano
# mar/14
· votar


Lovely. Ouvir Piazzola tomando café aqui foi perfeito! (aheshuehause, melhor parar de falar de café aqui, que vc vai acabar me matando)

Um mea culpa; confesso que tenho extrema admiração pelas composições do Piazzola, mas uma das minhas falhas é conhecer muito pouco das obras dele...

Depois escuto com mais atenção e comento com mais calma, mas no geral curti bastante. O timbre da guitarra me chamou bastante atenção. Não sei explicar direito, mas gostei muito do som "redondo", sem "harshness" ou exagero de algumas frequências (principalmente nos ataques).

Não sei se é o equipamento aqui, ou o volume que estou escutando, mas senti uma ligeira falta de presença do contrabaixo. Acho que isso ficou um pouco mais notável nos ataques percussivos nas cordas.

Como sempre, ficou muito bom e o vídeo ficou bem legal também! Parabéns! \o/

TG Aoshi
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator
(muitas retomadas de arco, em que quase tudo é arco para baixo, ao contrário do universo erudito)

Aliás, pode falar mais sobre isso? Tenho curiosidade de conhecer mais da linguagem dos instrumentos de arco.

MMI
Quantas horas vão num projeto desses?

Boa pergunta! =]

makumbator
Moderador
# mar/14 · Editado por: makumbator
· votar


guizimm

Obrigado cara! Depois escute uns tangos tradicionais para perceber as diferenças com o nuevo tango. Os mais antigos tem a harmonia mais tradicional (enquanto o nuevo tango gosta muito de colocar uns acordes jazzísticos aqui e ali). A questão da improvisação e solos também é muito mais importante no nuevo tango (como no jazz).


De Ros

Fico muito feliz quando tem um comentário de um de meus músicos favoritos em um tópico que fiz! Só posso agradecer!

MMI
Parabéns, Makumba. Muito bom mesmo. Sensacional!

Só uma pergunta indiscreta, para comparar a nossa loucura... Quantas horas vão num projeto desses?


Muito obrigado amigo! Eu demoro muito nesses projetos, mas por eu ser doente com detalhes, então fico burilando as coisas como um louco. Já comentei aqui que a parte mais rápida é gravar! O que demora mais é planejar o arranjo, aprender e praticar a música e depois editar tudo (é o que demora mais, MUITO mais).

Acho que eu já tinha gravado tudo dessa música em Janeiro mesmo. depois foi só edição.


TG Aoshi
aheshuehause, melhor parar de falar de café aqui, que vc vai acabar me matando)

Hsahash! Maldito café!!! :)

O timbre da guitarra me chamou bastante atenção. Não sei explicar direito, mas gostei muito do som "redondo", sem "harshness" ou exagero de algumas frequências (principalmente nos ataques).

Legal. Nem fiz nada muito complexo ou pensado com ela. Foi basicamente achar um som limpo e puro que me agradasse e pronto (ela tem um pouco de corte de graves).

E ainda toco de Jackson pra parecer mais malvado....hsahsahsa!

Não sei se é o equipamento aqui, ou o volume que estou escutando, mas senti uma ligeira falta de presença do contrabaixo. Acho que isso ficou um pouco mais notável nos ataques percussivos nas cordas.

Você diz quando ele está com arco ou pizz? Eu sempre tenho medo de carregar no baixo (que era uma coisa que eu fazia muito no passado, por conta de gostar do grave). Acho que em algumas vezes eu peco pelo oposto (acabo limando muito dele justamente pelo medo de estar muito forte).

Como sempre, ficou muito bom e o vídeo ficou bem legal também! Parabéns! \o/

Valeu!
Um mea culpa; confesso que tenho extrema admiração pelas composições do Piazzola, mas uma das minhas falhas é conhecer muito pouco das obras dele...

Ah, ele tem muita coisa legal, principalmente composições dos anos 60. Mas no geral todas as fases dele tem ótimas peças. É um dos meus compositores favoritos!

Aliás, pode falar mais sobre isso? Tenho curiosidade de conhecer mais da linguagem dos instrumentos de arco.

