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fabiopavan8 Membro Novato |
# dez/16
Exportar um .mid a partir de uma partitura ocasiona uma gravação robotizada, muito exata. Agora eu pergunto: utilizar plugins para randomizar (aleatorizar) o ritmo e a dinâmica é válido e adequado?
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fabiopavan8 Membro Novato |
# dez/16
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Exemplo de randomização da dinâmica: http://stash.reaper.fm/20091/rand%20vel%20eel.gif
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Adler3x3 Veterano |
# dez/16 · Editado por: Adler3x3
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fabiopavan8
Alguns softwares tipo DAW tem esta função de humanização.
Mas no geral não fica bom, acredite, o computador ainda não consegue humanizar. Acho que nunca isto vai acontecer. Pode simular uma certa situação das notas subindo ou descendo, mas não tem a capacidade de fazer o inusitado soar bem.
Em algumas circunstâncias até pode ajudar quando você não tem a mínima ideia de como vai fazer. Pode ajudar por exemplo para atrasar ou adiantar um pouco as notas no compasso. Mas tanto para as notas individuais do solo como para os acordes, a melhor humanização é tocar no teclado real que servirá como um teclado controlador. Se bem tocado já começa aí a humanização, nada melhor que um humano tocando de verdade e transmitindo os dados midi. Depois se acertar outros detalhes conforme o instrumento.
Conforme o instrumento, por exemplo piano, tem que tocar como se toca um piano. Já se vai tocar o solo de um violão tem que se imaginar tocando um violão quando se aperta as teclas. Se fizer um solo de violão tocando como se toca num piano não fica bom. E assim com outros instrumentos, como uma flauta e por aí vai, tem que imaginar o tempo que o músico precisa para respirar. Tem que observar que alguns instrumentos não são polifônicos, são de solo, não se fazem acordes neles.
Para fazer um acorde com flautas tem que usar diferentes flautas, mais grave, média e aguda, só aí são três tracks, se colocar tudo numa track, soa falso.
Tem que se imaginar tocando, tem que fazer uma imagem mental e ouvir com o ouvido interno do cérebro, assim vai saber qual nota deve soar mais forte ou mais fraca, e vai experimentando. Ou vai solfejando cantado as notas, e aí se descobre qual a melhor velocidade. Nunca coloque a velocidade máxima de 127, depois no áudio vai dar clip com certeza, e o valor de 127 nunca vai soar natural, mesmo no fortíssimo. Eu uso sempre uma média de 80 no máximo 90, claro tem exceções. As vezes o midi esta totalmente desequilibrado, com uma humanização muito mal feita, e o primeiro passo é deixar todas as notas com o mesmo nível, e depois sim começar a humanizar. Os erros mais comuns dos midis que encontramos na internet ou os divulgados por tecladistas que fizeram apenas a harmonia é deixar as velocidades muito altas. Sempre procurando um volume mais alto, mas para aumentar o volume existem outras técnicas bem melhores, que muitas vezes já são usadas, quando a track até já não é mais midi e sim uma track de áudio. Dá para transformar uma track midi em track de áudio, e em vez de fazer a humanização em midi, fazer no áudio, é possível fazer isto em alguns casos. E conforme o instrumento virtual isto pode variar, uma velocidade de 80 pode se boa para um determinado VST, para outro pode soar muito alta, para outro pode soar muito baixo. Então já no início do projeto é recomendável já saber que VSTi vai usar. Pois cada VSTi tem as suas particularidades, num VSTi Por exemplo pp normalmente vai girar com a velocidade de 32, mas o VSTi pode responder forte ou fraco demais, então o que é p num software pode ser pp em outro. E quando isto ocorre, muitas vezes é inevitável, pois escrevemos a partitura usando alguns Vstis, e depois na DAW substituímos por outro que achamos melhor, e daí tem que alterar as velocidades num todo, mas alterando por percentual, para manter as variações. Assim a humanização das velocidades é individual, cada caso é um caso. Velocidade tem a haver com o ataque da nota, as vezes é melhor nem mexer aqui, e sim alterar o atack da nota na linha de automação. E a combinação de técnicas que vai levar a um melhor resultado.
