AtalaBukas Membro Novato |
# mai/14
Salvem suas almas.
Eu não mais pertenço a este mundo Sou louco, poeta, ou vagabundo? Um dia de remorsos e tristezas sem fim Um dia de risadas, não para mim Nenhum abraço sincero, nenhum afeto Um poço escurecido e fétido É minha alma que se turva perante os raios do Sol Queima a si própria em maldição
No céu da noite a dor é infinda Congela a mais celeste estrela, a minha guia E fico a vagar por entre a turba revoltosa dos mares Sem nada para me agarrar Com os mortos eu não fiz as pazes E espero que todos vão para o Inferno Apenas um anjo sei que há de se salvar Mas eu mesmo, já vou tarde
Lembre-se bem do sabor De uma paixão linda, ou do seu torpor E um furacão há de acabar com tudo de bom da vida Ainda há de arrastar seu corpo pedindo clemência E quando clamar por Deus, vão lhe zombar Fazer caretas, não é uma pena?
Perdeste o jogo que te atreveste a jogar? Levante-te, ou não é mais capaz?
O sangue de suas veias é morto E fino como um grão de areia Quando o vento sopra, se esfacela E pelo ar se escreve Em amargas letras vermelhas.
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