{} Jam Della Vega, Deji e brunoepronto {}

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Belloni
Veterano
# jun/08
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1 - Meio Slow hands pra Della Vega, nopes? De qualquer forma... Agradou no solo, e não vi a capengada de ritmo que falaram. É dificil improvisar fusion, dá aquela insegurança básica, ficou bom, curti. Outsides foram poucos, e pertinentes, pro meu gosto. Bastante paradas pra "respirar" na melodia. Bem resolvido, embora tenha insistido muito na mesma idéia.

2 - Achei interessante o uso do tremolo, mas acho que faltou um pouco de atitude, deixou a BT levar muita parte da música. Os licks são de bom gosto, mas insistiu muito na mesma tecla e foi perdendo força até o meio-fim. Criou um clima diferente, acredito que a melodia não foi o principal objetivo, mas sim colocar elementos diferenciados na BT. Embora mantendo o mesmo "excentricismo" (existe essa palavra? haha), cresceu novamente no final. Exótico, peculiar, mas nao muito do meu gosto.

3 - Timbrão clean, sem mascarar nada... Haja segurança. Bons licks, faltou um pouquinho mais de força nessa mão da palheta aí hein, mas mostrou que sabe como fazer, e fez bem. Arriscou mais que os outros e, na minha opinião, se deu muito bem. O fraseado mais rápido fez um contraste legal com a harmonia lenta e cadenciada.

Bom é isso.

Obrigado aos que gravaram pelo som, curti ouvir, então não pude deixar de comentar.

Abraços,

Lucas Belloni

Belloni
Veterano
# jun/08
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BaNdAiD
qual é a definição de outside? Tocar fora do tom, seguindo o ritmo da musica?

Não é simples assim na teoria, embora na pratica seja quase isso. Para você tocar um outside que não soe esquisito, você tem que entender harmonicamente a música.

É comum, por exemplo, no blues, colocar em um acorde de 4J um #4, pra alcançar a 5 justa por semitom. Essa #4 pode ser considerado um outside, apesar de todos estarem acostumados a chamá-la da Blue Note, ela soa bem outside.

No jazz e fusion os músicos exploram mais esse recurso, utilizando escalas caracteristicas desse estilo com de tons inteiros, bebop, acrescentando semitons em cima de acordes mais fracos para aproximar harmonicamente dos acordes de descanso.

Porém usa-se também pra fugir do descanso, quando a melodia parece que vai repousar, tensionam o primeiro grau, colocando um semitom na tonica dando a impressão de 2ª menor.

O uso constante de outside dá a idéia de cromatismo.

E por aí vai... Não uso outsides ainda, mas to começando a me interessar por essa parada de jás (jazz) aí ;)

Abraços,

Lucas Belloni

Deji
Veterano
# jun/08
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Belloni
Valeu meu velho

pedrobrito
Veterano
# jun/08
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BaNdAiD
uma pergunta: qual é a definição de outside? Tocar fora do tom, seguindo o ritmo da musica?

Se for falar literalmente, tocar outside seria tocar uma nota que não está no campo harmônico em que se está improvisando.
Porém, se na prática fosse fácil assim, tocar outside seria mais fácil do que tocar "inside", visto que você não seguiria nenhuma lógica e poderia argumentar que está tocando outside.
Eu não tenho tanto conhecimento teórico pra tentar abordar um assunto como esse, apesar de me arriscar muitas vezes em tocar notas outsides, faço isso com bastante cuidado e o pouco que sei sobre isso já gosto do resultado que causa.
Se você quiser pesquisar sobre o assunto, estude sobre cromatismos, notas de aproximação, métricas, e acima de tudo rítmo. Repito novamente o que o Henderson afirma tão convictamente: "os outsides estão mais na rítmica que nas notas em si"... na minha interpretação isso quer dizer que não basta você tocar uma nota fora e não utilizar os recursos rítmicos que causam esse efeito bacana dos outsides.
Me dá raiva caras como o Della Vega que mal sabem o básico da teoria musical(já conversei de teoria com ele e constatei isso) e dizem que estão utilizando outside, quando na verdade estão completamente perdidos na harmonia, como um visitante do interior perdido na cidade grande!
Quisera eu entender daonde vem aquelas frases do Be Bop.. que soam out e ao mesmo tempo soam tão melódicas! Mas aos poucos chego lá!

BaNdAiD
Veterano
# jun/08
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Porém, se na prática fosse fácil assim, tocar outside seria mais fácil do que tocar "inside", visto que você não seguiria nenhuma lógica e poderia argumentar que está tocando outside.

deve ter muita gente fazendo isso por ai....uheuheuheue

pedrobrito
Veterano
# jun/08
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BaNdAiD

haha pode apostar

has4
Veterano
# jun/08
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NÃO QUERO DISCUTIR, só dizer o que penso!

tocar sem estar no campo harmônico

OUTSIDE e blah-blah-blah... (muita teoria demais)

Ahhhh, não quero entrar nesta discussão não, sou leigo mesmo, apenas acho que, NÃO ESTANDO DESAFINADO, tá valendo!!!

Vamos apenas fazer um som aí! Com dizem outros: "Di boas"

Belloni
Veterano
# jun/08
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has4
NÃO ESTANDO DESAFINADO, tá valendo!!!

Estudar ajuda a não desafinar. ;) Mas com certeza, um bom ouvido, adiquirido ao longo dos anos, vale muito!

pedrobrito
Quisera eu entender daonde vem aquelas frases do Be Bop.. que soam out e ao mesmo tempo soam tão melódicas!

Tche, pensava isso também! Aí eu descobri que uma escala Bebop menor tem terça menor E terça maior, aí eu pirei, e parei de estudar isso. ;)

filipe p marcato
Veterano
# jun/08
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Mesmo não manjando do estilo gostei de todos, bem diferenciados, deji trabalhou bem as alavancadas, bruno mandou passagens matadoras!

Parabéns aos 3!

Vinicius Nogueira
Veterano
# jun/08
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Bom, eu não manjo de jazz, mas ouvi a JAM.

Não irei comentar pois sou leigo em jazz.

Gostaria de saber o que vocês usaram para gravar!

brunoepronto
Melhor participante de jam
Prêmio FCC violão 2008
# jun/08
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Usei uma Tagima 635 usando o cap do braço plugada num direct box da Behringer(GI100) indo direto pra placa de som, adicionei um reverb na mixagem.

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