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Domine Veterano |
# mai/05
Inflação pelo IPCA-15 subiu para 0,83% em maio
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), uma prévia do IPCA, indicador usado no sistema de metas do governo, subiu para 0,83% em maio. Em abril, o IPCA-15 ficara em 0,74%. No ano, o índice acumula taxa de 3,38% e nos últimos 12 meses (de abril de 2004 a maio de 2005) a variação é de 8,19%.
A maior contribuição para o índice de maio veio dos preços dos remédios, que ficaram 4,16% mais caros. O item teve peso de 0,16 ponto percentual na taxa.
Outra contribuição veio das contas de energia elétrica, com variação de 2,85%, provocada por reajustes nas regiões metropolitanas de Salvador (14,57%), Belo Horizonte (13,57%), Recife (9,03%), Porto Alegre (6,56%) e Fortaleza (4,74%). Nos ônibus urbanos, a alta de 2,11% veio da região metropolitana do Rio de Janeiro, onde as tarifas tiveram alta de 10,43%.
Subiram, ainda, os preços dos alimentos (0,84%) e dos artigos de vestuário (1,56%). Entre os alimentos, preços de produtos com peso expressivo no orçamento das famílias sofreram elevação em razão de problemas climáticos. Batata-inglesa (16,17%), feijão-preto (9,18%), feijão carioca (8,75%), tomate (6,67%), açúcar cristal (4,82%) e refinado (4,51%) são alguns destaques. No caso do vestuário, a alta refletiu os preços mais caros da coleção outono-inverno.
Entre as regiões, os maiores resultados foram Porto Alegre (1,37%) e Rio de Janeiro (1,35%). Em Porto Alegre, ocorreram fortes aumentos em vários itens importantes: energia elétrica (6,56%), telefone fixo (4,14%), gasolina (3,78%), telefone celular (2,30%), além dos alimentos (1,27%), que cresceram acima da média nacional. No Rio de Janeiro (1,35%), onde os alimentos também ficaram acima da média, o índice foi pressionado pelo transporte público (9,59%). O consumidor passou a pagar mais pelas tarifas dos ônibus urbanos (10,43%), intermunicipais (8,16%), táxi (6,57%) e metrô (4,20%).
O IPCA-15 refere-se às famílias com renda de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços. Os preços para cálculo do IPCA-15 este mês foram coletados no período de 14 de abril a 13 de maio e comparados com os preços vigentes de 15 de março a 13 de abril.
(nada a ver esse tópico) eu sei
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mao Veterano |
# mai/05
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80% das estatísticas não servem pra nada.
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Rodrigo rvssvr Veterano |
# mai/05
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a auxiliares que tomaria no fim de semana decisão a respeito do comando da articulação política, numa tentativa de pôr fim ou amenizar o já crônico descontrole sobre sua base de sustentação no Congresso.
A Folha apurou que a tendência de Lula é devolver à Casa Civil de José Dirceu as atribuições do ministério de Aldo Rebelo (Coordenação Política), que seria extinto. Aldo poderia ocupar um outro ministério, provavelmente uma pasta chefiada por um petista.
É pequena a possibilidade de Lula manter Aldo na Coordenação Política, apesar de o presidente gostar dele e querer segurá-lo no primeiro escalão.
Um outro petista que não Dirceu para assumir a função é também menos provável. Se isso acontecer, Dirceu prefere o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (SP).
Apesar de menores, essas possibilidades não podem ser descartadas, pois Lula está contrariado com pressões que recebeu para demitir Aldo e poderia até mantê-lo, o que membros do governo consideram que seria erro grave.
Apesar de negar, Aldo já pediu demissão. A instabilidade também afetou sua equipe: há duas semanas, o assessor especial Fredo Ebling disse a Aldo que deixaria o ministério porque pretende concorrer à Câmara nas próximas eleições. Um mês antes, outro assessor entregou o cargo para assumir a chefia de gabinete do ministro Humberto Costa (Saúde).
O formato da eventual devolução da articulação política à Casa Civil é uma preocupação do presidente. Quando retirou as atribuições políticas da Casa Civil na reforma ministerial de janeiro de 2004, as subchefias de Assuntos Parlamentares e de Assuntos Federativos foram levadas para a pasta criada para Aldo.
No início do ano passado, Lula avaliava que Dirceu estava sobrecarregado por ser o gerente do governo e o articulador político. Agora, uma possibilidade é criar uma secretaria especial de Acompanhamento Governamental, nos moldes de estrutura já existente na Casa Civil.
A outra possibilidade é dar ao Ministério do Planejamento parte das funções de gerenciamento. Isso aliviaria a Casa Civil, que continuaria com a estrutura jurídica e reincorporaria a política.
"Fundo do poço"
Na avaliação de Lula, a articulação chegou ao "fundo do poço", expressão que usou em conversas reservadas. Ele avalia que precisa começar a próxima semana dando sinal de força na área política.
Os defensores da opção Dirceu argumentam que ele tem o perfil para a hora na qual há desordem na base governista e o embate com a oposição se acirra. O próprio Dirceu, porém, sabe que é difícil. Pergunta em conversas reservadas se já não seria tarde demais para seu retorno.
Independentemente do desfecho para a articulação política, Lula avalia que precisará se dedicar a um corpo-a-corpo. Marcou para quarta-feira encontro com a Mesa Diretora da Câmara, incluído o presidente Severino Cavalcanti (PP-PE), e todos os líderes partidários da Casa.
Em conversas reservadas na última sexta-feira, o presidente Lula afirmou que pretende propor a definição de uma agenda comum para ser votada.
"Não precisa ter compromisso de votar a favor do governo, mas o de decidir o que será analisado", disse o presidente, segundo relato obtido pela Folha.
Congresso
Com o Senado, o clima terminou ruim na semana passada. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), atacou o veto de Lula ao reajuste de 15% para funcionários do Congresso e do TCU (Tribunal de Contas da União).
Do outro lado do Congresso, Severino Cavalcanti, que apoiou o veto, deve reagir duramente por não ter conseguido emplacar um indicado na Petrobras. Severino ora afaga governo, ora ataca.
Lula e seus principais ministros avaliam que Renan, que recebeu apoio do PT para presidir o Senado, foi desleal ao dizer que o governo provoca crises entre os Poderes da República uma semana depois de o presidente ter convencido os petistas a derrubar a verticalização (regra eleitoral que induz os partidos nos Estados a repetir a aliança federal).
Dentro do PT voltaram a aparecer focos de resistência à derrubada da verticalização. É improvável que essa tese prospere, pois Lula já prometeu ao PMDB que ajudaria a derrubar a regra, mas a falta de consenso entre petistas pode indicar mais turbulências.
Segundo a Folha apurou, é raro um interlocutor do presidente dizer ter visto em Lula algum sinal de reconhecimento de erros dele próprio nas últimas crises políticas. O presidente sempre aponta outro como responsável.
Lula tende a achar que os problemas não são causados pela sua forma de exercer o poder, muitas vezes ambígua e solitária. Poucos assessores se arriscam a apresentar ao presidente esse diagnóstico que, na avaliação de muitos, seria a gênese do péssimo momento que enfrenta no Congresso.
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Domine Veterano |
# mai/05
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Brasil tem maior sistema público de transplantes do mundo
Nos dois últimos anos, o Brasil apresentou um crescimento recorde do número de transplantes e se tornou o país com maior número de procedimentos realizados em sistemas públicos de todo o mundo. Os dados apontam aumento de 36,1% entre os anos de 2002 e 2004, quando o Brasil atingiu a marca de 10.920 transplantes. Em 2002, foram realizados 7.981 procedimentos.
De janeiro a março deste ano, dados preliminares já apontam um total de 2.500 transplantes em todo o país. O transplante que mais cresceu foi o de córnea, um aumento de 52,6% - de 3.496, em 2002, para 5.335, em 2004. O número de doações também aumentou – de 1.183 em 2003 para 1.408 em 2004 – assim como o total de procedimentos realizados em praticamente todos os estados.
Vinte um estados e o Distrito Federal têm hoje centrais de transplante. As unidades dos estados do Acre, Rondônia e Tocantins estão em fase de implantação. O Ministério da Saúde atribui o crescimento à maior conscientização da população e à participação da sociedade no processo de doação e transplante, além das campanhas para incentivar a doação.
A rede pública de saúde conta com 1.260 equipes médicas e 551 unidades credenciadas para a realização de transplantes. Em 2004, foram destinados R$ 400 milhões para a realização de transplantes de órgãos e tecidos. O valor é 16,61% maior que os R$ 343 milhões gastos no ano anterior. Atualmente, um transplante custa, em média, R$ 35 mil ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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Rodrigo rvssvr Veterano |
# mai/05
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EVENTOS VULCÂNICOS NO BRASIL
A superfície externa do planeta Terra é fragmentada em uma dúzia ou mais de grandes placas de rochas rígidas, as chamadas placas tectônicas, que estão contínuo movimento na superfície terrestre. Uma placa tectônica (também chamada de placa litosférica) é uma grande fatia, maciça e irregular, de rocha sólida, composta pela litosfera continental e/ou oceânica e pela parte superior do manto. As placas litosféricas movem-se umas em relação às outras acima da astenosfera (uma zona mais quente, fluída, próxima do estado de fusão, situada no manto superior) a uma velocidade de alguns centímetros por ano. A maior parte das atividades sísmicas e vulcânicas do nosso planeta estão concentradas e ocorrem ao longo dos limites dessas placas, pois esses são os locais onde as placas interagem entre si, provocando a formação de terremotos e vulcões.
O Brasil está no centro de uma grande placa tectônica, a Placa Sul-Americana, portanto, afastado dos limites dessa placa. O limite leste da Placa Sul-Americana está posicionado no fundo do oceano Atlântico, próximo da metade da distância entre o Brasil e a África, enquanto que o limite oeste fica junto ao litoral oeste da América Latina. O distanciamento dos limites da Placa Sul-Americana é o motivo porque não há vulcões atualmente no Brasil.
Entretanto, no nosso país há diversas evidências de manifestações vulcânicas e subvulcânicas que ocorreram ao longo do tempo geológico, desde episódios acontecidos em um passado muito distante até eventos relativamente recentes. Como o conhecimento geológico no nosso país avançou muito nos últimos tempos, foram descobertos inúmeros locais onde se registraram manifestações vulcânicas, tornando um trabalho muito dispendioso abordar todas elas; assim, destacaremos aqui somente as ocorrências mais importantes. Dividiremos os eventos vulcânicos de acordo com o período geológico que eles ocorreram para uma melhor compreensão do texto. Deste modo, destacam-se no nosso território os eventos vulcânicos no Arqueano, no Proterozóico Inferior, no Proterozóico Superior/Paleozóico Inferior, no Cretáceo Inferior, no Cretáceo Médio, no Cretáceo Superior e no Terciário/Quaternário (Eoceno-Oligoceno, Mioceno-Plioceno e Pleistoceno). As referências bibliográficas utilizadas na confecção do texto estão no final desta página.
