zedoidiao Veterano |
# jan/08 · Editado por: zedoidiao
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Guitarra Uma guitarra para um músico é tudo, logo, deixo algumas dicas de como evitar problemas e prolongar a vida de seu instrumento. Para isso, dividi este guia nas partes da guitarra: 1. Cordas: As cordas são de aço, geralmente com banho de níquel ou cromo, dependendo do modelo. Nossa mão transpira e o suor é o principal causador da oxidação (ferrugem) nas cordas, logo, procure sempre depois de tocar, fazer a limpeza de suas cordas com um pano seco, flanela siliconada ou de preferência com um óleo protetor próprio para cordas. Isso fará com que elas durem até 3 vezes mais do que o normal! Na hora de trocá-las, faça isso trocando uma a uma e de preferência use sempre a mesma tensão que a anterior. (veja itens braço e ponte) 2. Corpo: Evite pancadas e uma limpeza com flanela seca ou polidor próprio dará um visual muito mais bonito a sua guitarra. No pino das correias, caso você seja um guitarrista que gosta de pular no palco, etc, aconselho o uso de um strap lock, para travar a correia, evitando quedas de seu instrumento. 3. Ponte: Devido a variedade de pontes, vou dividir este item nos modelos mais comuns abaixo: Ø Ponte tremolo: normalmente encontradas nos modelos stratocaster com alavanca. Assim como nas cordas, devemos limpar estas peças de metal da mesma forma, para evitar oxidação. Os carrinhos podem ficar sem rosca e travados quando enferrugam, tornando assim impossível a regulagem. Ø Ponte Tune-o-matic: Modelo clássico de ponte dos modelos Les Paul, requer menos trabalho, e uma limpeza mais simples, mas que deve ser feita. Ø Ponte Floyd: Este é o modelo de ponte mais amado por muitos guitarristas e mais odiado por outros, devido a sua complexidade. Por ser uma ponte flutuante, onde pode-se alavancar para ambos os lados, e tem microafinação, logo, deve-se tomar mais cuidados que as comuns, tanto na limpeza quanto na manutenção e troca de cordas. Ø Ponte fixa: Comum nas telecaster, deve-se tomar cuidado básico novamente fazendo a limpeza após o uso. 4. Braço: Esta é a parte da guitarra que necessita de maior cuidado. Evite apoiar a guitarra pelo braço em qualquer lugar para evitar empenos e quedas e sempre que possível guarde-a no case de madeira ou em um bag reforçado, ou em suporte próprio ou deitada com o braço para baixo. As trocas de cordas devem ser feitas uma a uma, pois senão poderá desregular o braço. Sempre que desejar trocar a tensão das cordas usadas (009 para 010, etc...), será preciso uma nova regulagem no tensor do braço e em muitos casos também na ponte. Se você sabe como fazer, muito bem, senão, aconselho a levar a um profissional luthier. 5. Tarraxas: use sempre tarraxas de boa qualidade, pois a principal causa de guitarras que desafinam muito facilmente provém delas. No caso de ponte floyd, é indispensável o uso de um lock nut (pestana trava cordas). 6. Captadores: faça a mesma limpeza que a das cordas, para evitar ferrugem. Em breve escreverei guias com dicas de captadores para usar. Pelo ou menos uma vez a cada 3 meses, leve seu instrumento a um luthier para ajustes profissionais de tensor, ponte, oitavas, etc... Nada pior do que guitarras semitonando na região aguda, no meio daquele solo lindo que vc está fazendo não concorda? Uma guitarra desregulada além de ser ruim para tocar, só trará vícios de postura, dificuldade para tocar e dor nas mãos, além de não fazer bem para o desenvolvimento de seus ouvidos. Bem, apesar de ser um guia resumido, tem bastante informação. Espero ter ajudado, pois escrevi com muito carinho. Meu nome é Luiz Felipe, sou músico e professor, engenheiro e luthier. Abração a todos. Violão Quando perceber que seu instrumento não está lhe agradando, procure seu luthier de confiança para que ele faça um diagnóstico do problema e determine os procedimentos necessários para a solução.
Uma vez percebido que o problema na ação de cordas é a falta de regulagem no violão, algumas atitudes devem ser tomadas. Primeiramente, ajustar o tensor para corrigir a curvatura do braço e colocá-la mais ao seu gosto para a ação de cordas que deseja obter após a regulagem. O braço, quando muito côncavo ou muito convexo , é chamado de ?empenado?. Muitas vezes, corrigi-se perfeitamente essa curvatura ajustando-se o tensor. No violão, isso é feito por intermédio de um parafuso localizado no headstock ou no final do braço. Normalmente, a posição correta do braço é reta. Entretanto, dependendo da forma como o músico irá tocar, o luthier pode deixar o braço um pouco convexo ou côncavo. Isso ajudará a determinar a sensibilidade, maciez e altura de cordas que o instrumento irá proporcionar. Em nenhuma hipótese violão deve ficar com braço muito arqueado para algum dos lados, pois causará problemas de trastejamento, ação alta de cordas, afinação ou todos simultaneamente. Uma vez ajustado o tensor, é o momento de fazer o mesmo com a altura dos trastes entre si, para que o violão não ?trasteje? quando estiver com uma ação baixa de cordas. Muitas vezes, o nivelamento nos trastes também se faz necessário para corrigir amassados e riscos provenientes do uso do instrumento. As cordas são retiradas e a escala é protegida com fita crepe, para que a operação (fretwork) não risque ou danifique a escala. Depois disso, com uma pedra porosa de carborundum é feito o nivelamento. É importante lembrar que esse trabalho deve ser feito apenas por alguém com experiência, para que os trastes não corram o risco de serem danificados, às vezes de forma irreparável. O luthier, antes do fretwork, verificará se não há trastes soltos ou mal colocados para que, assim, possa colá-los novamente, visando uma retífica perfeita.
