The Panic for People Veterano |
# set/04 · Editado por: The Panic for People
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Vestida de Preto
Esta lenda urbana é muito conhecida entre os taxistas do Rio de Janeiro.
Conta-se que um certo dia, um taxista pegou uma passageira em Botafogo, por volta da meia-noite, a moça era muito bonita, toda vestida de preto e pediu para ser levada ao cemitério São João Batista.
Durante todo o percurso, segundo o motorista, a mulher manteve-se muito séria, ao mesmo tempo que se mantinha serena com sua beleza e palidez, não demonstrando nenhum sentimento. No fim do trajeto, o taxista virou-se para avisar o preço da corrida, porém onde estava a moça ??? Havia sumido, repentinamente.
A toca do cavalum
em machico, na madeira, existem umas grutas enormes, onde se diz que o cavalum (demónio) está preso. A lenda diz que foram as forças do bem que aí o aprisionaram depois deste ter tentado destruir o mundo com tempestades. A verdade é que quem vive nas furnas garante que, nas noites mais tenebrosas, é possível ouvir os urros raivosos e desesperados do cavalum, por se sentir prisioneiro.
As unhas do demónio
Há muitos anos, em Ponte de Lima, morreu um escrivão com fama de ter um pacto com o diabo. Toda a população recusou-se a enterrá-lo e acabaram por ser os frades do Convento a fazê-lo. Na noite seguinte ao funeral, à meia-noite, bateram à porta do convento. Era um velho monge bem vestido, mas que escondia sob uma capa uns pés-de-cabra (símbolo do Demónio). O velho cravou as unhas na sepultura do escrivão e arrancou-a. Depois, subiu pelos céus levando o corpo consigo e deixando um vento diabólico...
A Elvira, de Sesimbra
estava obcecada pelo jogo do copo e fazia-o sempre que podia. O copo mexia-se sem truques e chamava sempre um espirito bom, Ate que... eram oito pessoas ao todo e começou a sessão. Um deles começou a invocar os espíritos com os olhos fechados, enquanto dizia: "Espírito, estás aí?" .O copo mexeu-se e perguntaram-lhe quem era. O copo dirigiu-se para a Elvira e quase lhe tocou. Respondeu que era o seu espírito vivo, Pediram-lhe para se manifestar. Uma estranha sensação percorreu o corpo da elvira. O copo mexeu-se muito rápido e foi da letra "e" á "n", depois á "j"... Antes que terminasse a palavra que acabou por ser "enjoada" a elvira estava deitada no chão. Tinha se sentido enjoada e caído... Não voltou a fazer espiritismo...
A Sónia, de Braga
foi passar dois dias com três amigos à aldeia de um deles e ficaram na casa do padre. A casa era um bocado sinistra, mas como não pagavam decidiram lá ficar. Antes da Sónia se deitar ouviu um amigo a tossir na casa de banho. Meia hora depois estava tudo em silêncio, mas ele não saía da casa-de-banho. A Sónia avisou o namorado e , quando abriram a porta da casa-de-banho, não estava lá ninguém...Foram ao outro quarto e os outros amigos juraram que não tinham saído dali... Foi então que ouviram a tosse outra vez! Mas não havia mais ninguém em casa! Saíram dali a correr!...
O Gato Negro da Meia-Noite
Durante uma noite inteira de inverno, erma e sombria, caminhava eu pelas ruas da cidade sem vida. O véu negro da escuridão noturna cobria os céus, mas não a lua, que iluminava o caminho. Pensamentos tristes oprimiam-me o espírito, juntamente com a solidão sepulcral da noite profunda. O silêncio parecia eterno, quando o ressoar dos sinos chegaram-me aos ouvidos, anunciando a meia-noite. No mesmo instante, revelou-se ao meu lado o vulto negro de um gato. Enorme, de soleníssima beleza, com pêlo negro brilhante ao luar, veio à mim fazer companhia. Olhava-me ele com olhos brilhantes, parecendo lançar-me um feitiço, parecendo querer se apossar de meu espírito e de meus sentimentos mais obscuros. Caminhava ele em passos lentos, como eu. Caminhava ele em imortal solidão. Seguia-me os passos, ele, o lúgubre gato, em uma caminhada incessante, que muito me irritava o espírito só. Assim, continuei caminhando e, assim, continuou vagando o gato durante horas, como eu. Até certo ponto em que me cansei daquela companhia monótona. Retirei um canivete que trago comigo no bolso; em seguida, ergui o gato com uma das mãos e cravei-lhe minha arma em seu coração; este caiu morto no chão. Como eu.
