Mogens Glistrup: uma história de luta.

Autor Mensagem
Joseph de Maistre
Veterano
# jun/14 · Editado por: Joseph de Maistre


Mogens Glistrup (Rønne, 28 de maio de 1926 – Kongens Lyngby, 2008) foi um advogado, político, parlamentar e militante libertário dinamarquês.

Vida e carreira

Mogens Glistrup era filho do professor Lars Glistrup e sua esposa Ester. Em 1950, casou-se com Lene Svendsen, com quem teve quatro filhos.

Na universidade, estudou direito e, em 1955, passou a exercer a profissão de advogado. De 1956 a 1963, foi docente de direito tributário na Universidade de Copenhague e, após deixar a faculdade, passou a se dedicar integralmente à advocacia, tornando-se dono de um dos maiores escritórios da Dinamarca.

Militância política

Glistrup criou polêmica na sociedade dinamarquesa pela primeira vez no dia 30 de janeiro de 1971, quando, ao ser chamado a participar de um programa de televisão, a princípio para tirar dúvidas do público sobre o imposto de renda, surpreendeu a todos ao declarar em rede nacional que pagar tributos era imoral. Afirmou que os sonegadores eram heróis e que sua conduta era tão patriótica quanto a dos cidadãos que sabotavam as ferrovias do país durante a ocupação nazista, na Segunda Guerra Mundial. Em seguida, exibiu sua própria declaração do imposto de renda, com uma alíquota de zero, e gabou-se de já há vários anos não pagar impostos.

Sua aparição na televisão causou ultraje no Ministério da Fazenda dinamarquês, o que levou, de pronto, o governo a iniciar uma série de investigações acerca de suas atividades financeiras – sem conseguir, contudo, obter sucesso em incriminá-lo. O episódio inteiro serviu apenas para tornar Glistrup conhecido e popular junto à opinião pública e, como resultado, vários partidos tentaram imediatamente recrutá-lo para uma candidatura de deputado ao Parlamento.

Em 22 de agosto de 1972, em uma mesa de restaurante, Glistrup fundou o Partido do Progresso, que passou a ter como principal meta a abolição da chamada “trindade maldita”: o imposto de renda, o excesso de legislação e a burocracia estatal escorchante. Glistrup tinha, particularmente, uma poderosa aversão aos burocratas do funcionalismo público, chamados por ele, jocosamente, de “papas de birô” e “empurradores de papel”.

Uma de suas propostas mais radicais, no entanto, era a abolição das Forças Armadas, que Glistrup desejava substituir por uma secretária eletrônica multilíngue, programada para repetir apenas a gravação: “Nós nos rendemos!”. Isso, segundo ele, pouparia dinheiro e vidas humanas, já que a Dinamarca não era, de todo modo, capaz de se defender contra invasores .

Com tal plataforma, o Partido do Progresso conseguiu obter, nas eleições de 1973, 28 das 175 cadeiras do Parlamento, tornando-se a segunda maior bancada. Nas eleições seguintes, conseguiu se afirmar como uma força alternativa na política dinamarquesa. Na liderança do partido, Glistrup fez o máximo possível para evitar cooperar com o establishment político: até 1989, seu partido votou sistematicamente contra todas as propostas de orçamento apresentadas no Parlamento.

Em razão de suas declarações polêmicas e maniqueístas, Glistrup foi evitado por todos os partidos tradicionais e virtualmente excluído dos trabalhos legislativos.

Decadência

Paralelamente à militância política, Mogens Glistrup continuou a exercer seu ofício de advogado.

Em 1983, as autoridades fiscais finalmente conseguem reunir provas contra o mesmo e este é preso por crime tributário, após ser acusado em juízo de articular uma ampla rede de sonegação envolvendo várias empresas que transferiam dinheiro apenas entre si e conseguiam, desse modo, omitir do fisco as respectivas transações. É condenado a dois anos de prisão, além de multa milionária.

