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todescoguitar Veterano |
# abr/04 · Editado por: todescoguitar
alguem q manja pode explicar como eh isso???
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caíto Veterano |
# abr/04
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foi o que eu escrevi em outro tópico:
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caíto Veterano |
# abr/04
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É um método de disposição das notas numa música, sistema que é excencial pra as composições da música contemporânea.
Nesse sitema, a harmonia tradicional, em que um tom 'rege' as outras notas, é trocada por um sistema, onde os doze semitons da oitava são agrupadas numa ordem fixa, e que são repetidas ao longo da música, dispostas horizontalmente para a melodias e verticalmente para a harmonia, sem que nenhuma nota seja repetida antes que as outras onze tenham sido tocadas. É uma gama de possibilidades imensa.
Vide Método de Harmonia, do próprio Shoenberg.
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Al Majíd Veterano |
# abr/04
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Com isso que o caíto disse, conseguimos chegar à música atonal. Me parece que isto não vingou.
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Al Majíd Veterano |
# abr/04
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As primeiras experiências dodecafônicas realizadas por Arnold Shoemberg, na década de 20, são suas cinco peças para piano, op. 23, e Suíte para piano, op. 25. Nessas peças Shoemberg elabora um sistema de composição em que dispôe, segundo suas necessidade composicionais, as 12 notas em uma determinada ordem (a série dodecafônica), que deve ser respeitada ao longo da peça. Isso garante a unidade dos elementos utilizados dentro da composição atonal.
A prática dodecafônica, assumida por dois de seus alunos, Anton von Webern e Alban Berg, assume diversas faces. O romantismo atonal de Berg em suas óperas Wozzek e Lulu, e o pontinhismo de Webern – inexistência de melodia, com sons pontilhados no silêncio – são considerados marcos na música do século XX. No pontilhismo, Webern isola cada uma das notas da série dodecafônica, evitando assim relação harmônica entre elas. Outra importante contribuição de Webern, que também tem a influência forte de Schoemberg, é a expansão da idéia de melodia de timbres: uma melodia pode ser criada não apenas mudando-se as notas, mas também mudando-se os timbres. Nesse sentido ele reinstrumenta uma obra de Johann Sebastian Bach (o cânon a seis vozes da Oferenda musical), na qual a melodia de Bach alcança os mais diversos instrumentos da orquestra. A textura pontilhista e a melodia de timbres tornam-se um fascínio entre os compositores mais jovens, que então expandem a idéia de série para os ritmos, para os timbres, para as intensidades, desenvolvendo o serialismo integral.
Amplexos
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Bico Veterano |
# mai/04
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São essas músicas dodecafônicas que ficam com uma "atmosfera malucona", por não repetir uma nota até que todas as outras sejam tocadas?
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Al Majíd Veterano |
# mai/04
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Bico
Isso...isso...
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Ken Himura Veterano |
# mai/04
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Gostei disso...tem algum exercício de composição "prático" pra isso?
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Sammy Page Gata OT 2011 |
# out/05
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www.terra.com.br
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LeandroP Moderador |
# out/05 · Editado por: LeandroP
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Gabriel_Bp Veterano |
# out/05
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não me lembro se foi o webern ou berg que serializou tudo - tímbres, oitavas, instrumentos, rítmos e coisas do gênero. hoje eu matei uma aula do cursinho e tive uma conversa bem boa com um amigo sobre música contemporânea e como ela acabou se tornando a música que se produz hoje :)
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Ata Veterano |
# out/05
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olha... sinceramente, tá tudo muito vago. Isso de "não repetir uma nota até que todas as outras sejam tocadas" realmente não ficou claro. O que eu entendi pelas explicações que foram dadas aqui é que vc pega os 12 semitons, arranja uma ordem qualquer pra eles e vai tocando. E eu sei que não é isso... alguém sabe algum material na net, sites ou partituras que dê pra ter uma noção melhor?
obrigado
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Juliano de Oliveira Veterano |
# out/05
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Ata
O conceito de música dodecafônica é em princípio muito simples: nenhuma nota possui superioridade tonal ou harmônica sobre a outra.O estilo de composição dodecafônico segue rígidas regras e instruções.Por exemplo:
Um compositor dodecafonista pode começar organizando uma sequencia com as doze notas da escala cromatica colocadas de forma aleatória:
C, Ab, A, Gb, F, B, Bb, D, Eb, Db, G, E
Essa linha de doze notas é o material musical para a peça toda.A msm série de notas pode ser retrogradada (a msm sequencia mas tocada de trás pra frente, ou seja, do final até o começo) e invertida (a direção dos intervalos (ascendentes e descendentes) é invertida) q, por por sua vez, pode ser tmb retrogradada para seu uso na peça. Além do mais, cada uma dessas permutações pode ser transposta, criando um total de 48 versões possiveis da série inicial (12 versões da série original transposta, 12 inversões, 12 retrogradações e 12 inversões das retrogradações).
