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Zidane Veterano |
# mar/12
Faz um tempinho já que eu não posto, acho que o ultimo foi no Tributo GH, que inclusive foi um fracasso completo no quesito comentários, a galera toda se animou pra gravar, deu uma quantidade absurda de musicas, mas quase ninguém comentou... pena, foi um ótimo tributo.
Mas voltando ao tópico, eu vejo muitas pessoas por ai falando mal de timbres modernos e criticando, falando que são pessoas sem gosto que usam eles, que é compressão pura, que é isso, que é aquilo, sem nem procurar saber o que é timbre moderno de verdade....
Bom, há um tempo atrás eu tava lendo uma matéria do Whiplash que desvendava os segredos da gravação e edição da Enter Sandman, primeiro single do Black Album, o pai dos timbres modernos, e um dos maiores sucessos do Metallica.
Tem uma passagem que prova que timbre moderno não é só compressão:
"Enter Sandman foi a primeira faixa a ser mixada nos estúdios A&M [Hollywood]. No console SSL 4000 deles. E até a mixagem foi um estudo de perfeição microscópica. "Uma das grandes coisas naquela época era que eu usava o compressor da SSL como compressor 'bus'", diz Rock. "Mas James não gostou do que aquilo fazia com suas guitarras, o que me fez ter que repensar a maneira que mixo. O que eu bolei foi, o fato da SSL ter três buses principais. Então eu poderia colocar o compressor da SSL pra bateria e pro baixo, e eu poderia deixar as guitarras sem compressão, que é o som de James. Esse é o grande segredo do som daquele disco. É por isso que ele tem aquele peso."
Ou seja as guitarras do Black Album não foram comprimidas na hora da edição.
Abro agora uma grande OBSERVAÇÃO, pq eu não estou afirmando que nenhuma banda com timbres de guita modernos usa compressão eu só estou mostrando que timbre moderno não é necessariamente só compressão como muitos pensam.
Agora eu peço um favor, se você for postar só pra xingar, discutir com todo mundo por nada ou brigar, nem poste. Mas se vc for postar com intenção de iniciar uma discussão saudável, para opinar ou para adicionar informações eu responderei com gosto.
Abraços a todos. See ya
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juninholiveira Veterano |
# mar/12
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o timbre sendo bom, pra que toca, ta valendo, num importa se é pura cojmpressão ou puro vintage, é bom ta valendo. ^^
E eu curto muito a distorção moderna, mais comprimida, da um peso fenomenal de bom na guitarra.
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mjcmello Veterano |
# mar/12
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Mas a própria distorção já é uma compressão "ao extremo" ....
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MauricioBahia Moderador |
# mar/12 · Editado por: MauricioBahia
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"Mas James não gostou do que aquilo fazia com suas guitarras, o que me fez ter que repensar a maneira que mixo. O que eu bolei foi, o fato da SSL ter três buses principais. Então eu poderia colocar o compressor da SSL pra bateria e pro baixo, e eu poderia deixar as guitarras sem compressão, que é o som de James. Esse é o grande segredo do som daquele disco. É por isso que ele tem aquele peso."
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Yusuke Urameshi Veterano |
# mar/12
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O "ronco" das guitas do James no And justice e no Black album é insuperável...
Viva o bom e velho Mesa Mark IV !!
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Thyago_Trajano Veterano |
# mar/12
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A questão de timbres modernos versus vintage é uma grande balela...
Eu como toco rock n roll e blues, prefiro, obviamente, um som mais vintage!
Isso depende muito de estilo! Eu já usei muito som moderno, e sem comprimir! Quando eu toquei numa banda de Death e Thrash (Infernal Blasphemy e Diablerie, respectivamente).
Como estou tocando Blues agora, prefiro um som que capte bem a dinâmica da palhetada!!!
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Zidane Veterano |
# mar/12
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juninholiveira
Eu tb sou dessa filosofia, se o musico acha o som bonito, então o timbre dele está perfeito.
mjcmello
Compressão pós-gravação, eu digo.
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Zidane Veterano |
# mar/12
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Yusuke Urameshi
No passado, agora e sempre...
Thyago_Trajano
Agreed
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Yusuke Urameshi Veterano |
# mar/12
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Esqueci do detalhe de que o Mark IV não faz o trabalho sozinho, tem uma serie de equalizadores também (além dos que já existem no head)... mas nada que tire o mérito do vovô.
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Zidane Veterano |
# mar/12
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Alem dos Rectfier e dos Marshall's que ele tb usava pra ajudar a compor aqueles timbres maravilhosos.
