Gutovysk Veterano |
# nov/11
Não sou estudioso nessa área, mas cheguei a ler algumas coisas e tentei transformar algumas músicas minhas em MIDI com instrumentos sampleados.
Nos artigos que li pela internet, senti falta de exemplos MIDIs disponíveis para baixarmos e estudarmos. Por exemplo, nos exemplos colocados pelas empresas que disponibilizam os Samplers, deveriam deixar tb disponível o MIDI utilizado, para vermos como ele foi trabalhado.
Eu não conhecia muitos aplicativos para esse tipo de trabalho, e ainda não conheço e nem sei se terei tempo para isso, mas o primeiro software que conheci foi o Garritan, e foi com ele que trabalhei. Soube a pouco que este não é o melhor banco de samplers. Também não consegui um bom aplicativo seqüenciador. Só consegui o Cubasis, que é bem simples e limitado, se comparado com outros como o Cubase, Sonar, etc...
Comecei a trabalhar no MIDI em 3 músicas minhas, mas só consegui terminar 1, pois esta só tinha 2 instrumentos: violino e viola. As outras 2 até hj não tive tempo para finalizá-las.
Qto mais instrumentos, mais o arquivo fica trabalhoso. Qto mais notas, mais trabalhoso também!
Não sei se fiz o correto, mas vou descrever aqui mais ou menos o passo a passo do que fiz e gostaria que vcs comentassem:
1) eu costumo criar minhas músicas no Encore; 2) depois eu exporto para o Finale, pois este dá uma interpretação e uma característica mais humana com relação as notações musicais do que o Encore (que pra mim tem a grande vantagem da inserção de notas e edições rapidamente). Essa exportação já dá trabalho, pois nem sempre exporta corretamente, com todas as mudanças de compasso, etc... 3) começo a duplicar os instrumentos necessários. Por exemplo, para as cordas (violino I), duplico para 12 violinos (se quiser uma orquestra maior, então duplicaria para mais violinos). Assim, ao invés de apenas um instrumento chamado Violinos I, terei 12 violinos I, com as mesmas notas. Não duplico para os instrumentos de sopro (a não ser que haja uma necessidade, conforme o próximo item), pois geralmente, como percebi, os instrumentos de sopros são os melhores sampleados; 4) também verifico se haveria mudanças significativas para os timbres dos instrumentos. Por exemplo, se há uma passagem em pizzicato dos violinos, então crio uma nova trilha (novo instrumento) e repasso as notas que estão em pizzicato, dos 12 violinos, para estes novos criados. Não sei se esse é o processo correto, não sei se tem como criar uma instrução MIDI para informar que ali deverá mudar o canal do instrumento sampleado. Isso já dá um trabalhão! Faço o mesmo para mudanças de timbres característicos de uma determinada passagem, ou mesmo quando há uma indicação de soli para solo, ou de Tutti para solo... etc; 5) Após formar todo esse esqueleto, resultado do processo 3 e 4, transformo-o em MIDI para ser aberto em um seqüenciador. Percebi que o Finale, ao transformar em MIDI, já deixa humanizado. Então, não perco muito tempo para modificar o ataque das notas para cada instrumento, pois o Finale já modificou ligeiramente isso. Por exemplo, o segundo instrumentista do Violino I, não tem a mesma nota atacada na mesma posição (mesmo tempo) do que os outros instrumentistas do Violino I; 6) Carrego o MIDI no sequenciador (no meu caso uso o Cubasis), e coloco na ordem que quero as trilhas, e faço também a ligação com os instrumentos sampleados; 7) Acerto o PAN para cada instrumentista (cada trilha agora não considero mais um instrumento, mas sim um instrumentista), começando pelos sopros; 8) Nesse passo, começo a percorrer novamente cada instrumentista (trilha) e verifico se há alguma necessidade de alteração de ataque das notas, ou prolongamento/retração da duração das notas, para humanizar ou corrigir algumas falhas da MIDIficação (sic) do Finale; 9) Volto a percorrer cada instrumentista, mas agora para acertar o valor do ataque das notas, de modo que elas não fiquem iguais, pois ninguém consegue tocar com o mesmo valor de ataque as notas, mesmo arpejadas... Nesse passo também crio os efeitos referentes ao CC1, para criar a respiração das notas (principalmente para os sopros e para as cordas, quando estas são tocadas pelos arcos). Esse e o passo anterior já dão um trabalho colossal! 10) Aí vem a frustração!!!! Após terminar os 2 passos anteriores (totalmente ou parcialmente, por trechos da música), começo a tocar a música para ver o quão boa ficou. E realmente não fica nada bom! Pois, pela falta de experiência e conhecimento, quando todos os instrumentos tocam de uma vez, cada um ocupa uma posição sonora que não deveria ocupar, então temos que refinar os passos 8 e 9, e muitas vezes ajeitar o volume em certos trechos de cada instrumentista. Nem preciso falar o trabalho que isso dá! Poderia fazer uma alusão do passo 10 com o papel principal do Maestro, pois é nesse momento que devemos indicar quais instrumentos, ou grupos, que deverão sobressair com relação aos outros. Só que, em uma orquestra, podemos sinalizar isso "facilmente", mas no sequenciador isso é uma tortura. Até porque percebi que nem sempre os instrumentos estão normalizados com relação uns aos outros. Com isso, temos que alterar muita coisa que já foi feita nos passos 8 e 9, muitas vezes alterando a dinâmica. 11) Nesse passo eu começo a modificar sutilmente o andamento da peça. Acelero um pouco, depois freio, isso sucessivamente por toda a peça. E em alguns trechos, acelero/freio mais que o normal, para dar a ideia do movimento da batuta do maestro; 12) Aqui, testo tudo, verifico como anda a dinâmica e a ênfase dos instrumentos. Já percebi que algumas vezes não adianta modificar o MIDI, então o que fiz, e deu certo razoavelmente, foi separar alguns instrumentos no momento da gravação, pois alguns instrumentos estão dando certo com outros, mas quando junta com outro grupo a coisa desanda toda; 13) Gravo a música ou com todos os instrumentos tocando ao mesmo tempo, ou para cada grupo separado; 14) Se foi gravado o grupo separado, preciso desse passo, que é colocar o WAV, ou o MP3, de todas as partes gravadas em separado para um novo arquivo, e agora trabalhar a trilha de áudio para acertar, através de volume, a ênfase de cada trilha em cada momento. Também dá um certo trabalho, mas às vezes compensa do que tentar acertar todas as trilhas; 15) Esse passo pode ser dado no final, mas geralmente é feito no meio dos passos anteriores, ou mesmo antes da gravação, que é criar uma reverberação ou ambiente no áudio. Também pode-se colocar alguns efeitos, mas não sei utilizá-los.
Bem, é isso... Não sei se esqueci de algo, pois fiz isso em meados de 2008, e nunca mais mexi nisso.
Gostaria de ouvir os comentários dos colegas daqui, e como vcs fazem.
Também queria saber se podemos pegar um MIDI trabalhado em um seqüenciador e utilizá-lo em outro seqüenciador.
Também gostaria de saber se podemos trocar os instrumentos sampleados de uma determinada empresa (banco de sampler) pela outra, e saber o que precisamos alterar no MIDI para o novo banco de sampler.
[]s
Carlos Correia HTTP://tecnicasdecomposicao.blogspot.com
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[EDITADO PELA MODERAÇÃO]
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