Após o nivelamento da superfície dos trastes, é retirada parte dos riscos deixados pela pedra de carborundum com o auxílio de uma lixa d'água número 240 . O luthier então estreita a superfície do traste, ao mesmo tempo em que arredonda o seu perfil, tornando-o novamente com um aspecto cônicos. Essa operação é feita com uma lima importada, fabricada para tal finalidade . Com o auxílio de uma lima chata de abrasividade média , é feito o nivelamento das extremidades dos trastes, para que os mesmos não machuquem a mão do músico quando tocar o violão. Depois, com uma lixa número 600 e outra 1.200, sucessivamente, faz-se o acabamento fino nos trastes. A seguir, com uma palha fina de aço, o polimento dos trastes. Em seguida, retira-se a fita protetora da escala e, com uma esponja, aplica-se um óleo à base de limão para limpar, hidratar e deixar a escala com um aspecto natural. Feito isso, é o momento de colocar um encordoamento novo, para então regular a ação de cordas.
Depois de afinado o instrumento, o luthier verifica quanto de rastilho deve ser rebaixado para o ajuste da ação. Feito isso, reduz-se a sua altura usando em sua parte inferior uma lixa fixada em uma madeira extremamente plana. A abrasividade da lixa varia ao gosto de cada luthier. Recolocado o rastilho e verificado o sucesso da operação, é hora de ajustar o capotraste ou nut. Com o auxílio de limas finas e específicas, é ajustada a profundidade das cavidades do mesmo, para que a altura das cordas no começo da escala seja coerente com aquela do final da escala, embora seja comum que as mesmas fiquem um pouco mais baixas no começo da escala. Isso conclui a regulagem do seu violão. É claro que todas as operações citadas acima devem ser empregadas quando o instrumento não tiver nenhum problema que dificulte ou impossibilite tais procedimento, como rastilho sem altura suficiente para ser rebaixado, braço muito empenado ou torcido e trastes excessivamente gastos ? em tais casos, os procedimentos são outros, que comentarei em futuras edições. Lembre-se que quanto mais baixa a altura das cordas em um violão, menor o volume de som e mais leve deve ser execução, a fim de evitar trastejamento. Quando me refiro ao menor volume de som, quero dizer que o instrumento, quando ouvido apenas acusticamente - ou seja, não ligado a um amplificador. Volto a lembrar que esse tipo de trabalho deve ser feito apenas por alguém experiente no assunto, para que o problema seja sanado e não intensificado. Guitarra ou Violão? Por onde começar... Essa é uma pergunta frequente pois muitos futuros músicos querem iniciar pela guitarra mas existe um mito de que se deve iniciar pelo violão. Esse mito não esta certo nem errado, apenas alguns fatores tem que ser analisados para um escolha com poucas possibilidades de erro. Esse guia não tem intuito de resolver essa questão mas sim dar base para uma escolha mais consciente e acertada. Diferença técnica. O violão é um instrumento mecânico e a guitarra é um instrumento elétrico. No violão o som é produzido através da vibração das cordas e amplificado através da vibração das madeiras do corpo, isso faz com que seu som seja "puro" e natural, lindo, mas limitado em alguns sentidos. Na verdade, de limitado o violão não tem nada o problema é que a guitarra elétrica tem centenas de opções o que faz parecer que o violão tenha poucas. Já, na guitarra, o som é captado por captadores magnéticos e enviado para um amplificador de som passando antes por circuitos que trabalham e modificam esses sons, tornando infinitas as combinações. As notas do violão e da guitarra na afinação padrão são absolutamente iguais, ou seja, tudo o que fazemos no violão será exatamente igual ao que fazemos na guitarra, apenas o som será diferente, mas as notas musicais serão as mesmas. Essas são as diferenças que atraem os jovens iniciantes da música. "E, aí professor, nada é mais maneiro que uma distorção a todo volume!!!!" Vamos com calma, pois existem algumas variantes nessa equação, vamos a elas: Uma guitarra custa bem mais caro que um violão e não são todos os iniciantes que seguem adiante no sonho de ser músico. Um investimento de R$ 500,00 para se tornar músico e tocar um instrumento vale muito a pena e é até pouco dinheiro em alguns casos. Mas, uma guitarra e um amplificador "parados" fazem esses R$ 500,00 se tornarem uma fortuna desperdiçada, em qualquer classe econômica. Parte técnica musical: Aqui vai minha opinião, cada professor tem sua visão, a minha é a de que as técnicas do violão são muito mais úteis para qualquer músico e que um estudo de violão é sempre melhor. A