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Blue Jazz Veterano |
# mai/09 · Editado por: Blue Jazz
Continuo a procura por minha guitarra "ideal": um instrumento que vá da "gordura densa" do jazz até os agudos estridentes do country, que tenha um timbre "forte" para rock e, no quesito construção, tenha excelente tocabilidade, pegada, etc. Parece que meus problemas acabaram!
Para efeito de comparação, cito as guitarras que tive em mãos de 5 anos pra cá:
- Morris Moridaira Hurricaine: excelente cópia japonesa das Fenders do período pré-sony. Entretanto, apesar de estar no nível de uma American Standard, não tinha a sustentação necessária para jazz: faltava sustain.
- Maison 335: esta pequena jóia de fabricação européia é uma replica excepcional das Gibson 335, na minha opinião superior às Epiphone. Versátil por uma lado, ótima para jazz, mpb, blues e rockabilly, funk, soul, rock'n'roll ou até mesmo progressivo à la Steve Howe, não se dá bem com vários outros estilos, um músico de baile não ia querer uma desta no seu set. Definitivamente muito pessoal e pouco versátil. Um instrumento difícil de tocar, ainda mais que prefiro os braços "fender" aos "Gibson", não tem uma escala "rápida" – pelo menos pra mim.
- Squier Telecaster: aditivada com seymour duncans foi a mais versátil que tive até agora. Porém tinha médios demais, e a tocabilidade não era das melhores.
- Ibanez JS-100: construção maravilhosa, ponte excelente, braço idem. Som? Nenhum. Ou você plugava a bicha numa pedaleira ou ficava com som... de "peido" – bem, foi o que todo mundo que toca jazz comigo disse: e eu, realmente, nunca vi um som tão sem corpo, tanto foi que apelidaram esta guitarra de "teclado mudo". Acho que ela mereceu.
- Epiphone Les Paul Standard: som gooooordo, mas tão gooooordo que eu não conseguia distinguir bem as notas dentro dos acordes. Tenho de admitir que tinha alguma versatilidade, mas pude entender porque Les Paul é sinônimo de rock'n'roll. Depois de tentar algo mais funcky e entortar minha coluna tocando, só me restou desistir – esta guitarra, como a 335, não abrange muitos estilos, está muito focada em alguns, não tem – para mim, fique claro – boa tocabilidade, e o peso de seu som se reflete no peso de sua madeira.
- Yamaha Pacífica 912 JM: "TOP" de linha; se não fosse uma strato TÃO boa, mas TÃO boa, certamente teria mais chances comigo. Dá pra tocar jazz, sim... mas em algum momento você se cansa do som estalado demais. Esta guitarra dá pau nas Fender American Standard de hoje, tranqüilamente! Braço ultra rápido, corpo ultra leve, tem a mesma madeira das fenders dos anos 50 (swamp ash), bem, se você é strateiro e ainda não achou sua "menina" saia logo de casa e corra atrás de uma dessas!
IBANEZ RG-470
Esta guitarra tem um ponto fraco: a ponte. Por sorte minha, o antigo dono já havia resolvido bem a questão, trocando as molas num luthier. Não, ainda não dá pra "descascar" e sair afinado, mas não dá pra reclamar também. Me interessei por este instrumento porque o antigo dono, um cara muito esperto, havia trocado TODOS os captadores desta RG. A configuração escolhida foi matadora, e nos reviews do Harmony Central - http://reviews.harmony-central.com/reviews/Guitar/product/Ibanez/RG470 /10/1 - pude constatar que muita gente toca jazz com esta guitarra equipada com Di Marzio's PAF PRO no braço. A princípio duvidei, mas curioso fui lá ver. Nem preciso dizer que é a mais pura verdade: ela é boa, mas MUITO BOA mesmo para se tocar jazz. Incrível isso, sinceramente... quase inacreditável. Mas é a mais pura realidade.
CONFIGURAÇÃO:
Corpo: Basswood Braço: Maple Escala: Rosewood Captação Braço: Di Marzio Paf Pro (humbucker) Captação Meio: Cabrera Hot (single) Captação Ponte: Di Marzio Fred (humbucker) Ponte: Ibanez LO-TRS Trem II – "tipo" Floyd Rose Tarraxas: Gotoh Trastes: 24 estilo "jumbo" Controles de volume e tonalidade, chaveamento de 5 posições Origem: Korea
ACABAMENTO: 9
O melhor acabamento que já vi numa guitarra foi o da Pacífica 912 JM. Mas não tenho o que reclamar desta Ibanez. Em alguns partes da guitarra, como ao redor dos captadores, a pintura saiu um pouco, muito pouco, uma "tirinha". Até que ficou bonito. Colocação dos trastes ok, tudo ok afinal.