A Cova
Há muitos anos atrás, um grupo de amigos em Ouro Preto - MG, resolveu fazer uma aposta; entrar a meia-noite numa cova aberta em um cemitério. Todos os cinco entraram, mas o último, ao sair da cova gritou de horror... alguém o segurava e o puxava para dentro da cova. Apavorados, os outros quatro fugiram. No dia seguinte encontraram um jovem de mais ou menos 25 anos, com os cabelos totalmente grisalhos, e expressão de horror, morto, dentro da cova aberta e vazia. Na sua calça jeans estava agarrado um pedaço de raiz, que o prendeu, e o matou de susto...
A Maldição da Vida Eterna
Sentado sobre a fria lápide daquele túmulo, no cemitério, durante a fria noite de outono, o Demônio, diante de mim, contou-me a seguinte história. "Logo após existir o Céu e o Inferno, presenciei a vida do homem sob a Terra, desde os tempos mais remotos e imemoriais, ele -- o homem --, buscou de várias maneiras, com feitiços e poções milagrosas, a dádiva da Vida Eterna, que até hoje, nunca fora alcançada por qualquer mortal. Dádiva que somente Deus e Eu -- o próprio Demônio -- podemos conceder-lhe tal poder." "Certa meia-noite, um homem veio à mim, pediu-me com toda cordialidade que lhe desse o poder da Vida Eterna. Em troca de tal, ele me daria sua alma. Certos segundos, permaneci calado, espantado. Nenhum ser mortal, em toda minha longínqua vida, me fez tal proposta. Quando a aceitei. O pacto estava feito, sua alma em troca do imortal poder. Quando o homem me falou: - Como o Demônio é idiota! Vou lhe enfrentar, e jamais morrerei. Serei o verdadeiro Demônio, serei mais perverso e mal que você! Após tantas injúrias, nada fiz. Pois minha vingança seria, lenta, eterna, e mais perversa do que ele poderia imaginar" "Certo dia, quando este mesmo homem passava pelas ruas da cidade moderna, fiz com que um caminhão o atropelasse violentamente. O homem, estendido no asfalto quente, com as costelas esmagadas, os braços quebrados, encharcado pelo sangue que lhe jorrava pelas veias dilatadas e pelos brutais ferimentos, ainda se mexia. Realmente ele tinha o poder da Vida Eterna. Ao se levantar grotescamente do chão, já cercado por inúmeros, espantados e curiosos mortais, o homem começou a caminhar sem rumo, sendo rejeitado por todos que cruzavam-lhe o caminho. Sangue brotava de feridas abertas que lhe predominavam a pele, apresentando a todos um aspecto extremamente horrendo, sem poder sequer falar, apenas gemer em agonizante dor. Até parecia ser coisa do Demônio, sussuravam baixo os mortais curiosos, rejeitado por todos, coberto pelo próprio sangue, o homem sofria, eternamente em profunda dor, mas sem morrer jamais."