Preso, Glistrup perde o mandato de deputado e a liderança do partido para Pia Kjaersgaard e, após cumprir a pena, acaba por cair no ostracismo político. Sem a influência de antes, é excluído das atividades do partido e permanecerá no mesmo apenas como membro de honra.

Anti-islamismo

No começo dos anos 80, restringir a imigração na Dinamarca tornou-se uma das principais reinvidicações de Glistrup. Seu mote era “Enquanto existirem impostos altos e muçulmanos, teremos algo por que lutar!”.

Foi condenado várias vezes na justiça por fazer comentários preconceituosos sobre muçulmanos: a primeira vez, em 1985, quando disse que todos os muçulmanos eram criados desde o berço para fazer a “guerra santa” contra os infiéis; em 1999, ao ser confrontado em uma entrevista com alegações de racismo, por ter respondido: “Mas é claro que eu sou racista – assim como todos os dinamarqueses de bem. Aqui ou você é racista ou está traindo o seu país” ; em 2005, passou 20 dias na prisão por ter dito que “os seguidores de Maomé vieram para a Dinamarca expulsar os dinamarqueses de sua pátria”.

Fonte.

Joseph de Maistre
Veterano
# jun/14 · Editado por: Joseph de Maistre
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Trechos da entrevista clássica de 1971

Orson Nielsen (Entrevistador): Então toda pessoa física pode, se quiser, se transformar em uma empresa?

Mogens Glistrup: Sim.

Nielsen: Por quê?

Glistrup: Porque, hoje em dia, até mesmo a linha de produção mais prática se dá em um único lugar. Ao invés de cada um de nós fazer nossas próprias calças, ou nossas próprias mesas, ou qualquer outra coisa que nos interesse, a produção de cada bem de consumo é agora, para o bem da sociedade moderna, concentrada em um único lugar: a empresa.

Nielsen: Quanto você ganha cada vez que monta uma pessoa jurídica e a vende para terceiros?

Glistrup: Bem, depende do preço que eu conseguir. Eu tento me condicionar a cobrar o preço que acho que o mercado suportará. Se sinto que a demanda está forte, então cobro mais do que quando acho que estou operando apenas com um preço de entrada.

Nielsen: Você disse que é como possuir uma "maquininha de imprimir dinheiro". É verdade?

Glistrup: Pode-se dizer que sim. Eu posso, digamos, cedinho de madrugada, estar com um cheque de 11.208 ou 11.529 coroas e, no fim da tarde, enviar de volta um cheque de 9.900. É uma maneira linda de se fazer jorrar dinheiro. Mas, como toda forma de comércio, depende do mútuo benefício do vendedor e do comprador.

Nielsen: Todos podem, então, decidir quanto vão pagar de impostos?

Glistrup: Sim, podem. Se quiserem agendar uma consulta após o programa...

Nielsen: Você está dizendo então que, se alguém acha que está pagando impostos demais, basta procurá-lo e você cuidará do problema?

Glistrup: Sim, basta procurar um tributarista. Quando você tem dor de dente, você vai ao dentista. Quando você tem dor de bolso, você vai ao tributarista.

Nielsen: Esse não é um modo imoral de ver as coisas? Nós não deveríamos ser a enfermeira dos nossos concidadãos e pagar nossos impostos com alegria?

Glistrup: Na minha opinião, não. Mas você pode, é claro, ter uma opinião diferente... Algumas pessoas são budistas. Outras, são cristãs. Mas, na minha opinião, imoral é pagar impostos.

Nielsen: Você disse que cada centavo pago em tributos ao Estado é um centavo pago para a ruína do país. Você realmente acredita nisso?

Glistrup: Sim.

Nielsen: Quanto você contribui para a ruína do país?

Glistrup: Eu tento pagar os tributos que me parecem desejáveis. Não estou com os dados aqui em mãos, mas definitivamente tenho motivos para elogiar as pessoas que pagam menos impostos e condenar aquelas que pagam mais. Pode-se dizer que ser um sonegador é uma atividade perigosa, pois o risco de tomar um cassetete na cabeça é enorme. Mas, atualmente, a sonegação é algo análogo à sabotagem de ferrovias durante a ocupação: é um trabalho perigoso, mas um serviço útil prestado à Pátria.