Outra técnica é pegar um loop de áudio como referência, um solo por exemplo, não que seja o solo que você esta fazendo, mas sim como se fazem os motivos musicais, as frases, então você aumenta a visualização da track e observa o tamanho das notas no arquivo wav, e tenta simular algo parecido na sua música, e vai renderizando numa nova track e depois compara as imagens, e claro aquelas novas track que são inúteis depois deleta. Isto pode ser útil em algumas passagens para tentar entender como o compositor e os músicos fizeram aquela transição ou aquele trecho em especial.
O mesmo processo é válido para um loop de midi, ou clip de midi, ou seja uma pequena parte de um a quatro compassos. E aí você vai adaptando a sua track midi conforme o modelo (desde é claro que seja um bom exemplo de humanização, em que usa mudanças nas velocidades, modulação etc.., enfim um midi bem feito como referência. A melhor forma de aprender humanizar midi é observar atentamente os detalhes de um midi bem feito, o que é difícil de encontrar na internet, mas até existem.
Na partitura se faz uma primeira parte, mas conforme o editor pode-se humanizar a teoria musical ir colocando na notação p, pp, f, ff, etc... Conforme o editor quando exporta a partitura para midi já faz a conversão das velocidades, e se aliar outras técnicas junto como a de ir aumentando o volume ou diminuindo pode até ficar humanizado mesmo na partitura.
Então quando se começa um projeto pela partitura, primeiro tem tentar humanizar o máximo possível dentro do próprio editor de partituras, depois na DAW em midi são outros os processos. Tem as notas com stacatto, tem a notas com vibrato que envolve a modulação, tem a notas com sordino e muitas outras variações, que o editor seguindo a boa teoria musical já faz uma certa humanização. E a partitura serve para indicar ao músico como interpretar a música. As vezes tem que dar um destaque para uma nota, sem que seja stacatto, somente indica que a nota deve soar com destaque.
E tem as grace notes também, que não são obrigatórios mas deixam a música melhor. E o midi que são instruções não deixa de ser uma interpretação.
Eu prefiro acertar tudo pelo mouse, mas primeiro tento pelo teclado.
Em outros posts inclusive que escrevi para você tem uns softwares russos que fazem esta humanização de midi. Produtos da Jasmine, que tem algumas versões free. Você importa o arquivo midi, e faz a seleção de algumas variações e o software modifica o midi. Depois você exporta de novo em midi para a sua DAW. Mas mesmo nos plugins ou programas específicos para fazer humanização, o toque final sempre tem quer ser pelo mouse, no último detalhe personalizado. Pois as vezes no processo de humanização pelos softwares e computador, algumas coisas absurdas podem acontecer.
E dá para criar uma boa sequência de acordes no software que já sai com uma certa humanização., e começar a música nos produtos da Jasmine.
A única coisa que não gosto é a humanização que faz na modulação, que fica meio exagerada, mas dá para corrigir. Por exemplo num solo midi que não esta humanizado, pode-se humanizar para um solo de violino.
O processo de humanização pode ser bem complexo existem inúmeras técnicas. - tocar o teclado; - acertar pelo mouse as velocidades se imaginando tocando; - conforme os instrumentos tem que ter um certo conhecimento para saber como funciona, quais as articulações que usa; - atrasar ou adiantar as notas, conforme o caso por exemplo num legato, a próxima nota começa um pouquinho antes da outra terminar; - e a humanização também pode envolver o instrumento VST, alterar o envelope das notas; - por exemplo um violão, tem as batidas para cima e para baixo com a palheta, tem que recriar estas articulações. Em geral o violão e a guitarra são os instrumentos mais difíceis de humanizar. no solo por exemplo, vai solando nota por nota, mas em algumas partes, pode por exemplo o solo tocar duas ou mais notas ao mesmo tempo, adicionando uma harmonia complementar a música, adicionando um certo brilho, ou até uma certa surpresa, que vai prender a atenção do ouvinte. Mas tudo com moderação variações abruptas ou muito extensas podem não dar certo.
