Como usar os modos gregos e o campo harmonico?

    Autor Mensagem
    K3V1N
    Veterano
    # out/07


    E ai galera, dei uma olhada na busca mas tem muita coisa sobre esses dois assunto, fica dificil encontrar oq eu quero.

    1- Como vou usar os modos gregos na hora de criar algum solo ou improvisar? Tenho que identificar o campo harmonico e usar soh uma escala ou pensar nos acordes separadamente?

    Ex: Uma musica com os acordes G, Bm, C, D > Campo de G. Vou pegar a escala de G e solar onde eu quiser ou tenho que analisar o grau de cada acorde, pegar seu respectivo modo e solar cada escala em cada acorde? Se for essa ultima, vou usar a escala do campo no respectivo modo do grau do acorde tocado? Ex: Bm=III grau, ou seja, vou pegar a escala de G e aplicar os intervalos do modo Lidio nela, nessa escala que devo solar? (confuso tudo isso xD)

    2- Na hora de compor eu posso ir de grau em grau como quiser? Estando dentro do campo esta "ok"? E se eu quiser trocar de campo, como vou me orientar nisso?

    3- Aproveitando o topico queria q vcs me passassem uns exercicios para ficar mais "pratico" em relaçao a esses assuntos teoricos. Ja entendi como monto o CH e os modos, os exercicios seriam para mim ter uma noçao teorica melhor. Algo que ja me deixe mais ligado quando eu quiser saber qual eh o grau "X" do campo "Y". Ou entao saber qual escala/modo usar em tal campo/acorde... Essse tipo de coisa ;D

    4- Eu li alguma coisa por ai sobre analise da musica. Nao sei exatamente oq eh, mas acho tem a ver com a harmonia... Para que serve analisar e como se faz isso? Espero que nao seja soh encontrar o CH da musica, pelo menos parecia mais complicado q isso xD...

    5- Outra duvida sobre CH. Existe a possibilidade de quando eu estiver analisando os acordes de uma harmonia surgirem dois campos com aqueles mesmos acordes? E ai, oq eu faço?

    tanta duvida xD

    _FrEd_
    Veterano
    # out/07
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    Deixo claro que minhas respostas são breves e que esse assunto eh mt complexo pra se resumir em um post, blz?

    1- Como vou usar os modos gregos na hora de criar algum solo ou improvisar? Tenho que identificar o campo harmonico e usar soh uma escala ou pensar nos acordes separadamente?

    Ex: Uma musica com os acordes G, Bm, C, D > Campo de G. Vou pegar a escala de G e solar onde eu quiser ou tenho que analisar o grau de cada acorde, pegar seu respectivo modo e solar cada escala em cada acorde? Se for essa ultima, vou usar a escala do campo no respectivo modo do grau do acorde tocado? Ex: Bm=III grau, ou seja, vou pegar a escala de G e aplicar os intervalos do modo Lidio nela, nessa escala que devo solar? (confuso tudo isso xD)


    Kr, o modo grego eh pra se usar em harmonias modais, que seriam harmonias que caracterizam o respectivo modo, ou seja, tem notas caracteristicas desse modo... No caso da harmonia que vc colocou, ela eh claramente tonal, inclusive pela resolução V^I (D para G), a qual eh caracteristica de harmonia tonal...

    Uma harmonia modal em G:

    G7M(sus4) C7M/G

    Comparado com outros modos maiores soh o Jônio tem a 7M (Fá) e a 4J (Dó), e eu caracterizei os acordes essas notas, por isso eh modal... Se eu tokasse soh G7M, poderia ser tanto Lídio quanto Jônio, porem a 4J fez a diferença nesse caso... No seu exemplo vc pode vir falar " Po, mas la os acordes tb tem o fa e o do", soh que a diferença eh que, além da resolução V^I, os acordes estão sem dissonancias, apenas triades, ou seja, sem a caracterização necessária...

    2- Na hora de compor eu posso ir de grau em grau como quiser? Estando dentro do campo esta "ok"? E se eu quiser trocar de campo, como vou me orientar nisso?