Eventos Vulcânicos do Arqueano
As primeiras manifestações vulcânicas encontradas em nosso território datam de aproximadamente 3 bilhões de anos e são encontradas no Estado do Pará, nos municípios de Rio Maria, Xinguara, Redenção e no sul da Serra dos Carajás. Dados geológicos indicam que a atividade vulcânica teve uma extensão bem maior do que a observada atualmente nas rochas do Estado do Pará, se estendendo provavelmente desde o Estado do Mato Grosso até partes dos territórios dos países situados a norte do Brasil (Agência Brasil). Entretanto, devemos levar em consideração que na época da formação dessas rochas, o nosso território como vemos hoje em dia não estava ainda formado, e a posição relativa dessas rochas, hoje no território brasileiro, somente pode ser presumida.
Eventos Vulcânicos do Proterozóico Inferior
Em escala decrescente de tempo, o próximo grande evento vulcânico no nosso país também é encontrado na região norte do nosso país, o vulcanismo Uatumã. Atualmente, esse vulcanismo é entendido como formado por diversos eventos que se estenderam por um período geológico relativamente longo. Esse grande magmatismo tem idades entre 2,2 e 1,7 bilhões de anos e aflora por uma ampla área, cobrindo partes do estados e territórios do Mato Grosso, Amazonas, Pará e Roraima, bem como porções da Venezuela, Guiana e Suriname. Este evento provavelmente corresponde ao início da ruptura do Supercontinente Rodínia (Unrug, 1996 e 1997; Trompette, 1997), cujos fragmentos viriam posteriormente se juntar no final do Proterozóico e formar outro grande Supercontinente (veja no próximo item).
Pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Pará identificaram e localizaram no Estado do Pará (entre os rios Tapajós e Jamanxim) um dos vulcões responsáveis por esses eventos, portanto sendo uma das estruturas vulcânicas mais antiga da Terra. A forma do vulcão atualmente é de uma ampla caldeira, isto é, uma depressão vulcânica com forma de bacia tipicamente formada por abatimento do edifício vulcânico quando da expulsão e esvaziamento da câmara magmática. A idade do vulcão é de aproximadamente 2,0 bilhões de anos (Rede Brasil).
Eventos Vulcânicos do Proterozóico Superior-Paleozóico Inferior
Por volta de 720 milhões de anos atrás, os diversos fragmentos individuais mais antigos fragmentados do Supercontinente Rodínia, começaram a convergir, colidir, aglutinar, iniciando a formação do Supercontinente Gonduana. Esse fenômeno geotectônico é conhecido como Ciclo Orogênico Brasiliano/Pan-Africano e se estendeu até próximo dos 520 milhões de anos. Começava nesse momento a construção do nosso território. Diversas rochas vulcânicas foram formadas durante as fases principais dessa orogenia, entretanto, estas ou foram transformadas em rochas metamórficas devido a mudanças das condições de pressão e temperatura durante a formação dos cinturões montanhosos, ou foram completamente erodidas, restando atualmente só as raízes plutônicas desses arcos magmáticos.
Somente quando as condições de temperatura e pressão diminuíram, já nos estágios tardios da evolução do Ciclo Brasiliano, é que as rochas vulcânicas foram preservadas como tais, sem transformação em rochas metamórficas. Essas rochas vulcânicas são sempre associadas a bacias sedimentares desenvolvidas nos estágios finais da fase de colisão continental. O rápido recobrimento por sedimentos isolou as rochas vulcânicas da erosão, permitindo a sua preservação.
Entre diversas ocorrências nacionais (Itajaí-SC, Campo Alegre-SC, Castro-PR e Jaibaras-CE), no Estado do Rio Grande do Sul destacam-se dois eventos principais associadas à Bacia do Camaquã (uma bacia sedimentar Neo-Proterozóica/Eo-Paleozóica desenvolvida sobre o Escudo Sul-Rio-Grandense): (1) o vulcanismo Hilário (± 600 milhões de anos) situado próximo das cidades de Caçapava do Sul, Lavras do Sul e Vila Nova, constituído por lavas shoshoníticas andesíticas a traquíticas, lamprófiros e rochas hipabissais (Nardi & Lima, 2000), e (2) o vulcanismo Acampamento Velho (± 580 milhões de anos) localizado próximo das cidades de São Gabriel e Dom Pedrito, constituído por rochas vulcânicas alcalinas básicas a ácidas representadas por termos efusivos (lavas), piroclásticos e vulcanoclásticos (Nardi & Lima, 2000; Sommer et al., 1999).
Eventos Vulcânicos do Cretáceo Inferior
Após o término da Orogenia Brasiliana, com o Supercontinente Gonduana já constituído, o território brasileiro passou por uma fase de estabilização durante aproximadamente 300 milhões de anos, com o desenvolvimento de amplas bacias sedimentares intracratônicas (Bacias do Paraná, Parnaíba e Amazônicas) nas quais foram depositadas expressivas sucessões de rochas sedimentares.
Entretanto, no Período Cretáceo Inferior (140-120 milhões de anos) o Supercontinente Gonduana começou a se fragmentar, separando definitivamente a América do Sul, a África, a Antártida, a Índia e a Austrália. A separação do continente sul-americano do continente africano fez surgir entre estes o oceano Atlântico. Deste modo, o limite oriental do nosso país como visto atualmente começou a ser formado apenas nesse período de tempo relativamente recente do ponto de vista geológico.
Com a ruptura, imensas fraturas surgiram, falhas tectônicas mais antigas foram reativadas, grandes áreas foram cobertas por lavas, outras subsidiram e começaram a receber sedimentos provenientes da erosão dos blocos soerguidos (Carneiro & Almeida, 1990). Um magmatismo basáltico de grande proporção afetou todas as bacias sedimentares brasileiras e de países vizinhos (inclusive na África), sendo considerado um dos maiores eventos vulcânicos já ocorrido na Terra.
Na Bacia do Paraná (que inclui parte dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso, além de parte do Uruguai, Argentina e Paraguai na América do Sul e da Namíbia na África) onde a extrusão de lava de composição basáltica teve maiores proporções, derrames emergiram de fraturas profundas e se empilharam sucessivamente formando uma espessura de até 1.700 metros na parte central da bacia (média em torno de 800 metros) e afetando uma área de mais de 1.200.000 km2. Nas demais bacias, esses valores são bem mais modestos, em torno de 400 metros na Bacia do Parnaíba e 700 metros na Bacia Amazônica. Muitas vezes, o magma penetrava ao longo de fendas, formando os chamados diques, ou intrometia-se entre camadas sedimentares, formando soleiras. As rochas basálticas no sul do Brasil e no Uruguai são recobertas por lavas de composição mais ácida (mais rica em sílica) ou intercaladas com elas (Carneiro & Almeida, op. cit.; Roisenberg & Viero, 2000).
Dados radiométricos (Baski et al., 1991; René et al., 1992; Turner et al., 1994; Stewart et al., 1996 apud Roisenberg & Viero, 2000) identificam um intervalo da ordem de 10 milhões de anos para o magmatismo na Bacia do Paraná, com idades entre 138 e 128 milhões de anos, decrescentes de noroeste para sudeste. Esses estudos apontam, ainda, variações da ordem de 1 milhão de anos da base até o topo da pilha em vários perfis da bacia.
O magmatismo da Bacia do Paraná é exuberantemente exposto nos estados do sul do Brasil, principalmente no Parque Nacional dos Aparados da Serra, no litoral de Torres (RS), nas magníficas cataratas de Iguaçú (PR) e nas diversas estradas que percorrem as escarpas da serra gaúcha e catarinense.
Alguns centros alcalinos são encontrados associados ao magmatismo fissural da Bacia do Paraná, podendo ser citado como exemplo o Complexo Alcalino de Anitápolis em Santa Catarina, com uma idade de 129 milhões de anos.
Na região nordeste do Brasil, mais precisamente nos Estados do
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Rodrigo rvssvr Veterano |
# mai/05
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Na região nordeste do Brasil, mais precisamente nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte, esse magmatismo é representado apenas por diques e soleiras de diabásio (Magmatismo Rio Ceará-Mirim) cortando rochas do embasamento cristalino (Almeida, 1986).
Eventos Vulcânicos do Cretáceo Médio
No período Cretáceo Médio (~103 milhões de anos) ocorreu um evento vulcânico na região de Recife, Estado de Pernambuco, denominado de Vulcanismo Ipojuca. Estas rochas possuem quimismo alcalino e constituem derrames, rochas piroclásticas e rochas intrusivas (diques, soleiras e plugs), possivelmente equivalentes a mais de um centro vulcânico e talvez mais de um episódio vulcânico (Almeida et al., 1988). Na região de Itapororoca, no Estado da Paraíba, ocorrem rochas vulcânicas piroclásticas alcalinas, possivelmente correlatas ao Vulcanismo Ipojuca (Almeida et al., 1988). Esse magmatismo está provavelmente relacionado com a tectônica da margem continental brasileira, com a abertura do oceano Atlântico na região nordeste do Brasil.
Eventos Vulcânicos do Cretáceo Superior
Outro período importante de formação de rochas vulcânicas no Brasil ocorreu principalmente no final do período Cretáceo (80-60 milhões de anos) com manifestações tardias no Terciário Inferior (Eoceno). Esse período é marcado por um magmatismo alcalino identificado em várias porções do país, desde o sul até o nordeste. Os edifícios vulcânicos associados a estes corpos alcalinos foram destruídos pela erosão, restando na maioria dos casos somente os seus equivalentes intrusivos ou subvulcânicos (hipabissais).
No sul do Brasil, o magmatismo alcalino se processou ao longo de estruturas soerguidas e falhadas marginais ou transversais aos limites da Bacia do Paraná, ou no interior desta (Almeida, 1986).