É que no tango (e no nuevo tango) o baixo deve quando possível colocar os acentos no arco para baixo (que é naturalmente mais "pesado"). Observe como no vídeo eu faço quase tudo retomando (ou seja, sem o movimento tradicional de fazer arco para baixo e para cima). Fazendo uma analogia é como em guitarra de metal, em que alguns guitarristas gostam de fazer sempre palhetada pra baixo em bases (ao invés de alternar). O Hetfiled do Metallica é um adorador dessa técnica. É muito exaustivo, mas a diferença de som é notável.

makumbator
Moderador
# mar/14
· votar


TG Aoshi

Aqui dois vídeos com contrabaixo de tango pra você sacar:

Nesse primeiro o Pablo Aslan (o mesmo do artigo que indiquei lá em cima) toca um pouquinho da La cumparsita no contrabaixo solo (alternando acompanhamento e melodia). Ele faz muito dos efeitos do estilo no instrumento. O áudio é ruim (de câmera de vídeo) e clipou um pouco, mas dá para apreciar:

https://www.youtube.com/watch?v=idASP8LxeA0

O segundo é um vídeo didático curto, de uma contrabaixista argentina radicada nos EUA:

http://youtu.be/4hVEgE8WgWs

MMI
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator

Acho que eu já tinha gravado tudo dessa música em Janeiro mesmo. depois foi só edição.

Então pelo que entendi começou ano passado... rs

Não tá fora não! Eu já passei mais de ano nessas. huahuahua


Eu sempre tenho medo de carregar no baixo (que era uma coisa que eu fazia muito no passado, por conta de gostar do grave). Acho que em algumas vezes eu peco pelo oposto (acabo limando muito dele justamente pelo medo de estar muito forte).

A gente cai nessa, é normal. Eu mesmo já pequei pelo excesso e pela falta. Já me perguntaram numa gravação do por que a guitarra/violão estarem tão escondidas, a resposta foi: "porque eu gostei do timbre". ;-)

makumbator
Moderador
# mar/14
· votar


MMI
Então pelo que entendi começou ano passado... rs

Sim, acho que comecei a planejar em novembro e a montar o arranjo no mesmo mês.

Não tá fora não! Eu já passei mais de ano nessas. huahuahua

Pois é, tem uma gravação minha que postei aqui que fez até aniversário entre começar a gravar (já havia arranjado tudo) e lançar.

A gente cai nessa, é normal. Eu mesmo já pequei pelo excesso e pela falta. Já me perguntaram numa gravação do por que a guitarra/violão estarem tão escondidas, a resposta foi: "porque eu gostei do timbre". ;-)

Eu acho que nos últimos tempos tenho exagerado na cautela com o baixo...só não posso voltar ao super bass de antes...shahsahsa!

Die Kunst der Fuge
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator

Muito bom, makumba! Excelente trabalho, parabéns! Performance e programação impecáveis.

Uma pequena observação que tenho a fazer, que senti enquanto ouvia e depois li nos comentários, é que em matéria de mix/equalização eu acho que o baixo poderia ser mais presente e com mais graves mesmo.

Mas enfim, é isso ae! Parabéns novamente.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# mar/14
· votar


Vou ouvir novamente mais tarde bebendo um café, vai combinar bem.

makumbator
Moderador
# mar/14 · Editado por: makumbator
· votar


Die Kunst der Fuge

Muito bom, makumba! Excelente trabalho, parabéns!

Opa! Muito obrigado! Legal que você curtiu. Sei que Piazzolla é um dos seus preferidos também.

Uma pequena observação que tenho a fazer, que senti enquanto ouvia e depois li nos comentários, é que em matéria de mix/equalização eu acho que o baixo poderia ser mais presente e com mais graves mesmo.

Pois é, o lance é como comentei com o MMI, para fugir do extremo de colocar baixo demais (que era uma característica que eu quase sempre incorria nas minhas mixes) por vezes acabo indo ao outro extremo (pouco baixo). É foda! Hsahsah!

Vou ouvir novamente mais tarde bebendo um café, vai combinar bem.

Vai prejudicar sua capacidade de percepção musical...não faça isso!

O único café a que me permito é esse aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=yKtgbrEamPg

MMI
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator

Amigo, ao ver esse vídeo do café me lembrei...