    Kr, vc eh livre pra colocar qualquer acorde nas suas musikas, seja de um campo ou de outro, o que importa eh o som... Se vc trokar de campo, vc muda a tonalidade, ou seja, modula, e então se orientará com a escala relativa ao novo campo..

    4- Eu li alguma coisa por ai sobre analise da musica. Nao sei exatamente oq eh, mas acho tem a ver com a harmonia... Para que serve analisar e como se faz isso? Espero que nao seja soh encontrar o CH da musica, pelo menos parecia mais complicado q isso xD...

    Analise harmônica eh definir a função dos acordes dentro da harmonia... La em cima, qnd disse da preparação V^I, isso eh análise, que significa que o acorde dominante resolveu na tônica...

    Tem um tópico chamado "Boteco da Harmonia", vai la que tem mt coisa e gente pra te ajudar...

    5- Outra duvida sobre CH. Existe a possibilidade de quando eu estiver analisando os acordes de uma harmonia surgirem dois campos com aqueles mesmos acordes? E ai, oq eu faço?

    Claro que tem, mas aí tu vai pelo contexto e ateh pela melodia... Qnd eu disse sobre o Jônio e o Lídio, disse que o que muda entre os 2 modos eh a 4... Então, se aparece um acorde M7 que n faz parte do C.H. de origem ( Um A7M no C.H. de Dó) vc pode diferenciar pela quarta: se for um Ré, o acorde veio de A maior; se for um Ré#, o acorde veio de Mi maior...

    Alex Vaughan
    Veterano
    # out/07
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    Já procurou na busca?

    K3V1N
    Veterano
    # out/07
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    vlw Fred, nao entendi muito bem haha, vo ver oq consigo nesse topico que vc me indicou ai... mas vlw pela atençao

    Alex Vaughan

    Sim cara, mas tem muita coisa sobre CH e modos no forum, e geralmente soh se fala em como montar o campo ou os modos... Se vc souber um topico que responda alguma pergunta que eu fiz ai, faz favor e posta aqui.

    vlw

    LeandroP
    Moderador
    # out/07 · Editado por: LeandroP
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    K3V1N

    Se for essa ultima, vou usar a escala do campo no respectivo modo do grau do acorde tocado?

    Mais ou menos isso.

    Vendo friamente, o campo harmônico e seus respectivos modos têm sua origem numa única escala, pois são basicamente uma inversão desta escala primária; que neste caso é a escala de G maior.

    Vejamos as notas que formam os acordes desta progressão (G, Bm, C, D):

    G= G, B, D
    Bm= B, D, F#
    C= C, E, G
    D= D, F#, A

    De cara dá pra observar algumas notas em comuns entre essas tríades.

    Tocar o respectivo modo de cada acorde não é necessariamente tocar os desenhos (shapes) dos modos sobre os mesmos. As melhores notas pra cada acorde são os que entram na sua formação.

    As vezes, mesmo utilizando uma escala só pra tudo, e mesmo sendo diatônico (pertencente à tonalidade), algumas notas podem se chocar com as notas do acorde. Por exemplo, a nota Dó pertence a escala de Sol maior, mas se você repousar esta nota sobre um acorde de G você vai deixar este acorde tenso, e por isso esta nota é evitada e utilizada na maioria das vezes como "nota de passagem". Esta nota também não fica muito legal sobre o acorde Bm, porque vai entrar em choque com a tônica B. Veja que uma nota "boa" do acorde G maior está um semitom abaixo da nota C (nota B). Esta nota boa é a 3a maior do acorde G, e por isso ela soa melhor.

    Por outro lado, quando você passa pro acorde C maior, a nota Dó não precisa mais ser evitada, porque ela é a nota fundamental do acorde que está sendo tocado no momento. Este acorde é formado pelo modo lídio (IVº grau de G maior) e neste modo não possui notas evitadas.