No Rio Grande do Sul este grupo de rochas está representado principalmente na região de Piratini-Canguçú por diques e soleiras de olivina-diabásios, chaminés fonolíticas e intrusões de rochas lamprofíricas (Viero et al., 1995). Estas rochas possuem uma idade aproximada de 80 milhões de anos, sendo o magmatismo possivelmente controlado por reativações tectônicas de grandes lineamentos de direção noroeste até leste-oeste (Viero et al., 1995), ou no cruzamento destes com lineamentos nordeste (Almeida, 1986).
Em Santa Catarina, destaca-se o Complexo Alcalino de Lages, com também aproximadamente 80 milhões de anos de idade, onde afloram principalmente os equivalentes plutônicos e diques de rochas subvulcânicas fonolíticas.
Algumas intrusões alcalinas alinhadas ao longo da estrutura soerguida conhecida como Arco de Ponta Grossa nos estados do Paraná e São Paulo permitem pensar também na existência pretérita de centros vulcânicos também nessas regiões.
Na região sudeste do Brasil, o Complexo Alcalino de Poços de Caldas, com cerca de 800 km2, é uma das mais notáveis ocorrências do magmatismo alcalino do final do período Cretáceo no Brasil e talvez do mundo (Almeida, 1986; Carneiro & Almeida, 1990). De formato circular, interpretado como uma grande caldeira vulcânica, situa-se numa zona de encontro de lineamentos e dobramentos antigos, orientados segundo noroeste-nordeste. Rochas vulcânicas são pouco comuns nesse maciço, em razão da erosão da parte superior do edifício vulcânico, expondo atualmente somente os seus equivalentes plutônicos e subvulcânicos. Datações radiométricas indicam uma idade em torno de 80 milhões de anos para o complexo (Almeida, 1986).
Na região da Serra do Mar, no sudeste do Brasil, são numerosos os centros, datados do Cretáceo Superior e Terciário Inferior, de rochas alcalinas (intrusivas, subvulcânicas e vulcânicas). Destacam-se por suas dimensões, os maciços de Itatiaia e Passa-Quatro, Gericinó-Medanha, Rio Bonito, Tinguá, e da Ilha de São Sebastião. Configuram intrusões, possíveis chaminés, muitos diques e excepcionalmente derrames e rochas piroclásticas (Almeida, 1986; Carneiro & Almeida, 1990).
Lavas do período Terciário ocorrem ainda no vale do Paraíba, Cabo Frio, Volta Redonda, São José do Itaboraí, Campo Grande, Nova Iguaçú e na região da baía da Guanabara, no Rio de Janeiro (Almeida, 1986; Carneiro & Almeida, 1990; Gonçales – página da internet atualmente desativada). A gênese desse magmatismo permanece controversa, pois alguns autores apontam para uma origem ligada ao cruzamento de lineamentos tectônicos permitindo a ascensão de corpos magmáticos (Almeida, 1986), enquanto que outros autores apontam para uma gênese ligada a uma pluma mantélica nessa região (Thomaz Filho & Rodrigues, 1999).
Manifestações do magmatismo alcalino do final do período Cretáceo, segundo Almeida (1986), também ocorrem nos Estados de Goiás (Catalão, Caldas Novas e Bom Jardim de Goiás) e no Mato Grosso.
Eventos Vulcânicos do Terciário (Eoceno-Oligoceno)
O vulcanismo básico alcalino manifestou-se na região nordeste do Brasil somente durante o Terciário, principalmente nos Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba e, localmente nos Estados do Ceará e da Bahia. A manifestação mais tardia aconteceu possivelmente por que a formação do oceano Atlântico nessa região ocorreu posteriormente à abertura do oceano na região sul.
As rochas ígneas alcalinas terciárias do Rio Grande do Norte e Paraíba constituem diques, plugs, necks e derrames de lavas. Acham-se dispostos numa faixa orientada aproximadamente noroeste-sudeste, com cerca de 300 km de extensão por 80 km de largura, entre as localidades de Macau (RN) e Queimadas (PB) e nos campos marinhos de Ubarana e Agulha, 40 km de Macau (Almeida et al., 1988). Estas rochas são agrupadas estratigraficamente no Vulcanismo Macau. Datações produziram idades que variam entre 42 e 29 milhões de anos para essas rochas (Eoceno-Oligoceno).
Há poucos quilômetros a sul e sudoeste da cidade de Fortaleza (CE) afloram alguns necks e diques de rochas alcalinas (fonolitos e traquitos) encaixados nas rochas do embasamento cristalino, e alguns raros derrames e rochas piroclásticas. Essas rochas são englobadas no Vulcanismo Messejana, cujas idades radiométricas disponíveis mostram resultados compatíveis com o Vulcanismo Macau (Almeida, 1986; Almeida et al., 1988).
Eventos Vulcânicos do Terciário/Quaternário (Mioceno-Plioceno/Pleistoceno)
No Estado do Rio Grande do Norte, a 7km a oeste da cidade de Lages, destaca-se o Pico do Cabugi, um neck subvulcânico que registra uma das mais jovens manifestações do magmatismo continental no Brasil (Ferreira & Sial, 1999).
O Pico do Cabugi se eleva a 500 metros de altura acima do nível da planície circundante. Consiste de rochas subvulcânicas basálticas a ankaratríticas (rochas ultrabásicas nefelínicas), datadas em 19,7 milhões de anos, no período miocênico (Cordani, 1970 apud Ferreira & Sial, 1999).
Na região de Porto Seguro (Bahia), na praia de Pitinga, espremida entre as falésias da Formação Barreiras (sedimentos) e o mar, afloram rochas vulcânicas basálticas com fascinantes “tubos de lavas” (Klein, 1999). Aparentemente, a rocha vulcânica está intercalada nas rochas sedimentares da formação Barreiras, o que permite estimar uma idade relativa entre o Mioceno (há cerca de 20 milhões de anos) até possivelmente o Plioceno (~2 milhões de anos).
As manifestações vulcânicas mais jovens (miocênicas/pliocênicas/pleistocênicas) no nosso país estão representadas nas ilhas oceânicas Fernando de Noronha, Trindade e Martim Vaz.
As Ilhas Oceânicas
Fernando de Noronha
O arquipélago de Fernando de Noronha consiste de um grupo de pequenas ilhas nas vizinhanças da Ilha de Fernando de Noronha, a principal do arquipélago. Essas ilhas estão situadas a 345 km do litoral nordeste brasileiro e correspondem aos topos de uma montanha vulcânica submersa que se ergue do assoalho oceânico situado em torno de 4.000 metros de profundidade (Gorini & Carvalho, 1984), que faz parte da cadeia homônima desenvolvida numa zona de fraturas oceânicas orientadas na direção leste-oeste (Almeida, 2000a).
Ao longo da Cadeia de Fernando de Noronha em direção à costa do Ceará afloram alinhadas diversas montanhas vulcânicas submarinas arrasadas pelo mar e inteiramente cobertas por recifes de algas e areias calcárias provenientes de organismos marinhos, denominadas de guyot. O Atol das Rocas é um guyot vulcânico dessa cadeia.
Fernando de Noronha é um arquipélago em que rochas vulcânicas e subvulcânicas fortemente alcalinas e subsaturadas são expostas. Representam dois episódios vulcânicos maiores cujos produtos constituem as Formações Remédios e Quixaba. A Formação Remédios, mais antiga, datada do Mioceno Superior (~12 milhões de anos), é constituída por rochas piroclásticas penetradas por domos, plugs e diques fonolíticos e traquíticos e por numerosos diques de variados tipos de rochas alcalinas. Processos erosivos destruíram as rochas vulcânicas desse ciclo, seguindo-se a Formação Quixaba, do Plioceno Superior (~3,3 a 1,7 milhões de anos), por derrames de rochas ultrabásicas nefelínicas (ankaratritos), rochas piroclásticas e raros diques de nefelinito (Almeida, 2000a).
Cessado o vulcanismo no final do Plioceno, seguiu-se um ciclo erosivo que destruiu os aparelhos vulcânicos externos e entalhou a plataforma insular. Com as oscilações pleistocênicas do nível do mar, a plataforma foi coberta por depósitos de areias e cascalhos de praia, recifes de algas calcárias e areias marinhas (Almeida, 2000a).
Trindade
A pequenina ilha da Trindade situa-se no Oceano Atlântico Sul aproximadamente no paralelo de Vitória, Espírito Santo, afastada 1.140 km da costa e a 48 km da ilha de Martim Vaz. É o cume erodido de uma grande montanha vulcânica que faz parte de um lineamento de montes vulcânicos submarinos, o lineamento Vitória-Trindade. Repousa sobre o assoalho oceânico a quase 5.500 m de profundidade (Gorini & Carvalho, 1984; Almeida, 2000b).
Os dados apresentados abaixo sobre a Ilha de Trindade foram obtidos preferencialm
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Rodrigo rvssvr Veterano |
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Os dados apresentados abaixo sobre a Ilha de Trindade foram obtidos preferencialmente do excelente trabalho de Almeida (2000b).
Suas rochas são lavas e intrusões fortemente sódico-alcalinas e subsaturadas em sílica, e piroclastos diversos. A ilha é quase inteiramente constituída de rochas vulcânicas e subvulcânicas formadas entre o final do Plioceno e o Holoceno. É o único local em território brasileiro em que ainda se pode reconhecer parte de um cone vulcânico extinto, o Vulcão do Paredão.
Outros edifícios vulcânicos desse lineamento situados entre Trindade-Martim Vaz e a costa foram inteiramente arrasados pelo mar, nivelados a menos de 100 m de profundidade, constituindo hoje guyots, usualmente chamados bancos, mas as ilhas, talvez por terem sua atividade vulcânica persistido por mais tempo, ainda se elevam acima da superfície oceânica.
Almeida (2000b) distinguiu na Ilha de Trindade cinco episódios vulcânicos: o Complexo de Trindade, a Seqüência Desejado, a Formação Morro Vermelho, a Formação Valado e o Morro do Paredão.
O mais antigo episódio vulcânico é denominado de Complexo de Trindade. Ele é constituído de rochas piroclásticas e intrusivas que se expõem nas vertentes da maior parte da ilha, representando a mais antiga manifestação vulcânica visível acima do nível do mar. São tufos lapilíticos com blocos de rocha tannbuschítica (uma variedade de olivina nefelinito constituída largamente de cristais de piroxênio com pequena quantidade de nefelina e olivina). A maior parte do complexo é formada por piroclastos variados associados ao vulcanismo fonolítico, em camadas inclinadas de até 30º. Na região ocidental da ilha alcança espessura próxima de 400 m. Recortam os piroclastos numerosos diques, sobretudo de nefelinito e fonolito, e também uma gama diversa de rochas alcalinas. Diques de fonolitos da região sudoeste da ilha atingem cerca de 50 m de espessura. Sobressaem no complexo 16 grandes corpos fonolíticos de contornos subcirculares a elípticos representando domos endógenos, plugs e necks com até 400 m de diâmetro no morro do Pico Branco.