- aprender a usar a automação nas track, aqui bem dizer as possibilidades são infinitas, pode se variar as aplicações dos efeitos, modificar o volume (sem modificar o midi, ou como um ajuste complementar, o pan, enfim centenas de parâmetros, claro não vai fazer tudo, tem que saber o que esta fazendo; - mas tem começar pelo básico: ir aprendendo uma técnica por vez:
- velocidade das notas; - alterações de pitch, isto mesmo uma pequena desafinação, mínima as vezes ajuda, um violino não é a mesma coisa que um violão que tem trastes; - modulação; - simular o uso de pedais; - atrasar e adiantar algumas notas; - transições do som do instrumento de acorde para acorde e de compasso para compasso (as vezes o instrumento virtual não fica bom em algumas partes, não responde como deveria) e se faz necessário corrigir; - usar todos os recursos do editor de partituras, buscando ajuda na teoria musical; - usar a automação, e fazer variações na linha do tempo de vários efeitos e até do envelope do instrumento, enfim uma série de parametros que pode variar de fabricante para fabricante; - usar CC midi -continuos controller; - evitar notas fantasmas, muitas vezes algumas notas que incluímos na parte teórica da música podem estar não tocando, ou até algumas notas curtas demais, que o Vsti não consegue reproduzir, e aí fazendo esta análise pode-se descobrir erros, alguns até nem tanto da técnica mas erros simples de composição e arranjo. E um erro de uma nota soando mal pode comprometer a humanização. - alterar o tempo, bpm (batidas por minuto), digamos que a música tenha 85 bmp, começa assim no primeiro compasso, no segundo você pode alterar para 84, ou 84.30, no terceiro compasso volta para 85,00 ou 84,8, tem que ir experimentando, isto é muito válido tanto na introdução da música, como especialmente no final, ou em certas partes que se quer dá um destaque especial. (claro não pode exagerar nas variações, tem que ser bem pequenas.) A sutileza é muito importante. Músico nenhum toca sempre todo o compasso nas mesmas batidas por minuto.
Pode também até alterar o Tom da música em pequenas partes, criando uma especie de ponte, e depois voltando, isto dá um charme especial.
Claro na bateria e na percussão, já é mais complicado, qualquer erro de bpm pode comprometer, e a técnica é outra. - usar fade in e fade out conforme a dinâmica que se quer emprestar em certas partes;
Enfim tem centenas de técnicas, o importante é começar, com o tempo você vai aprender e conhecer melhor os instrumentos virtuais, e vai criar a sua própria técnica, isto é que importa. Camadas e mais camadas de edição.
Só na questão de volume tem inúmeras técnicas diferentes, tem o volume do comando midi, tem o volume da track, tem o volume do instrumento VST, tem o volume da Master Track, tem os efeitos de maximização, tem os efeitos de estéreo e muito muito mais, fora o uso de compressores e outros. As vezes em vez de alterar as velocidades das notas, eu altero o envelope na linha do tempo, alter o atack por exemplo, e outras partes altera o decay, em outras o sustain, em outras o release, e tem alguns softwares virtuais que tem o hold. Ou as vezes altera simplesmente o volume e dá certo, conforme a situação e o tipo de instrumento. Os pads por terem notas longas e criarem até harmônicos são mais difíceis de acertas, mas tem que ir ouvindo compasso por compasso, para o pad não ficar soando e invadindo o acorde na sequência, por isto que existe o tal do envelope do instrumento que deve e pode ser alterado na linha do tempo. Então as vezes digamos o volume de um instrumento pode por exemplo estar em 80% mas perto do final do compasso tem que estar em zero (fade out), ou variar , começa mais baixo e sobe e depois desce. Isto é muito válido para pads e strings em geral. Assim numa mesma música pode-se ter inúmeros fades in e out. E muitas vezes o instrumento não tem que necessariamente começar no início do compasso, pode ser mais no meio, claro obedecendo a métrica. Dá mesmo forma o término do instrumento soar no compasso. As vezes a nota pode estar soando muito curta, e o VST até pipoca, as vezes muito longa e continua ressoando e avançando em outro compasso, ou comprometendo a nota seguinte, e aí tem que alterar o envelope do instrumento, não tem outro jeito não.
E quando for usar softwares para humanizar, tem que fazer em trechos curtos, um ou dois compassos, ou conforme os motivos musicais.