As Criaturas da Noite
Isto aconteceu mais ou menos em 69, um vizinho meu que era muito estranho, diziam que ele se chamava José Goé, tinha mais ou menos uns 97 anos. Tinham dois filhos que eram muito estranhos também e nunca saia de casa para nada, inclusive não sei o que comiam, pois não iam a padaria. A única vez que os vi, os 3 estavam saindo de casa uma madrugada às 3:30 Hs, eu estava chegando da noite e por acaso encontrei as figuras horripilantes - no bairro eu conto, mas eles duvidam de mim - Estavam com a boca suja de sangue e os olhos arregalados como se fossem verdadeiros zumbis. Não parei o carro e continuei seguindo em alta velocidade. Fiquei desnorteado ao ver aquilo e corri em direção a um posto policial que ficava mais ou menos a uns 3 Km do local. Em uma certa travessia parei para fazer o cruzamento de uma avenida quando os 3 apareceram ao lado de meu carro no vidro (já estava longe deles, como chegaram até lá?!). Aí sim vi de perto, não podia acreditar no que via. Tinham presas iguais a de lobos, as quais deviam estar sedentas para sugar minha artéria. Disparei em alta velocidade e continuei sem parar em lugar algum. Quando cheguei no posto policial só havia um guarda, que me informou que haviam acabado de receber um chamado muito estranho de que tinham encontrado um rapaz morto, sem nenhuma gota de sangue em seu corpo e que estava até transparente. Contei o fato que tinha acontecido comigo e ele hesitou em acreditar. Me acompanhou até minha casa e mostrei a casa do vizinho. No outro dia foram fazer uma vistoria na casa e... para minha surpresa e a de vocês, não havia ninguém e muito menos móveis e nem vestígios de que passou alguém por alí há muito tempo. Quem seriam as terríveis criaturas com quem me deparei?
Lobisomem
No ano passado na localidade de Baixa Grande, zona rural de Campos dos Goitacazes / RJ o vigia da Usina Baixa Grande matou com um tiro certeiro um enorme animal que rondava a usina. Com medo do animal ainda estar vivo, não se aproximou e chamou um PM que estava de plantão num posto policial próximo. Qual a surpresa ao descobrir que o enorme animal nada mais era que um morador do local de 68 anos, um cidadão que morava numa casa a muitos anos, um sujeito esquisito e de pouca conversa. Esse fato além de verdadeiro tem algo assustador... o Policial afirma que ao chegar no local ainda viu as mãos do Lobisomem voltando a forma natural de homem e mais... com vários depoimentos tornados no local de pessoas que juram ter visto por anos a presença de tal entidade. As autoridades arquivaram o caso pois ficou "comprovado" que o vigia havia matado um Lobisomem.
Morto de olhos abertos
Alguns anos atrás saiu no FANTÁSTICO. Em uma cidade do nordeste morreu um pai de família muito querido. A viúva mandou chamar a única fotógrafa da cidade para tirar fotos do morto para poder colocar no cemitério. A fotógrafa ao chegar ao velório viu o morto dentro do caixão e começou a fotografá-lo. Para seu espanto, toda vez que olhava pelo visor da máquina fotográfica, via o morto olhando para ela com os olhos abertos. Quando tirava a máquina fotográfica de sua frente, olhava para o morto e o via com olhos fechados. Várias fotos foram tiradas e, quando reveladas mostraram que realmente o morto a via com os olhos abertos.
A Bruxa de Gwrach
O significado do nome Gwrach-y-rhibyn, literalmente é "Bruxa da Bruma" mas é mais comumente chamada de "Bruxa da Baba". Dizem que parece com uma velha horrenda, toda desgrenhada, de nariz adunco, olhos penetrantes e dentes semelhantes a presas. De braços compridos e dedos com longas garras, tem na corcunda duas asas negras escamosas, coriáceas como a de um morcego. Por mais diferente que ela seja da adorável banshee irlandesa, a Bruxa da Baba do País de Gales lamenta e chora quando cumpre funções semelhantes, prevendo a morte. Acredita-se que a medonha aparição sirva de emissária principalmente às antigas famílias galesas. Alguns habitantes de Gales até dizem ter visto a cara dessa górgona; outros conhecem a velha agourenta apenas por marcas de garras nas janelas ou por um bater de asas, grandes demais para pertencer a um pássaro. Uma antiga família que teria sido assombrada pela Gwrach-y-rhibyn foi a dos Stardling, do sul de Gales. Por setecentos anos, até meados do século XVIII, os Stardling acuparam o Castelo de São Donato, no litoral de Glamorgan. A família acabou por perder a propriedade, mas parece que a Bruxa da Baba continuou associando São Donato aos Stardling. Uma noite, um hóspede do Castelo acordou com o som de uma mulher se lamuriando e gemendo abaixo de sua janela. Olhou para fora, mas a escuridão envolvia tudo. Em seguida ouviu o bater de asas imensas. Os misteriosos sons assustaram tanto o visitante que este voltou para cama, não sem antes acender uma lâmpada que ficaria acesa até o amanhecer. Na manhã seguinte, indagando se mais alguém havia ouvido tais barulhos, a sua anfitriã confirmou os sons e disse que seriam de uma Gwrach-y-rhibyn que estava avisando de uma morte na família Stardling. Mesmo sem haver um membro da família morando mais no casarão, a velha bruxa continuava a visitar a casa que um dia fora dos Stardling. Naquele mesmo dia, ficou-se sabendo que o último descendente direto da família estava morto.
