EBow Plus, Roland GK-3 e Fernandes Sustainer FSK-401. Qual a finalidade e a diferença dos mesmos?

    Autor Mensagem
    Eric Clapton
    Veterano
    # mai/12


    Eu pensei que todos tinham a mesma finalidade: dar sustain infinito a sua guitarra. Mas percebi que não é a mesma coisa.

    O EBow é como se fosse uma palheta (por assim dizer, na forma em que se aplica a utilização) que tem uma carga elétrica cria um campo de energia, vibrando a corda que lhe dá ilimitada sustentação.

    O Roland GK-3 é um captador que cria o "mundo dos sintetizadores Roland" para guitarra. Mas não me liguei se existe esse lance para o sustain. Eu posso usá-lo combinando-o com outros pedais?

    E o Fernandes Sustainer tem a mesma finalidade do EBow , a diferença é que é um captador com sistema ativo instalado na guitarra, diferente do Roland que é usado de forma externa.

    Alguém poderia me dizer se estou errado em minhas observações desses três produtos?

    Valeu

    Eric Clapton
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    se fosse sobre o slash...


    =/

    WebTiago
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    se fosse sobre o slash...

    hehe você podia editar o título... rsrs Pena que eu não sei muito sobre guitarra :(

    Bog
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Eric Clapton
    O Roland GK-3 é um captador que cria o "mundo dos sintetizadores Roland" para guitarra.

    Não é bem assim. Ele não cria. O GK-3 é simplesmente um captador hexafônico, que manda sinais independentes para cada corda com um timbre bem neutro. Estes sinais, mais alguns de controle, são mandados por um cabo especial.

    O sinal do captador hexafônico pode ser processado de duas maneiras. Uma delas é interpretando as notas e convertendo para MIDI, aplicando sons PCM como aqueles usados por teclados e sintetizadores. A outra é com filtros e técnicas de processamento digital de sinais, sem interpretação, o que permite processamento em tempo real e mantendo todas as características da execução. Já a conversão para MIDI se perde com barulhos como o de dedos deslizando pelas cordas, além de apresentar latência perceptível em notas graves.

    O GK-3 não faz nada deste processamento, ele só manda o sinal, que precisa ser processado por um equipamento externo, como o GR-20 (synth), VG-99 (DSP) ou GR-55 (synth + DSP). Alguns desses equipamentos permitem um "hold" na nota tocada, produzindo algo parecido com o sustain infinito. Acho que a GR-55 só permite fazer isso com os synths.

    Eu posso usá-lo combinando-o com outros pedais?

    Depende do que você usa para processar o sinal hexafônico.

    o Fernandes Sustainer tem a mesma finalidade do EBow

    Não, porque ele simplesmente alonga a nota tocada, produzindo o tal "sustain infinito". O EBow não tem o ataque da palheta - apesar de ele permitir um "sustain infinito", o ataque das notas funciona com o volume aumentando gradualmente. Lembra um violino.

    Eric Clapton
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    WebTiago
    hehe você podia editar o título... rsrs Pena que eu não sei muito sobre guitarra :(


    ehhehehe...não...sinceramente não vou muito para a cara do Slash...hehehe



    Bog

    Grande Bog! Valeu pelo post. Vamos aos pontos:

    [
    Não é bem assim. Ele não cria. O GK-3 é simplesmente um captador hexafônico, que manda sinais independentes para cada corda com um timbre bem neutro. Estes sinais, mais alguns de controle, são mandados por um cabo especial.

    O sinal do captador hexafônico pode ser processado de duas maneiras. Uma delas é interpretando as notas e convertendo para MIDI, aplicando sons PCM como aqueles usados por teclados e sintetizadores. A outra é com filtros e técnicas de processamento digital de sinais, sem interpretação, o que permite processamento em tempo real e mantendo todas as características da execução. Já a conversão para MIDI se perde com barulhos como o de dedos deslizando pelas cordas, além de apresentar latência perceptível em notas graves.


    Eu uso o Gk-3 de forma independente aos outros "periféricos" por assim dizer?

    O amplificador, os pedais, os cabos, os slides em barra de vidro e tc... isso interfere muito na sonoridade, interfere no som MIDI?

    Eu posso por exemplo alternar sua utilização com os efeitos analógicos?

    Eric Clapton
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Bog


    Mais uma coisa Bog, desculpe a ignorância, mas é que na minha época só existia violão feito com corda de tripa. rs


    Esse captador Roland GK3, pelo o que eu olhei fisicamente, ele é composto por uma peça acoplada no corpo da guitarra com um Jack de saída e um pequeno cabo que leva o captador até a ponte.

    Eu preciso de outros elementos para funcionar? Eu não posso apenas ligar o cabo no jack de saída e conecta-lo na linha de pedais ou direto no amplificador? Eu preciso de outros aparelhos da Roland?

