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je_lais Membro Novato |
# set/17
Olá Eu gostaria de fazer arranjos instrumentais (música em geral) e também de compor (música antiga de preferência - duetos trios quartetos de flautas doces etc).
A maioria dos músicos dizem que é inútil estudar contraponto... Nunca estudei, mas pelo que estive olhando, se quiser compor no estilo que disse, precisaria estudar do contraponto do Fux à tópicos mais avançados. É realmente necessário ou é dispensável?
Também quero estudar harmonia tradicional e, gostaria de saber se é mais prudente estudá-la após contraponto (as cinco espécies do Fux pelo menos) ou devo começar por ela?
Agradeço a ajuda!
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Jabijirous Veterano |
# set/17
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A maioria dos músicos dizem que é inútil estudar contraponto... Nunca estudei, mas pelo que estive olhando, se quiser compor no estilo que disse, precisaria estudar do contraponto do Fux à tópicos mais avançados. É realmente necessário ou é dispensável?
A maioria dos músicos diz que é inútil estudar contraponto pra compor música antiga?????????????????
Amigo, larga essa amizade, eles não sabem de nada! Antigamente a base era contraponto!!! Palestrina é contraponto! Bach é contraponto!
Contraponto não é só útil como é fundamental pra compor. Mas se você não sabe harmonia tradicional é bom começar a estudar agora, pois vai facilitar a sua vida quando for estudar contraponto!!!
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fernando tecladista Veterano |
# set/17
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A maioria dos músicos dizem que é inútil estudar contraponto...
meu sem palavras... que falou isso é algum cara que tem grupo de música antiga? que estudou música antiga? e agora chegou a conclusão que o que ele estudou para praticar música antiga foi desnecessário?...
não foi um mão peluda, uilame, que nunca saiu do quarto, que passa a tarde inteira fritando.. manda a m****
----------------------------------- quanto a estudar e simples você nasceu virado pra lua e compõe coisas que nem faz ideia porque acontecem e quando vê tá tudo lindo no papel... ou é igual a maoria onde que nem consegue decorar uma sequencia de 4 acordes... então estude tudo que puder
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Ken Himura Veterano |
# set/17
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je_lais A maioria dos músicos dizem que é inútil estudar contraponto A maioria dos músicos é surda.
Nunca estudei, mas pelo que estive olhando, se quiser compor no estilo que disse, precisaria estudar do contraponto do Fux à tópicos mais avançados. É realmente necessário ou é dispensável? A abordagem didática do Fux (ou qualquer outra) não vai te fazer compor música antiga. Você pode aprender contraponto modal do século XVI (que é o que você procura) com ou sem a abordagem de espécies - existem manuais das mais diversas formas possíveis de ensino. A diferença é que o Fux é mais antigo e mais tradicional, e muitos dos grandes mestres estudaram também por ele.
O que é melhor? Eu realmente não sei. Estudo isso há anos, das abordagens com e sem espécies, mas nunca cheguei a uma conclusão definitiva. Tendo a preferir o sistema de espécies (Fux) por causa das maiores limitações que ele impõe e retira gradativamente, para focar o aluno na questão didática específica que ele quer desenvolver. Mas tem gente que sofre muito por isso e prefere outra abordagem, mais calcada na prática musical final.
Mas, para escrever música séria a mais de 1 voz - e, sobretudo neste estilo que você quer - contraponto é indispensável.
Também quero estudar harmonia tradicional e, gostaria de saber se é mais prudente estudá-la após contraponto (as cinco espécies do Fux pelo menos) ou devo começar por ela? Olha, conheço gente que conseguiu levar em paralelo, mas exige muita dedicação. Melhor começar a estudar harmonia tradicional (o livro do Schoenberg é ótimo pra isso) e, depois de dominar a harmonia triádica, volta pro contraponto. E, obviamente, não pare de estudar a harmonia tradicional depois.
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Jabijirous Veterano |
# set/17
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Ken Himura Queria saber quem é o maluco ou a maioria de malucos que diz que contraponto e nada é a mesma coisa kkkkkkkkkkk
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Ken Himura Veterano |
# set/17
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Jabijirous Hahahaha! É triste mesmo! Coitado do cara, é assim que se espalham as informações bizarras.
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je_lais Membro Novato |
# out/17
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Estive conversando por aí e, o que me pareceu é que, caso eu não queira compor música antiga, é besteira estudar contraponto modal
Harmonia é indispensável a todo músico, mas contraponto modal só me parece útil (segundo meus colegas músicos) se eu for escrever música antiga e, como dito aqui, não bastaria só estudar as cinco espécies do Fux obviamente rs
Além do livro do Fux, agora tenho o livro Contraponto Modal do século XVI.
Estou enganada? (Risos)
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Jabijirous Veterano |
# out/17
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je_lais
Todo conhecimento é válido. O estudo do contraponto irá te ajudar a compor MUITO mais rápido, seja no popular ou erudito! Você só tem que saber adaptar o conhecimento para o teu estilo!!!
Veja esse arranjo onde eu utilizo o recurso do contraponto
Aqui eu falo sobre essa intro
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Ken Himura Veterano |
# out/17
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je_lais caso eu não queira compor música antiga, é besteira estudar contraponto modal Fux aprendeu contraponto estudando contraponto modal. Haendel também. Bach também. Haydn, Mozart, Beethoven, Salieri, Mendelssohn, Berlioz, Liszt, Brahms e Wagner idem. Não dê ouvidos a quem diz uma besteira dessas.
As regras funcionam em qualquer paradigma, não só no modalismo europeu. Desde, é claro, que você queira alcançar o mesmo resultado: independência total das vozes sem quebrar as funções hierárquicas e estruturais.
O contraponto modal a lá século XVI é uma senhora ferramenta didática por diversos motivos. Um deles, talvez o principal, é por forçar a trabalhar só com vozes (contraponto instrumental é mais fácil adaptar do vocal; o inverso é mais complicado).
e, como dito aqui, não bastaria só estudar as cinco espécies do Fux obviamente rs Obviamente! Mas fique tranquila que o livro do Fux não são só sobre as espécies. Ele avança em fuga, contraponto duplo, composição de música sacra (segundo a estética barroca, óbvio) etc etc. O problema é: todas as traduções do Gradus, incluindo a feita brilhantemente pelo Alfred Mann, param na quinta espécie a quatro vozes. E aí, o que fazer depois?
Bom, você pode tentar ler o original em latim, tem no IMSLP (não faça isso, vá por mim; já cometi esse erro). Pode estudar o outro livro do Mann, "The Study of Fugue", que tem a tradução desta parte sobre fuga do Gradus (e de alguns outros tratados também), pode ir atrás do livro do Robert Gauldin ("A Practical Approach to 16th Century Counterpoint", do Thomas Benjamin ("The Craft of Modal Counterpoint") ou partir para um manual de contraponto tonal sem problemas. Existem muitas opções.
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