As regras mais importantes na composição dodecafônica são :
-A série original deve ser seguida com exatidão e ñ pode ser repetida até q cada nota seja tocada;
-Deve-se evitar qlquer sequencia de notas q impliquem tonalidade ( intervalos perfeitos, tríades, sétimas menores, etc...).
Na prática, essa série pode ser representada melodicamente ou harmônicamente...
Deve ser feito um estudo muito detalhado para se aperfeiçoar nas técnicas de composição dodecafônica, o q está contido aqui é um breve resumo e apenas algumas das inúmeras instruções q devem ser levadas em conta na hora de compôr esse tipo de música.No mais, espero q tenha esclarecido um pouco...
Se vc ñ tiver dificuldades para ler casteliano, pode visitar esse link, o ql foi retirada as informações...
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Juliano de Oliveira Veterano |
# out/05
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O link é esse:
http://www.monografias.com/trabajos7/dodec/dodec.shtml
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Ata Veterano |
# out/05
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Juliano de Oliveira
Opa, valeu pelas explicações. Ficou um pouco melhor, sim, mas ainda há um grande vazio.
Essas doze notas são onde, na melodia? Pode uma música dodecafônica a quatro vozes, por exemplo? E as notas devem ser as mesmas apenas na altura ou na duração também? A mesma ordem de notas não torna a música repetitiva e carente de melodia?
Desculpa tantas perguntas, entendo se não estiver disposto a responder, mas seria legal que alguém que tenha uma partitura de uma música assim colocasse aí pra o pessoal (eu, por exemplo) dar uma olhada.
Obrigado.
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Egregora Digital Veterano |
# out/05
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Ata
A mesma ordem de notas não torna a música repetitiva e carente de melodia?
Vou aproveitar e responder, se me permite. Você pode fazer inversões com as notas, assim mudando a melodia.
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Egregora Digital Veterano |
# out/05
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É muito difícil de compor algo com "sentimento" na Música Atonal.
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Jabijirous Veterano |
# out/05
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musica atonal é musica livre cara!! tu pode fazer tudo!! dai começaram a por regras tipo serialismo!! vc escolhe uma sequencia de 12 notas nao pode ser repetidas ai tu faz o q tu quiser com essa 12 notas,vale transpor, tem tb a inversao, retrogada, e por ai vai!!! os acordes se eu nao me engano sao feitos com as 12 notas da sua serie!!! isso eu to falando por alto!! a parada é bem complicada!! :P
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fernando tecladista Veterano |
# out/05
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musica dodecafonica é muito cafonica
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Ata Veterano |
# out/05
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Essa série de 12 notas não é serialismo? Ou são sinônimos?
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_music_4_ever_ Veterano |
# mar/08 · Editado por: _music_4_ever_
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Jabijirous
mas tipo, imagine o seguinte:
numa obra orquestral, a gente tem o tema dodecafónico na flauta, que toca neste preciso momento a nota Si e a seguir tocará Lá. E enquanto isso, outros instrumentos tocam. Eles podem tocar a nota Lá, simultaneamente com a flauta ou antes dela tocar a nota Lá, ninguém pode tocar?
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Ricnach Veterano |
# mar/08
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_music_4_ever_
Pense na polifonia de Palestrina... seu estilo harmonico é caracterizado pelo intervalo de terças... por isto devemos evitar quintas paralelas e oitavas, ao mesmo tempo o intervalo de segunda, simultaneamente tocados deve ser evitado ou resolvido em um intervalo de terça.
Entende, a questão não é a regra sobre a musica, mas a propria musica é quem dita suas regras, um movimento de quintas paralelas vai causar esgotamento da harmonia.. não vai ficar coeso ao estilo, mas se vc pesquisar bem verá palestrina movimentando oitavas paralelas..como? ele coloca escondidas entre as vozes, porém não escutamos, ou seja, ele não usava as regras, ele tinha sensibilidade estética, ele sabia o que queria, as regras são para o estudo, para que percebamos estas relações. Na musica dodecafônica, o mesmo, a harmonia que se quer não é caracterizada por dobramentos, ou pela estrutura melodia / acompanhamento. Se for o caso de se ressaltar um timbre, um problema específico, vocçê pode dobrar uma nota, mas caso isto não implique em distorção da harmonia... pois isto será distorção da musica.