    Então pense no acorde antes de tocar uma escala. Quando você toca as notas do acorde Bm sobre o acorde G, mesmo sendo as notas do Bm, a nota fundamental é o G e é sobre esta nota que você verá quais intervalos está usando.

    Bm + G maior = B, D, F# + G, B, D = B, D, F#, G = G7M/B

    É isso que vai acontecer com seu acorde se você tocar as notas do Bm sobre um acorde G.

    Veja outro exemplo:

    C maior + D maior = C, E, G + D, F#, A = C6(#4/9)

    Se você tocar uma tríade de D maior sobre o acorde C maior, você irá transformar a simples tríade de C num acorde com todas as caraterísticas do modo lídio (6, #4, 9).

    Agora é o momento de colocar em prática a análise dos intervalos, e como eles variam a medida que você toca outros acordes.

    Por exemplo, se você tocar uma escala pentatônica de G maior sobre um acorde G, você estará tocando a nota fundamental mais a 9a (A), 3a (B), 5a (D) e a 6a (E). Agora se você tocar uma pentatônica de Bm sobre o acorde G maior, você estará tocando a 3a (que é a nota B) mais a 5a (D), a 6a (E), a 7a maior (F#) e a 9a (A). Entre uma pentatônica e a outra, o que mudou com relação ao acorde de G maior foi a troca da nota G pelo F#, deixando subentendido um acorde G7M com as suas extensões (6a e 9a).

    Como disse bem o _FrEd_, é um assunto muito complexo pra se resolver num tópico. O mais importante é perceber que os modos gregos não apenas meros desenhos ou uma inversão da escala maior, e que cada nota produz um efeito diferente em cada acorde.

    K3V1N
    Veterano
    # out/07
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    Sim, sei que os modos nao sao somente "shapes" ali no braço.

    Oq eu percebi eh que os campos sao identicos aos modos.

    Pegando a escala de C e aplicando os intervalos começando em notas diferentes, obtenho os modos, e se eu montar triades com os modos consigo as notas do campo. Isso ne?

    Exs:

    escala de D
    T 2 3 4 5 6 7 8
    D E F# G A B C# D

    Como D eh a 2M de C, vou usar os intervalos do modo dorico para reformular essa escala.

    T 2 3m 4 5 6 7 8
    D E F G A B C D >>> espero que n tenha ficado torto xD

    formando a triade eu tenho o acorde Dm, que eh o segundo grau de C.

    ou seja, CH e modos tem tudo a ver. Mas tem alguma utilidade nisso? Sempre leio que as notas de "repouso" devem ser T-3-5 do acorde. Entao a utilidade dos modos gregos seria saber quais sao essas notas?

    pq se a musica esta no acorde C, posso solar no modo jonio e repousar na triade de C. Mudando para Dm vou solar no D dorico para que minhas notas de repouso nao entrem em choque com o acorde. Na verdade mudei de uma escala para a mesma, mas com os nomes dos intervalos diferentes, entao terei outra T-3-5 e assim vou poder parar na triade sem choque.

    Resumindo, na hora de solar eu preciso procurar nao descaracterizar o acorde? Mas isso vale soh para as notas de repouso ou para todas as notas da escala?
    Se for isso mesmo, entao acho que nao eh "errado" tentar encaixar alguma nota "fora" para dar um efeito diferente, afinal como li num lugar: o estudo de harmonia serve de ajuda e nao para impor limites

    Eh mais ou menos isso? E isso que eu disse eh harmonia modal ou tonal?

    Vcs nao sabem um topico com foco em harmonia modal ou tonal? Que tenha uma explicaçao desde o "basiquinho" hauha... Ou uma apostila, livro, qualker coisa que de pra mim ler e tentar eslarecer um pouco. Vo dar uma olhada aqui no forum e por ai na net...

    obrigado pela atençao

    LeandroP
    Moderador
    # out/07
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    K3V1N

    Cara, é isso mesmo... pelo menos eu vejo assim também.