primeira básica diferença de uma forma geral é que o violão se toca com os dedos e a guitarra com palheta CONCLUSÃO: A individualidade de cada caso deve ser estudada, cada ser humano tem suas características e isso deve ser sempre respeitado. " Mas professor como vou saber se meu filho não vai comprar essa guitarra e depois vai abandoná-la como fez com outros objetos desejados?" Essa é uma excelente pergunta, por isso digo que cada caso é diferente do outro, costumo brincar que a música é um mosquitinho que quando dá aquela picada certeira no músico apaixona o indivíduo de tal maneira que para o resto da vida ele vai ser músico. Minha avó meu deu em 1984 uma guitarra e um amplificador quando eu tinha 13 anos, eu não aprendi a tocar, tentei muito pouco, mas anos depois, exatamente 5 anos, quando eu tinha 18 aprendi e me dediquei ao máximo, sempre tive muito carinho com àquela guitarra que me me "olhava" e "dizia", "Estou te esperando, a hora que você quiser..." Então, dar a seu filho essa oportunidade pode valer a pena. Espero que esse guia tenha sido útil, pois o escrevi com muito carinho.
Qual comprar primeiro?(violão) Existem muitas marcas no mercado. Vários tipos de madeira, desenhos, cores, timbres particulares, encordoamentos, etc. Alguns com preço bem atraente, alguns de alto nível. A escolha é bem pessoal. Para uma boa escolha da compra de um violão deve-se observar alguns pontos: Tipo de música que irá tocar - Para definir se precisará de um instrumento com timbre mais brilhante ou mais encorpado; 12 ou 6 cordas; cordas de aço ou nylon; clássico, jumbo, folk, flat; com ou sem cutway. Locais que irá utilizar o instrumento - Para definir se irá utiliar plugado em amplificador, microfonado, ou mesmo acústico. Se é: Iniciante, intermediário, ou avançado Violão clássicos com cordas de nylon, são ideais para iniciantes que desejam um bom instrumento para estudo e que também podem ser utilizados em apresentações. O estudante deve sentir prazer em aprender, portanto, um instrumento com pegada mais pesada, dificulta a tocabilidade, cansando o aluno e causando fadiga em menor tempo. Em músicas clássicas, samba, bossa nova; ele é o mais utilizado pelos músicos Violão folk com cordas de aço, possuem o timbre encorpado, muito utilizados na música sertaneja moderna, blues e em shows acústicos de mpb, pop/rock. Violão de 12 cordas (cordas de aço): Com a onda de shows acústicos, ganhou mais popularidade. Possuem timbre encorpado que proporcionam base marcante. Para solo, causa um efeito de 2 violões. Indicado para intermediários e avançados, por ter a tocabilidade pesada. Violão jumbo: Possui o timbre mais brilhante do que o folk. Proporciona solos com som envolvente; timbre menos encorpado em bases, sem deixar de ser interessante também para este fim. Cutway: Possibilita acesso às últimas casas do violão, facilitando os solos mais elaborados. Elétrico e Acústico: Você deve optar por elétrico se tiver intensão de tocar em bares, shows, festas ou reuniões que exijam amplificação do som do instrumento. Os acústicos podem também ter seu som captados por microfones específicos. Nas gravações em estúdio por exemplo, os canais gravados com violão, são microfonados. Existe uma gama muito grande de captadores ativos (com pré amplificação) e passivos no mercado. O captador pode ser instalado em um violão acústico por um luthier. Tocar violão é uma experiência fascinante! Um hobby saudável; exercício mental e cultural. Escolha o modelo mais adequado à sua necessidade e já para a escola!!! Nylon ou Aço? O primeiro violão de um futuro músico é uma coisa muito importante e a compra dele tem que ser feita da maneira correta, ou seja, com cordas de nylon. Por que: - Os primeiros passos de um aprendiz são muito difíceis pois exigem coordenação motora fina dos dedos da mão esquerda ( em caso de músico destro), e força para apertar as cordas. O problema reside na postura desses dedos. A musculatura usada para fazer esse movimento raramente é usada no nosso dia a dia, ou seja, temos que desenvolver essa musculatura. A tensão das cordas de aço é de 32 quilos e da corda de Nylon 8 kg. Aprender violão já é difícil então temos que facilitar as coisas!! "Mas professor Beto o som das cordas de aço é lindo!!!" Eu sei , eu sei, mas sou professor à 12 anos e já iniciei centenas de músicos na arte de tocar violão e conheço bem os primeiros movimentos da mão esquerda, e posso garantir que a diferença de dificuldade entre as cordas é muito grande e não compensa apesar da beleza do som das cordas de aço.
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