Se faz para toda a música a probabilidade de erros aumenta, e coisas imprevisíveis vão acontecer. Então o melhor é ir compasso por compasso.
E cada instrumentos tem uma técnica diferente, primeiro tem que estudar o instrumento real, seus detalhes, sua montagem, seus timbres, sua extensão, e principalmente as articulações que o software tem. Numa música normalmente o instrumentista usa diferentes formas de tocar, alternando as técnicas. Lembre as notas mais graves ocupam maior espaço sonoro do que as notas agudas. E assim muitas vezes, um acorde por exemplo, conforme o braço do instrumento, ou das notas no teclado mesmo, tem que atribuir valores diferentes, num mesmo acorde. O bom executante é aquele que coloca e imprimi certa força de forma diferente nos dedos, não usa força igual para todos os dedos. E quanto mais técnico é o instrumentista mais variações ele cria. Se ficar sempre igual desde o primeiro compasso até o último a música fica xoxa, e sem graça.
E o ideal é misturar gravações de instrumentos reais com instrumentos virtuais.
E conforme a DAW pode existir outros recursos que facilitam. Tem por exemplo a imagem da track, que pode se alterar as linhas, do volume, e na linha de automação uma outra variação do volume, isto é depois chamado de ajuste fino. Pois numa audição lá na frente antes de finalizar você percebe certos erros, e aí não dá para desfazer tudo, e então usa outras técnicas, digamos para baixar só um pouquinho o volume de uma nota. Os ajustes finos são feitos nota por nota, e depende da resolução da DAW.
Pode parecer complicado mas depois que se pega certa prática, fica mais fácil, e rápido e você já vai fazendo direto, mesmo quando vai compondo em tempo real pelo mouse mesmo no piano roll. Fica intuitivo o processo. Vai montando o compasso e ouvindo, e fazendo a humanização compasso por compasso. No que monta o acorde já humaniza. Mesmo quando um trecho da música se repete, tem que soar diferente, e aí se aplica as variações. Entenda que tem que ter variações.
Mesmo com todo o cuidado nos detalhes erros podem aparecer, e a solução pode ficar difícil. Nestes casos o que eu tento fazer é atenuar o problema, baixo um pouco o volume naquelas notas, e insiro uma distração fazendo soar um outro instrumento num pequeno acorde ou solo, e daí ninguém percebe o erro, claro a distração tem que combinar, a distração pode ser uma pequena surpresa, que adiciona uma novidade ou algo inesperado, e que fique legal e que não destrua ou comprometa a música. As vezes um pequena nota de um pad, por incrível que pareça pode adicionar um certo reveb numa parte e embeleza a música, parece que embola mas não embola, claro isto na parte que esta com problemas (já esta embolada, que você quer esconder, e os graves é que causam a maioria das emboladas), nos médios e agudos as vezes a solução é mudar a oitava). Ou simplesmente suprimir o instrumento que esta embolando naquela parte, mas pode surgir outro problema, você tem que alterar também a frase anterior antes do embolamento, e nem sempre isto é possível de fazer,é um erro seja, de execução, seja de gravação seja de composição e arranjo é um erro, se não dá para sumir, tem que atenuar. Lembre mesmo os bons músicos podem errar. E no estúdio os pessoal faz as correções, e no mundo virtual não é muito diferente, dá para consertar certos erros, outros nem tanto só regravando. Então a humanização começa na edição de partitura, depois em midi e depois no áudio também, e claro no processo de mixagem também. E depois no final na masterização tem que ter mais cuidado, você foi sutil e humanizou bem, mas daí aplica uma masterização equivocada e destrói toda a dinâmica que construiu com muito labor.
rss....
O Post é longo porque tem que ser, mas nem tanto, daria para escrever umas vinte páginas no mínimo. E devo ter esquecido muita coisa,uma coisa é escrever um texto, outra é estar fazendo a música direto, criando o arranjo, ajustando os acordes, fazendo a melodia e colocando adornos, tudo com variação. E conforme a inspiração vai fazendo e criando. E se fosse colocar exemplos práticos de midi e áudio daria um livro.
Escrevi de bate pronto, fiz algumas pequenas edições no texto pode ser que tenha alguns erros de português.