    Não sei se certo afirmar isso, mas vejos as outras notas que sobraram da formação da tríade (ou da tétrade) como notas auxiliares e, como você disse, não precisa ser necessariamente diatônica (pertencer a escala). O contexto harmônico e melódico, além do seu bom senso, é que vai definir se vai usar uma nota inside ou outside. Daí conhecer os modos gregos e campo harmônico serve justamente pra você sacar quando quebrar uma regra, e usar o intervalo que lhe for mais conveniente. Daí que se diz que pra se quebrar as regras é importante conhecê-las.

    Quanto as notas evitadas, não sei se você já percebeu isso, são aquelas que formam o intervalo b9 com alguma nota da formação básica.

    Veja por exemplo o acorde formado pelo modo dórico. Sua característica é ser uma escala menor com uma 6a maior (sabendo que a escala menor natural tem uma 6a menor) e ao mesmo tempo, dependendo da sua posição na harmonia, este intervalo deve ser evitado, pois junto com a 3a menor do acorde (nota Fá) ele forma o trítono, descaracterizando a sua função. Uma vez ouvi esta frase e guardo até hoje: se você ver um acorde Xm6, que não for o Iº ou IVº grau, ele é um dominante disfarçado (acorde X7 com a 5a no baixo).

    É por aí mesmo o raciocício.

    Recomendo que você procure um livro de harmonia ou um professor. No orkut também tem algumas comunidades sobre harmonia, improvisação... Boa sorte!

    K3V1N
    Veterano
    # out/07
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    vlw!! ;D

    bielcamboim
    Veterano
    # jan/13
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    pessoal mesmo eu lendo isso ainda ficou a dúvida , se eu quero improvisar em Em eu uso o modo frígio ? se sim , onde ? se não qual ? e se for maior ?



    Grato :)

    krixzy
    Veterano
    # jan/13
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    bielcamboim
    olha nesse tópico nos comentários de 1 de janeiro desse ano.

    http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/196149/p2

    LeandroP
    Moderador
    # jan/13
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    bielcamboim
    se eu quero improvisar em Em eu uso o modo frígio ?

    Depende! Você pode utilizar qualquer modo menor sobre o acorde Em, desde que esteja no tom. Pode ser "Mi Dórico" ou "Mi Frígio", ou também "Mi Eólio" (= menor natural). Existem também outras escalas menores, como "Mi menor harmônica" e "Mi menor melódica". Veja a relação com os demais acordes para determinar uma escala ou modo sobre o acorde Em.

    Jeffin C.
    Veterano
    # jan/13
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    [bielcamboim
    Esse link que o krixzy postou é muito bom...essa foi a única explicação que me fez começar a entender de verdade os modos gregos.é só botar na primeira página pra ver a primeira parte da explicação...a segunda parte você vê na segunda página...e quando terminar de ler(e entender) tudo, olha esse tópico aqui:

    http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/285937/

    Nele você vai poder ver melhor como isso funciona na prática...mas lembre-se, você só vai entender a parte prática se antes entender a teórica...Mas dá uma olhada depois, acho que vai te ajudar bastante.

    Drinho
    Veterano
    # jan/13 · Editado por: Drinho
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    pessoal mesmo eu lendo isso ainda ficou a dúvida , se eu quero improvisar em Em eu uso o modo frígio ? se sim , onde ? se não qual ? e se for maior ?

    Sim, você pode usar o modo frigio - escala de C

    mas Em tem terça menor e quinta justa... intervalos que também estão presentes no II grau do campo harmonico funcionando como dórico e no VI grau funcionando como eólio....

    Pensando em dórico - escala de D

    Pensando em eólio - escala de G

    você não é restrito a usar apenas o frígio uma vez que o acorde está aberto a diversas possibilidades

    se for o acorde de mi maior o raciocínio é o mesmo, qual a estrutura de mi maior? T 3M 5J, quais modos possuem esses intervalos?