SOM: 9
Excelente. Você naturalmente não tem a articulação de um bom single no braço, e "aqule brilho", esta é uma guitarra com humbuckers, mas o PAF PRO apresenta, ainda assim, uma articulação divina, e possui um timbre gordo e com bastante sustain. Você pode tocar Santana ou Hackett com ela tranqüilamente, vai ter "aquele timbrão". É um captador de som muito definido também. O FRED da ponte é muuuuito articulado com distorção, e tem uma aspereza arrepiante. Sua saída é forte e parece que nasceu pra isso: solos distorcidos! Quando toco com a guitarra diretamente no canal sujo do amp tenho a impressão de que este captador tem um pedal de compressão dentro dele, é muito legal !!! Você pode conseguir uma "vibe" country também, com sons limpos. Gostei de usar slide, agressivo! O ponto ruim da captação ficou com o Cabrera HOT. Talvez por estar muito bem acompanhado, ficou com um som pequenininho! Nada que não se possa substituir.
TOCABILIDADE: 10
Das guitarras que já tive, apenas a YAMAHA 912 JM tinha uma tocabilidade melhor. Alias o acesso às últimas casas desta Pacífica é algo assustador, de tão bom. Mas a Ibanez não fica tão distante. As cordas (0.10) são hiper macias, coladas ao braço, que apresenta uma "rapidez" inacreditável. O instrumento é ótimo para bends, harmônicos e, bem, se você quer tocar algo no estilo Vai-Satrieni-Malmsteen é ela mesmo e acabou chorare. O volume está muito bem posicionado, responde muito bem e você consegue excelentes efeitos sem qualquer dificuldade. O corpo é muito ergonômico, em pé ou sentado tocar esta guitarra é muito confortável.
VERSATILIDADE: 10
Você vai do jazz ao metal numa boa. Aliás nunca vi nada igual: QUALQUER estilo fica ótimo com esta guitarra, pelo menos com estes Di Marzio instalados. E ela parece entender qualquer tipo de interpretação que você queira dar, pegando as menores sutilezas. Não há estilo que você não possa tocar com esta guitarra. E não tem nada que seja difícil, tappings, harmônicos, bends, notas longas, efeitos, tudo – Jeff Beck certamente iria gostar de tocar numa dessas.
CONDIÇÕES DO TESTE:
Testei esta Ibanez plugada diretamente num Marshall Park 25R (dos antigos) em casa e tocando com um quarteto (sax-baixo-bateria), assim como desplugada – excelente som! Também toquei num Marshall 8080 e num Staner. Com e sem pedaleira. Pra falar a verdade, se você plugar esta RG direto num amplificador com dois canais (limpo e sujo), você não precisa de mais nada, não é como algumas "guitarras de metaleiro" que só funcionam bem com distorção ou passando por uma pedaleira – instrumentos do tipo "teclado mudo" – esta Ibanez tem MUITO som, espírito e densidade, soa suave ou furiosa, vai da base mais limpa à distorção mais insana, parece que não existe nada que você não possa tocar com ela. Seu sobrenome provavelmente é: versatilidade.
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stratotele Veterano |
# mai/09
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Olá, Blue Jazz
Instalei um Dimarzio Airzone na minha Ibanez RG350DX na ponte. Disseram-me que esse captador é excelente para Jazz se colocado no braço, pois ele é grave. Vc tem alguma idéia sobre o Airzone para Jazz? Já testou alguma vez?
Obviamente, a Pacífica a qual vc se refere é um modelo TOP, certo? Pois a Pacífica, embora boa, é uma guitarra para iniciantes da Yamaha, estou certo?
Abraço!
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Blue Jazz Veterano |
# mai/09
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Stratotele,
Esse lance de captação quem entende melhor aqui é o Gasoline. Acho que tem um tópico só sobre dúvidas etal, eu não conheço este captador. Sei que o PAF PRO funcionou pra lá de bem nesta RG, eu ainda estou meio que bestificado, haja visto que esta é uma guitarra com perfil "heavy metal".
As Pacificas "TOP" definitivamente não são guitarras para iniciantes: Mike Stern, Toninho Horta, Grecco Buratto (pink, boys two man, etc)... todo mundo pra lá de fodão. Depende do modelo... este foi o problema das comercializadas aqui no Brasil. Saiba mais aqui:
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/205672/
Abração !!!
