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willshouter Membro Novato |
# mar/15
Eu vi que muitos dizem que pra compor não tem forma certa. Você simplesmente compõem a musica. Mas eu falo de um exemplo que vi, em que você começa a ouvir uma musica, e escreve outra em cima dela. Ai eu penso, e na hora de colocar o ritmo, seria quase impossível colocar sem igualar ao ritmo em que a música foi feita em cima, Isso meio que seria plágio não é ? Eu só tenho 16 anos, ainda sou um moleque mimadinho. E não vou ter ideias que prestem pra músicas decentes, mesmo com inspiração. Mas eu já quero começar a praticar isso, então. Vocês podem me dar dicas ? Desculpe qualquer coisa
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Ismah Veterano |
# mar/15
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na hora de colocar o ritmo, seria quase impossível colocar sem igualar ao ritmo em que a música foi feita em cima, Isso meio que seria plágio não é ?
Plágio seria copiar uma música ou trecho de uma, sem permissão do autor. Se for autorizada é versão (Latino manja bem disso). Não sei dizer ao certo, mas creio que para versão não é necessária autorização.
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Jabijirous Veterano |
# mar/15 · Editado por: Jabijirous
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Eu só tenho 16 anos, ainda sou um moleque mimadinho. E não vou ter ideias que prestem pra músicas decentes, mesmo com inspiração. Mas eu já quero começar a praticar isso, então. Vocês podem me dar dicas ? Desculpe qualquer coisa
Com 16 anos e esse pensamento você não vai a lugar nenhum!
Qualquer ideia presta, é só estudar técnicas para desenvolvê-las!
Estudo da composição é para a vida toda. Não adianta ser ansioso, tudo tem seu tempo.
Com sua idade, eu entraria em um curso de música, não um curso livre, mas um curso com início, meio e fim!
Se continuar com o raciocínio, nem entre para o mundo da arte. Mas vou dar um desconto, pois você só tem 16 anos!
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entamoeba Membro Novato |
# mar/15
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willshouter Uma coisa que tenho notado que o pessoal tem mandado muito mal é na métrica. Um jeito para praticar isso é batucar as sílabas. E tenha bom senso na hora de alongar as sílabas para fazer caber na música. Tem muita gente que muda a acentuação original da palavra para fazer encaixar, o que costuma ficar muito ruim.
Outra dica eu dou é para não se preocupar em contar uma história detalhada nas letras. Letra é só uma parte da música. Tem que caber na música. O que vejo de gente desfigurando a música porque faz questão de preservar a letra...
E esse papo de ser "mimadinho" é bobagem! Isso não te torna incapaz! Escute música boa e descubra algo que queira dizer, por mais abstrato que seja. A música é excelente para dizer o que não pode ser dito com palavras.
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pianoid Veterano |
# jul/15
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entamoeba Letra é só uma parte da música.
letra é parte da literatura
mas reconheço que música nasceu da voz, da entonação, do ritmo da fala. Porém, se desenvolveu numa arte à parte.
aprender música é aprender sobre pulso, ritmo e o campo harmônico, sobretudo. Submeter música à poesia ("letra"), ficou pra trás faz tempo...
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entamoeba Membro Novato |
# jul/15 · Editado por: entamoeba
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pianoid letra é parte da literatura
Na música, letra é parte da música. Não é uma obra que possa ser lida sem que o essencial se perca. A música deve ser ouvida! Pelo menos, deveria ser assim.
Submeter música à poesia ("letra"), ficou pra trás faz tempo.
Concordo e já disse coisa parecida em algum outro tópico!
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fabiopavan8 Membro Novato |
# jul/15
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Eu componho música instrumental e ambiente, geralmente para bateria, piano e violão. Mas como eu componho? Eu abro o editor de partituras (MuseScore) e o que vem na minha cabeça eu vou escrevendo, então mando o programa tocar a música, daí vou ajeitando...
