das resoluções da ONU

    Autor Mensagem
    sallqantay
    Veterano
    # abr/16


    dissertem sobre essa ferramenta imperialista

    GO!

    brunohardrocker
    Veterano
    # abr/16
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    É imperialista quando os comuna discorda, é Deus quando os comuna concorda.

    makumbator
    Moderador
    # abr/16
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    O importante mesmo é o poder de veto no conselho de segurança. O resto é perfumaria.

    sallqantay
    Veterano
    # abr/16
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    O importante mesmo é o poder de veto do Penta_blues. O resto é perfumaria.

    Konrad
    Veterano
    # abr/16
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    Importante mesmo é gastar recursos, se meter em uma guerra perdida, expandir o corpo burocrático do Itamaraty ad infinitum, mudar o eixo da política externa e comprometer o futuro econômico de um país que depende do setor externo para tentar um assento permanente ou um Nobel da Paz.

    O resto é bobagem.

    Wade
    Membro Novato
    # abr/16
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    O importante mesmo é comer c...

    ...aviar.

    sallqantay
    Veterano
    # abr/16
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    Konrad
    se meter em uma guerra perdida

    ah, as viúvas do bloco soviético merecem as viúvas do celso furtado

    S2

    Konrad
    Veterano
    # abr/16
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    sallqantay

    Cepal + Lenin + Messianismo do Filho do Brasil

    Edward Blake
    Membro Novato
    # abr/16 · Editado por: Edward Blake
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    A pretensão do Itamaraty a uma vaga permanente no Conselho de Segurança tem seus méritos.

    O Brasil não tem capacidade militar que se equipare à dos membros permanentes; mas isso não quer dizer que não tenha interesse em ter o direito de vetar resoluções militares da ONU (o que renderia ao país pelo menos três vantagens: sabotar a política externa de seus inimigos; defender-se de políticas hostis; aumentar seu poder de barganha, tanto com o primeiro mundo como com o terceiro)

    A ONU é uma organização simbólica, carente de força militar própria, que só existe porque a política externa dos EUA sempre foi baseada no princípio de manter as aparências e de intimidar os inimigos com uma aura dourada de legitimidade democrática. Os políticos americanos só conseguiram fazer seu eleitorado abandonar o isolacionismo histórico do país quando começaram a incorporar em seus discursos a retórica engajada da paz, da amizade entre os povos, da rejeição ao pragmatismo maquiavélico dos estadistas europeus, da necessidade de intervir em outros países para tornar o mundo seguro para a democracia, etc.

    Ou seja, foram os próprios EUA que condenaram a política pragmática e colocaram em si mesmos essa camisa-de-força moral. Então, se hoje o Brasil, mesmo sendo um país fraco do ponto de vista da política pragmática, tenta explorar essa camisa-de-força a seu favor, usando a retórica humanista dos EUA para defender seus próprios interesses, contra os interesses americanos, a culpa é dos próprios americanos, que criaram as regras do jogo, não dos brasileiros por estarem jogando o jogo.

    Idem para a mudança da política comercial brasileira: os americanos não apenas são protecionistas com os produtos primários e secundários do Brasil como ainda têm tentado sabotar sua produtividade (fazendo-o arcar com os mesmos custos trabalhistas que os países do primeiro mundo e engessando seu desenvolvimento tecnológico com regimes internacionais de propriedade intelectual) e o comércio com outros blocos (p. ex., o acordo entre o Mercosul e a UE).

    Considerando que: a) a negociação em Doha foi um fracasso; b) os mercados do terceiro mundo são bem mais receptivos aos produtos brasileiros; c) a Europa e os EUA estão em declínio demográfico; c) a população da África vai dobrar em 30 anos, e as da Ásia e América Latina também continuarão crescendo significativamente; d) a China será a maior economia do mundo nesse interregno; e) todo país é naturalmente protecionista, e mercados não se abrem facilmente, do dia para a noite; investir no comércio com esses países é uma questão de sobrevivência.

    sallqantay
    Veterano
    # abr/16
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    Edward Blake

    Mas esse conselho de segurança não vive sendo atropelado (putin invade Ucrânia, EUA invade Iraque...)?

