Jarod
Membro Novato
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mar/17
Vamos deixar uma coisa bem clara:
Nunca vou pedir perdão a ninguém por dizer que sou acima da média. E por que não?
Porque seria como pedir perdão a alguém por dizer que sou moreno. Ou por dizer a alguém que tenho o peito tatuado. Ou por dizer a alguém que sou peludo.
Vocês sabem disso melhor do que ninguém. E a prova autoevidente disso é que faz mais de quinze dias que falei isso, e já tinha até esquecido, mas vocês não esqueceram. Passaram esse tempo inteiro remoendo e se ressentindo contra cada palavra minha dita naquela carta.
Recapitulando:
a) Tranquei a faculdade aos 17, entrei nela só com 19, tranquei por mais um ano depois disso, cheguei a cursar 10 cadeiras por semestre, de manhã e de noite, só para não ser jubilado, com rendimento acadêmico de cerca de 90%, e, mesmo assim, já era, antes de terminar a faculdade, pesquisador em nível de PhD. Do primeiro mundo.
b) Trabalhei em sei lá quantos escritórios, e nunca fui demitido de nenhum. Em todos os casos, sempre fui bem avaliado pela chefia, tanto na hora de entrar como na de sair, e sempre fui eu que pedi demissão, porque simplesmente não me sentia confortável com certas práticas e valores.
c) Quase todas as colegas de trabalho que tive deram em cima de mim, principalmente as chefes e as comprometidas. E isso antes de começar a malhar.
d) Sou o único dentre vocês observador o suficiente para perceber que a pornografia tipicamente heterossexual é, em 95% dos casos, puro fingimento -- e, por isso, sempre tive preferência por outras categorias. Não é algo de que exatamente me orgulho, mas é um exemplo válido e pertinente.
Esta é a realidade. Podem chorar o quanto quiserem. Cortem os pulsos. Não dou a mínima para os sentimentos de vocês.
Naquela noite, vocês não queriam que eu abrisse o jogo coisa nenhuma. Vocês queriam me ver humilhado, subjugado, em uma posição subserviente, para aliviar a humilhação -- de vocês, não minha -- de terem caído no meu experimento por anos. O problema é que o plano não funcionou. Nem vai funcionar nunca. É fisicamente impossível a alguém com menos sinapses nervosas subjugar alguém com mais sinapses nervosas.
E a vilã desse filme é você. Foi você quem, se for verdade o que foi dito por outro usuário, cometeu três crimes contra uma pessoa que não cometeu nenhum. Ponto. Não há justificativa para isso, e a prova autoevidente disso é que você jamais tentará justificar racionalmente o que fez. É impossível defender às claras o que foi feito aqui. Tudo que te resta é usar subterfúgios que não convencem nem a ti mesma, quanto mais a mim.
E o motivo de, mesmo sendo algo indefensável, você ter feito mesmo assim é bem simples: você é uma mulher profissionalmente desiludida (segundo você mesma diz) e com baixa autoestima que, a julgar pelo tempo e energia que gasta fazendo joguinhos, vê os relacionamentos amorosos como uma tábua de salvação para a sua existência. O problema é que, mesmo o relacionamento sendo uma tábua de salvação, é impossível a uma mulher tão insegura se sentir confortável com um sujeito tão seguro e cheio de si.
Foi daí que veio a sua motivação para me atacar, mesmo você não tendo o perfil para esse tipo de coisa: puro desespero, puro medo de perder a pessoa que, segundo você mesma disse, tem uma mente deslumbrante e é uma das duas pessoas mais agradáveis que você conhece; foi daí que veio essa necessidade doentia de me controlar e me subjugar.
E a prova autoevidente de que você tem plena consciência do que fez é que você chegou a me propor vir morar no nordeste como compensação pelo que aprontou -- o que eu, obviamente, jamais toparia porque não é compensação e, ao contrário, representaria um risco ainda maior para mim (eu mesmo sou nordestino e não gosto de morar aqui; em seis meses, levaria um chifre). E, mesmo você tendo plena consciência do que fez, recusa-se a admiti-lo às claras.
Por quê? Porque sabe que, se fizer isso, vai ficar desmoralizada para sempre, jamais vai ter moral para olhar na cara da sua vítima, jamais vai recuperar o conceito que ela tinha de você antes disso acontecer e jamais vai ter sobre ela o poder que você queria ter. Consequentemente, a sua tábua de salvação vai perder a maioria dos atrativos que você tinha idealizado -- sim, idealizado -- até agora.
É por isso que você não tem coragem de admitir o óbvio e precisa que a sua vítima se ajoelhe diante de você: você queria ter um relacionamento de música de boy band e, por culpa exclusivamente sua -- sim, exclusivamente sua, ao agir de forma estúpida e inconsequente --, isso não vai mais acontecer. Não vai. E, como você não quer abrir mão dessa fantasia, o único jeito de mantê-la viva é forçar a sua própria vítima a aceitar o absurdo de pedir perdão a você.
Espero que te sirva de lição para os teus próximos relacionamentos. Nenhum homem que tenha os predicados que te interessam jamais vai aceitar o que você fez. Só um idiota aceitaria.
Não, eu não sou o vilão da história. Não fiz nada que justificasse o que foi feito. E jamais direi o contrário.
Deal with it.
All of you.
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