Ontem enquanto o povo estava babando na reportagem da Globonews sobre a Fender, não resisti e fiquei vendo a entrevista do João Carlos Martins. Não sei se você assistiu, se era da trupe da reportagem da Fender, mas estavam no programa o Julio Medaglia e o Zé Roberto (da seleção brasileira de volei). Um comentário que me divertiu bastante foi a analogia que fizeram com o futebol: Por que Bach? Bach é o Pelé, outros podem até ser Maradona, mas Pelé é o melhor. kkkkkkk

EduJazz
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator

Parabéns, amigo. Pra mim, o músico de mais alto nível deste fórum, o que não é pouca coisa.

Tocante sua interpretação.

JotaEmidio
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator

Uma coisa a dizer: Excelente!!!

Adler3x3
Veterano
# mar/14
· votar


Makumbator

Neste momento não encontro palavras para me expressar.
Mas gostei, escutei até o fim, e outra hora vou repetir.
E o vídeo tá muito bom.

tomcykman
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator
que expressão e dinâmica monstra! foi das mais fluidezas melódicas até as dissonâncias rítmicas e trítonadas mais marcantes em um só arranjo e composição. do pico da montanha até o nível do mar em termos musicais! edição, execução e produção, como sempre, impecáveis! adoro suas explicações esclarecedoras, você deve ser um excelente professor.

abraço!

makumbator
Moderador
# mar/14
· votar


MMI
Ontem enquanto o povo estava babando na reportagem da Globonews sobre a Fender, não resisti e fiquei vendo a entrevista do João Carlos Martins. Não sei se você assistiu, se era da trupe da reportagem da Fender

Não vi nenhum dos dois...hhashsa! Vou tentar ver se vai ter reprise por esses dias.

Por que Bach? Bach é o Pelé, outros podem até ser Maradona, mas Pelé é o melhor. kkkkkkk

hahsah! É por aí (menos pros Argentinos, né?)

EduJazz
Parabéns, amigo. Pra mim, o músico de mais alto nível deste fórum, o que não é pouca coisa.

Puxa! Não sei se mereço tanto, tem muita gente boa aqui no fórum, ams agradeço as palavras!

JotaEmidio
Adler3x3

Agradeço demais aos dois! Valeu!

tomcykman

Muito obrigado pelas palavras!

Lelo Mig
Membro
# mar/14
· votar


makumbator

Não estou em casa estes dias.........estava adiando para ouvir esse video, mas não resisti e acabei ouvindo no Notebook com aqueles indefectíveis earphones mesmo!

Eu sou chato com fones e enquanto apreciava o teu video com os "earphones" (quem inventou essa merda??) sentia uma certa culpa ao ver você com um AKG, vulgo, fone de verdade...hehehe.

Por isso, não vou comentar mix, volumes, peso, timbres e etc........porque esse foninhos de criança têm o poder de phoder todas as frequências sem discriminação.

Então, focarei no arranjo..........de muito bom gosto, na execução precisa e no que me chamou mais à atenção........o uso quase cirúrgico da dinâmica. A riqueza e necessidade da dinâmica nessa peça é absurda.

Parabéns, tudo muito bom, como sempre!

Obs: Fiquei imaginando como deve ser difícil para você (fã de Carcass e Venon), conseguir aplicar tão bem a dinâmica..........kkkkkkkkkk

Die Kunst der Fuge
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator
Sei que Piazzolla é um dos seus preferidos também.

Sim! Mas o post do TG Aoshi me levou a refletir:

Embora eu tenha vários álbuns de músicas do Piazzolla, não tenho praticamente nenhum de gravações com o quinteto dele, tudo que eu tenho é com orquestras e arranjos para outras formações. Sou um fã com um conhecimento meio diferente do cara =P

O único café a que me permito é esse aqui:

Maneira! Nem sabia que o grande mestre tinha feito uma cantata para homenagear a droga psicoativa mais difundida do mundo =]

A propósito, pelo tema do tópico, achei que o café que você postaria seria esse aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=Bg1lrSX_9VI

Pois é, o lance é como comentei com o MMI, para fugir do extremo de colocar baixo demais (que era uma característica que eu quase sempre incorria nas minhas mixes) por vezes acabo indo ao outro extremo (pouco baixo). É foda! Hsahsah!

Curioso, acompanho suas gravações acho que desde 2008 e nunca percebi nenhum excesso nos baixos. E olha que eu não sou muito chegado em graves em excesso não, hein.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# mar/14 · Editado por: Die Kunst der Fuge
· votar


makumbator
MMI
or que Bach? Bach é o Pelé, outros podem até ser Maradona, mas Pelé é o melhor. kkkkkkk

Em comum os dois também têm o fato de terem feito mais de mil.

