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Joseph de Maistre Veterano |
# mai/15 · Editado por: Joseph de Maistre
“Muito da carreira de Rodrigues foi preenchido com polêmicas, um estado de coisas que ele frequentemente cortejava e com que até mesmo se deleitava. Chamava sua obra dramatúrgica de ‘teatro do desagradável’ e tinha uma convicção quase messiânica de ser seu dever espelhar as hipocrisias da sociedade e expor o lado negro do coração do público. ‘Nós devemos encher o palco de assassinos, adúlteros, loucos; em suma, devemos disparar uma salva de monstros em direção ao público’, dizia ele. ‘Eles são nossos monstros, dos quais nos libertaremos temporariamente, apenas para enfrentar um novo dia’. De acordo com Paulo Francis, o tema constante de Nelson era simples: ‘os seres humanos são escravos de paixões irresistíveis, consideradas vergonhosas pela sociedade [...] e geralmente punidas [...]. Nelson era, moralmente, um conservador, com talento para retratar emoções abaixo da cintura’.
No início, os conservadores o rotularam de ‘pervertido’, por explorar os tabus sexuais (adultério, homossexualismo, incesto) quase obsessivamente em suas peças, romances e colunas. Contudo, como vários críticos observaram, o teatro e a ficção narrativa de Rodrigues são parte de uma veia profundamente conservadora compartilhada por outros escritores modernistas brasileiros (Raul Pompéia, Octavio de Faria, Lúcio Cardoso, entre outros), uma angústia moral diante da sociedade moderna e das ameaças por ela oferecidas à religiosidade e moral tradicionais: sentiam que a ostentação dos tabus sexuais tradicionais, especialmente, aumentava claramente o sentimento de culpa moral por viver em uma sociedade tida como cada vez mais amoral, onde as antigas hierarquias e tabus estavam sendo ativamente destruídos. Uma ‘angústia pela ordem’, que poderia ser resumida na famosa frase de Rodrigues: ‘toda mulher gosta de apanhar’. Nos anos 60, Rodrigues escreveria que dar espaço à opinião dos jovens equivalia a virar a sociedade de cabeça para baixo e que Betty Friedan deveria ser trancada em um hospício.
Foi precisamente essa consciência implícita da imoralidade das relações sociais existentes que rendeu atritos entre Rodrigues e os demais conservadores: depois de ler Álbum de Família, o poeta Manuel Bandeira, seu amigo íntimo, aconselhou-o a tentar escrever sobre 'gente normal'. No começo dos anos 50, o mito de Nelson Rodrigues como um espantalho pervertido já estava bem estabelecido: o político direitista dissidente Carlos Lacerda comparou trechos da coluna de Rodrigues com o Manifesto do Partido Comunista para ‘provar’ que Rodrigues fazia parte de uma conspiração comunista para subverter os valores familiares; em 1957, um vereador carioca, presente na première da peça Perdoa-me por me traíres, apontou uma arma contra o público em aplausos, por serem permissivos com o que considerava ser uma peça imoral. Na ditadura militar, seu romance O Casamento -- sobre um empresário que, aos poucos, descobre seu amor incestuoso pela filha, na véspera do casamento da mesma -- foi retirado de circulação pela censura estatal, sob a alegação de indecência”.
http://en.wikipedia.org/wiki/Nelson_Rodrigues
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One More Red Nightmare Veterano |
# mai/15
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De onde saiu esse texto?
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sallqantay Veterano |
# mai/15
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Atualmente o luis ponde é que carrega essa tocha. Drama queen in extremis
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Joseph de Maistre Veterano |
# mai/15
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Perdoa-me por me traíres
A fantasia de tio Raul ordena os três atos da peça, em que uma das tragédias cariocas se desenvolve:
- O 1º ato apresenta Glorinha, sua sobrinha, de 16 anos, órfã desde os dois, criada por tio Raul e sua mulher Odete. Glorinha mostra-se dividida entre ser a boa moça, que teme suas próprias ações para responder aos ideais do tio, que controla seus passos, ou se oferecer como objeto a outros homens num bordel, segundo o gozo do mesmo tio Raul: Ser traído por uma mulher. Esta divisão nos indica o aprisionamento de Glorinha na cena deste Outro: ela fica entre seu ideal e seu gozo. Mas vai ao bordel, por curiosidade, onde conhece Madame Luba, a cafetina, que em algum momento lhe diz que poderia ser sua mãe.(Teatro Completo III, pág.87)
- O 2º ato, 14 anos antes, apresenta Gilberto, irmão de Raul, e Judite, pais mortos de Glorinha. Gilberto acusa sua mulher de traição tornando-se agressivo na sua certeza. Judite chama Raul para intervir, quando o próprio Gilberto acaba admitindo que está doente e pede para ser internado. Retorna seis meses depois, quando Raul, após ter mandado vários detetives seguirem Judite, reúne toda a família, com o feroz aval da mãe, e a acusa de traição. Sai então, pela boca de Gilberto o seguinte: - É que Judite não é culpada de nada! E, se traiu o culpado sou eu, culpado de ser traído! Eu, o canalha! (Teatro Completo III, pág.115). Mais adiante, a frase surpreendente e escandalosa: - Perdoa-me por me traíres! (Teatro Completo III, pág.115). Esta frase espanta a todos, que então confirmam o fato de que Gilberto está louco, voltando a ser internado, onde morre. Raul, sem que ninguém testemunhe, mata Judite, com seu próprio consentimento. Culpada, aceita morrer envenenada confessando ter se arrependido do marido, não dos amantes, e suas últimas palavras, ditadas por um pressentimento, quando já agonizava foram: - Minha filha! (Teatro Completo III, pág.117)
http://www.espacopsicanalise.com.br/perdoa_traires.html
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Joseph de Maistre Veterano |
# jun/15
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Up.
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sallqantay Veterano |
# jun/15
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Lavadeira de rio feelings
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Joseph de Maistre Veterano |
# jul/15
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Up para chamar o Nelson Rodrigues de corno, frustrado, ressentido, mano pepa e chupador de pirocas.
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General Patton Membro Novato |
# jul/15
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Pra quem pede perfeição em modelos econometricos:
"Perfeição é coisa de menininha tocadora de piano." Nelson Rodrigues
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sallqantay Veterano |
# jul/15
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"Qualquer indivíduo é mais importante que a via láctea"
Nelson Rodrigues, obviamente se referindo a JdM
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FELIZ NATAL Veterano |
# jul/15
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Quero aproveitar o sucesso do tópico pra divulgar o meu trampo:
http://forum.cifraclub.com.br/forum/14/321854/#9090274
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sallqantay Veterano |
# jul/15
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scrut pira
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Edward Blake Membro Novato |
# nov/15
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General Patton Membro Novato |
# dez/15
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"Eu acho que o jovem só pode ser levado a sério quando estiver velho". 06:21
Mito.
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