A idade mais antiga obtida por para rochas da ilha foi de 3,6 Ma, num dique de rocha ultrabásica em tufos da praia dos Cabritos. As grandes intrusões fonolíticas acusaram idades de 2,3 a 2,9 Ma (Cordani, 1970 apud Almeida, 2000b).
A Seqüência Desejado constitui-se de derrames de fonolito, nefelinito e grazinito (uma variedade de nefelinito fonolítico contendo analcima porém não olivina) com intercalações de piroclastos de composição equivalente, alguns deles de nítida deposição subaquosa mas não marinha. A seqüência chega a alcançar cerca de 400 m de espessura e representa uma atividade vulcânica mista, com a extrusão explosiva de lavas fonolíticas mais viscosas entremeadas com a efusão de derrames mais fluidos de grazinito e nefelinito.
As idades obtidas para os derrames da Seqüência Desejado compreendem-se entre 1,60 e 2,63 Ma (Cordani, 1970 apud Almeida, 2000b).
A Formação Morro Vermelho resulta de uma erupção explosiva com derrames de lava ankaratrítica, uma variedade melanocrática de olivina nefelinito contendo biotita. O vulcanismo manifestou-se no alto vale da região central da ilha, que foi preenchido por espessura superior a 200 m de lavas e piroclastos. Os piroclastos, de estrutura muito variada, resultaram da emissão de magma muito fluido, sobretudo por processo de fontes de lava (fire fountaining). As lavas constituem derrames sucessivos de analcita ankaratrito, sendo vesiculadas e escoriáceas no topo e às vezes na base. Eram, sobretudo do tipo lava em bloco e sua espessura individual varia de menos de 0,5 m até 40 ou 50 m. O centro de emissão dos produtos vulcânicos localizou-se nas proximidades do Morro Vermelho onde há diques de ankaratrito, tendo o vulcanismo se realizado quando o nível do mar se achava mais baixo que o atual, expondo a plataforma.
A Formação Morro Vermelho não seria mais antiga que 170.000 anos. As lavas teriam extravasado durante uma das regressões marinhas universais que acompanharam os estádios da glaciação Würm, entre 115.000 e 11.000 anos atrás (Cordani, 1970 apud Almeida, 2000b).
Os depósitos do grande cone aluvial da Formação Valado intercalam piroclastos e derrames de lava tannbuschítica provenientes de um centro emissivo próximo. Nele ocorrem piroclastos constituídos de corpos discóides lembrando emplastos, filamentos de lava, bombas rotacionais e massas de lava caídas ao solo em estado pastoso, formando aglutinados. A erupção aparentemente se processou a partir de uma fenda situada a meia encosta, paralela à costa atual, em sítio onde existem diversos diques de tannbuschito de estrutura escoriácea. Os cones de talude nas encosta de dois morros fonolíticos encobrem o possível foco. O cone aluvial do Valado já então se achava em formação, atestando a pouca idade do vulcanismo, que por muito novo não pôde ser datado. Tufos horizontais do Valado foram cobertos em discordância angular pelos tufos inclinados do vulcão do Paredão.
O Morro do Paredão, na extremidade oriental da ilha, representa as ruínas de um cone vulcânico extinto que vem sendo destruído pelo mar, mas em que ainda se percebem claros restos da superfície das vertentes originais assim como da borda de sua cratera. Era um pequeno monte formado por piroclastos com poucas intercalações de lava ankaratrítica. O maior volume do morro é formado por tufos lapilíticos contendo blocos, bombas rotacionais e fragmentos de lavas. Formam camadas inclinadas para a periferia no flanco do morro, e para o interior da cratera, onde subsistem localmente. Os derrames de lava escoaram, sobretudo para norte, têm espessura individual de até 2 m, são escoriáceos em sua parte superior e intercalam-se nos piroclastos.
O vulcão surgiu na plataforma insular então parcialmente emersa, como um cone de até 200 m de altura, crescido, sobretudo por processo de fontes de lava (fire fountainig), com magma fortemente carregado de gases, escoando a lava para norte. Teve atividade continuada porém muito breve. Surgiu tardiamente no cimo do grande edifício vulcânico quando seu topo já se achava grandemente erodido para constituir a plataforma insular. É o único resto reconhecível de um vulcão em território brasileiro. Por sua reduzida idade não pode ser datado pelo método K-Ar. Almeida (2000b) recorreu a geomorfologia para estimar sua idade, que parece ser pós-gracial, mas anterior ao chamado ótimo climático, ao qual parece atribuível o mais recente terraço marinho reconhecível na ilha. Teria então idade de uns poucos milhares de anos.
Martim Vaz
As ilhas de Martim Vaz constituem um arquipélago formado de uma ilha principal com 600 metros de largura e 175 metros de altura, e de duas ilhas menores e de alguns rochedos. O arquipélago faz parte do lineamento Vitória-Trindade e situa-se a 48 km de distância da ilha de Trindade. Foram identificadas rochas vulcânicas alcalinas (ankaratrito e hauynito), mas suas idades ainda permanecem incertas (Gorini & Carvalho, 1984), mas provavelmente são similares as idades obtidas em Trindade.
Conclusão
No território brasileiro há vestígios de diversos eventos vulcânicos, desde o Arqueano, passando pelo Proterozóico, pelo Cretáceo-Terciário até tempos mais recentes geologicamente. No nosso território está inclusive um dos maiores eventos vulcânicos da Terra, o vulcanismo mesozóico da Bacia do Paraná. A atividade vulcânica no continente cessou por volta dos 10 milhões de anos, mas nas ilhas oceânicas o vulcanismo se estendeu até tempos geológicos mais recentes, onde na Ilha de Trindade é ainda possível se observar claramente os restos de um edifício vulcânico extinto, o vulcão do Paredão.
Para finalizar essa revisão sobre o vulcanismo no nosso país podemos citar as palavras de Carneiro & Almeida (1990): “Vulcões não temos; mas nosso território os teve, em profusão, e foi, entre outros fatores, por eles conformado”.
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Referências bibliográficas utilizadas na confecção desse texto:
Agência Brasil. http://www.radiobras.gov.br/ct/
de Almeida, F.F.M. 1986. Distribuição regional e relações tectônicas do magmatismo pós-paleozóico no Brasil. Revista Brasileira de Geociências, vol. 16, n°. 4, p. 325 - 349.
de Almeida, F.F.M. 2000a. Arquipélago Fernando de Noronha. In: Schobbenhaus,C.; Campos,D.A.; Queiroz,E.T.; Winge,M.; Berbert-Born,M. (Edit.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Publicado na Internet no endereço http://www.unb.br/ig/sigep/sitio066/sitio066.htm
de Almeida, F.F.M. 2000b. A Ilha de Trindade. In: Schobbenhaus,C.; Campos,D.A.; Queiroz,E.T.; Winge,M.; Berbert-Born,M. (Edit.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Publicado na Internet no endereço http://www.unb.br/ig/sigep/sitio092/sitio092.htm
de Almeida, F.F.M.; Carneiro, C.D.R. Machado Jr., D.L.; Dehira, L.K. 1988. Magmatismo pós-paleozóico no nordeste oriental do Brasil. Revista Brasileira de Geociências, vol. 18, n°. 4, p. 451 - 462.
Carneiro, C.D.R. & de Almeida, F.F.M. 1990. Vulcões do Brasil. Revista Ciência Hoje, vol. 11, n°. 62, p. 28 - 36.
Ferreira, V.P. & Sial, A.N. 1999. O Pico do Cabugi, Rio Grande do Norte. In: Schobbenhaus,C.; Campos,D.A.; Queiroz,E.T.; Winge,M.; Berbert-Born,M. (Edit.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Publicado na Internet no endereço http://www.unb.br/ig/sigep/sitio039/sitio039.htm
Gonçales, L.A.F. Os vulcões do Rio de Janeiro. Página da internet atualmente desativada.
Gorini, M.C. & Carvalho. J.C. 1984. Geologia da margem continental inferior brasileira e do fundo oceânico adjacente. In: Shobbenhaus, C.; Campos, D.A.; Derze, G.R.; Asmus, H.E. (orgs.) Geologia do Brasil, Capítulo XI
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danilo_bass Veterano |
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e eu com isso!?
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Rodrigo rvssvr Veterano |
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danilo_bass
contribua com informações vc tb!
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danilo_bass Veterano |
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11 a cada 10 topicos do OT saum desvirtuados
=P
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Rodrigo rvssvr Veterano |
# mai/05
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INTRODUÇÃO À UFOLOGIA
Perguntas são coisas que vêm constantemente em nosso dia-a-dia, mas muitas delas, infelizmente, não possuem respostas cabíveis. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? O que fazemos aqui? O que existe além dos confins do universo? Isso até hoje continua sendo um mistério que nem os grandes estudiosos do mundo conseguiram desvendar. A Ufologia, ciência que estuda os ufos (do inglês - Unindentified Flying Objects - Objetos Voadores Não identificados) vêm através de forma racional e lógica, tentar explicar algumas dessas perguntas.... Muitos anos se passaram desde que começou o estudo dos UFOs, até hoje, muita coisa já aconteceu, até mesmo foram catalogadas quedas de naves Extraterrestres em nosso planeta (o caso Roswell, por exemplo). O que mais perturba os Ufologistas é que, nunca os fatos são admitidos pelas autoridades Governamentais e Militares. Muitas teorias existem para explicar esse acobertamento por parte das autoridades, imaginem se hoje, por exemplo, fosse anunciada a existência de Extraterrestres visitando, convivendo ou até mesmo mantendo relações com o próprio governo? Isso com certeza provocaria uma imensa desordem na população; talvez pessoas se suicidariam por medo de uma invasão, guerras poderiam se formar pela intolerância religiosa por algumas seitas não aceitarem a existência de vida fora do planeta, etc... Mas, afinal, todos temos o direito de saber a verdade, porque a verdade é de todos e, com certeza, a todos ela diz respeito pois nossas vidas também estão em jogo..... Mas a nossa busca, insaciável pela verdade nunca terá fim, até que toda a verdade seja revelada. Lutem sempre pela verdade, nunca se deixem cair no SISTEMA imposto pelos dominantes do mundo.
