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Die Kunst der Fuge
Veterano |
# mar/13 · Editado por: Die Kunst der Fuge
Ontem assisti a um belo concerto do Stabat Mater do Rossini, então estou no clima para este assunto.
Embora só recentemente eu tenha começado a apreciar óperas, as obras sacras são sem dúvida o meu gênero preferido de música vocal erudita, especialmente as missas.
A começar pela formação, que envolve orquestra, coral e solistas, mas o diferencial é o coral bem presente nas composições! E além disso, parece que independente da época e do estilo, os compositores se empolgam com a polifonia e você vê muita escrita fugal mesmo em compositores que não costumam utilizá-la em suas outras composições.
E isso que eu acho lindo, pois como adoro um contraponto, vê-lo sendo executado por um coral e orquestra é o máximo!
Abaixo alguns trechos de definições tirados da wikipédia pra vocês lerem sobre cada gênero:
Missa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Missa_(m%C3%BAsica)
A missa é um gênero da música sacra ligado às tradições e ao rito das cerimônias da Igreja Católica. Como o próprio nome diz, a missa é uma obra para vozes que reproduz integralmente o texto do ordinário da missa católica, em latim. Consistiam originalmente em partes cantadas para o acompanhamento do Ordinário da Missa, no entanto, a partir do Romantismo, surgiu a tendência de essas obras se descolarem de seu sentido litúrgico original.
Leia também o artigo em inglês:
http://en.wikipedia.org/wiki/Mass_(music)
Cantata
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cantata
Cantata (do italiano "cantata", particípio passado substantivado de "cantare") é um tipo de composição vocal, para uma ou mais vozes, com acompanhamento instrumental, às vezes também com coro, de inspiração religiosa ou profana, contendo normalmente mais de um movimento e cujo texto, em vez de ser historiado, descrevendo um fato dramático qualquer, é lírico, descrevendo uma situação psicológica.
Leia também o artigo em inglês:
http://en.wikipedia.org/wiki/Cantata
Moteto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moteto
O moteto é um gênero musical polifônico surgido no século XIII, onde, inicialmente, usavam-se textos distintos para cada voz. Dessa característica vem a origem do termo, derivado de mot, palavra, em francês. O moteto se tornará uma das grandes formas da música polifônica, sendo o apogeu de seu uso no contraponto modal do século XVI, apesar de sua importância para a música barroca e da recorrência a ele até por compositores românticos.
Leia também o artigo em inglês:
http://en.wikipedia.org/wiki/Motet
Oratório
O oratório ou oratória é um gênero de composição musical cantada e de conteúdo narrativo. Semelhante à ópera quanto à estrutura (árias, coros, recitativos, etc.), difere desta por não ser destinado à encenação. Em geral, os oratórios têm temática religiosa, embora existam alguns de temática profana.
Este gênero foi explorado com mais intensidade no período Barroco, especialmente por Georg Friedrich Händel, autor dos oratórios O Messias e Judas Maccabeus, entre outros, assim como Johann Sebastian Bach, com suas paixões, Antonio Vivaldi, autor de Juditha Triumphans ou Pedro António Avondano, autor de Morte d'Abel. No Classicismo, o gênero foi explorado por Franz Joseph Haydn, autor de A Criação e As Estações. No período romântico o gênero foi menos explorado, embora tenham surgido algumas obras notáveis no gênero como o Elias de Mendelssohn e A Infância de Cristo, de Hector Berlioz.
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Alguns dos meus CDs preferidos no estilo, separados por compositores:
Antonio Vivaldi: The Complete Sacred Music, por Robert King e The King's Consort
10 CDs com as obras sacras completas do Vivaldi, muitas obras geniais.
Minha preferida: Lauda Jerusalem (youtube)
Joseph Haydn: 6 Great Masses, por John Eliot Gardiner, Monteverdi Choir e English Baroque Soloists.
As últimas missas do Haydn, as mais maduras. Excelente seleção este CD!