Lelo Mig
Obs: Fiquei imaginando como deve ser difícil para você (fã de Carcass e Venon), conseguir aplicar tão bem a dinâmica..........kkkkkkkkkk

Eu imagino o contrário: Como deve ser difícil para um apreciador de músicas como Bach, Dvorák e Piazzolla aturar essas tranqueiras de metal from hell que ele gosta =P

BrotherCrow
Membro Novato
# mar/14
· votar


makumbator
Caramba! Ficou muito, mas muito bom! O aspecto percussivo do baixo chama a atenção pra caramba nesse arranjo. Na primeira audição achei que a guitarra aparecia pouco, mas com certeza isso tem mais a ver com uma opção da instrumentação do que com uma falha (até porque ficaria esquisito mesmo com a guitarra exagerada em primeiro plano). Sabe como é, mania de guitarrista, sempre foco demais na guitarra.

Sobre o Piazolla, tenho mais admiração do que conhecimento. Esse teu video me inspirou a correr atrás.

Falar da dinâmica seria chover no molhado, porque outros caras que manjam muito mais do que eu já comentaram. O baixo é um instrumento que dá espaço pra isso, até pela alternância entre pizzicato, uso do arco e efeitos mais percussivos. Pena esse mar de possibilidades ser tão pouco explorado no mainstream moderno, em que se espera do baixo muito mais a constância do que a dinâmica.

E nem me fala de café porque a máquina de Nespresso tá do lado e eu estou tentando não acabar com as minhas cápsulas!

Abraços e siga mandando bem desse jeito. Os ouvidos aqui agradecem.

makumbator
Moderador
# mar/14
· votar


Lelo Mig
estava adiando para ouvir esse video, mas não resisti e acabei ouvindo no Notebook com aqueles indefectíveis earphones mesmo!

Espero que tenha valido a pena! hsahhsa!

Então, focarei no arranjo..........de muito bom gosto, na execução precisa e no que me chamou mais à atenção........o uso quase cirúrgico da dinâmica. A riqueza e necessidade da dinâmica nessa peça é absurda.


Fico muito feliz que você tenha gostado! E realmente eu adoro e valorizo demais o "desenho" que se pode fazer com as variações dinâmicas. Legal que você percebeu isso.



Obs: Fiquei imaginando como deve ser difícil para você (fã de Carcass e Venon), conseguir aplicar tão bem a dinâmica..........kkkkkkkkkk

Hsahhsa! Pois é, nem eu sei! E gostei bastante do disco novo do Carcass! Por incrivel que pareça, Carcass é uma das minhas bandas favoritas...ahshssah!


Die Kunst der Fuge
Embora eu tenha vários álbuns de músicas do Piazzolla, não tenho praticamente nenhum de gravações com o quinteto dele

Isso é muito comum! Na verdade a maioria dos fãs da música do Piazzolla que eu conheço gostam dele indiretamente, através de arranjos de outros grupos e músicos. Curioso isso! E olha que o Piazzolla gravou bastante durante a vida, tanto em estúdio quanto ao vivo. E algumas músicas dele tem várias versões em estúdio (gravadas com décadas de diferença em alguns casos).

Maneira! Nem sabia que o grande mestre tinha feito uma cantata para homenagear a droga psicoativa mais difundida do mundo =]

Pois é, todo gênio tem suas vaciladas! Hsahash! E o café a que ele dedicou a peça ainda funciona até hoje!



A propósito, pelo tema do tópico, achei que o café que você postaria seria esse aqui:

Essa música é linda, junto com Milonga del angel, Tristezas de un doble A, concerto para bandonéon e violão e Mumuki são minhas preferidas.
Curioso, acompanho suas gravações acho que desde 2008 e nunca percebi nenhum excesso nos baixos. E olha que eu não sou muito chegado em graves em excesso não, hein.

Não é sempre, mas tem umas que tem algum excesso (principalmente em outras mais antigas). Vou me policiar para não incorrer no oposto e tirar muito baixo das próximas!

Em comum os dois também têm o fato de terem feito mais de mil.

Filhos né? São os reis da maternidade...hashsaha!