Joseph de Maistre
Veterano
# jun/14 · Editado por: Joseph de Maistre
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Essa é uma das razões pelas quais eu não tenho mais nenhuma intenção de morar na Europa. Lá, a guerra já está perdida.

Os politicamente corretos assumiram o controle do governo, da cultura e da sociedade como um todo; e, como não vão deixar filho nenhum para passar a peteca, são, naturalmente, seus queridos protegidos muçulmanos que vão herdá-la dentro de algumas décadas.

Até mesmo na CDU (Christlich Demokratische Union, o partido democrata-cristão da Alemanha), já existem candidatos islâmicos começando a usar o logotipo do partido com uma lua crescente em cima: http://jungefreiheit.de/politik/deutschland/2014/cdu-distanziert-sich- von-wahlwerbung-mit-halbmond/.

Para bem ou para mal, a América latina é o futuro do Ocidente. Se conseguirmos pelo menos derrubar o Foro de São Paulo, restaurar o poder da Igreja e fechar as fronteiras, há uma boa chance de que tudo o mais dê certo.

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Resumo da porra toda: O maior troll que já existiu

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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Os nego esvaziam todas as igrejas, não fazem mais filho, tem um Estado onipresente, e aí acham que a culpa da decadência da civilização deles é os 5% de muçulmano. Quando é que esses europeus do c* vão aprender a reconhecer a própria culpa pelos próprios problemas?

T. Forge
Membro Novato
# jun/14
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Se conseguirmos pelo menos derrubar o Foro de São Paulo, restaurar o poder da Igreja e fechar as fronteiras, há uma boa chance de que tudo o mais dê certo.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Black Fire

é difícil distinguir causa e consequência dentro de um processo dialético onde as partes interagem mutuamente

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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E o cara ali com o Alcorão tentando fazer pregação anti-islâmica com versículo solto parece aqueles adolescente de página de "contradições da Bíblia", ou que dizem que os cristãos são assassinos de gays porque em Levítico tá escrito não sei o que. Bem feito que levou uma pedrada na cara pra aprender a não ser ridículo.

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Black Fire

e o nego ainda vem chorar na frente das câmeras, é muita vergonha alheia, PQP. Seja homem, porra!

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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sallqantay

é difícil distinguir causa e consequência dentro de um processo dialético onde as partes interagem mutuamente


Cara, eu acho que difícil é não entender que a partir do momento em que a Europa abandonou todos os princípios formadores da sua própria civilização em nome de um hedonismo patrocinado pelo estado de bem-estar e de princípios ocos como o secularismo, laicismo e outras besteiras, um outro princípio civilizacional vai encontrar campo pra crescer. O crescimento do Islã é causado pela decadência da civilização europeia, e não o contrário, ou não.

sallqantay
Veterano
# jun/14 · Editado por: sallqantay
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Black Fire

mas aí você está estabelecendo um nexo causal puramente moral (hedonismo), quando a parada é uma soma de uma caralhada de coisas que se retroalimentam simultaneamente.

Esse abandono não é tão simples, e muito se deveu à revolução industrial e sua reprodução industrial da vida (o ocidente é fruto de uma sociedade basicamente rural, onde se estabeleceu o vínculo propriedade-família. As cidades eram somente entrepostos, que eventualmente dominaram todo o território, ao ponto que hoje não existe mais sociabilidade rural, mesmo os habitantes do campo são urbanos). Na medida em que a família foi enxugada pela transição urbana, muitas das tradições se tornaram anacrônicas. E aí criou-se o campo perfeito para que a técnica reinasse soberana e varresse todas as tradições como superstição tola (racionalismo cego).

O estado do bem-estar social foi uma urgência na organização dessa nova sociedade que emergia e que trouxe forças da natureza por demais poderosas, nunca antes vistas na história do mundo (W. benjamin e a tempestade do progresso). Sem um estado planejador organizando essa porra não ia dar, a não ser que você seja um maluco austríaco do 7o dia.