    Bog
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Eric Clapton
    Eu uso o Gk-3 de forma independente aos outros "periféricos" por assim dizer?

    Não. É exatamente o contrário. Periférico é o GK-3. Ele não faz nada sozinho. É como um mouse sem computador. O "cérebro" do sistema é o equipamento no qual você liga o GK-3.

    O amplificador, os pedais, os cabos, os slides em barra de vidro e tc... isso interfere muito na sonoridade, interfere no som MIDI?

    Sim. Os sons PCM da GR-55, por exemplo, são *exatamente* os mesmos de alguns teclados/sintetizadores da Roland. Foram feitos para serem ligados em um amp de teclado ou outro sistema de som neutro, não em um set convencional para guitarra. A GR-55 tem até duas saídas, uma com tudo processado para ligação em linha (para os sons convertidos para MIDI e os sons de guitarra com simulação de amp) e outra apenas com o som "cru" de guitarra para ligação em um set tradicional (aqui, pode ser o sinal da guitarra original ou uma simulação de guitarra obtida com DSP).

    Eu falo mais da GR-55 porque eu tenho ela. Para quem não entende bem deste tipo de equipamento e está acostumado com um set tradicional, é meio complicado de entender no começo. Mas é de longe o equipamento mais complexo e profundo que eu já tive. Dá para fazer MUITA coisa com ele, mas não acho que é um troço indicado para todo mundo. Até pelo preço, quem gosta de um som mais tradicional tem muito mais a ganhar comprando amps e pedais à moda antiga.

    Bog
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Eric Clapton
    Eu preciso de outros elementos para funcionar?

    Sim, como eu disse ali em cima, o GK-3 não faz nada sozinho.

    Eu não posso apenas ligar o cabo no jack de saída e conecta-lo na linha de pedais ou direto no amplificador?

    Não. A saída do GK-3 é com um cabo especial, de 8 pinos, não é um cabo normal de guitarra.

    Eu preciso de outros aparelhos da Roland?

    A princípio (e oficialmente), sim.

    Eric Clapton
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Bog

    Poxa.

    Eu descobri esse acessório em um site de equipamentos, dai eu fui ver no Youtube, mas nao falava que tinha que ter uma GR-55 para emular os sons de flautas, piano, vozes, etc...

    Eu imaginava que só aquela peça acoplada na guitarra junto com o captador dava conta do recado.

    Que decepção, pois se só esse captador custa quase mil reais, imagina um GR-55

    Bog
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Eric Clapton
    Que decepção, pois se só esse captador custa quase mil reais, imagina um GR-55

    Heheh, pois é, no Brasil o conjunto GR-55 + GK-3 deve sair mais de 2500. Nada barato. Mas é um equipamento monstruoso.

    Eric Clapton
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Bog
    Heheh, pois é, no Brasil o conjunto GR-55 + GK-3 deve sair mais de 2500. Nada barato. Mas é um equipamento monstruoso.


    Mas mesmo assim interessante. Ai no Japão as coisas são mais "honestas"por assim dizer (sem contar que a Roland é Japonesa).


    Apenas supondo, eu poderia comprar um GR-55 + GK-3 e usar um set de pedais analógicos tranquilamente? Eu teria que usar um switch para alternar o G55 com o set analógico ou tem como eu usar em Loop sem ter perca de sinal ou de qualidade de som? Pois vc disse no post acima que o G55 tem duas saídas, mas eu não compreendi muito bem essa parte, pois de qualquer forma o som seriam processado pelo G55 para depois sair na linha de pedais analógicos, é isso mesmo?

    Bog
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Eric Clapton
    Ai no Japão

    Eu já voltei para o Brasil.

    eu poderia comprar um GR-55 + GK-3 e usar um set de pedais analógicos tranquilamente?

    Sim, desde que você não queira usar as simulações de amps da GR-55.

    Eu teria que usar um switch para alternar o G55 com o set analógico ou tem como eu usar em Loop sem ter perca de sinal ou de qualidade de som?

    Se for apenas para usar as simulações de guitarras (ou a guitarra original) com o set, a GR-55 tem uma saída extra para isso.

    vc disse no post acima que o G55 tem duas saídas, mas eu não compreendi muito bem essa parte, pois de qualquer forma o som seriam processado pelo G55 para depois sair na linha de pedais analógicos, é isso mesmo?

    Não. A GR-55 trabalha com 4 sinais:

    1. O sinal original da tua guitarra.
    2. Uma guitarra simulada através de DSP (também tem simulação de violão, banjo, baixo...).
    3. Um som PCM obtido através de conversão para MIDI.
    4. Idem 3 (são dois sons PCM simultâneos - dá para ter, por exemplo, um violino e um violoncelo tocando a mesma coisa 1 oitava abaixo).

