Diferente tipos de timbragem na Música

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    Pedrinhow
    Veterano
    # ago/07


    Olá...
    Galera, to querendo almentar os meus conhecimentos sobre timbragem e como devo equalizar o meu baixo para cada estilo musical, como devo equalizar pra forró, samba, mpb e etc... se a galera puder me ajudar eu agradeço desde jah...

    Valeu!

    Ala
    Veterano
    # ago/07
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    Pedrinhow

    Eu não vou nem opnar, por que eu sou fã de medios e vc ja falou não gosta de medios,rsrsr

    FCLBass
    Veterano
    # ago/07
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    Pedrinhow
    Já tive a mesma dúvida... para saná-la eu ouvia músicas de cada estilo e "criticava" o timbre do baixo. Hoje, não tenho dificuldades em equalizar meu baixo, pois coloco meu gosto com o que a música pede. Na minha opinião não deve existir regras pra isso. Normalmente para os rítmos que vc listou (e isso varia de ampli para ampli) eu coloco uma timbragem parecida (imaginando os controles de equalização indo de 1 à 10):
    Forró: Grave-4; Médio-3; Agudo-3
    Samba: Grave-6; Médio-4; Agudo-3
    Jazz/MPB: Grave-5/6; Médio-3/4; Agudo-3
    Gospel (as que mais toco): Grave-4; Médio-5; Agudo-3

    leomezz
    Veterano
    # ago/07
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    Pedrinhow
    como devo equalizar o meu baixo para cada estilo musical

    Os estilos musicais consolidaram-se com algumas timbragens clássicas, mas isso não é um paradigma. Acho que qualquer timbre é válido para produzir-se o som, desde que agrade os ouvidos. É como na moda para roupas. Usa-se calça jeans frequentemente porque é rotineiro e prático. Mas porque não usar calça de moletom para ir trabalhar? É brega? Porque é brega? Não estamos pelados, não é? e ainda por cima é mais confortável! Se você gosta dos baixos atualmente equalizados para os mais diversos estilos musicais, basta ouvir as musicas desse estilos e tentar copiar o timbre. Exemplo: Quero que o som do baixo fique no estilo Rock anos 70. Pego um Precision, Plugo num valvulado e pronto. É receitinha de bolo. Ou, com o baixo que tenho, uso uma pedaleira para simular o timbre que desejo e assim por diante. Eu por exemplo, tenho um SX Jazz Bass e um Ibanez SR 505. Com esses baixos tiro diversos timbres, desde o vintage até o mais moderno. Eu agora estou querendo mudar os caps do meu Jazz Bass, não porque sejam ruins, mas porque estou querendo tirar algunas dúvidas com relação ao medeiramento do instrumento. Cara, em resumo, eu sei que vc queria que respondessemos assim: para samba você usa o baixo em flat, e fecha o agudo no ampli. Para rock, vc abre o médio e o grave, o agudo vc coloca no meio e assim vai...mas infelismente não consigo. Como gosto do som grave, acho que, quando bem executado, qualquer timbre, desde que agradável ao ouvido, se encaixa em qualquer estilo musical.
    Um abraço.

    Pedrinhow
    Veterano
    # ago/07
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    Outra questão... e o Médio-grave?

    pra deixar o baixo com aquele ronco mais bem grave?

    Ala
    Ateh que eu gosto de médio sim... mais prefiro dosá-lo de uma forma mais "ligth" hehehehe...

    Pedrinhow
    Veterano
    # ago/07
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    Leomezz
    vlw cara...

    Pedrinhow
    Veterano
    # ago/07
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    Outra questão... e o Médio-grave?

    pra deixar o baixo com aquele ronco mais bem grave?

    (2)

    Pedrinhow
    Veterano
    # ago/07
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    pra deixar o baixo com aquele ronco mais bem grave?

    (3)

    patrickqueres
    Veterano
    # ago/07
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    pra deixar o baixo com aquele ronco mais bem grave?