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Drive30 Veterano |
# mar/12
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Zidane
Eu acho que quando o pessoal se refere a compressão em timbre moderno , é coisa mais recente , anos 2000 pra cá, new metal, slipknot, korn ,SOAD, deftones, etc... e tambem essas bandas emocore/punk que surgiram recentemente.
Black album pra mim ainda é old school, hehe e é um timbre muito bom realmente.
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Zidane Veterano |
# mar/12
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Drive30
Mas timbre moderno é isso muitos graves e agudos, com médios controlados. Ai tem a variações, a que eu mais curto é aquele timbre de Black Album mesmo, com os graves macios e agudos presentes. Tem gente que acha bonito compressão no talo.... não posso fazer nada. Mas o que é errado é o q os caras fazem, falo em timbre moderno, os caras já pensam em compressão e com um desprezo infinito que não da pra saber de onde vem. Muitas vezes falando sem nem saber o que é o timbre moderno original.
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makumbator Moderador
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# mar/12
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Zidane
Na gravação até podia não ter compressão nas guitarras, mas é claro que na masterização havia a compressão de tudo. Outro ponto que o pessoal já lembrou, é que a própria distorção(principalmente hi gain) gera uma certa compressão sonora.
Recentemente saiu na Sound on Sound uma matéria com o o Flemming Rasmussen, falando das gravações do And justice for all (ele toca em váios assuntos, inclusive do problema do baixo, que foi praticamente limado na masterização a pedido do Lars e do James).
O engraçado é que ele diz que ficou chocado ao ouvir o som final após o lançamento, pois na mixagem estava tudo mais ressoante, cheio e encorpado(e com baixo...hehehe). Vale a pena ler essa reportagem.
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MMI Veterano
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# mar/12
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O Black Album não é referência quanto a timbre comprimido ou "loudness war". Só para você ter uma ideia, tem um gráfico muito interessante a respeito. Aliás, nesse site dynamicrangeday.com fala bastante a respeito.
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Stalingrado Veterano
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# mar/12
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Zidane Isso é algo bem interessante... Mas o que eu vejo muito a galera da produção fazer é a famosa dobra de guitarras. Mas engana-se quem acha que se faz dobra com o timbre hi-gain extremo, com aquela compressão absurda. Não funciona! O grande lance é deixar um timbre BEM mais limpo, tocar com pegada e repetir esse processo 1, até 5 vezes. O som fica com bastante punch e definição. Uma parede sonora! Os compressores externos usados são compressores mais 'prontos', pois o objetivo não é comprimir tanto, e sim adicionar um colorido no timbre.
Bom, isso é o que eu leio por aí e pra mim faz bastante sentido, pois já testei e curti muito o resultado.
Agora, na master, como disse nosso amigo makumbator... Na master, é outra história.
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Zidane Veterano |
# mar/12
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makumbator
Cara, masterização é outra papo mesmo, mas na mix só passaram pelo compressor o baixo e a batera (como é dito na passagem que eu coloquei). Quanto a timbres hi-gain terem uma compressão natural eu nem discuto, mas o fato de algumas pessoas criticarem timbre moderno por ter muita compressão na mix.
Depois eu vou procurar essa matéria.
MMI
Realmente, mas vc não pode discordar que o Black é uma das principais referencias em questão de timbres modernos. E por falar nisso eu curti pra caramba o gráfico, Valeu.
Stalingrado
Cara, dobra de guitarra não serve pra nada, o bom mesmo é fazer tipo eu e muitos músicos profissionais e amadores tb fazem, maneirar a mão no ganho e gravar mais de uma pista pras bases (no meu caso geralmente duas ou três) e dá até pra vc fazer um jogo legal de pan sem muito esforço. Mas por exemplo, no meu caso o falante zoa muito quando eu toco algo abafado e deixo soar, dá aquele "duuuummmmmm" tenebroso ai eu uso recursos de fade e quando não rola eu coloco um compressor bem de leve, o bounceio a faixa pra poder ativar o compressor só nas partes necessárias. Fazendo assim dá muito mais peso e dinâmica ao som.
Cara, compressores é muito tenso de mexer, se vc souber o que fazer vc consegue fazer quase milagres (não é o meu caso), mas se não souber mexer (o meu caso), quase certamente vai dar merda.
PS.: to curtindo pra caralho o tópico, tá me acresentando informações que eu não sabia (como o gráfico do MMI, e possivelmente a matéria que o makumbator passou).
