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Mensagem |
brunohardrocker
Veterano |
# nov/15
Vejo muitos partidarios, estatistas, sociais-democratas e mais para a ponta os assumidos socialistas / comunistas se manifestando sobre os lucros capitalizados e os prejuízos socializados da Vale / Samarco.
Na pratica pode ser isso que acontece mesmo. Afinal estamos falando de Brasil.
Mas numa posição liberal (ou neoliberal como dizem os socys, ou ultraliberal quando estão mais exaltados), não seria de que a empresa se fudesse com os prejuizos? Nada além de arcar com os prejuizos ambientais, patrimoniais e responder criminalmente, logo se viesse a falência, ser simplesmente vendida a preço de banana e NENHUM centavo sairia dos bolsos do pagador de impostos?
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sallqantay
Veterano |
# nov/15
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prejuizos ambiental
Então, é fácil usar esse termo mas muito difícil botar o preço em algo difuso como o meio ambiente. A conta acaba sobrando sim para o agente que absorve esse passivo (estado)
E uma mineradora está coberta de apólices de seguro, na prática esse acidente nao afetaria muito a empresa.
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brunohardrocker
Veterano |
# nov/15
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sallqantay
difícil botar o preço em algo difuso como o meio ambiente.
Não é preço. É recuperar o máximo possivel o dano causado. O valor monetário vai ser apurado depois.
E uma mineradora está coberta de apólices de seguro, na prática esse acidente nao afetaria muito a empresa.
O cenário liberal continuaria sendo aplicado: houve uma troca entre as seguradoras e a empresa para que os prejuízos ambientais e financeiros fossem recuperados. O que não estiver previsto nos contratos, continua no rabo da empresa. A falência da empresa não é desejável, mas pode ser consequencial.
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megiddo
Membro |
# nov/15
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Escreve direito essa porra aí.
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Konrad
Veterano |
# nov/15
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brunohardrocker
Nada além de arcar com os prejuizos ambientais, patrimoniais e responder criminalmente, logo se viesse a falência, ser simplesmente vendida a preço de banana e NENHUM centavo sairia dos bolsos do pagador de impostos?
Não é assim, meu caro. Na verdade a questão é bem mais complexa do que isso. Quando se fala em "centavos saindo" do bolso do pagador de tributos, você está pagando tanto pela Petrobrás (exemplo aleatório) quanto pela Samarco ou Vale. A diferença é a visibilidade desses custos.
Por uma série de motivos, em um ambiente "liberal" ou o que o valha, (em que vivemos, aliás) a empresa pode muito bem absorver um prejuízo operacional como esse - por meio de artifícios contábeis, transferência de resultados entre matriz e filial, captação de recursos de terceiros, recebimento de crédito a taxas atrativas, captação no expetriro, e também o prejuízo reputacional, por meio de ações que visem recuperar a "imagem" da companhia junto ao público sem de fato reparar o prejuízo e danos que causou. Olha os inúmeros exemplos dados pelo setor de petróleo e me diz se algum dano/escândalo foi suficiente para ensejar: a - a falência da empresa e sua compra por outra mais "eficiente"; b - uma grave dano de imagem que prejudicou sobremaneira a dita empresa no mercado.
Ademais, empresas que atuam em ramos com barreiras de entrada alta, como é o caso da exploração de minerais, são grandes buracos negros de recursos sugados da sociedade, de forma direta e indireta, e não são o que eu chamaria de eficientes, do ponto de vista "empresarial". Nesse sentido, a multa que foi aplicada é, quando muito, pífia.
Ainda, essa ideia de que haveria uma espécie de competição depuradora inerente à atividade empresarial que selecionaria os melhores e traria benefícios à sociedade por meio de produtos de melhor qualidade com preços mais baixos, e que a atuação do governo só "atrapalha" os mercados tem que ser vista com um grão de sal: em raríssimas vezes eu vi essa ideia ser provada pela realidade. Com a exceção de alguns mercados pontuais - o de alimentos, em algumas áreas - mercados tendem a trabalhar em níveis subótimos por um longo período de tempo, e a se acomodarem nesse nível.
Obviamente não sou advogado do estatismo, e do centralismo planejador, mas o tal livre mercado (que está implicitamente mencionado na sua postagem) é um ente tão fictício e perigoso quanto o dirigismo centralizador.