    I grau - Jonio - escala de mi maior
    IV grau - lidio - escala de si maior
    V grau - mixolidio - escala de lá maior

    bielcamboim
    Veterano
    # jan/13
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    Tipo assim , a música está no tom de " A " e tem esses acordes : A , E , F#m e D , eu já sei que tenho que tocar com os modos maiores : Jônio , Lídio e Mixolídio . Então eu Tocaria nesses modos no tom de lá ? e como eu aplicaria na prática ?

    Cordialmente - Bielcamboim :)

    Filippo14
    Veterano
    # jan/13
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    bielcamboim
    Cara, você não tem que tocar os maiores, não é obrigado.
    Os 7 modos existentes são apenas visualizações diferentes da mesma escala. Essa escala pode começar por qualquer uma das 7 notas que ela possui. nesse caso que você mostrou, o tom é A maior por que o único tom que possui o A, D e E maiores e ao mesmo tempo é o A maior( A jonio).

    A gente fala o nome do tom pelo jônio, que seria a escala maior natural.
    Voltando ao lance do que tocar aí. em qualquer ponto do braço, as notas que você irá tocar serão as mesmas 7.

    Os modos são úteis para decorar o braço inteiro e quando você os estuda individualmente., vou dar um exemplo.

    A7M-F#m7-E7-D7M¹¹#

    É a mesma cadencia de acordes, mas eu coloquei outras notas nos acordes.
    Você poderia continuar tocando um A maior jonio como antes durante a cadencia inteira, mas para o solo soar diferente e você conseguir dar diferentes ideias nele, em uma cadencia como essa você poderia usar as notas caracteriísticas dos acordes como repouso ou até mesmo fazer mudanças tonais.

    A7M- você pode tocar em dois tons isso. A jônio ou E jônio (A lídio), se você usar a penta do lídio, as características sonoras desse modo vão se sobressair e dará uma ideia que se consegue só com o Lídio

    F#m7- Você tem 3 alternativas aqui, ou F# frígio, ou o dórico ou o eólio. Pensando em tocar essa harmonia de uma forma mais blocada, tonal, esse F#m7 seria o relativo menor do A7M, então ficaria legal tocar um F# eólio, lembrando que os outros também soariam legais, enfatizando o dórico que eu gosto muito.

    E7- em acordes dominantes tem varias ideias que podem ser usádas. Vamos ficar presos apenas aos modos. Tocar uma penta do Mixolídio ficaria muito legal, tem uma característica sonora muito legal.

    D7M¹¹#- Repara que esse acorde tem uma quarta aumentada, nota caracteristica do lídio, então você só pode tocar lídio nesse acorde, repousar na quarta aumentada dele fica espetacular.

    Vale ressaltar que há uma diferença no modo propriamente dito e sua pentatonica.
    o Modo é apenas um outro local para se tocar as mesmas 7 notas da mesma tonalidade. A pentatônica deles é apenas a tétrade com a nota característica do modo propriamente dito, como a 11# do lídio, a 6 do dórico, a 2b do frígio.

    Na cadencia inicial que você apresentou, poderiam ser tocadas as mesmas coisas que eu falei, mas com as notas a mais que eu coloquei, o seu solo soaria mais encaixado com a harmonia e eu dei uma enxugada nas opções para cada acorde.

    espero ter ajudado, abraço

    LeBron James
    Membro Novato
    # set/18
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    ​O acorde dominante com 7 menor é sempre o 5 grau de algum campo harmônico? Vi um cara ensinando essa regra, mas fiquei em dúvida pois nos outros modos o acorde com 7 não fica fixo no 5 grau. Ex

    Lidio
    I7M II7 Am7 Bm7(b5)...

    O segundo grau tem a 7.

    Se eu atribuir um tom, D, esse 2 grau seria E lidio?
    E entao eu poderia usar E lidio ou A maior pra solar nesse acorde?