By Blump & MaRcIaN0
Leia esse FAQ de um renomado Ufólogo Brasileiro, talvez, um dos maiores do mundo, Claudeir Covo e tire suas próprias conclusões sobre a Ufologia.
O que é a Ufologia?
Ufologia é a área do conhecimento humano que estuda os UFOs. Ela não é reconhecida como ciência pelos órgãos competentes, mas ufólogos do mundo inteiro lutam para isso.
O que é um UFO?
UFO é um objeto físico que se manifesta em nossa atmosfera, com movimentos inteligentes. Vendo o seu comportamento, conseguimos identificar como não sendo nada conhecido, como avião, helicóptero, balão junino, balão de estudos atmosféricos, fenômenos atmosféricos, fenômenos astronômicos, etc..., ou seja, um objeto de origem desconhecida.
O que é um extraterrestre?
Como o próprio nome diz, é um ser que não nasceu na Terra. Assim como a vida surgiu aqui na Terra, os cientistas acreditam que o universo esta cheio de vida, algumas inteligentes. Devido as distancias astronômicas e o atual conhecimento cientifico, os cientistas não acreditam que os seres extraterrestres estejam nos visitando em discos voadores.
Que tipos de extraterrestres existem (classificação)?
A Ufologia classifica os seres extraterrestres em cinco tipos. O tipo ALFA seriam os seres mais atuantes e tem a altura variando entre 1,00 a 1,40 m. São magros, tem cabeça e olhos grandes e não tem pelo no corpo O tipo BETA seriam os seres muito parecidos com os humanos, com altura de 1,70 a 1,90 m. O tipo GAMA são seres gigantescos, com altura acima de 2 metros, podendo chegar ate 4,5 metros. O tipo DELTA são seres animalescos ou robôs. O tipo OMEGA são seres energéticos, os quais não tem corpo físico.
O que é um Contato Imediato?
Contato Imediato é o encontro com o fenômeno UFO. A tradução fiel do inglês deveria ser Contato Inesperado, mas o termo Contato Imediato já foi consagrado aqui no Brasil. Quais são os tipos de Contatos Imediatos que existem? CONTATO IMEDIATO DO PRIMEIRO GRAU é quando vemos o objeto na distancia menor de 200 metros e verificamos que ele é completamente diferente dos nossos objetos aéreos. CONTATO IMEDIATO DO SEGUNDO GRAU é quando o UFO deixa evidencias físicas, tais como, fotos, filmes, marcas no solo, interferências eletromagnéticas, distúrbios na saúde de uma pessoa, radarização, plantas queimadas, etc... CONTATO IMEDIATO DO TERCEIRO GRAU é quando vemos os tripulantes dentro ou fora da nave. CONTATO IMEDIATO DO QUARTO GRAU envolve os casos de abduções. As três primeiras classificações é de autoria do saudoso Papa da Ufologia Joseph Allan Hynek. Depois a Ufologia norte-americana adicionou o QUARTO GRAU. Aqui no Brasil, a Ufologia brasileira acrescentou o CONTATO IMEDIATO DO ZERO GRAU, que envolve avistamentos noturnos distantes, que pelo comportamento, acabamos desconfiando que seja um fenômeno UFO e também o CONTATO IMEDIATO DO QUINTO GRAU, que envolve os contatos telepáticos com seres extraterrestres, sem eles estarem presentes.
O que é uma abdução?
Abdução é quando a pessoa é levada para dentro da nave, e normalmente é submetida a uma serie de exames clínicos. No dicionário temos que abdução é um rapto com violência e sedução. É o que realmente ocorre, ou seja, a pessoa é seduzida a entrar na nave e depois é violentada no seu livre arbítrio. O que é um contatado? Contatado é aquela pessoa que mantém contato telepático com seres extraterrestres. Em 32 anos de pesquisas Ufológicas, cheguei à conclusão que 98% dos contatados estavam em contato com o seu EU INTERIOR, envolvendo também casos de Poltersgainst e contatos com espíritos. Apenas 2% das pessoas que eu pesquisei poderia estar em contato telepáticos com seres extraterrestres. Qual é a diferença entre um abduzido e um contatado? Como já descrito acima, abduzido é aquela pessoa que é levada para dentro da nave e contatado é aquela pessoa que mantém contato telepático com seres extraterrestres. Existe algum órgão Oficial que estuda a Ufologia? Todos os países possuem nas Forcas Armadas órgãos que pesquisam os UFOs. Aqui no Brasil, todas as informações Ufológicas são concentradas no CONDABRA, um órgão da Aeronáutica sediado em Brasília. Normalmente, as informações são sigilosas e restritas a poucas pessoas do meio militar. Atualmente, a Aeronáutica do Chile montou um projeto junto com os civis, para estudarem em conjunto os UFOs.
BY CLAUDEIR COVO
ENTENDA QUAIS SÃO OS TIPOS DE CONTATOS
Os Contatos Imediatos Imprevisíveis e inevitáveis; os contatos imediatos variam do 0 ao 5, na escala dos graus conforme sua intensidade. Não existem privilegiadas, e não há forma de se evitá-los, este contato pode ser visual, físico ou até mesmo telepático; podendo ocorrer em qualquer circunstância com qualquer ser, independendo de suas condições sociais, raciais, culturais ou crença. (*)
* Classificação básica utilizada no território Brasileiro
Contato Imediato de 0o grau: Avistamento de Objetos Voadores Não Identificados a uma grande distância. Geralmente, avistamento noturno de luzes, o mais comum entre os contatos, e fruto de muitas má interpretações.
Contato Imediato de 1o grau: Observação da nave a uma distância de até 200 metros; nestes contatos há uma grande possibilidade de se observar alguns detalhes de sua estrutura externa, ou a percepção de ruídos quando emitidos pelo objeto.
Contato Imediato de 2o grau: Evidências físicas provocadas pela nave, tais como interferências eletromagnéticas causando black out, falha nos sistemas de veículos, bússolas desreguladas e etc., classificam-se neste também, fotografias ou filmagens do objeto.
Contato Imediato de 3o grau: Observação de tripulantes dentro ou fora da nave. São os contatos que mais causam polêmicas devido ao seu impacto; e que terminam em muitas seqüelas nas testemunhas de ordem psicológica.
Contato Imediato de 4o grau: Abdução - a pessoa é "seqüestrada" pelos extraterrestres, por vezes, induzida a ir até o local onde será feita a captura e, dentro do "disco", submetida a uma série de experiências. São muito raros os casos de abdução em que a testemunha tem consciência do ocorrido.
Contato Imediato de 5o grau: Contato telepático sem a presença de naves ou seres. Estes são os casos mais polêmicos, pois muitas pessoas os forjam buscando apenas autopromoção e reconhecimento público. Através de reais contatos de 5o grau que recebemos informações detalhadas e técnicas sobre as civilizações extraterrestres.
ABDUÇÕES
Muitos dos abduzidos dizem estar numa espécie de caverna, a maioria das crianças que somem diariamente no mundo, são vítimas de abdução.
As pessoas abduzidas por naves alienígenas ainda em vôo geralmente dizem sentir, uma forte falta de ar e posterior desmaio, isso é devido ao uso de um raio azul utilizado para levantar a pessoa até a nave, esse raio tira todo o oxigênio da pessoa, inclusive de dentro das células, isso faz a pessoa morrer, quando esta chega à nave, é utilizado um outro raio para repor o oxigênio de volta às células e ao pulmão da pessoa.
Muitas das abduções têm uma natureza cruel. Os abduzidos não conseguem lembrar do que ocorreu dentro da nave, e a que experimento passaram, a não ser em regressão hipnótica. É colocado um tubo no reto do indivíduo e através de sucção é retirada a matéria fecal, para posterior estudo dos processos digestivos, provavelmente para saber o que é melhor digerido, os nutrientes aproveitados.
Os implantes são colocados através do nariz, na parte direita do cérebro, durante a colocação, o indivíduo permanece consciente, mas em estado de paralisia física e mental.
Os Zetas utilizam as pessoas em experimentos genéticos, são capazes de criar réplicas de humanos e libertá-las de volta à Terra, com a mesma consciência da pessoa matriz e mesmas memórias, com pequenas alterações para este ser subserviente à eles.
Eles podem criar réplicas de órgãos humanos e realizar cirurgias de transplante sem sequer abrir a pessoa, através de teletransporte, o mesmo pode ser feito para se colocar implantes maiores no cérebro da pessoa.
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Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A República Federativa do Brasil é o maior e mais populoso país da América do Sul. Suas fronteiras ao norte são com a Venezuela, a Guiana, o Suriname e com o departamento ultramarino francês da Guiana Francesa; tem costas ao nordeste, leste e sudeste no Oceano Atlântico. Ao sul, faz fronteira com o Uruguai; a sudoeste, com a Argentina e o Paraguai; a oeste, com a Bolívia e o Peru e a noroeste, com a Colômbia. Os únicos países do subcontinente sul-americano que não fazem fronteira com o Brasil são Chile e Equador. Além do território continental e ilhas próximas à costa, o Brasil também possui alguns pequenos grupos de ilhas e ilhotas no Atlântico: Penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha e Trindade e Martim Vaz. Há, também, um complexo de pequenas ilhas e corais chamado Atol das Rocas.
República Federativa do Brasil
Bandeira do Brasil Armas Nacionais
(Em detalhe) (Em detalhe)
Lema nacional: Ordem e Progresso
imagem:LocationBrazil.png
Gentílico Brasileiro
Língua oficial Português
Capital Brasília
Maior cidade São Paulo
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Área
- Total
- % água 5º maior
8.511.965 km²
0.65%
População
- Total (2004)
- Densidade
5º mais populoso
182.552.942
20,5/km²
Independência
- Declarada
- Reconhecida
De Portugal
7 de Setembro de 1822
29 de Agosto de 1825
Moeda Real
Fuso horário UTC -2 a -5
Hino nacional Hino Nacional Brasileiro
Código Internet .br
Código telefônico 55
Conteúdo [mostraresconder]
1 História
2 Geografia
2.1 Geologia
3 Tópicos gerais e hinos
4 Política
4.1 Divisões políticas
5 Economia
6 Demografia
6.1 Migrações
7 Cultura
8 Veja também:
9 Referências externas - oficiais
10 Referências externas - não oficiais
11 Mídia Brasileira - Radio Oficial
12 Mídia Brasileira - Jornais
13 Mídia Brasileira - Tvs
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História
Para mais detalhes, veja História do Brasil
Uma parte das Américas povoadas originalmente por ameríndios, sob o ponto de vista do velho continente, o território que hoje corresponde ao Brasil tratava-se apenas de uma estimativa incerta de terras que supostamente teriam sido visitadas pelos navios da coroa portuguesa e que "existentes ou não" na época dos descobrimentos, por mera precaução foram inclusas nos limites do Tratado de Tordesilhas em 1494.
