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Mensagem |
fernandesrc91
Membro |
# fev/17
Galera, tenho 25 anos e sou aluno do terceiro período do curso de licenciatura em música com habilitação em piano, da UEMG, aqui de BH. Tenho muita afinidade com a área de artes em geral e estou gostando do curso, apesar de ser bem puxado em alguns momentos.O problema é que tenho também algumas dúvidas sobre a área de atuação do professor de música, me questiono se é uma área estável, se é possível um bom emprego, etc... Ainda tenho impregnada a velha mentalidade de que "música não dá dinheiro".
Ciente disso, fiz o ENEM e esse ano eu fui aprovado em engenharia de controle e automação na UFMG, atrávés do SISU. A área de exatas é digamos, uma afinidade secundária que eu tenho. Não sou também exatamente um gênio em matemática, me daria uns 7/10.
A escolha desse curso foi devido a minha formação original, que é em técnico em informática, tecnólogo em multimídia e computação gráfica 3D. Em algum momento resolvi experimentar fazer faculdade de música, mas a questão do retorno financeiro é um fator que causa insegurança em continuar. Engenharia Seria uma segunda graduação, no caso e um reforço no currículo, já que considero minha atual graduação em produção multimídia bem fraquinha. Poderia também fazer uma pós na minha própria área, mas o mercado para a área não tá muito legal não. Não sei se vale a pena investir.
Na verdade eu estou profissionalmente estagnado, sem saber oq fazer, mas tenho com essas opções: Ir fazer pós, ir pra engenharia, ou insistir em música. Existe a opção de fazer algum outro curso no interior no meio do ano, nesse caso, outra coisa que me atrai bastante seria direito ou psicologia..
Se por um lado, eu posso passar mal em engenharia devido à matemática (que eu até curto, mas não é minha matéria favorita),
Música tem inclusive um outro fator negativo A ênfase excessiva em música erudita. Ajuda muito na questão técnica, mas eu toco mais jazz, blues e MPB.
A ideia atual era fazer música e depois tentar um mestrado em artes ou área relacionada. Eu me formaria em música aos 28 anos. Em engenharia eu entraria agora com 25 e 31, SE eu não tomasse bomba!! SE!!! o que eu não sei se é uma idade normal para um estudante de engenharia e se o mercado já me cortaria pela idade. Além do fato de que a engenharia, assim como todas as áreas, está em crise e não tem mais o status que tinha em outros tempos. É igualmente arriscado. Aos 25 anos, não posso me dar ao luxo de perder mais tempo.
Então galera, oq vcs acham? Música? Engenharia? Pós? Ir fazer direito ou psicologia no interior? Tenho afinidade com artes, humanas e exatas, nessa ordem. Tá osso essa dúvida aqui.
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LeandroP
Moderador |
# fev/17
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fernandesrc91
Me parece que você é uma daquelas pessoas que podem circular livremente entre as ciências humanas e exatas. Acho que nesse caso a paixão deve falar mais alto e evitar futuras frustrações. Se a música num dado momento não atender as suas necessidades financeiras, você pode procurar abrigo em outras áreas do seu conhecimento.
Eu não tenho uma formação superior, mas de qualquer forma me vejo numa situação semelhante. Trabalho com música, tenho bandas, etc., e também trabalho na mecânica (projeto e execução de ferramentas, máquinas, dispositivos, automação industrial). Eu vivo perambulando entre lá e cá, ao sabor das oportunidades.
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One More Red Nightmare
Veterano |
# fev/17
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Reflita sobre a sua decisão de um ano e meio atrás, de ter entrado em música. Quer dizer, se você escolheu esse rumo lá trás então as razões em favor eram mais fortes que as razões contrárias. Essas razões mudaram?
Ter dúvidas sobre o que você está fazendo não quer dizer que você tomou a decisão errada, simplesmente mostra que você tem consciência dos riscos envolvidos, e isso é sempre positivo.
Pense se você não está tendo second thoughts devido a um momento de insegurança; lembre-se que as vezes esses momentos são tão ruins quanto passageiros.
Considere os seguintes pontos:
a) Quais são as suas ambições? Não tem nenhuma, quer ser uma pessoa comum? Quer ficar rico, ser um grande músico? Não sabe o que quer ser? Um bom exercício é pensar em pessoas cuja vida profissional você admira. O que elas fizeram? Você tem condições de fazer o mesmo? Lembre-se que pessoas são e têm condições diferentes. Há que se ponderar o dinheiro, o talento e a dedicação. Isso enseja o próximo ponto.
b) você é dedicado à música? Gosta dela a ponto de estudar por horas? Você acha que pode se tornar um grande músico?
c) Você e sua família. Você tem dinheiro? Sua família? Ela estaria disposta a te manter algum tempo desempregado e bem alimentado em troca de algum tempo a mais de estudo?