    EUA ainda nao entrou em declínio demográfico. Vai demorar

    Valeu pelo post, deu para entender melhor a política externa. Eu achava que era somente aquela birra contra hegemônica esquerdopata

    One More Red Nightmare
    Veterano
    # abr/16
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    Uma vez você entrava no OT e saia com um repertório de piadas um pouco melhor. Hoje você sai entendendo um pouco mais de política externa.

    st.efferding
    Membro
    # abr/16
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    Vlog Josefo > Vlog Terú

    Konrad
    Veterano
    # abr/16
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    Edward Blake

    Não dá para discordar de você na forma nem no fundo, mas vindo para o lado da realidade vê-se claramente que a mudança para "sul-sul" se deu muito mais por questões ideológicas do que por razões estratégias (como política pública) de longo prazo.

    Tirando o saldo com a China (que cresceu absurdamente mas em função muito mais dos esforços de lá do que por posicionamento daqui) o resultado desse realinhamento foi marginal.

    Mas claro: eu nunca sei quando você está só exercitando a argumentação aqui ou falando sério. Hahah

    sallqantay
    Veterano
    # abr/16
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    Konrad

    Sul-sul é o novo preto, bee

    o JdM chutou para o longo prazo. No longo prazo vale quase qualquer coisa mesmo

    Edward Blake
    Membro Novato
    # abr/16 · Editado por: Edward Blake
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    Konrad
    a mudança para "sul-sul" se deu muito mais por questões ideológicas do que por razões estratégias

    Motivos não importam em política. O que importa são ações e resultados.

    Mas, de qualquer modo, o PT não criou a cooperação sul-sul; apenas apropriou-se dela, administrou-a com um viés mais partidário (i.e., reduzindo o poder da burocracia do Itamaraty na condução da política externa e fortalecendo o dos assessores do partido, como Marco Aurélio Garcia) e cometeu alguns atos falhos (p. ex., as refinarias da Petrobras na Bolívia, o protecionismo argentino no Mercosul, os médicos cubanos, etc.).

    A cooperação horizontal que se ensina no Itamaraty é uma continuação da política pragmática formulada no regime militar por Geisel e Golbery do Couto e Silva para garantir o acesso ao petróleo árabe após a crise de 73 e buscar mercados alternativos aos EUA e e à Europa (que, também naquela época, eram protecionistas).

    Geisel condenou a ocupação israelense na Palestina e apoiou a descolonização na África para evitar um boicote da OPEP, não para promover uma agenda politicamente correta.

    o resultado desse realinhamento foi marginal.

    Depende do seu termo de comparação.

    Por oito anos, FHC insistiu em priorizar as relações com os EUA: fez concessões em matéria de economia (consenso de Washington), de segurança (regimes de não proliferação nuclear e controle de tecnologia militar), de propriedade intelectual (padrões da OMC) e até de protocolo diplomático (Celso Lafer, o chanceler à época do 11 de setembro, tirou o sapato em aeroportos americanos para revista; e depois ainda sugeriu a participação do Brasil na guerra do Iraque).

    Quantitativamente, tudo que conseguiram com isso foi aumentar em US$ 7 bilhões as exportações para os EUA (e isso durante o boom econômico do governo Clinton). Lula, em oito anos de governo, conseguiu o dobro disso só na África e no Oriente Médio.

    Qualitativamente, a evolução é ainda mais acentuada: FHC duplicou as exportações para os EUA; Lula quadruplicou as exportações para a África e para o Oriente Médio; e, para a China, decuplicou.

    É irrelevante para o Brasil que os EUA tenham um mercado maior ou de maior poder aquisitivo; isso por si só não agrega nada ao comércio do país. O que importa, no curto prazo, é quem tem o mercado mais receptivo (o que não é o caso dos EUA, principalmente depois da crise financeira) e, no longo, quem tem o mercado com maior potencial de crescimento.

    sallqantay
    Veterano
    # abr/16
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    Edward Blake

    Como fica a questão da moeda nisso tudo? O meio de pagamento internacional é o USD, certo? Isso implica em hegemonia do satã do norte ou nem tanto?

    Os BRICS teriam alguma chance contra o USD e o EUR?

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