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Konrad
Veterano |
# nov/15
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brunohardrocker
Na pratica pode ser isso que acontece mesmo. Afinal estamos falando de Brasil.
Isso é uma característica do sistema. Não do Brasil
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Skider
Veterano |
# nov/15
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Sério... Vocês não imaginam o tamanho da merda. Fui para Valadares neste fds. É comovente a situação do povo, princiapalmente da população ribeirinha.
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brunohardrocker
Veterano |
# nov/15 · Editado por: brunohardrocker
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Konrad
Ok, posso me dar um tempo para absorver e pensar na sua colocação.
Mas e quanto os regulamentos governamentais ao subsolo e o modo com que o governo libera concessões para este ou aquele investidor, não permitindo que a concorrência exista de fato?
Um garimpo aqui no MT acaba de ser tomado pela força nacional. Não acha mais digno um monte de garimpeiros individuais explorarem do que o governo por as mãos na terra e liberar para oligopólios?
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staind
Veterano |
# nov/15
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Sério... Vocês não imaginam o tamanho da merda. Fui para Valadares neste fds. É comovente a situação do povo, princiapalmente da população ribeirinha.
POis é. E a Dilma mais perdida que barata tonta. Veio e nao resolveu nada. Trocou ate nome de Samarco para Sao marcos, pirou na maionese falando que o nome rio doce é sugestivo pq é doce rs
Mas o mais foda é que tao querendo voltar a usa a agua do rio de novo. Devem ter pensado: "O que? vo gastar milhoes cm essa cidade chei de gente e nos devendo ate o cabelo do cu"
Muitos entendedores do assunto tao falando que vai demorar decadas, talvez seculos. Que se beberem essa agua, ainda que "tratada" vao ter cancer futuramente e outras complicaçoes.
È complicado, eu ainda posso comprar agua mineral vinda de fora, e quem nao pode? se fode infelizmente
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sallqantay
Veterano |
# nov/15
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brunohardrocker
Garimpo individual só funciona com ouro ou outra coisa de apto valor. Mineração de coisa de baixo valor só é viável em larga escala (com barreira de entrada como disse o konrad)
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One More Red Nightmare
Veterano |
# nov/15
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falando que o nome rio doce é sugestivo pq é doce rs
é sério? Temos ibagens?
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Konrad
Veterano |
# nov/15
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brunohardrocker
Mas enquanto as aos regulamentos governamentais quanto ao subsolo e o modo com que o governo libera concessões para este ou aquele investidor, não permitindo que a concorrência exista de fato?
Duas coisas devem ser esclarecidas:
A concorrência existe de fato, porém entre poucos habilitados (o que não significa que não exista concorrência; apenas que o resultado talvez seja um pouco mais ineficiente do que os modelos - irreais - pressupõem), devido à natureza altamente técnica e dispendiosa do empreendimento; essa é uma falha esperável (a de haver poucos "concorrentes"), e que deve ser atacada pelo poder Público de forma assertiva, já que tem poder coercitivo e é proprietário (titular) dos ditos recursos. Essa frente de atuação se dá no sentido de estabelecer processo de seleção rigoroso, contraprestação (na forma de entrega de parte da produção, pagamento de tributos em regime "diferenciado", roylaties etc), e, claro, supervisão rigorosa da execução das atividades dos que passaram pelo processo de seleção e receberam a autorização para exploração/pesquisa.
Claro que se há corrupção no processo ou nas fases subsequentes todo o pressuposto se esvai, mas achar que o Mercado (a alternativa proposta) por si só resolveria isso por meio de uma "mão invisível" que ajustaria o bem comum a partir de egoísmos individuais é uma redução.
A atuação do poder público (ativa) deve ser no sentido de atenuar as externalidades que invariavelmente acompanham esse tipo de atividade - poluição, danos ambientais, à saúde dos habitantes (existem n maneiras, no caso de Mariana não me parece ter havido grandes preocupações do Estado quanto a isso, tampouco a sociedade cobrou até que a tragédia fosse consumada) - não necessariamente deve o Poder Público "promover a concorrência" (a não ser dentro dos limites já citados, por meio do devido processo legal).