    Estes 4 sinais podem passar por diversos efeitos, reverb, delay, simulação de amps, etc.

    A saída normal da GR-55 manda tudo, com todo o processamento. É uma saída estéreo de linha. Se você ligar esta saída em um set normal de pedais, vai precisar de um switch extra para redirecionar os sons PCM e as simulações de violões e coisas do tipo para um amp de teclado ou sistema de som neutro. Por isso, a GR-55 tem a outra saída, que manda apenas o sinal cru da guitarra (o 1 e/ou o 2 na lista acima), sem nenhum efeito. Este sinal vai com um nível mais baixo, apropriado para ser ligado em um set de pedais e/ou amp convencional.

    Uma das ligações recomendadas seria a saída normal direto em um sistema neutro e a saída de guitarra no set normal. A própria pedaleira manda o sinal certo para o lugar certo. Em uma música com som de flauta, o sinal iria para o sistema neutro, em uma música com guitarra, iria para o teu set. Mas aí você não teria os efeitos da GR-55 na guitarra, apenas os do teu set.

    Existem outras ligações possíveis. Aliás, existem *MUITAS* ligações possíveis, inclusive um truque sujo para substituir o sinal normal da tua guitarra por um loop de efeitos improvisado.

    Eric Clapton
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Bog

    Nossa man. Quanta informação hehehe... E isso é ótimo.

    Uma outra coisa. Com relação a esse sincronismo da saída da guitarra e da saída do GK-3. Supondo qu eeu tenha o G55 + GK3 e um set de pedais analogicos com dois ampli diferentes, um valvulado para meu set analógico e um Roland limpo para o G55. Na guitarra em específico, o cabo normal da minha guitarra eu conecto na parte acoplada e a parte acoplada eu mando para o G55?

    Eu ainda fiquei um pouco confuso nesse lance de conexão. Pois de qualquer forma, a saída do sinal dos meus captadores normais de alnico da minha guitarra vão ter de passar pelo GK3 para depois passar pelo G55 (com um sinal mais baixo) para meu set de pedais e meu ampli valvulado e teria essa liberdade de alternar no som dos caps normais + set analógico + valvudado e o G55 + GK3 tranquilamente né?



    Não seria mais fácil eu comprar um Fender Stratocaster com o Sistema Roland VG? hehehe seria a mesma coisa?

    Bog
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Eric Clapton
    Eu ainda fiquei um pouco confuso nesse lance de conexão.

    Se você estiver pensando a sério na GR-55, eu sugiro baixar o manual e ler. Como eu disse, é um equipamento complexo, então as figurinhas do manual ajudam a entender um pouco melhor.

    Não seria mais fácil eu comprar um Fender Stratocaster com o Sistema Roland VG? hehehe seria a mesma coisa?

    Não. A Strato com sistema VG tem embutidas algumas das coisas da GR-55, particularmente as simulações de guitarras por DSP. Neste sentido, ela se parece bastante com a Variax, da Line 6. Mas esta Strato não tem os outros efeitos, nem os sons PCM (MIDI). Existe uma outra, que tem só o GK-3 embutido internamente, mas esta precisa do processador externo.

    Eric Clapton
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Bog

    Cara. Eu estava vendo no Youtube (agora com a orientação certa, graças a sua explicação) esse lance da GR-55 com o GK-3. PQP! Fiquei de caixo caído. Muito foda.

    A G55 é a mais completa desses sintetizadores de guitarra? Pelo o que eu entendi ela é o Synth + DSP?

    No Magazine Luiza tá R$ 3.675,00

    http://www.magazineluiza.com.br/pedaleira-gr-55-com-gk3-roland-385718/ p/2009800/00/im/iace/

    Bog
    Veterano
    # mai/12
    · votar


    Eric Clapton
    A G55 é a mais completa desses sintetizadores de guitarra?

    Dos synths sim. Mas para simulação de guitarra e multi-efeitos (basicamente igual à GT-10 neste ponto), tem a VG-99, que permite duas simulações de guitarra ao mesmo tempo. Na GR-55 é só uma + o sinal original da tua guitarra, e a parte de multi-efeitos dela é mais simples que na GT-10.

    Pelo o que eu entendi ela é o Synth + DSP?

    Sim. E com 2 synths PCM. No total, são 4 "instrumentos": os 2 synths PCM, mais uma guitarra simulada por DSP, mais o sinal original da guitarra.

      Enviar sua resposta para este assunto
              Tablatura   
      Responder tópico na versão original
       

      Tópicos relacionados a EBow Plus, Roland GK-3 e Fernandes Sustainer FSK-401. Qual a finalidade e a diferença dos mesmos?