Mudar de um plano para outro implica um custo de oportunidade alto, começar tudo do zero costuma ser uma má opção, a menos que a mudança seja justificada.
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LeandroP
Moderador |
# fev/17
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One More Red Nightmare
lembre-se que as vezes esses momentos são tão ruins quanto passageiros.
Verdade!
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Black Fire
Gato OT 2011 |
# fev/17
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Sei lá, na situação atual qualquer uma é garantia de desemprego. Fique com o que gosta.
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Black Fire
Gato OT 2011 |
# fev/17
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Ainda mais controle e automação, com a indústria derretendo 6% ao ano, isso aí vai ter mercado em 2030.
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Amago
Membro Novato |
# fev/17
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Fique em musica e seja feliz
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fernandesrc91
Membro |
# fev/17 · Editado por: fernandesrc91
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Não quero ser rico, apenas gosto de estudar mesmo, mas há de se olhar o lado financeiro da questão também.
Estudo música sim diariamente, gosto disso, mas "grande músico", é meio relativo. Não sei o que isso quer dizer. Na verdade, minha faculdade forma em teoria um "grande professor". Eu tenho mais a mentalidade de dar aula do que de "palco", saca? Não tenho ideia de me tornar um grande virtuoso, odeio essa fritação sem sentido inclusive. Gosto por exemplo de mais melodia e harmonia e menos de velocidade e técnica.
Enfim, estou a cada dia meio que desencanando dessa ideia de fazer engenharia. Nas me sentindo internamente e externamente a fazer algo mais "tradicional".
A questão é que tem uma galera que diz que engenharia após os 25, minha idade atual, é furada, devido a dificuldade em se conseguir um estágio na indústria e consequentemente, experiência profissional. Esse tipo de comentário é meio frustrante e obviamente, deixa a gente com o pé atrás.
Não tenho conhecidos na área de engenharia, seria difícil até conseguir indicação. Ademais, o curso é de 6 anos, pois é noturno. Devido à dificuldade de matérias de cálculo e outras, pode ser que esse tempo se estenda para uns 7,8 facilmente. Em música, tenho a certeza absoluta que não seria reprovado. Tenho mais habilidade com o piano do que com o computador, mas gosto dos dois e essa situação já foi oposta um dia!
Por esse ponto de vista, parece um empreendimento arriscado, qualquer que seja minha opção. Sem falar que o curso de engenharia não é mais aquela garantia de emprego ao se formar, como já foi dito. Esse tempo já foi.
Também estou precisando de correr atrás de exp. profissional. Tenho 25 e ainda não possuo carteira assinada, apenas estágios.
Em música eu formaria com 28 anos e ainda seria possível cursar uma pós graduação na área juntamente com o curso de música, dependendo do horário. A carreira acadêmica pelo menos não possui restrições quanto à idade. Mesmo que eu não cursasse a pós, poderia chegar aos 30 com minhas duas graduações, que são até relacionadas, no sentido de uma abordagem mais midiática e tecnológica da música, e com mestrado em andamento, talvez. Por mais que engenharia pareça mais estável e segura (só pareça, pq pra mim seria literalmente começar do zero mesmo), música me permitiria fazer mais coisas nesse mesmo período de tempo, creio eu.
Tenho exatamente 3 dias para decidir o rumo da minha vida...
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sallqantay
Veterano |
# fev/17 · Editado por: sallqantay
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mas há de se olhar o lado financeiro
comece a ganhar dinheiro com qualquer porra (exceto matar, roubar e/ou mentir), aí tu vai entender o que é o lado financeiro.
sai dessa bolha teorética de suposições, isso faz mal
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Adler3x3
Veterano |
# fev/17
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Primeiro termine o que já começou, se já esta no terceiro ano, continue.
O presente já esta no mundo virtual da internet.
Depois é depois, e ainda tem tempo para fazer uma correção de rumo caso seja necessário.
Mantenho o foco em trabalhar por conta própria, exceto se surgir um concurso público dos bons na área de música.
Trabalhar no setor privado na indústria tá muito complicado, no meio do caminho as pessoas são descartadas.
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