A Loira do Banheiro
Esta lenda urbana é muito famosa entre os alunos de escolas da rede pública na cidade de São Paulo. Diz a lenda que uma garota muito bonita de cabelos loiros com aproximadamente 15 anos, sempre planejava maneiras de matar aula. Uma delas era ficar no banheiro da escola esperando o tempo passar. No entando um dia, um acidente terrivel aconteceu. A loira escorregou no piso molhado do banheiro e bateu sua cabeça no chão. Ficou em coma e pouco tempo depois veio a falecer. No fim de tudo isso, a menina não se conformou com seu fim trágico e prematuro, sua alma não quis descansar em paz e passou a assombrar os banheiros das escolas. Muitos alunos juram ter visto a famosa loira do banheiro, pálida e com algodão no nariz para evitar que o sangue escorra.
A Mulher da Noite
..Quando eu era pequena, a minha familia estava aumentando e papai decidiu comprar uma casa maior. Ele acabou encontrando uma que servia para os nossos padões. O preço era barato e logo nos mudamos para la. Nós meninas ganhamos um grande quarto. na primeira noite, quando eu rezava escutei a porta se abrir. Pensei que fosse mamãe, mas não! Era uma mulher desconhecida! Com medo, acordei minhas irmãs. A mulher nos olhava e fazia sinal para que a seguíssemos. Nanci, minha irmã mais nova, não se conteve e começou a chorar. Então, a mulher desapareceu. Mamãe nos tranquilizou dizendo que foi um pesadelo, mas naquela noite não consegui mais dormir. Na noite seguinte, a aparição voltou... mas não acordei as minhas irmãs para não assustá-las. Mesmo com medo, comecei a seguir a mulher pelo caminho que ela indicava. Quando chegamos ao porão, ela apontou para uma das paredes... então, desapareceu novamente. Contei tudo no café da manhã, mas meus pais não ligaram! Ninguém acreditava em mim. Mas, poucos dias depois, minha tinha Ivete teve a mesma visão! Logo, todos na casa viram a mesma mulher, que sempre apontava para o mesmo local. Desconfiado, papai mandou derrubar a parede! Então foi encontrado um esqueleto dentro da parece! Papai chamou imediatamente a polícia! Logo foi preso o antigo dono da casa! Ele era suspeito de ter matado a esposa, mas ninguém podia provar. pois o corpo jamais fora encontrado! Papai resolveu vender a casa! O fantasma não voltou mais, mas mesmo assim ninguém da família queria mais continuar morando lá.
O Dia Da Meia Noite
Numa cidade do interior de Minas Gerais, chamada Ibiá, conta-se um "causo", que segundo os moradores não é ficção, mas sim realidade. Na década de 60, uma enfermeira, filha de criação de um grande fazendeiro, iria se casar. Linda era a senhorita, cabelos negros e longos, pele morena, corpo de violão, rosto de anjo, lábios carnudos e sensuais. (perai... isso é um "causo" ou um anúncio de massagens?) Seu noivo, um rapaz da cidade grande, segundo boatos, estaria mais interessado nas fazendas da família, do que na voluptuosa senhorita. Chegado o grande dia, tudo estava certo: Uma grande festa na fazenda, a capela já estava ornamentada e o padre se preparava tomando "alguns" cálices de vinho. os convidados chegavam aos poucos, e o comentário era que os noivos viajariam para a "Europa" em lua de mel. No grande momento, eis que entra na capela, a linda noiva, deslumbrando beleza e felicidade. Mas o noivo ao vê-la, corre e no meio da capela grita: - "Sinto Muito! Não a amo. E as fazendas do seu pai não são suficientes para comprar esse casamento." Em seguida o noivo foge e a pobre donzela, aos prantos, se tranca em seu quarto. Pela manhã, ao arrombarem a porta, deparam-se com uma cena horrorosa: A noiva, nua, só de véu e grinalda enforcara-se com lençóis. Estava pendurada no lustre do seu quarto. A data do casamento: 20 de Maio. Conta-se que até hoje, nesta mesma data, à meia noite, a linda noiva aparece, nua, cavalgando pelas ruelas da pequena Ibiá, dando gritos de horror e desespero!
