História em solos

    Autor Mensagem
    dudubastilho
    Veterano
    # out/12


    Bom, sou iniciante no fórum. Então desde já desculpem se fizer algo errado e tiver falando bobagem mas tenho uma dúvida.
    Comecei a tocar a um pouco mais de um ano, fiz apenas 2 meses de aula, mas quando eu era muito iniciante. Mas antes eu tocava violão de nylon e queria aprender mais sobre MPB e afins... Pouco mais de 3 meses peguei a guitarra do meu irmão e comecei a tirar músicas que tenham solos bacanas de guitarra. Já tenho alguma noção de escala e algo licks e etc. Mas sempre ouvi muito dizer que o solo deve ter uma 'história' que não pode ser simplesmente tocado, isso eu nunca entendi, será que alguém podia me explicar? E dar algumas dicas de improviso tbm se possível. Minhas influências são John Mayer, o dvd dele é uma aula de como se tocar blues. SRV, esse nem precisa de comentários. E o meu guitarrista favorito - David Gilmour, o mestre do felling.
    Desde já agradeço a ajuda...

    Edson Caetano
    Veterano
    # out/12
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    Que história nada, é só felling e muita inspiração

    GuitarristaDoNickEstranho
    Veterano
    # out/12
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    dudubastilho

    Vi uma vez o Juninho Afran falando sobre essa parada de história. Acho que quer dizer que o solo deve tipo ter uma sequência lógica, sei lá... Começo, meio e fim, sem ser um treco maluco qualquer. Acho que a ideia deve ser mais ou menos essa. No vídeo ele tinha comentado sobre dinâmica também, comparando o solo como o momento que alguém está contando uma história, onde a pessoa muda o tom de voz de acordo com a passagem da história, assim como o guitarrista mudando a dinâmica, a intensidade, e outras coisas durante o solo.

    Acho que a ideia é mais ou menos por aí...

    dudubastilho
    Veterano
    # out/12
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    GuitarristaDoNickEstranho

    Vaaleu cara

    jprpfera
    Veterano
    # out/12
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    GuitarristaDoNickEstranho
    Cara sempre que eu for improvisar agora vou lembrar disso...muito bom!

    Tomaz.
    Veterano
    # out/12
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    Tem uns vídeos do John Mayer dando uma espécie de palestra na Berklee... se tu manja de inglês, vale a pena buscar. Os vídeos em geral abrangem inspiração e improviso... ele fala que prefere soar bem, que uma pessoa goste e diga: "bom solo, cara", ao invés de vir um músico e perguntar: "hmm, isso é mixolidio?"


    Nesse vídeo ele fala que não gosta de começar um improviso nas notas agudas, que soa como um cantor que já começa rasgando a voz... ele diz que a ideia tem que ser bem trabalhada, desenvolvida. Porque começando direto nas agudas soa impactante demais, o que te impede de voltar pruma zona mais grave e fazer um fraseado mais lento, porque todo mundo espera uma evolução no teu solo, e voltar pra região grave seria, simplesmente, um retrocesso. É como se o teu solo já começasse no auge, e todo mundo espera que ele cresça, mas ele já tá no tamanho máximo, sendo que ninguém ouviu ele crescendo.

    Isso me ajudou bastante na hora de improvisar.

    Leomju
    Veterano
    # out/12
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    dudubastilho
    GuitarristaDoNickEstranho
    Galera... vi esta entrevista do Juninho que o Guitarrista do Nick Estranho citou.
    O que ele disse e eu concordo, é que o solo tem que ser parte integrante da música e não um ato isolado.
    Ele estava dizendo que o solo tem que representar todo o resto da composição!
    Ele tem que ser parte integrante e tem que fazer parte da música, como uma estória dentro da História... não sei se deu pra entender...

    Um grande abraço!

    ALF is back
    Veterano
    # out/12
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    dudubastilho
    alguns solos realmente contam uma historia, chega a passar alegria e tristeza, uma emoção diferente a cada sequencia de notas...
    o solo dessa musica nitidamente conta uma estória...é legal ouvir a musica inteira antes do solo, pois como o Leomju, ele faz parte da musica e um nao faz sentido sem o outro...mas pra ser mais objetivo, o solo começa aos 2:50:



    dudubastilho
    Veterano
    # out/12
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    Tomaz.

    Valeu cara, não manjo tanto de inglês mas vou dar uma procurada nos videos ver se consigo entender algo.
    Achei muito interessante isso de não começar nas notas agudas, de certa forma faz muito sentido. Irei pegar a guitarra e 'testar' alguns fraseados, fazendo o solo evoluir. John Mayer é brilhante.

    Leomju
    ALF is back


    Obrigado mesmo pessoal, entendi sim a parte da 'estória dentro da história'.
    Música foda essa hein, mesmo não sendo fã de Dream Theater, achei sensacional

    Will Bejar
    Veterano
    # out/12
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    Tomaz.
    Nesse vídeo ele fala que não gosta de começar um improviso nas notas agudas, que soa como um cantor que já começa rasgando a voz... ele diz que a ideia tem que ser bem trabalhada, desenvolvida. Porque começando direto nas agudas soa impactante demais, o que te impede de voltar pruma zona mais grave e fazer um fraseado mais lento, porque todo mundo espera uma evolução no teu solo, e voltar pra região grave seria, simplesmente, um retrocesso. É como se o teu solo já começasse no auge, e todo mundo espera que ele cresça, mas ele já tá no tamanho máximo, sendo que ninguém ouviu ele crescendo.
    Legal isso aqui, hein!!! Vou ver o vídeo em casa!!! Abç

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