    LeandroP
    Moderador
    # set/18
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    LeBron James

    O que você fez foi inverter o campo harmônico, colocando o IVº grau (lídio) como sendo o Iº grau. Pois bem, ele não vai deixar de ser lídio devido a sua formação e tensões disponíveis. Só que, com essa mudança de trazer o IVº pro Iº, naturalmente o Vº passa a ser o IIº na posição harmônica. Contudo, este IIº grau, embora seja um acorde X7, não será o dominante do lídio (que se tornou o I]).

    Vamos a um campo harmônico maior de Ré

    D7M - Em7 - F#m7 - G7M - A7 - Bm7 - C#m7(b5)

    Neste campo harmônico o acorde da tônica é o Ré maior, e ele é jônio.

    Se invertemos o campo harmônico, colocando o lídio como primeiro, teremos que deslocar o IVº grau para o Iº, ficando dessa forma:

    G7M - A7 - Bm7 - C#m7(b5) - D7M - Em7 - F#m7

    O lídio passou a ser o primeiro, e mesmo assim, toda a sequência foi preservada.

    Se você quiser um dominante pro Iº grau, você terá que alterar o acorde do Vº pra que ele se transforme de acorde maior pra um acorde dominante. E isso é muito fácil. Em vez de ter um D7M você tem um D7. Você só faz esta alteração se realmente quiser um dominante do Vº grau. Do contrário, pode deixar o acorde como ele está: maior como sétima maior.

    É muito comum ver este tipo de situação:

    | D7M | D7 | G7M |

    O que ocorreu acima foi a intenção de preparação sobre o acorde D pro acorde G. Note que ele era um simples acorde maior. Porém, com a intenção de preparar pro outro acorde, ele teve a sua 7a alterada (temporariamente) pra criar o efeito de tensão que leva à preparação do acorde. Neste momento, o modo jônio cobre o acorde D7M, e ao mudar pro D7, você muda de Ré jônio pra Ré mixolídio (é a escala de Sol começando pela nota Ré).

    Se eu atribuir um tom, D, esse 2 grau seria E lidio?
    E entao eu poderia usar E lidio ou A maior pra solar nesse acorde?


    Se você atribuir o Tom como Ré, você precisaria ainda estabelecer a tonalidade pra esse Ré, o que não foi feito no seu enunciado.

    Anote esta sequência:

    jônio, dórico, frígio, lídio, mixolídio, eólio e lócrio.

    Depois do lócrio vem o jônio novamente, como se fosse um círculo.

    Drinho
    Veterano
    # set/18 · Editado por: Drinho
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    LeBron James

    O acorde dominante com 7 menor é sempre o 5 grau de algum campo harmônico? Vi um cara ensinando essa regra, mas fiquei em dúvida pois nos outros modos o acorde com 7 não fica fixo no 5 grau. Ex

    O acorde 7 é sempre o 5 grau do campo harmonico maior.

    Porém por ter a função de dominante ele é facilmente emprestável para qualquer grau de qualquer outro campo harmonico dando liberdade de escolha para o compositor por isso você pode encontra-los em outros lugares que não o quinto grau também....

    Para os outros modos com seus respectivos centros tonais naturalmente o acorde 7 nunca mais vai aparecer no quinto grau, porém você também pode substituir o quinto grau desse modo pelo proprio acorde 7 para tensionar sua harmonia se quiser, o que ocorrerá é que quando aparecer esse acorde ele pedirá uma escala especifica para acorde dominante e existem um milhão de escalas (acho que isso responde a segunda pergunta de quando aparece o II7).....

    Mixolidio, mix 4+, domdim, diminuta, tons inteiros, frigio maior, penta maior com 7 menor, enfim tem milhões.....

    Tem que diferenciar o contexto da música modal e da tonal e eu acho muito dificil improvisar ou harmonizar pensando em teoria nesse caso, acho que os resultados são melhores com a pratica da audição, você se acostuma com o som dos intervalos, dos modos, das escalas e dos acordes para perceber o que a situação pede e o juiz é o ouvido, depois quando você não estiver tocando você explica o que você fez sem problema nenhum e você deve explicar, o que não da pra fazer é explicar tocando, não sai música boa nem a pau disso ai, pelo menos pra mim ....