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Ricnach Veterano |
# mar/08
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Em resumo, não se pode dobrar a nota. Enquanto regra. Enquanto estilo, se vc conhece o estilo, não precisa da regra. Mas neste caso, em 99% dos casos, você vai seguir a regra.
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Ricnach Veterano |
# mar/08
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http://rapidshare.com/files/100337976/Sechs_Kleine_Klavierstuecke.pdf. zip.html
Esta é uma partitura de Schoenberg, para piano, de um periodo ainda pré dodecafonico, porem o seu principio já está dado ai. Esta foi a partitura mais simples que encontrei, ela é muito curta, com inspiração em Webern, seu discipulo. Notem os acorde, muito densos e sem repetição de nota! Vejam como a melodia e a harmonia se misturam, o projeto de Schoenber/webern consistia em formar uma "constelação" no lugar da melodia / harmonia. O acorde e a nota em separado possuem ambas função harmônica e melodica. Há um pedal na obra, e se não fosse este detalhe a musica se encaixaria nos critérios dodecafônicos mais facilmente. Podemos dizer que o dodecafonismo recupera os valores da polifonia, fica igualmente impossivel pensar a melodia sem a harmonia!
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Ricnach Veterano |
# mar/08
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Algumas definições.
Técnicas composicionais: Conjunto de praticas que se destinam à facilitar ou educar, a produção individual de uma obra em relação a um estilo, escola ou corrente musical. Técnica qualquer que produza beneficio ao compositor em seu trabalho. Exemplos:
Contraponto Serialismo Baixo continuo acaso
Sistemas musicais: São ordenações e regras quanto ao emprego ritmico, harmonico e melódico, de maneira unificada, denotando assim um sistema individualizado, sendo este explicitado ou não em regras formais. O sistema musical no ocidente implica em "valores" estéticos, ou destes influenciando, politicamente a construção do sistema musical (caso do canto gregoriano), ou do sistema musical imbricando-se em valores estéticos (romantismo). Exemplos:
Modalismo Tonalismo Dodecafomia Eletroacustica (ponto controverso, porem, embora recente, há principios quanto a harmonia melodia e ritmica, e espacialização, embora não totalmente sistematizados, ainda.)
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Ricnach Veterano |
# mar/08
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Respondendo a uma duvida ai pra cima... O serialismo que aplica a série a todos os paramentros musicas, duração, timbre, altura e intensidade é o serialismo Integral, idealizado por Messiaen, me parece, não me lembro bem, em sua peça "modo de valores e intencidades" (alguma coisa assim). O serialismo integral é uma tecnica de serialismo dodecafonico criada nos anos 50.
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Ken Himura Veterano |
# mar/08 · Editado por: Ken Himura
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Ricnach Como funciona o serialismo de timbre? Sabe explicar?
Você não repete um timbre até todos os outros da série aparecerem?
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Ricnach Veterano |
# mar/08
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Ken Himura
As regras do Dodecafonismo já foram colocada acima por Juliano de Oliveira.
Não existe regraa sobre a questão timbrica, mas a dodecafonia foi quem inaugurou a exploração de outros tibres a partir dos instrumentos tradicionais.
A exploração sistematica do timbre veio a partir da musica concreta e eletronica, por volta dos anos 40. Pierre Schaeffer com a musica concreta, e a eletronica com Stockhausen. Mas vemos que este é um caminho inaugurado modernamente por Debussy, Schoenberg (klangfarbenmelodie), webern, Varese, até chegar em Pierre Schaeffer que acredito ser o maior marco da sistematização do uso do timbre e da escuta.
Escute os quartetos de Webern, já começam a usar som do cavalete e etc.. Berg tb... Acho que se vc escutar vai compreender melhor as regras do Dodecafonismo.
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Ricnach Veterano |
# mar/08
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Ken Himura
Vc pode usar o mesmo timbre para tocar varias notas da serie, por exemplo, o piano (teoricamente) possui apenas um timbre, ou pelo menos, vc pode fazer musica dodecafonica usando apenas uma oitava, o timbre sempre será o mesmo... Mas obviamente um compositor vai querer explorar o maximo do potencial musical de um sistema, e isto se aplica a compositores de todas as épocas.
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_music_4_ever_ Veterano |
# mar/08 · Editado por: _music_4_ever_
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Ricnach O serialismo que aplica a série a todos os paramentros musicas, duração, timbre, altura e intensidade é o serialismo Integral
Como seria isso de aplicar a série ao timbre? E se só se aplicar a série à duração e à altura, continua sendo Serialismo Integral?
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