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Jube Veterano |
# jul/15
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fabiopavan8 Eu componho música instrumental e ambiente, geralmente para bateria, piano e violão. Mas como eu componho? Eu abro o editor de partituras (MuseScore) e o que vem na minha cabeça eu vou escrevendo, então mando o programa tocar a música, daí vou ajeitando... O que exatamente vem na sua cabeça? uma ideia sonora ou notas a esmo?
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entamoeba Membro Novato |
# jul/15
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Jube O que exatamente vem na sua cabeça? uma ideia sonora ou notas a esmo?
Experimentar notas na partitura também não é má ideia. Você posiciona, dá o play, não curte, ajeita algo, faz de novo. Isso é pensar COM a ferramenta! Acho bem válido.
Uso isso quando faço arranjos. Já os riffs vêm da daquele lugar ruidoso e perturbador chamado cabeça. Daí pego o instrumento e tento tirar um cover - mas nunca fica tão bom quanto o original.
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Jube Veterano |
# ago/15
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entamoeba Experimentar notas na partitura também não é má ideia. Você posiciona, dá o play, não curte, ajeita algo, faz de novo. Isso é pensar COM a ferramenta! Acho bem válido.
Uso isso quando faço arranjos. Já os riffs vêm da daquele lugar ruidoso e perturbador chamado cabeça. Daí pego o instrumento e tento tirar um cover - mas nunca fica tão bom quanto o original.
Eu costumo fazer isso em alguns arranjos, mas o problema é que depois de tudo feito na hora da execução nos instrumentos, tenho que mudar muita coisa.
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Gutovysk Veterano |
# set/15
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willshouter
Não existe forma errada de compor. Componha da sua maneira. Só não copie. Pode tentar imitar, mas não copiar!
- Quer usar uma música como inspiração?.... OK! - Quer jogar notas aleatórias na partitura?..... OK! - Quer escolher acordes e depois criar uma melodia ou as partes do baixo? ... OK! Sem problemas!!! - Quer pegar um motivo de alguém ou de alguma composição e depois desenvolver da sua maneira?.... Td Bem!!!! OK! - Quer compor sua música em cima de outra, mas sem copiar? .... OK! OK! - Quer compor começando cantando uma melodia e depois achando os acordes e as outras vozes (instrumentos)? .... SIM! Sem problemas! OK!!!!! - Quer compor usando apenas sua intuição e sem estudos? .... OK! Claro que sim! - Quer compor retalhando/colando outras músicas e criando uma nova? ... hmmm.... hmmm... bem.... Até tá....com ressalvas... mas OK! Se não for cópia pura!
Compor é criar algo que ainda não existe! Então, q.q. maneira escolhida e utilizada por você, de forma consciente ou inconsciente, que faça aparecer algo que ainda não exista é uma composição, no conceito estrito da palavra.
Agora, se sua composição será boa (técnicamente/artisticamente/virtuosisticamente/audivelmente/sonorame nte/orquestralmente/q.q.coisalmente...) já é outra questão!!!
O que posso dizer: 1) estudando técnicas musicais e de composição aumentarão suas chances de acerto; 2) comece de qualquer maneira suas primeiras composições, mas comece... Com o tempo você irá perceber qual sua melhor maneira de criação sonora; 3) não acredite que suas primeiras composições irão sair uma obra prima! Nem mesmo Mozart sozinho teria conseguido isso; 4) somente com esforço, sabedoria e experiência é que se consegue algo acima da média; 5) não queira os atalhos ou as dicas "quentes" musicais. Aprenda os porquês das coisas! 6) sobretudo.... escute, escute e escute!!! Somente as análises musicais (qto mais aprofundadas tecnicamente melhor) vão trazer para você uma bagagem cultural e diversificada, colocando para você uma gama maior de possibilidades e uso em suas futuras composições! Não se contente em compor com apenas 2 cores se você tem a sua disposição milhares e milhares de cores e formas de pinceladas!
