GIRL_ROSSDALE Veterano |
# nov/04
A verdadeira história de Chapéuzinho vermelho...
A primeira história escrita por Perrault era uma história para adulto, O capuz vermelho que acompanha a menina nas versões de Perrault e na dos Grimm, surge como símbolo da cor do sangue, da menstruação, cor da alma, da libido e do coração. O “Lobo Mau” na verdade é a figura de um homem. Só tempos depois os Irmãos Grimm alteraram seu conteúdo erótico e adaptaram às crianças numa época antes do século XVIII, ou seja, antes que a revolução burguesa modificasse o pensamento e o comportamento ocidental, e, portanto, modificasse a história bem mais próxima do que a conhecemos hoje. E aqui vai a verdadeira, contada por camponeses ao redor do fogo em noites de inverno europeu:
“Certo dia, a mãe de uma menina mandou que ela levasse um pouco de pão e de leite para sua avó. Quando a menina ia caminhando pela floresta, um lobo aproximou-se e perguntou-lhe onde ia:
Para a casa da vovó – ela respondeu.
Por que caminho você vai, o dos alfinetes ou o das agulhas?
O das agulhas.
Então o logo seguiu pelo caminho dos alfinetes e chegou primeiro à casa. Matou a avó, despejou seu sangue numa garrafa e cortou sua carne em fatias, colocando tudo numa travessa. Depois, vestiu sua roupa de dormir e ficou deitado na cama, a espera.
Pam, pam !.
Entre, querida.
Olá vovó. Trouxe para a senhora um pouco de pão e leite.
Sirva-se também de alguma coisa. Há carne e vinho na copa.
A menina comeu o que lhe era oferecido e, enquanto o fazia, um gatinho disse:
Menina perdida! Comer a carne e beber o sangue da sua avó!
Depois o lobo disse:
Tire a roupa e deite-se na cama comigo.
Onde ponho o avental?
Jogue no fogo. Você não vai mais precisar dele.
Para cada peça de roupa – corpete, saia, anágua e meias – a menina fazia a mesma pergunta. E cada vez, o lobo respondia:
Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dela.
Quando a menina se deitou na cama, disse:
Ah, vovó! Como você é peluda!
É para me manter mais aquecida, querida.
Ah, vovó! Que ombros largos você tem!
É para carregar melhor a lenha, querida!
(...) Até que ela perguntou:
Ah, vovó! Que dentes grandes você tem!
É para comer melhor você, querida!
E ele a devorou”.
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