Oficialmente, o descobridor foi Pedro Álvares Cabral, tendo avistado terra a 21 de abril e chegado à atual Porto Seguro (BA) em 22 de Abril de 1500. A ocupação efetiva se deu a partir de 1532, com a fundação da vila de São Vicente, por Martim Afonso de Sousa. Ao longo do século XVI, foi-se ensaiando a escravidão, inicialmente a dos indígenas, e só a partir das últimas décadas a do africano.
O século XVII vê um grande desenvolvimento da agricultura, baseada na escravatura, do tabaco e especialmente cana-de-açúcar. Estas atividades se desenvolvem no Nordeste da colônia, a partir dos núcleos baiano e pernambucano, e mais tardiamente no Rio de Janeiro. As colônias nordestinas foram ocupadas pelos holandeses em 1624 e entre 1630 e 1654.
No século XVIII, ainda que a produção do açúcar não tenha perdido sua importância, as atenções da Coroa se concentravam na região onde se tinha descoberto ouro. Este, entretanto, se esgota antes do final do século.
Após a Independência (7 de setembro de 1822), o Brasil se torna uma monarquia constitucional, mantendo a base de sua economia no trabalho escravo. Este é lentamente substituído pela imigração alemã, italiana e polonesa.
O surto de modernização continua com o fim da escravidão (1888), à época quase dispensável, e da monarquia, no ano seguinte. A República que então se instaura em 15 de novembro de 1889, dominada por oligarquias estaduais que se sustentavam através de eleições "fraudadas", dura até 1930. Nesse ano, Getúlio Vargas comanda uma revolução que o coloca no poder até 1945, incluindo uma ditadura de inspirações fascistas desde 1937.
Após a derrubada de Getúlio Vargas e a promulgação de uma Constituição em 1946, o país vive a fase mais democrática que já experimentara, embora abalada por fatos como o suicídio de Vargas em 1954, presidente eleito desde 1951.
Em janeiro de 1956, tomou posse o novo presidente Juscelino Kubitschek, ex-governador de Minas Gerais, que inicia um período de industrialização do país. Em 1961 assume a presidência da república o populista Jânio Quadros, tendo como vice-presidente João Goulart que não era do mesmo partido (havia eleições para presidente e para vice-presidente, não em uma chapa de presidente e vice-presidente). Com a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961 e após um período de instabilidade política e da campanha que ficou conhecida como "legalidade" patrocinada pelo cunhado de João Goulart, o governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, Goulart assume a presidência e propõe um conjunto de reformas que ficaram conhecidas como as "reformas de base", que incluíam distribuição de renda, reforma agrária e outras medidas de cunho socialista. Inicia-se um período de instabilidade política e atritos entre o governo e os militares conservadores.
O golpe militar de 31 de Março de 1964 derruba Goulart e instaura uma ditadura que coloca no poder o general Castello Branco. Seu governo é sucedido respectivamente pelos militares Arthur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo.
A volta à democracia se inicia após uma maciça movimentação popular na campanha das Diretas-Já em 1984. Em 1985, concorrendo com Paulo Maluf, Tancredo Neves ganha uma eleição indireta no Colégio Eleitoral. Tancredo não chega a tomar posse vindo a falecer e José Sarney toma posse em 1985. Sob o governo de José Sarney, se promulga a Constituição de 1988, que institui uma república presidencial, confirmada em plebiscito em 21 de Abril de 1993.
Em 1990 é eleito Fernando Collor, candidato praticamente desconhecido no país, nas primeiras eleições democráticas para presidente depois de 29 anos.
Após 2 anos o governo sofre com diversas denúncias e é instaurado um processo de afastamento no congresso. Para não sofrer o afastamento Fernando Collor renuncia e seu vice, Itamar Franco, toma posse.
O governo de Itamar Franco introduz o Plano Real, um plano econômico executado pelo então ministro da fazenda, Fernando Henrique Cardoso, plano inédito no mundo e que debelou décadas de inflação.
Com o sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso, tradicional centro-esquerdista, concorre e é eleito presidente em 1994 conseguindo a reeleição em 1998.
Após os oito anos do governo considerado neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, em 2002 é eleito presidente da República o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, do tradicionalmente esquerdista PT.
Alguns analistas políticos de esquerda acusam o presidente Lula de ter usado de retórica quando estava na oposição, vindo a fazer um governo quase neoliberal, que consideram semelhante ao de seu antecessor.
Outros, entretanto, consideram este processo de continuidade e transição gradual um sinal de maturidade do processo democrático brasileiro.
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Geografia
Para mais detalhes, veja Geografia do Brasil
Sua geografia é diversificada, com paisagens semi-áridas, montanhosas, de planície tropical, subtropical, com climas variando do seco sertão nordestino ao chuvoso clima tropical equatorial, ao frio da região sul, com clima subtropical e geadas.
Seu povo é o resultado da miscigenação de diferentes raças e culturas, com influências tanto dos ameríndios, moradores originais do continente, como dos europeus invasores e imigrantes, e dos africanos que foram trazidos como escravos. Além destes, participam também os povos asiáticos, mas de influência mais limitada. A imigração foi incentivada pelo governo no final do século XIX, após a abolição da escravatura, para compor a mão-de-obra que iria trabalhar nas lavouras de café e nas nascentes indústrias. Houve forte fluxo de emigrantes para a região Sudeste (Italianos, Espanhóis, Portuguêses) e para a região Sul (Alemães, Poloneses, Eslavos). Outros surtos imigratórios, causados por fatores externos, trouxeram Judeus, Japoneses e Sul-Americanos em geral.
Esta miscigenação é responsável, em parte, pelo fato do Brasil ser reconhecido como um dos países mais abertos e tolerantes às diferenças culturais. Pessoas das mais diferentes origens, raças e credos convivem lado a lado, sem tensões sociais, contribuindo para uma cultura rica e diversificada.
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Geologia
O Brasil possui terrenos geológicos bastante diversificados, dada sua extensa área territorial. As rochas mais antigas integram áreas de escudo cristalino, representadas pelos crátons: Amazônico, Guianas, São Francisco, Luís Alves/Rio de La Plata, acompanhado por extensas faixas móveis proterozóicas. As áreas de coberturas sedimentares estão representadas por três grandes bacias sedimentares: Bacia Amazônica, Bacia do Paraná e Bacia do Parnaíba, todas apresentando rochas de idade paleozóica.
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Tópicos gerais e hinos
TÓPICOS SOBRE O BRASIL
* Cidadania
* Governo
* Comunicação
* História
* Cultura
* Literatura Brasileira
* Povo
* Economia
* Religiões
* Forças Armadas
* Revoltas
* Geografia
* Transportes
* Governantes
HINOS DO BRASIL
Hino Nacional do Brasil Hino à Bandeira
Hino da Independência Hino da Proclamação da República
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Política
Para mais detalhes, veja Política do Brasil
De acordo com a Constituição de 1988, o Brasil é uma República Federativa Presidencialista, de inspiração estadunidense quanto à forma do Estado. No entanto, o sistema legal brasileiro segue a tradição romano-germânica. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente, eleito quadrienalmente. Concomitantemente às eleições presidenciais, vota-se para o Congresso Nacional, sede do Poder Legislativo, dividido em duas Câmaras: a dos Deputados, que têm mandato de quatro anos, e o Senado, que renova um terço e dois terços de seus membros
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Relatividade geral
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Einstein, autor da teoria da relatividade, em foto tirada em 14 de Março de 1951
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Einstein, autor da teoria da relatividade, em foto tirada em 14 de Março de 1951
Em Física, relatividade geral é a generalização da Teoria da gravitação de Newton publicada em 1915 por Albert Einstein. A nova teoria leva em consideração as idéias descobertas na Relatividade restrita sobre o espaço e o tempo e propõe a generalização do princípio da relatividade do movimento de referenciais em movimento uniforme para a relatividade do movimento mesmo entre referenciais em movimento acelerado. Esta generalização tem implicações profundas no nosso conhecimento do espaço tempo, levando entre outras conclusões à de que a matéria (energia) curva o espaço e o tempo à sua volta. Isto é a gravitação é um efeito da geometria do espaço-tempo.
Conteúdo [mostraresconder]
1 O Princípio da Relatividade geral
2 Introdução
3 A ligação com a geometria
4 Geometria do Espaço-tempo
5 Matemática da Relatividade Geral
6 Soluções da Equação de Einstein
7 Referências
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O Princípio da Relatividade geral
O postulado base da Teoria da Relatividade geral especifica que sistemas acelerados e sistemas submetidos a campos gravitacionais são fisicamente equivalentes. Nas próprias palavras de Einstein em seu trabalho de 1915:
Nós iremos portanto assumir a completa equivalência física entre um campo gravitacional e a correspondente aceleração de um sistema de referência. Esta hipótese estende o princípio da relatividade especial para sistemas de referência uniformemente acelerados.
Por este princípio, uma pessoa em uma sala fechada, acelerada por um foguete com a mesma aceleração que a da gravidade na Terra (9,79m / s2) não poderia descobrir se a força que a prende ao chão tem origem no campo gravitacional terrestre ou se é devida à aceleração da própria sala através do espaço e vice-versa. Um pessoa em uma sala em órbita ou queda livre em direção a um planeta não saberá dizer por observação local se se encontra em órbita de um planeta ou no espaço profundo, longe de qualquer corpo celeste.
Isto implica também, e este é o ponto importante do princípio acima, que a massa que sofre os efeitos do campo gravitacional e a massa que aparece nas leis de movimento de Newton são a mesma constante. Isto pode parecer óbvio a princípio, mas note-se que a massa nas leis de Newton é a que responde a forças gerais e é responsável pela inércia ao movimento. Por isso, é chamada de massa inercial. A outra massa, que aparece na lei da gravitação, se acopla com outras massas gravitacionais para criar a atração gravitacional. Elas não têm que ser a mesma, mas são, e isto é um resultado experimental. O princípio da Relatividade Geral tem, portanto, como conseqüência outro príncipio: o princípio de equivalência entre massa gravitacional e inercial.
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Introdução
Uma das descobertas mais importantes do século XX, feita por Einstein, é a de que podemos apresentar os efeitos da gravitação na forma de uma geometria quadrimensional.