    (4)

    Edão
    Veterano
    # ago/07
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    Pedrinhow

    Pra deixar com aquele ronco bem grave: Grave - 6 ou 7, Médio - 4, Agudo - 5; captador da ponte aberto - 8 e o do braço - 3 (no caso de JB).

    denismonteiro
    Veterano
    # ago/07
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    eu da opinião de usar o timbre que vc quiser!!!
    qdo eu tocava disco-music e uns pop tipo jota-quest, na "do seu lado" eu descia a mão, nervosão mesmo!!! até estranhava qdo ouvia a versão original (ao vivo).... ficava tão levinha a música!!!!
    aiheaiheaiuehaiheaihu

    denismonteiro
    Veterano
    # ago/07
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    outro exemplo:
    qdo eu tocava cover de DT, eu usava 25 presets na GT6B... sem contar os efeitos...

    conehc
    Veterano
    # ago/07
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    tenha o cuidado porque nem sempre um timbre que fica legal no fone ou no seu ampli sozinho em casa fica legal em banda... as vezes o timbre ficou ate legal sozinho, mas com a banda o baixo some, ou embola, ou fica estridente demais... e outra coisa, de casa de show pra casa de show varia uma quantidade imensa... algumas tem problemas com medio-graves, outras com graves, outras simplesmente comem essas frequencias, dai a equalização acaba ficando uma pra cada lugar de modo a vc atingir o timbre que vc quer.

    Pedrinhow
    Veterano
    # ago/07
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    Caras mais e o médio-grave? ele funciona pra dar um grave mais incorpado e definido e ou outra coisa?

    Pedrinhow
    Veterano
    # ago/07
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    Caras mais e o médio-grave? ele funciona pra dar um grave mais incorpado e definido e ou outra coisa?

    (2)

    conehc
    Veterano
    # ago/07 · Editado por: conehc
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    Equqlização
    Creditos para Mário Farufyno, dono da comunidade Baixo Brasil
    [...]Desde os primórdios das gravações ficou evidente que era necessário ter controle sobre o timbre das coisas que muitas vezes era mal-reproduzidas pelos suportes. Para fazer isso se criaram circuitos que filtravam (dando ganho ou corte a) determinadas freqüências.

    Existem diversos tipos de equalizadores, alguns cortam todo sinal que passa acima ou abaixo de determinada freqüência (os chamados High Cut e Low Cut), o botão de Tone (que significa Timbre, não tonalidade como traduzem equivocadamente algumas fabricas daqui) é um botão desse tipo.

    Um outro tipo são os de Shelving, aonde podemos dar ganho ou corte de quantos decibéis (dB) quisermos acima (High Shelf) ou abaixo (Low Shelf) de determinada freqüência. Eles só têm dois controles (freq e bosst/cut) e são os chamados Equalizadores Paramétricos que são usados juntos com um ou mais Eqs de médias, aonde vc pode determinar a freqüência (center frequency), ganho ou corte (boost/cut) nela e o quanto que vai alterar de freqüências vizinhas, o chamado width ou "Q".

    Vejam bem, quando puxamos ou atenuamos uma dada freqüência, sempre alteramos algumas freqüências vizinhas, então o "Q" estreita ou larga esse espectro de atuação. Eles são, de longe, os Eqs mais detalhados com que se pode trabalhar, digamos que vc quer matar o "Hum" de 60Hz dum Fender...

    Basta centrar em 60 ciclos, estreitar o "Q" ao máximo e ir cortando, você vai tirar o "Hum" e preservar tudo abaixo e acima dele. É por isso que esses são os Eqs mais usados em estúdio (mesmo por que costumam ser mais complexos e caros).

    O outro tipo bastante comum, mesmo por que é mais barato, é o Equalizador Gráfico nele você tem controles fixos para freqüência e width e pode apenas dar ganho ou corte nessas freqüências. O nível de detalhe que vc vai poder trabalhar vai depender então de quantas "bandas" (7, 10, 20) ele dispõe para cobrir nosso espectro auditivo, que vai de 20Hz até 22KHz.

    O problema desse tipo de Eq é apenas que sempre uma banda invade a vizinha e então ele não se presta muito a ações cirúrgicas, pois se vc tira muito daqui vai ter que compensar nos vizinhos e se vc não tomar cuidado pode criar desvios de fase no sinal do teu instrumentos, o que complica a vida de quem for mixar vc (em especial se for uma mix estéreo).

    Mas de qualquer forma o perfil do som fica bem evidente pois ele acaba descrevendo mesmo um gráfico do espectro sonoro. É um Eq mais usado para corrigir excessos e deficiências duma sala (quando tem sobra de graves ou existem agudos em excesso, por exemplo), tanto em estúdio quanto em PA.

