Adler3x3 Veterano |
# jul/13 · Editado por: Adler3x3
· votar
Bem não consegui escutar nenhuma gravação. E parece que foram várias, e tudo indica que o resultado não foi bom. O assunto do post é o volume de gravação, mas tem muito mais coisa envolvida, como a mixagem. O nível de volume é um detalhe importante na gravação. Uma boa execução (perfomance) captação e gravação são fundamentais. Para partir para a mixagem, primeiro os instrumentos e voz tem que soar bem e sem clip, não pode soar nem muito alto e nem muito baixo. E depois aplicar os efeitos caso seja necessário.(não abusar aqui). E aprender a usar automação das tracks (individuais e master, onde se pode controlar o volume de uma outra forma - existem "n" formas diferentes de se aumentar ou diminuir o volume) Cada faixa tem que soar bem individualmente e em conjunto com os outros instrumentos. E isto tem que ser feito por partes, por exemplo: - primeiro a bateria e o baixo; (deixa desligado as outras tracks); - depois incluir a base, sempre escutando e procurando o equilíbrio. - e assim por diante a medida que outros instrumentos são adicionados; - analisar os conflitos e fazer as correções, que muitas vezes passam até por mudanças no arranjo e em novas gravações; - tudo pode estar muito bem gravado e mixado, mas a própria música no sentido teórico pode deixar a desejar, e aí não tem processo que dê jeito; - antes de gravar, ensaiar, ensaiar e ensaiar; - não se iluda, sempre tem algo para corrigir;
Mixagem é mistura onde se busca o equilíbrio. Obviamente tem muito mais detalhes, que não dá para explanar tudo aqui. Como você esta para mudar de microfones e mudar de DAW para Protools, vai ficar com mais recursos, e o melhor no momento é aprender a usar as novas ferramentas e começar a gravar com calma, fazendo experiências e testando a relação de software com o hardware. Tem muitos recursos, alguns visuais para observar as ondas de frequência e o comportamento de cada instrumento. E não faz sentido ficar procurando soluções usando os microfones e Daws antigos, que depois você não vai mais usar.
Pontos de atenção: - reservar um espaço de tempo diário para estudar as técnicas de gravação e mixagem recomendadas, e aos poucos você vai desenvolver a sua própria técnica (pois não existe uma receita só); - vá montando o seu próprio glossário de termos técnicos e de dicas; - de tempos em tempos, ler os manuais do hardware e principalmente dos softwares; - estudar teoria musical; - praticar nos instrumentos; - escutar músicas bem gravadas no estilo que você quer fazer, e observar os detalhes (instrumentos, níveis de volume, pan, quando cada instrumento participa mais na frente e mais atrás, e muitos outros pontos, que você vai estudar ( pode importar o arquivo de áudio dentro do projeto para servir de referência)); - praticar com pequenos trechos, e não exagerar na quantidade de instrumentos (depois com o tempo vai fazer arranjos mais complexos); - não se precipitar nas gravações, e logo querer ir para o resultado final, todo o processo tem várias etapas que tem que ser bem feitas; E a evolução vai vir naturalmente.
As opiniões podem variar, mas o que vale é o que você escuta durante o processo, por isto que afirmei no começo que o mais importante é não clipar. Gravar o som mais alto ou mais baixo é relativo. Nem sempre gravar num volume baixo é bom, tem instrumentos que são complicados de acertar o volume, assim o fundamental é fazer uma boa gravação. O próprio músico que toca a peça é quem sabe qual é o melhor volume. Se for possível acertar o nível ideal de volume já na gravação muito melhor, obviamente considerando a necessidade ou não de se aplicar efeitos. Quando se grava é possível observar na track o nível das ondas sonoras, e conforme o estilo musical dá para saber por experiência se o nível de volume esta muito alto ou muito baixo. Muito alto sempre é ruim e com certeza vai gerar clips. Não importa a resolução do áudio, a cada inserção de efeitos e de plugins o som original se modifica nem sempre para melhor. (qualquer alteração feita por plugins prejudica a perfomance do músico executada na gravação). A questão da interpretação do Decibel (db) é relativa, depende do ponto de vista, e do contexto da discussão. Leiam este artigo:
http://www.audicaocritica.com.br/pro-audio/11-decibel-db
A gravação perfeita seria aquela que não necessita de nenhum plugin. Ou o instrumento é bom ou não é. Ou a gravação não foi bem feita, o músico ou ficou muito perto do microfone ou muito longe (ou ficou se movimentando no estúdio desnecessariamente), e cometeu outros erros, fora os ruídos do ambiente, e problemas de acústica, ou os cabos não estavam bem ligados, ou os cabos são ruins e muito mais. E o músico na sua interpretação tenta extrair o melhor som adequado para a música. O mais importante em todo o processo é o músico (músicos =banda). O músico é o principal personagem, não os produtores e técnicos envolvidos no processo. O acessório não pode ser o mais importante. É certo que depois é necessário fazer uma boa mixagem e masterizar. Mas quanto mais o músico puder influenciar no resultado final da "sua música" melhor. Os plugins de efeitos existem para fazer correções quando algum problema ocorre ou na perfomance e na gravação. E não é mais possível fazer uma nova sessão de gravação. E o uso indiscriminado de efeitos não é a solução. E não se deve fazer uma gravação qualquer e deixar para acertar depois, isto é um erro grave. Mas a questão do nível de volume é relativa depende da música, do instrumento, cada caso é um caso. E tem outros pontos, muitos que nos enganam, que é quando fazemos uma falsa mixagem/masterização, onde o som parece soar bem, ou porque já estamos cansados e com fadiga auditiva, ou porque na verdade não fizemos um bom trabalho, e o que conseguimos até certo ponto foi tirar o melhor som do nosso equipamento (adaptar a mixagem e a sonoridade ao nosso equipamento), ouvindo nele, mas quando vamos ouvir em outra mídia, ou pedimos para alguém escutar, percebemos que não esta bom. Tem que ir com mais calma, sem precipitações e com perseverança você vai melhorar.
|