Uma das minhas preferidas (uma versão aleatória do youtube): Missa in angustiis, Hob.XXII-11. 'Nelsonmesse' - I. Kyrie (youtube)
Jan Dismas Zelenka: Requiem in C minor, ZWV 45 (youtube)
Michael Haydn: Requiem & Missa Sancta Ursulae, por Robert King e The King's Consort
Esse Requiem é simplesmente incrível!
I. Introitus. Requiem aeternam - Kyrie eleison (youtube)
Johann Sebastian Bach: Até difícil citar Bach, tem muita coisa foda! Pra não ter erro, vou citar apenas: Mass in B minor, BWV 232, por Karajan e Filarmônica de Berlim.
I. Kyrie - I. Chorus. Kyrie Eleison (youtube)
E vou fechar por aqui, pra não ficar muito grande, com o Mozart:
Wolfgang Amadeus Mozart:
Requiem Mass in D minor, K.626, por Christopher Hogwood & The Academy of Ancient Music
Youtube
&
The Great Mass In C Minor, K.427, por Karajan e Filarmônica de Berlim.
Youtube (versão do Eliot Gardiner)
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Enfim, falem suas opiniões sobre a música sacra em geral!
Vocês gostam? Quais são suas preferidas? Quais são seus CDs preferidos? Quais são suas versões preferidas?
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Die Kunst der Fuge
Veterano |
# mar/13
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Amém.
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Adler3x3
Veterano |
# mar/13 · Editado por: Adler3x3
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Eu gosto muito de todos os gêneros citados.
Especialmente do Vivaldi.
Beatus Vir é uma das minha preferidas, assim como Gloria In Excelsis Deo.
E gosto muito das peças do Mozart.
E Bach nem se fala é maravilhoso.
Assim como os outros que foram citados.
A própria palavra Amém é muito poderosa e pode gerar lindas melodias.
A M E M
C F G F
ou
A M E N
C F G G
ou melhor ainda:
A M E N R A (origem do Amem, palavra de origem egípcia)
C F G F D C
E também, em português:
A s s i m S e j a
C E E C F E G C C
Notem que existem uma harmonia entre Amem e Assim Seja.
Assim se misturar notas e acordes sempre vai sair um bom som.
experimentem fazer variações tocando em um instrumento, e também de trás para a frente.
Estou fazendo um vídeo explicado o uso de letras para criar melodias a partir de um texto.
E as palavras em latim são as mais apropriadas.
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Lelo Mig
Membro
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# mar/13 · Editado por: Lelo Mig
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Die Kunst der Fuge
Pois é...eu tenho um certo problema com vocais nas músicas ditas "não populares"... Um conceito difícil de explicar e que já gerou muita discussão entre eu e colegas, muitas vezes por eu ter dificuldade de explicar meu sentimento/sensação.
Obviamente que não questiono a qualidade, importância, conceito estético, dificuldade e etc, mas não consigo enxergar o ser humano, cantor, ou seja a VOZ, como um instrumento musical. Não me agrada vozes "cantando notas pautadas" e raramente alguma peça vocalizada no erudito me impressiona.
Para você ter ideia, possuo mais de 400 álbuns de música erudita e absolutamente NENHUMA ópera, cantata, coros em geral...ainda que goste de alguns pequenos trechos ou árias.
Não gosto de Tenores, Sopranos e etc eruditos, e essa "insensibilidade" é tão grande, que se alastra a outros genêros. Para você ter uma ideia, não gosto de Jazz com firulas vocais e aqueles "badabadidadas", acho metal melódico e seus vocalistas metidos a Tenores ou aquelas pseudo Sopranas pavorosos.... Quando ouço coisas tipo "André Mattos" ou "Nightwish" tenho vontade de dar risada.
Resumindo, quando existe vocal, eu gosto da forma de cantar popular, cantando rimas e versos sem preocupação com as notas, apenas a forma livre do cantar de cantor intuitivo, que canta no chuveiro. Devido a esse "não gostar" julgo-me leigo no assunto e não costumo gostar de quase nada em que haja "técnica vocal".
