LeandroP Moderador |
# jan/08 · Editado por: LeandroP
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É melhor você estudar os modos pelos intervalos.
dorico=1 tom abaixo frígio = 2 tons abaixo lídio = quinta justa acima mixolídio = quarta justa acima eólio = 1 tom e meio acima lócrio = 1/2 tom acima
Abaixo do quê???
se eu quiser aplicar um modo DÓRICO em cima de Am?
seria uma escala de G em cima de Am?
Sim, mas pensando desta maneira pode complicar muito a sua compreensão dos modos. Não pense em outra escala quando quiser estudar um modo. Veja, o modo dórico é um modo menor, e o modo jônio é um modo maior. Se pra você chegar no modo dórico, tiver que pensar antes no jônio, leva muito tempo e os modos são diferentes (um maior e outro menor), mesmo compartilhando as mesmas notas.
Pensando por intervalos a coisa fica bem mais fácil, além de você ir direto ao modo, sem rodeios.
Modos (por intervalos):
jônio: F, 2, 3, 4, 5, 6, 7M, 8 (escala maior padrão) dórico: F, 2, b3, 4, 5, 6, 7, 8 frígio: F, b2, b3, 4, 5, b6, 7, 8 lídio: F, 2, 3, #4, 5, 6, 7M, 8 mixolídio: F, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 eólio: F, 2, b3, 4, 5, b6, 7, 8 (escala menor padrão) lócrio: F, b2, b3, 4, b5, b6, 7, 8
O intervalo é medido em tons, com a ditância entre a nota fundamental (F) e os seus respectivos graus.
Análise em graus (com algarismos românos):
jônio: I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII dórico: I, II, bIII, IV, V, VI, bVII, VIII frígio: I, bII, bIII, IV, V, bVI, bVII, VIII lídio: I, II, III, #IV, V, VI, VII, VIII mixolídio: I, II, III, IV, V, VI, bVII, VIII eólio: I, II, bIII, IV, V, bVI, bVII, VIII lócrio: I, bII, bIII, IV, bV, bVI, VII, VIII
Exemplo em C:
jônio: C, D, E, F, G, A, B, C dórico: D, E, F, G, A, B, C, D frígio: E, F, G, A, B, C, D, E lídio: F, G, A, B, C, D, E, F mixolídio: G, A, B, C, D, E, F, G eólio: A, B, C, D, E, F, G, A lócrio: B, C, D, E, F, G, A, B
As notas são as mesmas, mas as sonoridades de cada modo são diferentes, e por isso que digo que vale a pena ir direto ao modo.
Características:
jônio: maior (padrão) dórico: menor com 6a maior frígio: menor com 2a menor lídio: maior com 4a aumentada mixolídio: com sétima da dominante (maior com 7a menor) eólio: menor natural (padrão) lócrio: não é menor e nem diminuto, é meio-diminuto (*)
Acordes:
jônio: Notas da tétrade: F, 3, 5, 7M --> X7M Notas extras: 2, 4, 6 Notas evitadas: 4 Notas característica: n/a Com as notas extras: X6, X6(9), X7M(9), X9
dórico: Notas da tétrade F, b3, 5, 7 --> Xm7 Notas extras: 2, 4, 6 Notas evitadas: 6 Notas característica: 6 Com as notas extras: Dm7(9), Xm7(11), Xm7(9/11)
frígio: Notas da tétrade F, b3, 5, 7 --> Xm7 Notas extras: b2, 4, b6 Notas evitadas: b2 e b6 Notas característica: b2 Com as notas extras: Xm7(11)
lídio: Notas da tétrade F, 3, 5, 7M --> X7M Notas extras: 2, #4, 6 Notas evitadas: n/a Notas característica: #4 Com as notas extras: X6, X6(9), X7M(6), X7M(#11), X7M(9/#11)
mixolídio: Notas da tétrade F, 3, 5, 7 --> X7 Notas extras: 2, 4, 6 Notas evitadas: 4 Notas característica: 7 Com as notas extras: X7(9), X7(13), X7(9/13)
eólio: Notas da tétrade F, b3, 5, 7 --> Xm7 Notas extras: 2, 4, b6 Notas evitadas: b6 Notas característica: n/a Com as notas extras: Xm7(9), Xm7(11), Xm7(9/11)
lócrio: Notas da tétrade F, b3, b5, 7 --> Xm7(b5) ou XØ Notas extras: b2, 4, b6 Notas evitadas: b2 Notas característica: b2, b5
X = qualquer fundamental-nota
2a --> mais uma 8a --> 9a 4a --> mais uma 8a --> 11a 6a --> mais uma 8a --> 13a
Não existe: 10a, 12a ou 14a, sendo 3a, 5a e 7a respectivamente.
Notas extras: são aquelas que estão além das notas que formam a tétrade, da estrutura do acorde. A escala possui 7 notas, onde a tétrade obviamente utiliza 4 dessas notas, restando 3.
Notas evitadas: são aquelas que estão a um semitom de distância (b2) de algum intervalo da estrutura da tétrade (1, 3, 5 e 7). Pode ser utilizada como nota de passagem, no sentido melódico.
Notas características: são aquelas notas que torna um modo diferente do outro. Tome como padrão o modo jônio para as demais escalas maiores (que possuem 3a maior) e o modo eólio pras demais escalas menores (que possuem 3a menor).
(*) É meio-diminuto porque pra ser um diminuto precisa conter, além dos intervalos de F, b3 e b5, um intervalo b7 (7a diminuta), sendo que no exemplo ocorre uma 7a menor, tornando-o "meio-diminuto".
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