Bem... é isso.... Não sei se esgotei tudo o que poderia dizer. Mas serve a você e a todos os próximos leitores que querem tornar-se compositores: eruditos/clássicos; rockeiros/metaleiros; MPBs; funkeiros (como gostaria se assim fosse); góspeis; jazzistas; technos; etc. e etc.... ;-)
abraços, Carlos Correia http://www.tecnicasdecomposicao.com.br
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pianoid Veterano |
# set/15
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Gutovysk Não existe forma errada de compor.
- Quer jogar notas aleatórias na partitura?..... OK!
- quer ver o público se afastar? OK!
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entamoeba Membro Novato |
# set/15
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Gutovysk 4) somente com esforço, sabedoria e experiência é que se consegue algo acima da média;
Bonitinho, mas discordo!
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Wuju Wu Yi Membro Novato |
# set/15
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willshouter
bicho, o que é importa é o resultado, não o método.
obviamente alguns métodos tornam o resultado mais fácil de se alcançar.
estude composição.
enquanto isso vai compondo como tu conseguir.
E não vou ter ideias que prestem pra músicas decentes, mesmo com inspiração.
nem todo mundo que tenta consegue. mas todo mundo que conseguiu tentou.
e muitos tentaram por Muito tempo antes de conseguir.
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Gutovysk Veterano |
# set/15
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pianoid - Quer jogar notas aleatórias na partitura?..... OK! - quer ver o público se afastar? OK!
Concordo plenamente. Jogar notas aleatórias é uma forma de compor, agora se ficará uma obra apreciável pelo público é outra história... Por isso citei: "Agora, se sua composição será boa (técnicamente/artisticamente/virtuosisticamente/audivelmente/sonorame nte/orquestralmente/q.q.coisalmente...) já é outra questão!!!"
entamoeba 4) somente com esforço, sabedoria e experiência é que se consegue algo acima da média; Bonitinho, mas discordo! Hmmm... Interessante... quero ouvir mais sua opinão.
abraços, Carlos Correia http://www.tecnicasdecomposicao.com.br
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entamoeba Membro Novato |
# set/15
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Gutovysk Hmmm... Interessante... quero ouvir mais sua opinão.
Ok, eu explico!
Esforço: imagine um garoto que tinha muita facilidade para aprender na escola. Ele não precisava prestar atenção nas aulas ou estudar para tirar notas melhores que as dos seus colegas. Para ele as aulas eram extremamente monótonas. Ele estava preso ali e precisava arrumar algo para fazer. Resolveu desenhar e logo tornou-se um desenhista acima da média. Ele se dedicou por horas à prática sem nenhum esforço, já que estava preso ali e o desenho foi a coisa mais prazerosa que ele encontrou para fazer.
Esforço é enfrentar algo adverso para chegar a um fim, o que não se aplica ao exemplo acima. Desenhar era a atividade mais prazerosa disponível, portanto não pode-se dizer que houve esforço.
Experiência: com tantos jovens criativos no mundo fazendo coisas acima da média, não dá para se apegar a ideia que a experiência é fundamental. Um sujeito criativo pode combinar elementos que nunca foram explorados e fazer algo acima da média. Já o "experiente" pode ralar por anos e continuar sendo apenas "medíocre".
Sabedoria: é quase a mesma coisa que experiência, mas é mais ampla. Chega a ser vaga. Existem muitos especialistas que são ótimos no que fazem mas não são sábios. Até mesmo um autista, daqueles bem desconectados do mundo, pode desenvolver um trabalho acima da média - mas jamais será um sábio. Sua perspectiva peculiar favorece o desenvolvimento de coisas originais.
Por isso (e por muito mais), concluo: esforço, experiência e sabedoria NÃO são essenciais para se fazer algo acima da média.
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Gutovysk Veterano |
# set/15 · Editado por: Gutovysk
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Olá Entamoeba!
Concordo, em parte, na sua explanação. Vamos tentar chegar num consenso, ou em algo melhor do que já expusemos aqui. ok?!
Vou expor ainda meu ponto de vista, e ainda fazer considerações sobre seu exemplo, que no fundo no fundo eu compreendi o que vc quis dizer.