No ano que vem pretendo lançar um livro, já estou fazendo, um livro com texto e áudio, com músicas e exemplos.
Imprima o post, e depois vá pesquisando e experimentando indo um a um, indo mais a fundo até aprender e dominar a técnica. Imprimir é importante (o texto é longo e não vai dar para memorizar tudo) pois você vai fazer consultas no futuro, e vai demorar um bom tempo para assimilar e entender muita coisa que foi escrita.
O que escrevi tem uma certa sequência lógica, mas muitas vezes, usamos mais de um técnica ao mesmo tempo.
Abraços.
Saiu o resultado do 6 festival do minuto, usei somente instrumentos virtuais e fiz o processo de humanização. Escute e veja como pode ficar.
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/329081/
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JJJ Veterano
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# dez/16
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Dê uma procurada sobre "Groove Quantize", uma opção do Sonar.
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fabiopavan8 Membro Novato |
# dez/16 · Editado por: fabiopavan8
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Bem, eu tenho o equipamento para gravar o que toco: o computador, cabo MIDI, teclado MIDI e um pedal de sustain; mas toco fora do tempo.
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makumbator Moderador
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# dez/16
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fabiopavan8 mas toco fora do tempo.
Então estude exatamente esse ponto que é problemático para você. Não é equipamento ou software que deve ser muleta para dificuldades.
E como comentado antes pelo Adler3x3, usar função randômica para variar a linearidade do tempo e a dinâmica não é uma boa ideia, pois essas variações na execução real dependem de estética, bom gosto, métrica e agógica, e não aleatoriedade.
Todos os bons algoritmos que tentam de alguma forma emular esse caráter humano no midi não partem de fator randômico, e sim tentam analisar certas características para dar algum bom gosto na coisa.
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Adler3x3 Veterano |
# dez/16 · Editado por: Adler3x3
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fabiopavan8
Quanto a tocar no tempo é uma questão de ensaiar usando o metrônomo. Eu particularmente não gosto do som dele, me irrita, mas as vezes é inevitável seu uso. E tem que primeiro ensaiar, ensaiar e ensaiar. E as vezes ficamos dominados pela ansiedade e não ensaiamos direito, é aí é claro, não vai ficar bom.
Então tem que conter a ansiedade e ensaiar de verdade, e ensaiar é repetir tudo a exaustão até conseguir tocar direito.
Mas tem que tocar com sentimento, não mecanicamente sabendo que esta repetindo, senão fica ruim, mesmo que tocado no tempo certo fica xoxo.
Nunca vai ser de primeira que vai dar tudo certo, isto é somente para aqueles que realmente são bons interpretes, que não é o nosso caso.
Mas se tiver uma boa bateria e baixo, que são a cozinha do arranjo dá para tocar bem, e até uma certa base, que também depois vai se mudada, e isto é muito melhor que um metrônomo. O pessoal chama isto de guia, a guia é para facilitar, mas depois vai ser desprezada, pois vai ser incluída partes mais caprichadas.
Pode usar uma bateria e baixo padrão de acordo com o estilo, que depois vão até ser substituídos mas que tenha uma certa consistência rítmica.
Claro não somos virtuosos, então nestes casos tem que reduzir as BPM do teclado, por exemplo se as bpm do estilo que você vai tocar são de 120 bpm, você reduz para 60 e toca mais devagar com melhor concentração. Tem outras bpm que podem ser 185 e aí aumenta o grau de dificuldade.
Ou o estilo é 85 e usa 40, experimente as bpms que te dão conforto, claro não pode sempre apelar para este recurso, mas as vezes é válido, principalmente quando os solos são muito rápidos e estão além da nossa desenvoltura normal. Nem pode ser muito rápido, nem muito lento. Ninguém sabe tudo, e não é vergonha usar outros recursos e subterfúgios para conseguir um bom resultado final.
O teclado também é uma ferramenta.