E é claro que esse estado fez uma porrada de merda, pois agimos para apagar incêndios, sempre causando outros

Mas essa noção de que o ocidente está à perigo é constante, sempre uma paranoia a espreitar no horizonte. Deixar essa paranoia obscurecer a análise é um perigo do fundamentalismo conservador

é dever dos conservadores resgatar a tradição do conformismo fatalista que sempre a ameaça

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14 · Editado por: Black Fire
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sallqantay
Bom, se eu for começar a analisar o que causou o que vou chegar até a época dos dinossauros, não acho que esse exercício de punheta ção mental seja tão importante assim. O que nós temos como fato é uma sociedade europeia mergulhada no hedonismo e no secularismo, e ela é a porta de saída da civilização cristã e a entrada de seja lá o que vai ocupar ela. Faz diferença saber se o hedonismo é culpa dos illuminati ou da revolução industrial?

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Black Fire

faz toda a diferença: entender a sua própria cultura é a única maneira de agir livremente dentro dela (até para mudar, propor mudanças ou conservar o que deve ser conservado).

Esses seus supostos fatos já foram organizados por um recorte cultural que você organizou a partir de algumas noções que remontam a algumas épocas e valores.

ou você pode se contentar com uma análise rasa qualquer, ficar adorando falsos ídolos por razões fúteis e entrar na grande micareta do progresso

/o//o//o/ |PROGRESSO| /o//o//o/

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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sallqantay
Na realidade eu não estou (me) propondo (a) nada. Só estou constatando o fato de que culpar o islã pela decadência de uma civilização que já está cambaleando a uns 5 séculos pelo seus próprios méritos é torpe.

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Black Fire

sim, é fraco. Mas a sua interpretação do hedonismo é a mesma que usaram para justificar a queda do império romano por dentro de suas estruturas (causando as invasões bárbaras).

é uma explicação mais mitológica-moral do que lógica-fatual

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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O mais tosco é você ver supostos católicos achando que ignorar o pensamento islâmico é uma atitude piedosa, quase um dever devocional, e abrir um livro de São Tomás de Aquino e constatar que no primeiro parágrafo já tem uma citação a ibn Sīnā.

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Black Fire

correto: ignorar é optar pelo desconhecimento, e portanto escolher o caminho das trevas

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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sallqantay
Bom então vamos dizer assim: culpar o islã pela queda da civilização ocidental é muito torpe, na verdade essa queda se deve a ascensão do hedonismo e do secularismo, produtos da revolução industrial que tirou o homem ocidental do campo e permitiu uma reprodução tal dos bens de consumo que nos deu direito a um ócio vil o bastante pra estarmos aqui discutindo essas coisas ao invés de trabalhar.

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Black Fire

os camponeses no feudalismo trabalhavam muito pouco, passavam a maior parte do tempo fornicando mesmo.

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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sallqantay
Por isso o mano Moleque Diabo e neo-feudalista?

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Black Fire

cada um cria o seu ideal de passado ideal e fica sonhando em cima dele, o mais importante é entender que tudo tem o seu tempo, que o o livro do eclesiastes mostra a importância do desapego

Joseph de Maistre
Veterano
# jun/14 · Editado por: Joseph de Maistre
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Black fire

Ué, mas eu nunca disse que o pensamento islâmico deveria ser ignorado.

O fato de eu sempre sentir um cheirinho de pólvora no ar sempre que escuto algum muçulmano falar (ou alguém falar deles), por mais simpático que o cidadão possa ser, e querer, por isso, manter uma distância segura desse pessoal, não me impede de reconhecer que eles deram lá suas contribuições para a humanidade.

Todo mundo tem virtudes e vícios. Mas os vícios do Islã são mais perigosos do que os de que qualquer outra religião tradicional.

sallqantay
Na medida em que a família foi enxugada pela transição urbana

Só lembrando que esse “enxugamento” não decorreu simplesmente de as pessoas terem passado a levar uma vida urbana.