Abraços
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MauricioBahia Moderador |
# mar/12
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Zidane: tá me acresentando informações que eu não sabia
Masterização nos dias atuais e a "loudness war" http://forum.cifraclub.com.br/forum/16/255189/
Mixagem/masterização do novo CD do Metallica é criticada mundialmente http://forum.cifraclub.com.br/forum/16/194881/
Abs
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MMI Veterano
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# mar/12
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Zidane
Realmente, mas vc não pode discordar que o Black é uma das principais referencias em questão de timbres modernos. E por falar nisso eu curti pra caramba o gráfico, Valeu.
Sim, "timbre moderno" pode ser, até onde possa chegar, mesmo porque o Metallica é referência para muita gente não só em timbres. Mas como o gráfico mostra, esse papo de super-compressão, loudness war, falta de dinâmica não é no Black Album, veio pesado no Death Magnetic. O Black é umm álbum histórico deles.
Esse tipo de compressão do "loudness war" vem muito mais na masterização. É lá que neguinho mete uma compressão enorme, um limiter forte e fica tudo achatado numa pequena faixa dinâmica e fica parecendo mais alto no volume geral, mas tudo sem dinâmica. Um compressorzinho na faixa pode ou não ser usado, alguns adeptos do blublublu gostam porque a dinâmica fica mais homogênea.
Milagres acho que ninguém faz com compressores, mas dá para para melhorar bastante coisa. Se você tem dificuldade, tente uns multi-compressors que tem em alguns plugins, os que são vários compressores separados por frequências. Uma opção que até é mais real é usar compressão paralela, você filtra frequências e as comprime de forma diferente. Uma dica (minha, eu curto fazer) é para esses timbres de metal dar uma enfatizada nos graves da guitarra, preste atenção no som que vai de E2 (82Hz) até B4 (494Hz), especialmente os sons que vão de 200 a 400 Hz. Os harmônicos ficam lá para 1,5 a 5 kHz. Se você prestar atenção em gráficos de frequências da escala musical, como esse, você entende melhor o equalizador e as faixas importantes para o tipo de música que você mexe e precisa comprimir. Mas exagerar no compressor não me agrada, principalmente em guitarra, o ataque começa a ficar estranho demais.
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Stalingrado Veterano
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# mar/12 · Editado por: Stalingrado
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Zidane Você não entendeu o que eu quis dizer. Quando eu falei em dobra, quis dizer gravar o mesmo riff 2, 4, 6 vezes pra fazer o efeito, e não apenas copiar a guitarra em outro canal e dar um delay. Ou seja, é exatamente o mesmo processo que você falou.
MAAAAAAAS, eu discordo de ti, de qualquer forma. Existe um plugin chamado PSP Pseudo Stereo que faz esse lance da dobra simulada de forma fantástica. Dizer que não é a mesma coisa, eu concordo, mas dizer que não serve pra nada é preciosismo.
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Zidane Veterano |
# mar/12
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MauricioBahia
Vlw, favoritei os tópicos pra da uma olhada depois, fazendo umas paradas da facul agora.
MMI
Sim, inclusive eu considero o Death Magnetic bem menos "moderno que o Black.
Eu saco disso, na master eu geralmente nem passo comp, mas as vezes ajuda dependendo do efeito que vc quer fazer.
Cara, eu não sabia que dava pra fazer a compressão por faixas de frequência, me ajudaria pra caramba, pq o que me interessa é reduzir os dums da guitarra, e ai eu tenho que abusa muito do efeito gravação ao vivo (bounce). Vou procurar saber sobre isso.
Abraços
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Zidane Veterano |
# mar/12
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Stalingrado
Atá, saquei, fazer a dobra geralmente sai melhor do que copiar e colar a guita com um deleyzinho, mas eu não sabia desse plugin, depois vou testar.
Mas como vc disse dobra com hi-gain (dobra mesmo) não funciona, foi uma coisa que eu aprendi na primeira vez que eu fiz, por isso que eu manero a mão no ganho antes de fazer as dobras, ai fica legal.
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Stalingrado Veterano
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# mar/12
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Zidane É, fica bem mais definido e com punch se feito com menos drive do que a gente "gostaria", hehehe. É uma questão de disciplina para alcançar melhores resultados.
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makumbator Moderador
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# mar/12 · Editado por: makumbator
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Zidane
Aqui a matéria sobre o processo de gravação da One:
http://www.soundonsound.com/sos/may11/articles/classic-tracks-0511.htm
Nela o Flamming fala um pouco sobre como foi o trabalho peculiar de captação das guitarras, o trabalho quase incessante deles na criação do álbum e também sobre o problema do baixo na masterização final.