E grave o midi, e depois abra na DAW e muda as bpm para 120 e aí fica bom, só alguns pequenos ajustes vão ser necessários. E aí como é tudo midi, pode criar pequenas variações de bpm na DAW de acordo com a progressão de acordes em certas partes, no final por exemplo no último compasso pode ter variações, e isto dá uma charme . Só tem que tomar cuidado quanto tem áudio gravado, nem sempre o áudio original se adapta bem a mudança de bpm, mas depende de outros recursos da DAW. E aí é melhor importar o áudio quando as bpms já estão certas. E tudo pode ser feito por trechos de dois a quatro compassos, onde não existam transições complicadas de compassos, por exemplo uma frase que começa num compasso e termina no outro (então estes compassos tem que ser exportados juntos).
E quando ficar meio fora do tempo em certas partes, você pode e deve usar o recurso de quantização. Só que depois que se usa a quantização tem que humanizar, mas aí você já parte de um coisa que já esta soando dentro do tempo, bem exato, mas você vai fazer sutis alterações.
Tenha em mente que o órgão, o teclado moderno é o rei dos instrumentos, e devido a grande variedade de timbres e opções é normal que não dominemos todos os instrumentos, ninguém domina tudo.
Pode pegar uma música de referência e usando um detector de bpms pode analisar uma música e ver como os caras fizeram as variações e ter um bom exemplo. Funções randômicas até podem ser usadas, e o limite é até onde soa bem. As vezes fica bom num compasso, ou numa sequência de três notas, mas na quarta a coisa fica louca, e aí tem que tentar acertar pelo método de tentativa e erro até ficar bom. Mas no geral uma função randômica ou automática funciona bem num escalada ou descida, a função faz um certo papel, mas depois você vai lá e altera os valores para ficar mais realista ainda, a mudança não precisa e nem deve ficar tão constante ou robótica.
Se o midi tá todo meio doido, mas as notas estão certas, coloca num padrão, aí o software é útil, e depois vai humanizando por partes.
Então estas funções que você descreveu no próprio Reaper são úteis, tem que encarar como um ferramenta, assim como um entalhador de madeira usa certas ferramentas para as partes mais grosseiras, e depois usa ferramentas mais sutis para realmente fazer o acabamento, e o que importa é a obra final da escultura em madeira bem feita. E a grande vantagem é que estamos no mundo virtual, se erramos tem como reverter, já na madeira de verdade se cometemos erros grosseiros se perde a peça de madeira.
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Jabijirous Veterano |
# dez/16
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Bem, eu tenho o equipamento para gravar o que toco: o computador, cabo MIDI, teclado MIDI e um pedal de sustain; mas toco fora do tempo.
Quantiza, ora!
Eu quantizo até áudio!
Se vai sair robótico ou não, é saber editar o midi! Não é somente o ataque certinho no tempo que vai dizer que é robótico, tem uma série de fatores.
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Jabijirous Veterano |
# dez/16
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Bem, eu tenho o equipamento para gravar o que toco: o computador, cabo MIDI, teclado MIDI e um pedal de sustain; mas toco fora do tempo.
Quantiza, ora!
Eu quantizo até áudio!
Se vai sair robótico ou não, é saber editar o midi! Não é somente o ataque certinho no tempo que vai dizer que é robótico, tem uma série de fatores.
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JJJ Veterano
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# dez/16
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Jabijirous Eu quantizo até áudio!
Usar um gate com side-chain no baixo pra ficar certinho com o bumbo é mais ou menos isso...
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fabiopavan8 Membro Novato |
# dez/16
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Certo, mas... falando dos timbres, eu peço que avaliem esses aqui:
https://youtu.be/EnM9mq54GK4?t=1m5s - CFA-7 (sintetizadores) https://www.youtube.com/watch?v=7M3Sieq9mTA - Drumatic 3 (bateria) https://www.youtube.com/watch?v=aTe0JFXFSqg - Nero (sintetizadores) https://www.youtube.com/watch?v=muOCsW84I2w - EVM Bass (baixo) https://www.youtube.com/watch?v=3kugVy24IIc - Ample Guitar M Lite (violão) https://www.youtube.com/watch?v=0yaiwOjSPlg - Spicy Guitar (violão)
Ainda não estou usando timbres de violão, primeiro pretendo resolver meus problemas de ritmo, dinâmica e etc.; até porque um violão virtual é complexo, como já foi dito por aí.