A propriedade agrária pode ter deixado de ser o centro de tudo, mas o patriarcado continuou reinando soberano na sociedade por muito tempo ainda e só retrocedeu depois da putaria de 68. Os senhores de terras foram apenas substituídos como aristocracia pelos magnatas capitalistas; o típico empresário alemão ou italiano nascido até a década de 30 jamais deixava menos de cinco filhos para cuidar dos negócios da família (o Matarazzo, por exemplo, deixou mais de 10).

Mas concordo que há outras variáveis por trás dessa mudança, além do fator moral do hedonismo.

Coisas como inflação e impostos sobre herança (que diminuem o valor do patrimônio familiar e reduz o incentivo para deixar herdeiros), proibição do trabalho infantil (que aumenta os custos dos filhos para os pais, além de diminuir a influência da família na formação profissional dos filhos -- na Idade Média, por exemplo, a educação do filho consistia geralmente em trabalhar com o pai até aprender o ofício, ao invés de ficar recebendo doutrinação progressista em uma escola estatal), previdência social na velhice (que diminui a utilidade dos filhos para os pais), divórcio (que aumenta a insegurança do casamento e torna mais arriscado para a mulher ficar dentro de casa tendo filhos, ou para o homem sustentá-la) e assistência social para mães solteiras e similares (que torna a procriação como um todo mais cara, ao subtrair recursos das famílias bem-estruturadas e usá-los para financiar arranjos familiares disfuncionais -- o que é algo análogo ao subsídio estatal de empresas ineficientes com os impostos tirados das empresas eficientes) também explicam, em parte, a queda das taxas de natalidade da classe média após a Revolução Industrial -- e sem precisar recorrer a teses marxistas do tipo “o modo de produção determina a ideologia da sociedade”.

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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Joseph de Maistre
Acho meio esquisito chamar esse Islã cheio de vícios de religião tradicional, quando na verdade os muçulmanos tradicionais são grandes vítimas do extremismo. Se você rastrear direito vai ver praticamente todo extremismo, principalmente os de grupos organizados, tem origem em categorias que são estranhas ao islã (como o conceito moderno de revolução) ou no movimento Wahhabi, que é algo relativamente novo. Movimento Wahhabi que, a propósito, voa de Eurofighter: http://www.defenseindustrydaily.com/the-2006-saudi-shopping-spree-euro fighter-flying-off-with-10b-saudi-contract-updated-01669/

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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E vamo combinar que manter relações com a Arabia Saudita, patrocinar e armar o regime e reclamar da expansão do extremismo islâmico é coisa de esquizofrênico.

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Joseph de Maistre

mas o patriarcado continuou reinando soberano

por pura inércia social, e não por ser funcional. É uma pena que a porra tenha que ter se degringolado na putaria de 68 para mudar, quando a transição pode ser feita dentro da cultura, sem jogar tudo pelo cano da descarga.

o típico empresário alemão ou italiano nascido até a década de 30 jamais deixava menos de cinco filhos para cuidar dos negócios da família

meu bisavô teve 10 filhos, minha vó, 4 e minha mãe, 2 (assim como todos da transição demográfica atual). Junto com a transição urbana foi criada a noção de criança, pois antes elas nasciam e cresciam como moscas, ninguém se importava com elas até que vingassem, e nem tinha motivo. Do mesmo modo a mulher era uma máquina de procriar, pois tinha 10 filhos em 50 anos de vida.

Você deve se importar com seus filhos desde que eles nasceram, e isso é uma parada recente.

Eu nem estou dizendo que o modo de produção determina a ideologia, mas que a cultura impõe formas materiais de existência. Não dá para reduzir tudo ao aparato jurídico como querem os austríacos malucos, reinventando um mundo ideal pelo direito natural (isso não difere em nada do comunismo utópico, só muda as premissas).

Você está tomando a reforma social progressista como um projeto acabado, quando ela também é em parte fruto da ação cega dos indivíduos em resolverem os problemas que estão na sua frente, sem esse masterplan comunista que é um espantalho criado pelas olavetes. Não dá para exigir de técnicos e burocratas que tem que resolver problemas urgentes um horizonte tão distante.

você sabe quem foucault mandou seu alunos lerem no final da vida? Hayek. Pois é, até ele criou juízo e beijou a cruz no final...