Eu imagino o contrário: Como deve ser difícil para um apreciador de músicas como Bach, Dvorák e Piazzolla aturar essas tranqueiras de metal from hell que ele gosta =P

É igual cachaça, o alcoólatra também não sabe bem o motivo de beber tanto! Hsahsah!

BrotherCrow
Caramba! Ficou muito, mas muito bom! O aspecto percussivo do baixo chama a atenção pra caramba nesse arranjo.

Valeu! Realmente o baixo é o condutor da peça.

Na primeira audição achei que a guitarra aparecia pouco, mas com certeza isso tem mais a ver com uma opção da instrumentação do que com uma falha

Sim, e nesse arranjo a guitarra dobra muita coisa com a mão direita do piano (fazendo intervalos ou engrossando o timbre). Mas é um intrumento fundamental no nuevo tango. Inclusive é ela que mantém a harmonia bem explícita quando o piano se cala.

Pena esse mar de possibilidades ser tão pouco explorado no mainstream moderno, em que se espera do baixo muito mais a constância do que a dinâmica.

Principalmente no rock não se explora muito a variação dinâmica. Quando muito é apenas alternância estanque entre claro (forte) e escuro (piano). A loudness war também contribuiu para isso.

Abraços e siga mandando bem desse jeito. Os ouvidos aqui agradecem.

Muito obrigado!

Die Kunst der Fuge
Veterano
# mar/14
· votar


makumbator

Agora que me liguei, tu devia ter segurado um pouco mais o lançamento da música pra soltar hoje, no primeiro dia de outono :P

Isso é muito comum...

Ahaha bom saber! Me sinto menos poser =P

Essa música é linda, junto com Milonga del angel, Tristezas de un doble A, concerto para bandonéon e violão e Mumuki são minhas preferidas.

Interessante saber. Também gosto muito dessas que você citou (não conheço a Tristezas para un Doble A, vou ouvi-la), mas meu conjunto de preferidas é diferente: Milonga del ángel, Le grand tango, Inverno Portenho, Oblivion, Sur: Regreso al amor e Fuga Y Misterio.

Filhos né? São os reis da maternidade...hashsaha!

uashuashu também! Além de gols e peças musicais!
Sobre paternidade, os filhotes do Bach pelo menos herdaram parte do talento do pai para o mesmo ofício, o que não se pode dizer do Pelé.

makumbator
Moderador
# mar/14 · Editado por: makumbator
· votar


Die Kunst der Fuge
Agora que me liguei, tu devia ter segurado um pouco mais o lançamento da música pra soltar hoje, no primeiro dia de outono :P

Hhssh! É verdade! Se bem que nesse Brasil infernal todo dia é verão.

Ahaha bom saber! Me sinto menos poser =P

Eu acho ele um dos compositores em que isso mais acontece.

Gosto de todas da sua lista também, principalmente Sur: regreso al amor e Fuga Y misterio.

Aqui a Tristezas de um doble A (o improviso do badonéon nessa gravação específica de estúdio é divino). Há uma parte inicial e final mais tristes e o meio um pouco mais movido e alegre.

O trecho final em que o contrabaixo sai do arco (e depois o violino vai ao agudo) é perfeito. Nesse momento o bandonéon faz linhas maravilhosas:

http://www.youtube.com/watch?v=MoSIFxWRIs4


Sobre paternidade, os filhotes do Bach pelo menos herdaram parte do talento do pai para o mesmo ofício, o que não se pode dizer do Pelé.

Nesse ponto a diferença é colossal!

MMI
Veterano
# mar/14
· votar


Die Kunst der Fuge

Em comum os dois também têm o fato de terem feito mais de mil.
Sobre paternidade, os filhotes do Bach pelo menos herdaram parte do talento do pai para o mesmo ofício, o que não se pode dizer do Pelé.

De fato... E até onde eu sei (???) o Bach não devia ter o hábito esquizofrênico de dizer que o Edson, que nem é lá essas coisas, é diferente do Pelé.

makumbator
Moderador
# mar/14
· votar


MMI
De fato... E até onde eu sei (???) o Bach não devia ter o hábito esquizofrênico de dizer que o Edson, que nem é lá essas coisas, é diferente do Pelé.

Esse costume é terrível! Hsahsahsah! Falar de si mesmo em terceira pessoa é muita tosqueira!

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a Outono Portenho (Piazzolla) - guitarra e contrabaixo acústico