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Synth-Men Veterano |
# dez/16
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fabiopavan8
Meu caro!
O mundo MIDI é robótico, a não se que, saibas utilizar o metrônomo. Quantizar ou humanizar, "groovar" também é robótico, apesar de serem boas e excelentes soluções.
Creio que além da falta de prática, estejas também lhe dando com a latência.
Uma canção em dados MIDI bem executada, dá bastante trabalho. Se não for desta forma, irá realizar o seu desejo de tocar uma música, mas não de realizar e idealizar um projeto.
Para dar um bend, tremolo, jogar reverb, chorus, delay, echo, efeitos em geral, acionar o pedal, glissandos, funções com aftertouch, velocity, automações de filtros e envelopes, tem que ter habilidades que só muito ensaio e treino fará e trará. Lógico saber o que está fazendo também:
1 - Ao menos o básico de teoria musical, pois estará lhe dando com compasso e tempo em todos os momentos.
Não dá para executar compassos sem saber os valores das notas, nas gravações MIDI é de grande importância.
Por exemplo, não é mole dar um bend em uma fusa, mas uma DAW te dá possibilidades de ver onde está esta nota, mas se você não sabe fazer leituras das divisões de compassos ao decorrer do tempo, estará quase cego diante desta nota e nulo quanto a execução. Mesmo com a DAW parada, com a nota diante de seus olhos.
Você é a principal ferramenta e o MIDI é só o seu meio de comunicação e transporte com a tecnologia. O MIDI leva o que você ordena, para o computador. Se tem problemas na comunicação, 90% de chances de a ferramenta principal necessitar ser calibrada.
2 - Conhecer o seu equipamento, funções, programações, dificuldades e facilidades, para que possa solucionar questões de execução
Seu teclado é como uma maquina de escrever. Se você escrever uma palavra sem acento, a mensagem vai sem acento. Se for frases sem pontuação, assim a mensagem irá pelo meio de transporte. Assim sairá a sua música.
3 - Conhecer a música que você irá tocar.
Conhecendo a melodia e a harmonia, dominará, improvisará, acrescentará, retirarará e saberá onde estarão os acentos e as pontuações que a comunicação necessita.
4 - Conhecer o programa que está utilizando, pois apesar de ser o centro das atenções, não passa de mais uma ferramenta complementar de grande utilidade. Conhecendo-o, poderá solucionar questões execuções e utilização. Este é o recebedor das suas mensagens
Ora bolas! Do que adianta mandar um monte de mensagens, para quem não sabemos quem irá recebe-las? Estaremos falando com o famoso quem? Não é melhor sabermos quem irá receber as nossas mensagens?
5 - Conhecer o básico de MIDI.
É o idioma falado entre a pratica e teoria musical e a tecnologia de registro musical, Não adianta conhecer quem vai receber a minha mensagem, se eu não domino o básico do idioma que ele fala.
6 - Conhecer o básico de áudio.
O cara malandro, sempre fala dois ou mais idiomas né!?
Os últimos dois itens, lhe fara julgar, qual melhor forma de gravar. Usando uma, outra ou as duas formas. Costumo misturar as duas formas.
Carinha! Estude música e tecnologia pelas beiradas.
Te sugiro a leitura de dois livros:
- Sintetizadores à Brasileira - MIDI Total, fundamentos e aplicações.
São baratos e bons. Pede para o seu pai ou sua mãe comprar para você pela internet.
Abraços em todos!
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Synth-Men Veterano |
# dez/16 · Editado por: Synth-Men
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fabiopavan8
Quanto a randomização, embaralhamento ou aleatoriedade da dinâmica das notas, é um dos piores erros que os produtores de MIDI, podem cometer. Não existe nada mais robótico, eletrônico, artificial, desorganizado e repetitivo que isto na música digital.
Dinâmica, como o Adler3x3 já deu a dica lá em cima é nas pontas dos dedos: fraco, suave, forte e fortíssimo e o que estiver intermediário entre entre isto.
Embaralhar o ritmo então, nem se fala...
Para que serve a ferramenta da figura em GIF que demonstrastes?
Vamos dizer que em uma situação real, em um determinado compasso de um projeto, o individuo tocou a nota certa, com a dinâmica errada (acionou a tecla, forte demais, ou fraco de mais, era para ser suave).