    Qualquer explicação que você tenha não conseguirá abrangir todas as possibilidades que você tem na prática.....

    Meu estudo para improvisação está dividido em dois.

    1 - Tirar alguma musica de alguém....
    Normalmente rock, fusion e música brasileira para não deixar de lado a parte mecanica e a parte de audição, não adianta querer fazer e não conseguir fazer porque a mão não acompanha a cabeça então estar sempre tocando é importante....

    Já tentei tirar jazz mas pra mim não dá, eu não aguento ouvir 5 minutos, acho que não tenho inteligencia pra isso....

    2 - Playback específico
    Vou no youtube e escrevo dorian backing track por exemplo.
    E o objetivo é soar Dórico com maestria nesse caso e para outros modos e sabores também.....

    LeBron James
    Membro Novato
    # set/18
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    LeandroP
    Drinho

    Estava fazendo a seguinte progressão: Cm - G# - D# - A#
    Dai tentei encontrar o modo grego que me permitisse solar em cima dela. Analisando, vi o A# e pensei: "é a escala de B maior com uma segunda menor". O modo com segunda menor é frígio, portanto, C frigio. Quando fui tocar o G# jonico soou uma m**da, mas D# encaixou perfeitamente. O que aconteceu aqui? Como esse D# é a escala?

    LeandroP
    Moderador
    # set/18
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    LeBron James

    O primeiro passo é construir adequadamente a escala.

    A escala de Dó menor é formada com bemóis e não com sustenidos.

    Dó - Ré - Mib - Fá - Sol - Lab - Sib

    O modo jônio está no IIIº grau da escala menor, neste caso na nota Mib.
    Por isso ficou bom quando você tocou Ré# jônio, porque Ré# é igual ao Mib.

    Antes de pensar em modos, recomendo estudar a formação das escalas pelo "círculo das quartas e quintas". Sem isso você vai acabar se confundido com enarmonias, e isso atrapalha mesmo!

    LeBron James
    Membro Novato
    # set/18 · Editado por: LeBron James
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    LeandroP

    Cara vlw mesmo pela ajuda, estou estudando por videos do youtube e cada um diz uma coisa, tem que ficar cruzando as informações pra entender algo...

    Tô com outra dúvida

    Tem uma passagem de sweet child o mine em A - C - D que não está em nenhum campo harmônico: é modal.

    Se tenho que pensar em cada acorde como tônica, então eu poderia tocar A jônico, F lídio e G lídio? Ou seria o contrário, A jônico, C lídio e D lídio?

    Pra os meus ouvidos a primeira opção soou bem melhor, mas dizem que modos gregos soam estranhos para iniciantes, e a segunda opção soou um pouco estranho... enfim..

    LeandroP
    Moderador
    # set/18 · Editado por: LeandroP
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    LeBron James

    Experimente um Lá dórico sobre o acorde A.

    O Lá dórico é derivado da escala de Sol maior, assim como os outros acordes C e D. Ou seja, você poderia utilizar uma única escala. E o Lá dórico deve dar um sabor blues sobre o improviso. O que também não impede de aumentar a terça do Lá menor dórico e o acorde A soar como um mixolídio.

    estou estudando por videos do youtube e cada um diz uma coisa, tem que ficar cruzando as informações pra entender algo

    Recomendo o livro Harmonia & Improvisação, do Almir Chediak. Assim você preencherá essas lacunas devidamente.

    Ken Himura
    Veterano
    # set/18
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    Drinho
    o que ocorrerá é que quando aparecer esse acorde ele pedirá uma escala especifica para acorde dominante e existem um milhão de escalas
    Na verdade, são 4095 coleções escalares, algumas formam modos (como a diatônica e a menor melódica), outras não, mas mesmo em modos diferentes, são a mesma coleção (centricidade não é sinônimo de harmonia).

    Menos até que 4095, se você considerar que escala deve possuir um número mínimo de notas, que cada grau não pode ter um salto maior que x semitons e regras afins.

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