    Podemos sempre contar com o Eq para esculpir o nosso timbre ou para criar um efeito mais dramático, como num solo. O importante apenas é ter o bom senso de saber que tudo em excesso é mal, menos é sempre mais, se vc quiser mais clareza, na maior parte das vezes será melhor cortar médio-grave do que por agudo, assim como é sempre melhor tirar do que pôr e, se vc esta pondo ou tirando muitos dBs de determinada freqüência é por que deve ter tomado algum caminho errado lá no começo...

    Muitos equipos tem Eq intermediários, os chamados semi-paramétricos que, para economizar custos, simplificaram os circuitos tirando algum dos controles como o "Q" ou o ajuste de "Center Frequency".

    Vou dar algumas faixas que são úteis para baixistas na hora de buscar realizar a Equalização que procura. Lembrem que por mais grave que seja a nota que toquemos, ela sempre tem uma porção de freqüências mais altas que, apesar de menos audíveis, são características do timbre do seu Baixo, são essas freqüências que filtraremos para criar uma "assinatura tímbrica" própria, a coloração do seu instrumento.

    Então é como cozinhar, misturar um pouco de cada coisa para alcançar um dado resultado e, como na cozinha, às vezes precisamos duma pitada de Sal pra adoçar o bolo. Dito isso:

    As fundamentais, as notas que tocamos, estão abaixo de 120Hz (o Lá solto é 55Hz), é o chamado grave. Essas freqüências produzem aquele peso que vc mais sente do que ouve.

    A gordura propriamente está, curiosamente, nos médio-graves. Na verdade vc pode situá-los entre 120 e 300Hz, mas atenção aqui esta o peso mas o embolo tb (na estreita faixa entre 270 e 300Hz), se exagerar embola, se faltar fica sem peso.

    Entre 600Hz e 2KHz esta a articulação das notas e, se vc puxar bem, aquele som anasalado de fretless típico do Jaco. É uma freqüência bem útil para vc ser ouvido em meio a uma mix densa, com muita gente tocando, mas se exagerar o som fica meio que de radinho.

    De 2 a 5KHz está o brilho e definição, aquele som estalado de quem faz slap e é a região aonde a voz humana mais ressoa (2 a 3K), então tem q ter bom senso para não encobrir os vocais.

    Acima disso o som vai ficando cada vez mais ardido que os caras de NüMetal tanto gostam mas nesse caso o cuidado deve ser que daqui para cima estão também os barulhos de dedo, corda etc.

    Pro meu gosto, acima de 12 KHz pinta mais é ruído e chiado de captadores e vazamento de RF do cabo, mas também dar um boostezinho aqui, as vezes justamente suaviza os barulhos de corda.

    Prestem atenção a umas coisas ditas aqui, primeiro é que o timbre é uma combinação de freqüências, então muitas vezes quando vc quer obter um som mais pesado, vc deve trabalhar os médios, é o papo da cozinha (da qual fazemos parte), as vezes usamos açúcar para equilibrar um molho salgado de tomates, todas as freqüências são úteis, cabe a nós saber como trabalhá-las...

    Segundo, nem todo ampli indica em que freqüência central seus knobs atuam, então quando for equalizar tome cuidado com o botão de "mid" que pode estar ajustado para a região do peso/embolo até a do radinho/articulação. São nas médias que vc pode acertar ou quebrar a cara, mesmo por que o "Q" delas é mais aberto o que significa que muitas vezes puxamos ou atenuamos mais do que queremos.

    Nenhum ajuste vale em qualquer sala, mudou a sala, ou canto da sala em que esta tocando, tem que refazer o ajuste fino das freqüências.

    Se vc estiver tocando sozinho e encontrar a sua regulagem, lembre que quando a banda começar a tocar, algumas freqüências serão encobertas e vc terá de compensá-las.

    Essas freqüências que indiquei são como guias, vc deve procurar na sua combinação baixo, captadores, cabo e ampli (sem falar na sala) em quais freqüências pode-se obter aqueles resultados, isso não é uma receita pronta, alguns baixos são naturalmente puxados para essa ou aquela freqüência então use seu ouvido mais do que a uma tabela para equalizar.

    eltonbass
    Veterano
    # ago/07
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    conehc
    essa é a terceira vez que leio esse texto!
    muito bom!

    conehc
    Veterano
    # ago/07
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    eltonbass
    eu tbm leio de vez enquando... é um bom guia de "como equalizar"

    Pedrinhow
    Veterano
    # ago/07
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    conehc
    cara resolveu muito as minhas dúvidas sobre timbragem... vlw
    mais se tu tiver mais desses textos assim posta aki ou manda a referencia ou o site que ele tah blz?

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