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Adler3x3
Veterano |
# mar/13 · Editado por: Adler3x3
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Adoro as Cantatas de Bach.
As Seculares também são muito especiais, principalmente esta, com uma apresentação magnifica.
Bach compondo música do dia a dia das pessoas.
Café da Manhã.
Música Cantada é como o vinho.
Depois que você aprende que o vinho bom é o seco e não o adoçado, não para mais de apreciar.
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makumbator
Moderador
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# mar/13
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Adler3x3
Beatus Vir é uma das minha preferidas, assim como Gloria In Excelsis Deo.
Também é uma de minhas peças preferidas de Vivaldi!
Lelo Mig
Legal seu depoimento...hshsa! Eu tenho algo parecido em relação ao canto no estilo "bossa-nova depressiva". Sabe aquele cantar tipo "João Gilberto", quase sem dar notas, bem desanimado? Odeio isso!
Já discuti meio sério com um amigo cantor com quem tocava por causa disso. Ele queria que eu gostasse dessa estética vocal e eu achava pavorosa...hsahsahsa! Ele se surpreendeu por eu não gostar do canto, apesar de curtir a maneira de tocar violão do João Gilberto, por exemplo.
Curiosamente eu não me incomodo com o cantar quase falado de rap e seus congêneres, e não sei explicar minhas restrições aquele tipo de canto que chamo de "Bossa-nova depressiva"!!!
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Lelo Mig
Membro
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# mar/13 · Editado por: Lelo Mig
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makumbator
Que ninguém nos ouça (leia)...acho João Gilberto um porre!
Eu imito ele igualzinho, numa versão "bosta nova" que eu cantava prá irritar meus amigos...
"Cagar é bom, quando a gente tá em paz,
Ouvindo o som, que a merda faz, na água quando cai...
Cagar soltinho, cagar molinho, cagar durinho
Cagar de qualquer maneira, até quando é caganeira
Cagar é bom demais...
Tchururru tchi dodo, tchutchi dada, tchudi di bum
Tiblof Tiblof Tiblof Tchibum, Tiblof Tiblof Tchibum"
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makumbator
Moderador
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# mar/13
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Lelo Mig
Hsahhsahsa!
Cantei sua versão aqui!
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Lelo Mig
Membro
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# mar/13
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makumbator
A versão não é minha não...heheh, eu só fazia "cover"...rs
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fernando tecladista
Veterano |
# mar/13
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Die Kunst der Fuge
ótima pesquisa
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De tecladista
Veterano |
# mar/13
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Die Kunst der Fuge
Eu sou viciado em tudo que é relacionado a Bach...Sempre gostei muito de todo seu repertório para teclas, como o cravo bem temperado, invenções, sinfonias, partitas, suítes, a arte da fuga e tudo mais...É o meu compositor preferido...Mas é interessante, porque ultimamente comecei a dar mais atenção a esse repertório que você citou...cara, eu cheguei a ouvir Paixão segundo São Matheus e a missa em Si Menor completa...E ai quando você começa a estudar a fundo sobre esses tipos de composições, e começa a pesquisar, a coisa fica mais interessante ainda...Também gosto muito de compositores da renascença como o palestrina, e outros mais...Procure sobre a missa Papa Marceli que também muito bela...
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Adler3x3
Veterano |
# mar/13
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De tecladista
Também gosto muito de compositores da renascença como o palestrina, e outros mais...Procure sobre a missa Papa Marceli que também muito bela...
Bem lembrado.
E também não podemos esquecer de Cláudio Monteverdi, que além de músicas sacras fez muito mais e muito mais.
A opera Ulysses fugindo um pouco do tópico é uma obra prima, que além das boas vozes, tem pequenas partes instrumentais que são demais.
Basta ter paciência e escutar, de repente entra uma harpa e cordas, flautas, percussão, muito inspirador.
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