Não achei a matéria sobre a gravação da To live is to die, do mesmo álbum. Não foi na Sound on sound (e também não lembro aonde era...heheh). Mas descrevia basicamente o processo de gravação das dobras(várias) e as dificuldades de se mixar tal material.
Aqui uma gravação que fiz, utilizando os mesmos conceitos de dobras de guitarras(tem umas 19 pistas de guitarra!), cada uma com pequenas variações de timbre e Eq, além de níveis diferentes de drive, tudo para criar a parede sonora:
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/229056/
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Johnny Favorite Veterano |
# mar/12
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o som do Death Magnetic é meio empastelado mesmo! Pre firo o estilo do Black
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MMI Veterano
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# mar/12
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Zidane
Cara, eu não sabia que dava pra fazer a compressão por faixas de frequência, me ajudaria pra caramba, pq o que me interessa é reduzir os dums da guitarra, e ai eu tenho que abusa muito do efeito gravação ao vivo (bounce). Vou procurar saber sobre isso.
Compressão paralela é muito bacana. Artigo legal Video legal
Sobre o milagre da multiplicação das tracks, "parede sonora" e afins... É legal, quando se pode, usar 2 microfones para gravar, se der, num estúdio, até um terceiro mic captando ambiência. Eu curto 1 mic pegando bastante brilho e mais agudo que o outro, mais grave e encorpado. Em home, 2 microfones dinâmicos em "close miking" não é um bicho de 7 cabeças. A mistura dos 2 em pan separados fica bem interessante, desde que se cuide da fase deles. Aliás, uma das maneiras de se melhorar o problema de fase e também uma possibilidade de aumentar a "massa sonora" é atrasar uma track (do outro mic ou uma copiada) em uns 10 a 15 ms. Além disso o mesmo conceito de compressão paralela (também chamam de "New York Trick" ou "New York Compression") pode ser usado com distorção, equalização, exciter e o que você testar e achar que fica bom. Claro que o ideal é gravar 20 tracks, como falaram aí, mas dá certo misturar outra técnicas também. Nisso, se o Makumba gravou uma 19 faixas de guitarra, dá para fazer virar umas 100! kkkkk
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jazz blues rock soul funk Veterano |
# mar/12 · Editado por: jazz blues rock soul funk
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Só para acrescentar na tópico, nessa mesma matéria que fala sobre o criação do Black Album, o Bob Rock fala que as guitarras do James deram problema até na gravação, porque ele tinha uns 12 heads e muitos racks e não estava no timbre que ele queria, e que o som do James no final foi gravado com muitos heads ligados para que o mesmo ouvisse as cordas primas, que segundo ele não estavam boas!
E que o processo de gravação do Metallica era muito lento, O james grava as guitarras até o refrão, depois ele trocavam as cordas da guitarra, ele gravava até o solo, trocava cordas de novo, num processo muito "animador"... hehehehe
Aqui tem o link da matéria na integra!!
http://lokaos.net/metallica-os-segredos-da-producao-de-enter-sandman/
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Zidane Veterano |
# mar/12
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Stalingrado
Não é... na hra de equalizar e jogar efeitos em faixa por faixa, vc sente um som bem magro, mas quando você coloca as tracks pra tocar junto dá uma diferença bruta.
makumbator
Fico du caralho o seu cover.
O que eu fiz da One pro tributo GH também foi com umas 17 tracks, não lembro de cabeça agora, eu chegava a gravar a mesma parte 20 vezes, fazendo mudanças de EQ, ou até mesmo de palheta, até eu decidir as que eu ia usar. Eu fiz um comentário bem completo sobre o processo de gravação, caso alguem se interesse.
MMI
Deu uma lidinha básica no artigo que vc mandou. parece muito bom. Quando eu chegar em casa eu leio ele todo.
Em estúdios eu li que o pessoal costuma também quando tem disponível, tocar com dois ou mais amps ao mesmo tempo, em salas separadas ou na mesma (dependendo da disponibilidade e do efeito desejado), usando mics em posições diferentes e dando um delay nas tracks.
jazz blues rock soul funk
Aham.. tem essa parte no que eu postei da Wiplash. Algum dia eu vou ter dinheiro pra ter tanto heads assim.
Abraços
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MMI Veterano
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# mar/12
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Zidane
Em estúdios eu li que o pessoal costuma também quando tem disponível, tocar com dois ou mais amps ao mesmo tempo, em salas separadas ou na mesma (dependendo da disponibilidade e do efeito desejado), usando mics em posições diferentes e dando um delay nas tracks.
Sim, é legal quando se dobra trocar o equipamento, guitarras, efeitos e amplificadores.
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