A primeira descoberta nesta direção, feita por Minkowski baseando-se no trabalho de Einstein sobre a Relatividade restrita, foi a de que espaço e tempo são na verdade uma única entidade que chamamos hoje de espaço-tempo.
Das idéias que levaram à Relatividade restrita, sem dúvida a mais importante para se entender o papel da gravitação na Física é a idéia, chamada de princípio de relatividade restrita, de que as leis da física devem ser escritas da mesma forma em referenciais em movimento uniforme relativo. Este princípio deve ser obedecido por qualquer lei da física que pretenda ser uma representação fiel de alguma parcela da realidade.
Einstein supôs que a gravidade, devido ao princípio da equivalência entre massa inercial e gravitacional, seria um tipo de força inercial, isto é, do tipo que aparece em sistemas não inerciais (em movimento acelerado), como por exemplo a força centrífuga em um carrossel.
Com esta idéia em mente e generalizando a idéia da Relatividade restrita, Einstein propôs que:
As leis da física devem ser escritas da mesma forma em qualquer sistema de coordenadas, em movimento uniforme ou não.
É por esta via da invariância sob mudança de coordenadas generalizadas que a gravitação se acopla a todas as outras Teorias da Física.
Este é o conceito mais importante da Teoria. Dizer que uma sala em queda livre, um laboratório em órbita da Terra ou em uma nave no espaço interestelar são referenciais equivalentes pode parecer estranho. Mas nestes referenciais nem você, nem nenhum objeto, está submetido a forças externas. Nem mesmo à força da gravidade. Quando se está em queda livre, não somos puxados pela gravidade, uma vez que no ambiente em queda livre nenhum objeto se move se não for aplicada alguma força sobre ele, e esta é exatamente a definição de um referencial inercial. Chamamos estes ambientes de ambientes de gravidade zero e são muito mais comuns hoje em dia do que se pode imaginar (veja um exemplo de ambiente em gravidade zero no clipe, e no making of, da canção Todo o Universo[1] (http://www.lulusantos.com.br/pages/videos.php) de Lulu Santos, ou se quiser realmente experimentar na pele as idéias desta Teoria veja [2] (http://www.incredible-adventures.com/zero-gravity-usa.html)). Todos estes exemplos devem ser considerados localmente como referenciais inerciais.
Laboratórios em órbita ou em queda livre são o que temos na Terra de mais próximo de um referencial inercial ideal. Portanto, se for necessário realizar um experimento em um local livre de forças externas, há duas opções na Terra: entrar em um avião, subir até algumas dezenas de quilômetros de altura e deixar-se cair em queda livre (dentro de um avião, num voo parabólico, de forma a não sofrer atrito do ar), ou usar uma estação espacial em órbita. O Postulado da Relatividade Geral é exatamente a formulação da idéia de que nestes referenciais, ou em qualquer outro no espaço profundo, longe de quaisquer corpos celestes, as leis da física devem ser as mesmas e devem ser escritas da mesma forma.
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A ligação com a geometria
Como dissemos anteriormente, dentro do postulado da relatividade geral todos os referenciais físicos são localmente equivalentes. Entender por que frisamos o termo localmente é simples. Dissemos que um observador em órbita ou no espaço profundo não tem como decidir por experimentação local se seu referencial é inercial ou não. Mas se permitirmos analisar o espaço ao seu redor é óbvio que diferenças aparecerão. No primeiro caso, o observador, analisando ao seu redor, perceberá rapidamente que está em órbita de algum corpo, pois seu movimento não é retilíneo nem uniforme com relação às estrelas. O segundo poderá concluir que ele está em movimento retilíneo uniforme com relação às estrelas ao fundo.
Geódesica no espaço-tempo de uma partícula parada em um ponto do plano x-y
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Geódesica no espaço-tempo de uma partícula parada em um ponto do plano x-y
O ponto importante é que o movimento natural detectado por um observador difere do observado por outro, apesar de localmente eles concordarem em relação ao tipo de referencial em que se encontram. Esta idéia de movimento natural (que não causa o aparecimento de forças externas no referencial local) é representada matematicamente pelo conceito de geodésica, isto é, a menor distância entre dois pontos em uma geometria qualquer. Por outras palavras, se seu movimento é uma geodésica, localmente seu referencial é inercial e, vice-versa: se localmente seu referencial é inercial seu movimento deverá ser um geodésica.
Podemos concluir, portanto, que, uma vez que as geodésicas são diferentes, as geometrias do espaço-tempo nos dois casos são diferentes. E como o que difere de um caso para o outro é a presença de uma massa próxima, chegamos à conclusão que a diferença na geometria deve ser causada pela massa. Em outras palavras, a massa de um corpo altera a geometria do espaço-tempo ao seu redor. Espaço-tempo aqui é mesmo o conceito da Relatividade restrita onde cada ponto do espaço-tempo é descrito por 4 coordenadas: 3 de posição e uma de tempo. Uma geodésica no espaço-tempo é uma curva especial descrita por estes 4 números.
A idéia importante para se entender a fundo os conceitos básicos da relatividade geral é entender o que significa o movimento de um corpo neste espaço-tempo de 4 dimensões. Não existe movimento espacial sem movimento temporal. Isto é, no espaço-tempo não é possível a um corpo se mover nas dimensões espaciais sem se deslocar no tempo. Mas mesmo quando não nos movemos espacialmente, estamos nos movendo na dimensão temporal (no tempo). Mesmo sentados em nossa cadeira lendo este artigo, estamos nos movendo no tempo, para o futuro. Este movimento é tão válido na geometria do espaço-tempo quanto os que estamos habituados a ver em nosso dia a dia. Portanto, no espaço-tempo estamos sempre em movimento!, e a nossa idéia de estar parado significa apenas que encontramos uma forma de não nos deslocarmos nas direções espaciais mas apenas no tempo (veja o exemplo deste tipo de geodésica na figura ao lado).
Geódesica no espaço-tempo de uma partícula próxima a um corpo material
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Geódesica no espaço-tempo de uma partícula próxima a um corpo material
Imaginemos agora um observador no espaço profundo. Suponha que ele esteja parado, isto é, em um movimento geodésico que é uma linha reta diretamente para o futuro. Se agora colocarmos instantaneamente ao seu lado uma massa suficientemente grande, a deformação que esta massa causará no espaço-tempo em sua vizinhança irá curvar e alterar as coordenadas originais do espaço-tempo no local. O efeito é que aquele movimento que era apenas uma linha reta na direção temporal agora passará a ocorrer também nas novas coordenadas espaciais. A linha se curva e se enrola em torno do corpo enquanto ele se move na direção do tempo futuro. E nosso observador começa a se mover espacialmente devido à distorção da geometria causada pela massa, não devido à presença de uma força. Isto era o efeito que se costuma chamar de gravidade mas que, à luz desta t
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thetrooper Veterano |
# mai/05
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que é isso??
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Flor de Maio Veterano |
# mai/05
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será que tem alguém que leu tudo isso?
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deathmeister Veterano |
# mai/05
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será que tem alguém que leu tudo isso?
eu li
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deathmeister Veterano |
# mai/05
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a primeira linha
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flea fan Veterano |
# mai/05
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O que eu colei eu li quase todo. O de Física, o do Brasil nada.
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LeandroP Moderador |
# mai/05
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mao
80% das estatísticas não servem pra nada.
hehehehe boa!!!!
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Ganon Veterano |
# mai/05
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alguns conselhos de Napoleão sobre política
Curiosamente é possível encontrar até mesmo relendo as notas do General Bonaparte alguns conselhos e comentários que parecem ter sido escritos ontem, diretamente dirigidos a personalidades do meio político da cidade. A primeira nota que chama a atenção por se encaixar perfeitamente na situação é a frase do corso na qual ele assinala: "uma Câmara é excelente para obter do povo aquilo que o rei não pode pedir-lhe".
Não é de se estranhar esta atualidade, Napoleão fala das coisas como elas são, não como deveriam ser. Chega até perto do cinismo quando descreve táticas e estratégias para obter e manter o poder.
Como não ficar chocado quando se ouve o general dizer que "há vícios e virtudes circunstanciais" ou que "os homens são melhor governados por seus vícios que por suas virtudes", ou ainda que "tem-se que derramar desgraças sobre aqueles a quem não se pode conceder mais recompensas".
Contudo a quem vive de perto o mundo da política estas coisas não são nada mais que a constatação dos fatos. O meio político reúne todos os vícios do mundo real, destilados até que neles não sobre o menor vestígio de alguma virtude escondida no meio deles.
Para Napoleão a virtude não é senão um subterfúgio ocasional do velhaco. Diz ele: tão tranquilas são as pessoas honradas e tão ativas as velhacas que amiúde é necessário servir-se das segundas". E ele vai mais longe: "há patifes suficientemente patifes para se portarem como pessoas honestas".
Quanto não há por aí de pessoas que agem segundo o velho imperador sem se darem conta, por mera intuição ou instinto de sobrevivência política!
Um dos alvos preferidos de Napoleão é a democracia. Ao mesmo tempo que Napoleão estendeu reformas jurídicas e institucionais de caráter democrático por toda a Europa, fica claro que estes valores, para ele, não eram mais do que uma bandeira para iludir o povo. Ele mesmo diz que o bom líder é aquele que age para seu povo como um mercador de sonhos. "Um povo só se deixa guiar quando se lhe aponta um aponta um futuro, um chefe é um comerciante de esperanças" diz ele textualmente.
Napoleão crê que os homens estão muito mais dispostos a bater-se pelos seus interesses do que pelos seus direitos. Numa época na qual se fala tanto de cidadania e de direitos a frase continua ainda muito viva. O pequeno caporal triunfou porque foi capaz de mostrar à multidão o quanto cada um, individualmente, poderia ganhar com a mudança do status quo, e não porque refletiu abstratamente sobre os direitos que instauraria.
Outro ponto constante em Napoleão é o desprezo pela qualidade da opinião pública, do senso comum. Ele sabe que ela é poderosa e a manobra com habilidade, mas não confia nem nela, nem naqueles que dizem agir em nome dela. "Os povos devem ser salvos apesar de si mesmos", comenta ele.
Hábil jogador do xadrez político, manipulador de intrigas e conspirações, estas artimanhas o preocupavam e o irritavam permanentemente. Fica claro que Napoleão jamais confiava em quem tinha ao seu lado, mas o tempo todo adverte para o cisma do grupo politicamente dominante com conselhos que bem poderiam ser utilizados pelos articuladores do Balaio de Gatos.