Ainda, mesmo que a proposta arcar com os prejuízos ambientais, patrimoniais e responder criminalmente, logo se viesse a falência, ser simplesmente vendida a preço de banana e NENHUM centavo sairia dos bolsos do pagador de impostos fosse levada às últimas consequências, eu não vejo como os problemas que a empresa causou (por séculos, talvez) pudessem ser resolvidos sem a participação do contribuinte.
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Viciado em Guarana
Veterano |
# nov/15
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Não acha mais digno um monte de garimpeiros individuais explorarem do que o governo por as mãos na terra e liberar para oligopólios?
Tipo um Serra Pelada?
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sallqantay
Veterano |
# nov/15
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Viciado em Guarana
como funciona a mineração aí na sua quebrada? É tudo na lei do cano?
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Viciado em Guarana
Veterano |
# nov/15
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sallqantay
Quem manda são os índios.
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brunohardrocker
Veterano |
# nov/15
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megiddo
Escreve direito essa porra aí.
Corri o dia todo. Não tive como.
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Pedro_Borges
Veterano |
# nov/15
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Poha! Eu não consigo dissociar esses ambientalistas de algo muito hipócrita. Estão fazendo manifestações e mais manifestações. Interessante observar que todos estão usando peças metálicas: óculos, relógios, fivelas, alguns com pieces... chegaram até aquele local transportado por um grande objeto metálico (ônibus, metrô, carro próprio, moto, bicicleta...). Com certeza nenhum deles abrem mão de ter ou se servir desses objetos.
Ora, se queremos essas facilidades e jamais admitimos voltar aos tempos arcaicos de produção de bens de forma artesanal, então aí precisamos de metal e para ter metal a forma de extração é aquela. Podemos até discutir questões de prevenção, mas não se deve negar que, ao apontarmos o dedo indicador para a mineradora, temos necessariamente que voltar o dedo polegar para nós também.
A culpa por acidentes como esse somos todos nós e devemos assumir que dependemos, e nos confortamos com os produtos advindos desse tipo de exploração. Depois das manifestações, um happy hour com uma cervejinha bem gelada pelo freezer, de preferência que seja daquelas acondicionadas numa latinha.
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Pedro_Borges
Veterano |
# nov/15
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Agora façamos um paralelo entre a situação em Paris e a situação em Mariana-MG.
Em Paris, devido ao tumulto, pessoas necessitando ser transportadas urgente, ora para buscar notícias de seus entes, ora para fugir das áreas de risco, e nesse momento os taxistas da cidade desligaram o taxímetro, e passaram a transportar pessoas nessas condições 'de graça'.
Na região de Mariana, tem faltado água potável e o que fazem os comerciantes? Água mineral que se vendia a R$ 2,00, R$ 2,50, passaram a vender por R$ 10,00, R$ 15,00 e até R$ 30,00, dependendo da escassez do lugar.
Seriam os brasileiros um povo vagabundo?
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One In A Million
Veterano |
# nov/15
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Pedro_Borges
Certo cara, usufruímos dos frutos dos serviços de mineração por aí fora, até consigo entender um pouco seu ponto de vista.
Daí voa lama tóxica pra tudo que é lado, fode um rio inteiro e um monte de gente fica sem água. A culpa é minha que comprei uma lata no mercado mesmo, certinho. Pobre da Vale, vítima da história toda, que sempre pensou no meu conforto.
Barragem não rompe da noite pro dia não. Fizeram o negócio porcamente e negligenciaram a manutenção. Culpa é muito mais deles do que de qualquer um aqui só porque usa um piercing.
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Pedro_Borges
Veterano |
# nov/15 · Editado por: Pedro_Borges
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One In A Million
Sim, concordo com você e não inocentei a mineradora nem tampouco desprezei a ausência de prevenção adequada, mas só faço questão de mostrar que tem certos ativistas que agem como fossem de outro mundo sem dependência alguma deste.
Agora, observe o meu segundo post. A questão da prevenção deverá ser discutida e revista e todos as responsabilidades apuradas, mas o que mais importa, e é o que se mais necessita neste primeiro momento, é a presença de voluntários para levar comida, roupa, água e até cavar cisternas e é essa disposição que não se encontra nesses ativistas.
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sallqantay
Veterano |
# nov/15
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Pedro_Borges
ativistas
ativistas são pessoas loucas que distorcem a realidade para encaixar em suas pautas, não são critério para absolutamente nada, somente para o que nao fazer
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