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darkwolf Veterano |
# mai/09
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Blue Jazz ótimo review cara, meus parabéns pela aquisição.
tenho uma Ibanez RG370DX com dois Seymours (inclusive o review do FCC dessa guitarra fui eu quem fiz), mas acabei mudando meu estilo e a guitarra acabou se tornando meio "inútil" pra mim.. agora estou me desfazendo dela, hehe
bom, aproveite a sua!
abraçetas :)
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TheJacks Veterano |
# mai/09
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Eu estou com uma Hurricane Strato.... :D
E muito bom seu review!!!
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thmenezes_RJ Veterano |
# mai/09 · Editado por: thmenezes_RJ
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Blue Jazz
PAF PRO no braço e FRED na ponte comanda ! É isso aí.
Concordo com seu review, tá muito bom. Já tive essa guitarra, só que eu usava os captadores INF mesmo na época. Troque a ponte dela, não adianta só trocar as molas, essa ponte Lo-TRS II é MUITO RUIM. Eventualmente vc vai ter que trocar os pivos, depois vai estragar de novo, não tem jeito não cara, ainda mais porque acredito que seja antiga, pois o modelo é antigo.
Coloca logo uma Gotoh e vai pra galera...
Abs
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Blue Jazz Veterano |
# mai/09
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Darkwolf,
Valeu!
TheJAcks
As Hurricanes são DEMAIS, sem a menor sombra de dúvidas!
ThMenezes,
Essa ponte é ruim mesmo, o ponto fraco da guitarra. Valeu pela dica da Gotoh !!! Estou pensando em colocar um Hot Rails no meio pra substituir o Cabrera, ou algo similar... trocando essas duas peças acho que essa RG vai ficar animal...
Obrigado a todos pela atenção!
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mr bungle Veterano |
# mai/09
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tenho uma rg 470, mas japonesa e com ponte edge. pra mim tá no mesmo nivel da jem (apesar de preferir ela, mas por causa da captação). uma guita muito boa msm, não sei qual o nivel dessas 470 korea
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two Veterano |
# ago/09
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- Morris Moridaira Hurricaine: excelente cópia japonesa das Fenders do período pré-sony. Entretanto, apesar de estar no nível de uma American Standard, não tinha a sustentação necessária para jazz: faltava sustain.
- Maison 335: esta pequena jóia de fabricação européia é uma replica excepcional das Gibson 335, na minha opinião superior às Epiphone. Versátil por uma lado, ótima para jazz, mpb, blues e rockabilly, funk, soul, rock'n'roll ou até mesmo progressivo à la Steve Howe, não se dá bem com vários outros estilos, um músico de baile não ia querer uma desta no seu set. Definitivamente muito pessoal e pouco versátil. Um instrumento difícil de tocar, ainda mais que prefiro os braços "fender" aos "Gibson", não tem uma escala "rápida" – pelo menos pra mim.
Concordo com vc, no entanto troquei a captação da Hurricane por um hot noiseless na ponte, e um vintage noiseless no braço e um single tradicional no meio, a guitarra ficou fenomenal, com mais sustain que antes e um timbre matador, tanto clean como com drive.
E a Maison me da saudades ainda, mas como vc disse e eu assino embaixo, muito boa para alguns estilos mas para outros infelizmente não dava, principalmente para uso com drive mais pesados.
Não sei se vc se lembre mais foi comigo que vc pegou a Maison e deixou a Hurricane
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RockOldSchool Veterano |
# abr/12
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Desculpem ressuscitar esse tópico, mas me senti na obrigação de primeiro agradecer ao Blue Jazz pelo review, que foi muito importante pra mim e também registrar aqui a minha experiência. Por ter um gosto musical muito eclético e não ter grana o suficiente para ter um "arsenal" de guitarras, sempre procurei algo versátil. Já tive muita guitarras diferentes e acabei perdendo muita grana nas trocas. Sou fã da tocabilidade das ibanez, mas ficava incomodado com o excesso de agudo delas. Li esse review na época em que foi escrito e fiquei curioso, mas nunca tive a chance de encontrar uma. Agora achei uma aqui no Rio fabricada em 1996 na CORT PLANT, na Coréia, e só tenho que concordar o review feito. Tocabilidade fantástica, o braço dela é wisard II, mais fino que o III e muito "rápido". Mas o bacana dela é o timbre, gordo e aveludado, muito distante da RG350 que tive. Acredito que isso se deva a madeira do corpo, que segundo ao catálogo da Ibanez, é AMERICAN BASSWOOD.
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Magueco Veterano |
# abr/14
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Blue Jazz e a todos que postaram ou desejarem responder minha pergunta: Se você tivesse que escolher entre a Ibanez RG370DX e uma Ibanez RG470, qual seria sua escolha e por quê? Abraços
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