Ele diz, por exemplo, que qualquer agrupamento de interesses muito heterogêneo está condenado a se auto-destruir, assim como avisa que "de cada cem favoritos reais, noventa e cinco foram decapitados".
A intriga, e em especial a intriga palaciana, revoltavam Napoleão que a condena em diversos trechos. Os parlamentos são apontados por Napoleão como ninhos estéreis de intrigas e se propõe a agitar diretamente a população, única atitude daqueles que realmente foram capazes de produzir algum poder transformador.
Além disso ele crê que nos parlamentos e gabinetes há uma verdadeira perseguição a todos que realmente tem algum talento e que os partidos "se debilitam pelo medo que tem das pessoas capacitadas".
"Bem analisada, a liberdade política é uma fábula imaginada pelos governos para embalar seus governados", assinala ele em outro ponto. Infelizmente quase 200 anos depois tem de se admitir o quanto as análises cínicas e frias do corso ainda são procedentes, demonstrando a nossa falha em construir um sistema que realmente configurasse o lema de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" no mundo real e não no vago horizonte de esperanças a ser mercadejadas no balcão do empório de ilusões da política.
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Ganon Veterano |
# mai/05
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A democracia de cada um
Análise do texto Considerações sobre o Governo Representativo de John Stuart Mill
No primeiro Capítulo Mill avalia que há duas grandes formas de entender a política. Uma delas enxerga a política como uma arte na qual a determinação de uma forma de governo depende exclusivamente da escolha dos cidadãos. A outra visão imagina a política como um ramo das Ciências Naturais na qual as formas de governo dependem dos hábitos, costumes, meio geográfico e outros elementos pré-definidos de um determinado povo, portanto a ação humana estaria limitada a encontrar a forma de governo que fosse mais apropriada a uma determinada sociedade.
Mill rejeita as duas hipóteses extremas como absurdas, ponderando que nem é possível às sociedades humanas constituir qualquer forma de governo que lhe aprouver, nem que exista uma forma pré-determinada e que estas formas fossem organismos com vida própria. Segundo ele as duas visões extremas devem-se apenas ao esforço argumentativo dos partidários das duas concepções.
Tentando resolver a questão ele propõe alguns pressupostos. Em primeiro lugar que as instituições políticas são produto da ação humana e ao desejo humano devem sua origem e existência, neste sentido se aproximando dos partidários da primeira posição.
Mas, diz ele, a "máquina política" (Political Machinery) não age por si mesma, mas precisam ser operadas por homens e isto limita o universo de opções possíveis porque requer que um sistema político atenda a três condições:
A população a qual as Instituições Políticas se destinam devem desejar esta forma de governo ou, ao menos, não se opor a ela a ponto desta oposição ser um obstáculo intransponível;
Esta população deve desejar e ser capaz de manter o sistema em funcionamento;
Ela deve desejar e ser capaz de fazer - ou deixar de fazer - o que é necessário para atingir os objetivos.
Segundo Mill, os partidários do que ele chama de Teoria Naturalista da Política tiram as conclusões erradas da incapacidade de se implantar determinadas formas de governo a uma sociedade específica porque não levam em conta estas três condições que limitam o leque de escolhas das instituições políticas.
As formas de governo, uma vez observadas aquelas três condições, seria portanto uma questão de escolha. A procura e debate sobre qual seria a melhor forma de governo de forma abstrata não seria, assim, um exercício falaz, mas um exercício útil do intelecto na medida que este debate pode colaborar para a superação das condições desfavoráveis e desenvolvimento de uma consciência dos cidadãos que permita o atendimento das três condições estabelecidas por ele.
Isto porque embora os usos e costumes de uma determinada sociedade podem impedir a adoção de uma forma de governo, esta não é uma condição permanente porque não deriva, como querem os Naturalistas, do caráter daquele povo, mas do Não preenchimento por estas sociedades das três condições estabelecidas.
Por fim Mill reconhece que há profundas forças sociais que atuam sobre o processo político, algumas das quais baseiam sua força na existência de uma maioria de poder apenas potencial na sociedade. É o debate em torno das instituições políticas possíveis que liberta parte deste potencial porque a persuasão pode mobilizar muito mais forças que os meros interesses materiais mais imediatos.
Mill contesta a suposição popular de que se fosse possível ter um bom déspota então o despotismo seria a melhor forma de governo. Ainda que fosse possível imaginar que existisse um "super-homem" capaz de dar conta da imensa tarefa de gerenciar os assuntos do país d forma satisfatória, tal situação representaria a degradação intelectual e moral do povo.
Um povo ao qual se tirou, à exceção de alguns cidadãos selecionados, a necessidade de pensar ou a responsabilidade por seus atos - afirma Mill - se preocuparia apenas com questões materiais. Esta, ainda de acordo com o autor, não seria uma tendência natural como avaliam aqueles que estudaram as sociedades orientais, mas uma necessidade inerente ao sistema despótico.
Mesmo que se imaginasse uma situação hipotética na qual o déspota permite aos seus súditos que eles discutam livremente as questão relacionadas ao governo, ainda assim ele não passaria de um mestre indulgente e os súditos de escravos aos quais os direitos poderiam ser retirados a qualquer momento. Esta situação hipotética produziria uma tal tensão política e social que, assevera Mill, o bom despotismo acabaria por ser sucedido por um "mau despotismo".
A única exceção, ou seja, a única situação na qual a ditadura seria admissível - ainda assim por um curto espaço de tempo - seria uma situação de emergência tal na qual esta medida extrema seria necessária para reestabelecer a liberdade pela remoção dos obstáculos a ela numa sociedade.
Assim ele crê que o "bom despotismo" - que ele considera uma contradição em termos - pode ser ainda mais prejudicial a uma sociedade avançada que o "mau despotismo" porque consome as esperanças e energias deste povo.
A forma ideal de governo para Mill seria aquela na qual a soberania está depositada sobre a totalidade da comunidade com cada cidadão não só tendo direito a voz como pelo menos ocasionalmente é chamado a tomar parte diretamente no governo ocupando algum cargo.
Objetivamente a qualidade de um governo poderia ser medida - assevera o autor - pela eficiência com a qual um governo divide internamente as suas tarefas e responsabilidades, ou seja, na "quantidade" de eficiência com a qual ele promove o gerenciamento da distribuição dos negócios da sociedade entre seus membros e qual é o efeito desta distribuição na melhora ou deterioração dos talentos da sociedade.
De uma forma geral a melhor forma de governo para uma determinada sociedade seria, idealmente, aquela na qual se produz a maior quantidade de consequências benéficas imediatas ou posteriores. Um governo completamente popular, diz Mill, seria o único que poderia atender a esta exigência por dois motivos.
O primeiro seria que os direitos e interesses só teriam uma salvaguarda absolutamente segura nas mãos do próprio interessado. O segundo é que a prosperidade geral está diretamente relacionada à quantidade e variedade das energias empenhadas em promovê-la.
Aos que contestam a sua premissa que cada um é o único guardião seguro de seus próprios direitos e interesses, Mill alega que este princípio será válido enquanto o homem continuar a preferir a si mesmo ao invés do outro, aos que estão próximos aos distantes. Uma das consequências, contudo, deste raciocínio é que em oposição aos conservadores ingleses seus contemporâneos ele defende o sufrágio universal, inclusive feminino.
Indo além, ele afirma que é inerente ao ser humano que o patrocínio e proteção dos interesses dos outros seja menos salutar que a construção desta defesa pelas próprias mãos dos interessados. Só pelas próprias mãos dos interessados, crê ele, se é capaz de produzir resultados positivos e duráveis.
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Ganon Veterano |
# mai/05 · Editado por: Ganon
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Ora essa, quem não conhece John Stuart Mill??????
UAHuahUAHuhauAHUahuHAUhauHAUhaU
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Locohawa Veterano |
# mai/05
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Tópico dos posts gigantes?
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flea fan Veterano |
# mai/05
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Ora essa, quem não conhece John Stuart Mill
Eu e mais meia dúzia.
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Ganon Veterano |
# mai/05
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www.textoschatospracaralhomasmuitomuitomuitochatosmesmopradormir.com.b r
flea fan
uAHuahUAHuahUAHuah
você e mais meia dúzia NÃO conhecem?
acho q só esse cara deve conhecer ele mesmo.
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luiz_hbf Veterano |
# mai/05
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Alguém tem algo a dizer sobre Paulo Freire? Estou fazendo um trabalho aqui.
hauehuauheuhauhe
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Domine Veterano |
# ago/05
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PT divulga nota explicando empréstimos
A secretaria de Finanças do PT divulgou na manhã desta sexta-feira uma nota com um levantamento em que informa a situação dos contratos de empréstimos com os bancos Rural e BMG. Ao banco BMG, o partido solicitou empréstimo de R$ 2,4 milhões, no qual foram avalistas o presidente do PT, José Genoino; o então secretário de Finança e Planejamento Delúbio Soares; e o publicitário Marcos Valério.
A nota do partido informou desde o último dia 21 de fevereiro, por meio de um aditamento, Marcos Valério, acusado de ser o responsável pelo pagamento do mensalão, deixou de ser o avalista do contrato. Apenas continuam como avalistas, Genoino e Delúbio.
Como o PT ainda não pagou o empréstimo, o último aditivo de confissão de dívida no valor de R$ 2.901.168 vencerá dia 22 de agosto. De acordo com o texto, o partido garante que até esta data, o pagamento será feito ao banco BMG e também ao publicitário, a quem deve R$ 351.508,20, acrescidos de juros e correção monetária.
A situação do partido no banco Rural é de um empréstimo de R$ 3 milhões feito no dia 14 de maio de 2003. Os avalistas foram Delúbio Soares e Marcos Valério. Na primeira renovação, cuja data não é costa da nota, o empresário mineiro deixou de ser o avalista. Em seu lugar, consta o nome de José Genoino, presidente do PT. Não houve até agora amortização da dívida, que está sendo rolada com renovação trimestral. Até o dia 13 de junho , o valor da dívida total do PT com este contrato era de R$ 6.040 milhões.
A Secretaria de Finanças do PT frisa, na nota, que o partido não pediu qualquer empréstimo ao Banco do Brasil.
'O partido fez um 'leasing' no valor de R$ 20 milhões para a aquisição de computadores e softwares. Os próprios computadores são a garantia do contrato de 'leasing'. O PT também possui com este banco um crédito rotativo de R$ 3,5 milhões', diz a nota.
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slash df Veterano |
# ago/05
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Domine
Vai votar em qual partido?
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