As Flores da Morte
Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. E para todo mundo que ela perguntava se ia morrer, a afirmação era negada. Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas se estivesse próxima sua morte. Certa hora, bate a porta de seu quarto uma mulher e entrega a mãe da moça um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe da Berenice". Nesse meio de tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe av isou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido da filha feito em oração. Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A uníca coisa que a moça conseguiu responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos. A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher entrando ou saindo.
Bruxas
Cristina era uma socióloga respeitada. Especializou-se no estudo da época da inquisição, quando, sob o manto da igreja, pessoas eram queimadas sob acusação de bruxaria. Através de suas pesquisas concluiu que, na maioria das vezes a perseguição era política, os acusados nunca haviam se envolvido com satanismo. Alguns casos pareciam típicos de doentes mentais, que mais deveriam ir para o sanatório que para fogueira. Um caso, contudo, chamou-lhe a atenção: Catarina, uma mulher do século XVII, queimada num povoado do interior, conhecida como a maior das feiticeiras. As lendas que dela se contavam perduravam até os dias atuais, sobre seu poder e maldade. Morrera queimada, jurando vingança. Cristina viajara para a cidade que se desenvolvera perto do antigo povoado onde a bruxa teve seu fim. Verificou que ,apesar dos séculos, as pessoas conheciam histórias sobre ela, havendo inclusive aqueles que jurassem ter visto reunião de demônios comandados por Catarina em um vale próximo. Cristina ia assim juntando material para uma nova tese, sobre o imaginário popular. Algumas coincidências, porém, logo chamaram-lhe a atenção. De tempos em tempos sumiam crianças na região, que nunca eram encontradas. Assim como começavam, os desaparecimentos terminavam. Catarina era considerada culpada, mesmo séculos após ter morrido. O fato é que nunca qualquer pista foi encontrada. Justamente após sua chegada na cidade, crianças começam a sumir, sem deixar vestígios. Havia mais de cinqüenta anos que aquilo não acontecia, portanto não poderia ser a mesma pessoa. Três garotos estavam desaparecidos. Não havia pista alguma, uma testemunha que fosse. Cristina envolveu-se com as investigações. Sentia que, se desvenda-se aquele crime, poderia explicar a estranha influência que aquela lenda exercia sobre a população daquele lugar. Passado algumas semanas nada de novo havia sido descoberto. Das outras crianças não mais foram vistas. O delegado local pensava até em pedir ajuda federal. Cristina não dormia direito, procurando, pela lógica, encontrar uma solução. Um dia a socióloga aparece na delegacia. Não havia dormido a noite anterior. Apesar de cientista tinha uma intuição. Visivelmente alterada, pediu ao delegado que a acompanhasse com alguns policiais. Foram ao local onde, pelos relatos que descobrira, Catarina havia cumprido pena. Era um pequeno vale. Movida por uma força estranha, Cristina, com as mãos escava o sopé de um morro próximo. A terra estava fofa. Os pequenos ossos não demoraram a aparecer. Ao ver tudo aquilo, o rosto de Cristina se transformou. À vista incrédula dos policiais, ela começava a gritar palavras incompreensíveis. Era como se duas almas lutassem por um só corpo. Suas feições iam, aos poucos, se transformando. Ela despiu-se até que, completamente
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