Como o texto ficou mais longo do que eu imaginava, vou dividí-lo em mais 3 partes, mas tente ler com parcimônia.
Mas antes...
Acredito que tenha faltado, em meu texto original, a explicação pelo que eu entendo "acima da média". E isso tb poderia variar de pessoa para pessoa, e de referência para referência. Não seria fácil abordar aqui tal questão. Mas se eu fosse tentar exemplificar aqui, de modo rápido, sem muito pensar, eu diria que a média seria algo comum (sic), mas não necessariamente trivial de se realizar. Por exemplo, se considerarmos as músicas dos Beatles, a média geral delas é altíssima (em minha opinião) com relação a outras bandas, mas entre as muitas músicas dos Beatles há músicas cujo valor (seja qual for tal valor, ou as premissas para se dar um valor a uma música) seriam mais "baixas" do que outras bandas, ou mesmo entre as próprias músicas dos Beatles. O mesmo pode-se valer para qualquer outro músico.
Mas acredito que nós dois temos um certo conceito sobre isso... E, novamente, conceituar algo sobre valor musical extrapola q.q. intenção deste tópico e do que foi levantado aqui, mesmo que faça parte de nossas análises...
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Gutovysk Veterano |
# set/15
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Com relação ao que você expôs, poderia acrescentar o seguinte:
Esforço: A definição de esforço é a intensificação ou empenho para a realização de algo. No caso, uma música.
No seu exemplo, o jovem desenhista não fazia esforço para realizar tal tarefa, pois, segundo o texto, havia uma facilidade dele desenhar e era prazeroso.
Acontece que esforço não significa ser desprazeroso. Não são sinônimos e nem conotativos. Exemplos: para subir uma montanha realizo um esforço físico grande para chegar ao cume, e o prazer não está somente ao chegar ao cume, porém toda a subida para mim é extremamente prazerosa, principalmente ultrapassar obstáculos, qto mais difíceis e complexos melhor; ou ainda, escrever uma sinfonia é extremamente prazeroso para mim, mesmo que tenha que ficar horas sobre ela; ou escrever um algoritmo computacional... e por aí vai....
Agora, como diminuo o esforço? Conhecendo o ofício. Isto é, aprendendo e assimilando. E, no seu exemplo, o jovem, intuitivamente, já deveria ter a sabedoria adquirida (ou inconscientemente, ou mesmo por observação) para que o desenhar não realizasse esforço. E, com isso, foi desenhando cada vez mais, isto é... ganhando experiência e reaprendendo com o que fizera antes. Ou seja, a meu ver, pelo exemplo, não descartou aquela tríade que coloquei: sabedoria, experiência, esforço. Talvez, esteja faltando ainda um elemento nessa história. Mas você citou que o desenho dele era acima da média... mas comparado com quem? Ou, qual é a média que vc esta considerando?
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Gutovysk Veterano |
# set/15
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Vamos ao segundo item... ;-p
Experiência: com tantos jovens criativos no mundo fazendo coisas acima da média, não dá para se apegar a ideia que a experiência é fundamental.
Novamente, qual é a média que vc está considerando ao afirmar que há tantos jovens criativos? E que coisas seriam essas?
Mas a pergunta aqui é: tais jovens criaram suas obras logo de cara? Foram suas primeiras obras? E estas foram acima da média?
Mozart compôs sua primeira obra aos 5/6 anos de idade. Mas será que não houve ajuda de seu pai? E mesmo se não houve tal ajuda, podemos comparar as primeiras obras dele (que são muito bacanas/sensacionais) com suas posteriores obras? Quais vc acredita serem acima da média? Agora, imagine se Mozart não tivesse morrido cedo aos 35 anos... o que mais ele poderia ter criado com toda a sua experiência adquirida?
Mais um exemplo: escolha 1 milhão de pessoas ao acaso nesse mundo, e coloque todas elas para correr pela primeira vez um carro de F1. Dessas, quais vc acredita que vão se destacar? E por que?