Este "candango" vai lá naquele determinado compasso, exclusivamente e respectivamente naquela certa nota, e altera o velocity desta certa nota na "dinâmica" suave que deve ser entre o 40 e 60.
Agoooooooora tem as exceções: Uma música da categoria dos gêneros eletrônicos, cabem sim o embaralhamento da dinâmica e ritmo das notas, desde que não superem a dinâmica das batidas. O ritmo tem tudo e exclusivamente haver com valores das notas e suas quantidade dentro do compasso. Na música de gênero eletrônica isto fica até legal em muitos casos
O que não dá totalmente ou parcialmente certo em outros gêneros, pois a dinâmica tem consequências drásticas na cadencia da música, fazendo parte dos sentidos e interpretações dos trechos musicais, causando efeitos diversos ao ouvidos e cérebro.
É por isso que você acha, como dito lá no topo, uma música robotizada, totalmente exata, ou mais natural e humanizada.
Você sabe o que é cadencia? Não!? Estuda cara! Tem coisas que a tecnologia não explica, mas explica a tecnologia.
Abraços!
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Adler3x3 Veterano |
# dez/16 · Editado por: Adler3x3
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Synth-Men
Bom texto.
Em resumo o conhecimento é essencial. E a prática também.
Tem que estudar e praticar todos os dias. Um pouco de cada, teoria musical, teclado, softwares, conforme o tempo disponível.
No estudo e prática diária as vezes estamos mais receptivos e criativos, outras vezes não. Quando estamos criativos temos que nos dedicar a composição e arranjos. Quando não estamos lá muito receptivos temos que praticar e fazer as coisas chatas que tem que ser feitas.
Nem tudo é prazeroso , tem tarefas chatas mesmo. Tem coisas que são gasto de energia e transpiração como se diz, muito esforço e dedicação, como por exemplo ensaiar, melhorar a técnica e outras tarefas repetitivas.
E isto vale para todos nós, como já foi dito num outro tópico do JJJ de como manter o foco no essencial e evitar a dispersão.
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fabiopavan8 Membro Novato |
# dez/16 · Editado por: fabiopavan8
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Vale mais a pena eu escrever o MIDI, sem prezar pela exatidão das notas, ou gravar com o teclado e depois corrigir o que for necessário?
Eu aposto em gravar e corrigir.
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Synth-Men Veterano |
# dez/16 · Editado por: Synth-Men
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fabiopavan8
Vale mais a pena eu escrever o MIDI, sem prezar pela exatidão das notas, ou gravar com o teclado e depois corrigir o que for necessário?
Tocar tudo no compasso, com o tempo certo e corrigir só o que for necessário é o minimo de parâmetro, para tocar algo completo, até mesmo para um iniciante.
Se a música tem muitos erros, o melhor a fazer é toca-la novamente. Uma música tocada com erros, sempre será uma música tocada errada e o protocolo MIDI não corrige isto.
Até umas 6 duzia de notas, tudo bem, mas mais que isto, melhor tocar novamente.
Mesmo quando toco uma música criada por mim mesmo, eu a ensaio para executa-la da maneira correta ou mais correta possível.
Uma DAW MIDI, não te ajuda a tocar certo, mesmo tocando tudo errado e corrigindo nota por nota. Ai quem está tocando certo é a DAW e não você. Não traz nenhuma experiencia e nenhum aprendizado.
Tocar nota por nota e escolher cada valor de nota e acidentes no ponteiro do mouse, também não traz nenhuma experiencia e nenhum aprendizado.
O negócio é acionar o metrônomo, entrar no tempo e mandar brasa, sem nem olhar para tela. No final sim, olhar para ver como ficou.
O que poderá acontecer é que com o ponteiro do mouse, poderás criar coisas que não será capaz de executar nos teclados, por falta de pratica.
"...sem prezar pela exatidão das notas..."
Se você escolhe uma música para tocar e não preza pela exatidão das notas, logo a musica que você escolheu, não é a música que você está tocando.
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fabiopavan8 Membro Novato |
# dez/16
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Não ser exato, de forma robótica.
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