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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sallqantay
Como o patriarcado continuou soberano por 3 séculos depois da mudança das condições de produção e só foi derrubado por um expediente ideológico em 1968?

Black Fire
Gato OT 2011
# jun/14
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*2 séculos

sallqantay
Veterano
# jun/14
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Black Fire

em vários locais do mundo ele ainda vigora, e a transição é sempre incompleta mesmo nas sociedades centrais, não existe essa pureza cultural tão preto-no-branco.

A inércia social de valores de 5000 anos é grande.

Viciado em Guarana
Veterano
# jun/14
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O maior troll que já existiu

Que falta de critério!

Joseph de Maistre
Veterano
# jun/14 · Editado por: Joseph de Maistre
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Black Fire
Acho meio esquisito chamar esse Islã cheio de vícios de religião tradicional

Tá. E o que você diz sobre isto?

http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/280466/#8134934

sallqantay

Você fez a maior salada de afirmações desconexas e eu não tenho nem certeza se entendi direito o que você quis dizer. Em todo caso... três coisas:

1) O patriarcado tem, sim, e sempre terá (ao menos enquanto a engenharia genética não der um jeito de destruir a natureza humana), uma função na sociedade.

Olhe para as famílias patriarcais muçulmanas com uma penca de filhos. E olhe para os casais pós-modernos DINK (“double income, no kids”).

Seja inteligente e diga agora qual dessas duas culturas, que atualmente convivem lado-a-lado na Alemanha, se tornará, dentro de breve, o grupo majoritário nesse país; e qual delas entrará em extinção, por valorizar apenas benefícios econômicos imediatistas que, no longo prazo, além de inúteis, são insustentáveis (quanto mais mulheres forem para o mercado para aumentar a produção da economia no presente, menos trabalhadores o mercado terá e menor a produção da economia será no futuro).

2) Eu não reduzi a problemática da taxa de natalidade a somente fatores jurídicos. Se você ler o meu post com atenção, verá que eu qualifiquei a minha análise com a expressão “explicam, em parte”. Eu não sou dotado de onisciência. É óbvio que pode ter muito mais coisas por trás.

O objetivo do meu texto não foi esgotar o rol de causas da mudança demográfica, mas apenas mostrar que a sua explicação de que foi “a vida urbana” e o “fim da propriedade agrária” que destruíram o modelo patriarcal de família não se sustenta (explicação essa que me pareceu mais ser um resíduo ideológico do seu passado marxista do que outra coisa) e que a ascensão do Estado moderno e dos engenheiros sociais que ganham a vida “resolvendo” os problemas que eles mesmos criam parece ser uma explicação mais convincente para a decadência moral da sociedade.

3) Eu não acho que (todos) os engenheiros sociais sejam o Cérebro do Pinky & Cérebro (isto é, seres maquiavélicos que passam suas noites em claro pensando em mil e um planos para dominar o mundo -- esse aí, na verdade, sou eu).

Não obstante isso, eles têm, sim, todo o incentivo do sistema para ficar procurando falsos problemas para “resolver” e pensar em “inovações” malucas que só vão gerar novas distorções. É disso que vivem e é desse jeito que conseguem “mostrar serviço”. Se pararem de fazer isso, o Estado (uma instituição que, desde a sua origem, sempre teve todo o interesse em destruir os poderes rivais da Igreja e do patriarcado) simplesmente não vai pagar mais o salário deles.

Leia apenas sobre Bismarck, sua Kulturkampf contra a ICAR e o sistema de previdência social que ele criou na Alemanha no século XIX; ou então sobre a guerra dos Cristeros no México, já no século XX; ou então escute o discurso de qualquer burocrata típico -- daqueles viciados na expressão “políticas públicas” -- que dê aula na sua universidade; e você verá uma amostra bem recente do que estou falando.

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