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Gutovysk Veterano |
# set/15
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Ufa.... chegamos ao último item!!!
Sabedoria A definição de sabedoria é aquele que tem a característica de ser sábio, que por sua vez, é aquele que Sabe. E como saber algo que nunca foi apreendido? E como o nosso cérebro apreende as informações contidas no mundo e como as utilizamos? Por osmose? Por dons?
Dizem que sábio é aquele que aprende com seus próprios erros. Eu diria até que sábio é aquele que aprende a aprender, que aprende a descartar o que não é, e a reter o que é! Qto mais sabedoria, mais fácil você terá em suas mãos o poder de fazer uso de seus conhecimentos adquiridos para o que vc quer, e não para o que vc imagina que seja.
Na sua frase: !Até mesmo um autista (...) pode desenvolver um trabalho acima da média - mas jamais será um sábio. (...) favorece o desenvolvimento de coisas originais. Há duas coisas relevantes aqui: trabalho acima da média x sábio; e coisas originais. Mas, novamente, aqui será muito difícil de discorrer com tais conceitos. O que é algo original? Precisamos de algo original para ser acima da média? Somente o sábio realiza acima da média? Digamos um autista que toca Beethoven maravilhosamente bem, será que ele não é sábio? Ora, quem sabe sabe. O autista Sabe tocar a música de Beethoven, e, de alguma maneira, obteve tal conhecimento... E qto a originalidade? É sinônimo de qualidade? Ou de acima da média? Novamente, qual a média estamos falando?
Sabe qual foi a enorme característica de Mozart? Aprender/assimilar tudo rapidamente, e de várias formas possíveis. Seu pai ensinava um intervalo musical (sabedoria e esforço), e ele provavelmente já imaginava um trecho da música para utilizá-lo (experiência e esforço gerando mais sabedoria). Você sabia que ele estudou as peças de Bach e de tantos outros compositores? Transcrevia tais obras para depois estudá-las. E ele mesmo, em uma de suas cartas, se não me engano, disse que se soubesse tudo que ele sabia naquela época, teria mudado muito suas primeiras músicas (experiência e sabedoria). E se ele não tivesse composto suas primeiras obras, que para ele, e comparativamente com alguns compositores, estão abaixo da média de modo geral, será que ele conseguiria compor suas músicas mais tardias com tanta facilidade, maestria e qualidade?
Uma vez li que a primeira obra de Mozart com as características de fato Mozartianas é a Sinfonia n.25, K183. Ou seja, ele teve que realizar 182 obras... e não sei qtas peças e horas musicais! E só foi considerado gênio absoluto após suas obras K400 (+/-). É claro que são apenas citações críticas. E olha que estou citando um cara que mesmo com suas peças abaixo da média provavelmente estão muito acima de nossas obras musicais juntas!!! rsrsrs
Veja... com toda essa explanação, não quis definir os tópicos, nem quis desconsiderar as suas. Até levantei mais questões aqui... Mas não temos como fugir do seguinte ciclo virtuoso da sabedoria; da experiência; e do esforço. Eu entendi o que vc quis dizer com seus exemplos, e ainda acredito que vc possa melhorar seu ponto de vista.
abraços, Carlos Correia http://www.tecnicasdecomposicao.com.br
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entamoeba Membro Novato |
# set/15 · Editado por: entamoeba
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Gutovysk A abrangência das suas acepções torna tua afirmação ou vazia ou tautológica! Novamente, explico:
No exemplo do desenhista, me referia à acepção de esforço que é mais usada no nosso cotidiano, ainda que seja imprecisa, pois era a que melhor se enquadrava na sua assertiva. Ao pé da letra, toda ação pode ser chamada de esforço e, convenhamos, isso empobrece bastante a tua afirmação.
O mesmo vale para a experiência. Pode-se dizer sem errar que o cara que pegou um violão e tentou tocar pela segunda vez tem experiência: a primeira tentativa. Precisamos de uma acepção mais rígida de experiência se quisermos dizer algo.
Com a "sabedoria" também temos o mesmo problema. "Quem sabe é sábio" é muito amplo, pois põe a todos nessa condição. Até mesmo um recém nascido com poucos minutos de vida já sabe de algo.
Não dá para reduzir "se esforçar" a "fazer algo".
Não dá para reduzir "experiência" a "ter experimentado algo".
Não dá para reduzir " sabedoria" a "saber algo".
Tua frase, nesses moldes, acaba ficando assim:
somente fazendo algo, tendo experimentado algo e sabendo de algo que se consegue algo acima da média.
Essa frase pouco afirma, já que abarca praticamente todos os seres viventes. Por isso, pensei em interpretá-la de outra forma, baseando-me nos exemplos dados:
somente fazendo algo acima da média, tendo experiências acima da média e sabendo de algo acima da média que se consegue algo acima da média.
O problema é que, assim, ela ficou tautológica, pois conseguir algo pressupõe fazer algo.
ah...
era acima da média... mas comparado com quem?
Com a média, ora!
Desculpe a chatice! Isso nem deveria fazer parte do tópico. Vou parar de divagar.
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nhoque on forevis door Membro Novato |
# set/15
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willshouter como disseram no tópico, na minha opinião, a letra vem em segundo lugar. muita gente fica rico estudando o instrumento de escolha a sério, um curso legal seria aquele que te ensinasse a compor. muita gente fica rico quero dizer que dá sim pra viver de música, e acredito que daqui a um curto prazo só vai fazer sucesso quem fizar música de estilo próprio, letra vem em segundo lugar, música atonal. uma boa maneira de estudar música é tentar descentralizar o estudo formal e aceitar sem máscaras o estudo não formal. a todo tempo estamos criando cores, novos sentidos, novos sentimentos. vlw obrigado.
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Wuju Wu Yi Membro Novato |
# set/15 · Editado por: Wuju Wu Yi
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entamoeba
cara, ele quis dizer que é necessário esforço (prática), experiência (ir aprendendo com os erros), e sabedoria (colher os frutos da experiência) para ser bom em algo.
penso que tu pegar pessoas que passam horas e horas fazendo algo que a esmagadora maioria tem dificuldade (inicial), para formular uma generalização (como é o caso), o que alias, você está pegando um monte de casos de exceções pela regra. autismo, super dotados, jovens prodígios, gênios, etc... o que consequentemente faz com que tu forme um raciocínio não muito útil para a maioria das pessoas.
teu raciocínio até pode ser válido, mas não em um sentido prático (que no caso, é ajudar o colega que teve a dúvida sobre como compor melhor, e futuras pessoas com a mesma dúvida).
Está evidente que você está dizendo que o talento em muitos casos é decisivo para se criar coisas acima da média. o que concordo bem parcialmente.
Mas uma pessoa talentosa não vai longe se não treinar e praticar, e aprender com os próprios erros, incansavelmente. Em muitos casos, uma pessoa "não talentosa", ultrapassa facilmente este, se for disciplinado e esforçado.
a mensagem é que deve-se treinar e praticar muito para ser bom em algo, invés de se lamentar por "falta de talento". (como o coleguinha fez lá em cima, se lamentando que não tem ideias e etc... papo furado)
Eu entendi o que você quis dizer, mas acho que foge da proposta do tópico.
Gutovysk
Excelentes postagens cara. Realmente, o princípio básico para qualquer um que busca melhorar em algo, é praticar incessantemente, se arriscar, aprender com os erros, para melhorar cada vez mais, e aprender a gostar e sentir prazer por todo este processo.
Muito sábias suas recomendações ao colega.
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nhoque on forevis door Membro Novato |
# set/15
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não acredito também em talento, mas como o foco em um objetivo pode desnortear obstáculos internos, como por exemplo, limitações, e assim acreditar na realidade e fugir da aparência de limitação.
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entamoeba Membro Novato |
# set/15 · Editado por: entamoeba
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Wuju Wu Yi você está pegando um monte de casos de exceções pela regra.
Apenas para ilustrar. Regras com muitas exceções não costumam ser boas regras.
cara, ele quis dizer que é necessário esforço (prática), experiência (ir aprendendo com os erros), e sabedoria (colher os frutos da experiência) para ser bom em algo.
É... eu sei.
Essa postura, ou método, aumenta bastante as chances de se fazer algo acima da média, ainda que não seja obrigatória! Existem outros caminhos, e não só para gênios e afins. Por isso não se pode usar "somente" (talvez esse seja o único erro da afirmação do Gutovysk - as demais objeções que pus são calcadas em implicâncias pessoais).
Em muitos casos, uma pessoa "não talentosa", ultrapassa facilmente este, se for disciplinado e esforçado.
Tipo um militar?
Não gosto da ideia de "talento", mas, as vezes acho que um dos maiores problemas da música é que no meio tem muito nego disciplinado e esforçado que não tem nada a dizer. Tem tanta música "sem alma" por aí. É como se tivessem jogado notas aleatoriamente em uma pauta, só que com regras.
Se, por um lado, não é desejável que uma pessoa extremamente criativa fique sentada à frente do botão que dispara um míssil nuclear, por outro, não é legal que alguém extremamente bitolado transforme a arte em técnica pela técnica.
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pianoid Veterano |
# set/15
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entamoeba o é legal que alguém extremamente bitolado transforme a arte em técnica pela técnica.
lembrei até de Liszt agora, que transformou música pianística num espetáculo acrobático e de efeitos sonoros que raramente parece ter substância. Mesma coisa pra muito guitarrista e seus incansáveis riffs...
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Wuju Wu Yi Membro Novato |
# set/15 · Editado por: Wuju Wu Yi
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entamoeba
treino intenso pode ser para varias coisas cara. eu entendo o que tu diz sobre tornar-se um músico somente técnico e mecânico, mas, ninguém nunca disse que não se deve exercitar também a criatividade e a musicalidade, o que inclusive é o que falta em muitos músicos.
essa questão não contraria o raciocínio que o colega apresentou.
a tua crítica é complementar. é afirmar que deve treinar não apenas técnica, mas também a criatividade. E de qualquer forma, seja lá o que alguém for treinar, ou independente do QI ou talento, quanto mais esse alguém treinar e aprender sobre, melhor vai se tornar. e consequentemente mais sábio também.
a mensagem que resta para o tópico é: Treinem muito, estudem muito, tentem de tudo, e encontrem a melhor forma que encaixa para si.
lembrei até de Liszt agora, que transformou música pianística num espetáculo acrobático e de efeitos sonoros que raramente parece ter substância.
cara, tenho a impressão que você escreve esses absurdos para trollar intencionalmente.
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Adler3x3 Veterano |
# set/15 · Editado por: Adler3x3
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E aí Guto (Carlos Correia)
Tudo beleza. Como é que vão os seus projetos, novas composições?
Pessoal: O Gutovysk é um compositor de mão cheia, as suas obras são de alta qualidade. Não deixem de visitar o site dele. http://www.tecnicasdecomposicao.com.br/
Sobre composição ele sabe o que esta escrevendo. Quando ele fala ou escreve eu escuto e leio e sempre aprendo algo.
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nhoque on forevis door Membro Novato |
# set/15
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preguiça é tentar fazer algo que não sabe.
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Gutovysk Veterano |
# set/15
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Wuju Wu Yi Muito sábias suas recomendações ao colega. Opa... estamos aí para ajudar!!! ;-p Existindo alguma dúvida, e se eu souber, vou contribuir...
(off topic) Adler3x3 Como é que vão os seus projetos, novas composições? Fala aê Paulo! Tranquilo?
Pois é.... esses últimos 3 anos foi muita correria e alguns problemas pessoais... Mas já começando a superá-los. Já há algum tempo queria começar a postar vídeos explicativos no YouTube, e estou pensando seriamente nisso. Não só com música, mas em outras áreas tb.
Valeu pelo carinho!
abraços,
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