Entenda o Marxismo em um minuto

Autor Mensagem
Cavaleiro
Veterano
# set/12


Todo o evangelho de Karl Marx pode ser resumido em duas frases: Odeie o indivíduo mais bem-sucedido do que você. Odeie qualquer pessoa que esteja em melhor situação do que a sua.

Jamais, sob qualquer circunstância, admita que o sucesso de alguém pode ser decorrente de seu esforço próprio, de sua capacidade, de seu preparo, de sua superioridade em determinada atividade. Jamais aceite que o sucesso de alguém pode advir de sua contribuição produtiva para algum setor da economia, contribuição essa que foi apreciada por pessoas que voluntariamente adquiriram seus serviços.

Jamais atribua o sucesso de alguém às suas virtudes, mas sim à sua capacidade de explorar, trapacear, ludibriar e espoliar.

Jamais, sob qualquer circunstância, admita que você pode não ter se tornado aquilo com que sempre sonhou por causa de alguma fraqueza ou incapacidade sua. Jamais admita que o fracasso de alguém pode ser devido aos defeitos dessa própria pessoa — preguiça, incompetência, imprudência, incapacidade ou ignorância.

Acima de tudo, jamais acredite na honestidade, objetividade ou imparcialidade de alguém que discorde de você. Qualquer um que discorde de você certamente é um alienado a serviço da burguesia e do "capital".

Este ódio básico é o núcleo do marxismo. É a sua força-motriz. É o que impele seus seguidores. Se você jogar fora o materialismo dialético, o arcabouço hegeliano, os jargões técnicos, a análise 'científica' e todas as inúmeras palavras presunçosas, você ainda assim ficará com o núcleo do marxismo: o ódio e a inveja doentia do sucesso, que são a razão de ser de toda esta ideologia.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1409

Dissertem, ou não

O poder é de vocês

brunohardrocker
Veterano
# set/12
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Outro dia estava lendo este artigo também, que revela que Marx foi um exímio torrador de dinheiro, parasita de Engels e seus parentes:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1405

tambourine man
Veterano
# set/12
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genial, nota 10

Cavaleiro
Veterano
# set/12
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tambourine man

:(

Die Kunst der Fuge
Veterano
# set/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Antes de ter uma certa compreensão da linha do pessoal do IMB eu com certeza iria ler este texto e discordar dele e achar ruim, por conta de uns conceitos errados que eu tinha e, pela falta de ambientação ao pensamento deles, por não saber a quem eles estavam realmente chamando de "bem-sucedidos".

Lendo este texto, eu acharia que a crítica deles serviria a mim, por odiar, por exemplo, as empresas de telefonia celular do Brasil, pelo seu cartel amparado pela Anatel. Eu acharia que o sucesso dessas empresas deveria ser creditado às virtudes dos empresários envolvidos, quando não deve (mesmo que eles estejam se aproveitando de uma "oportunidade" existente, não acho isso correto da parte deles também).

Uma outra concepção errada que eu tinha que me faria discordar do texto, era achar que o sistema econômico que nós temos aqui no Brasil pode ser chamado de capitalismo, quando na verdade, o que nós temos é "Capitalismo de Estado", que é uma outra coisa bem diferente e onde o sucesso não depende necessariamente das virtudes [como no exemplo citado ou em qualquer monopólio ou oligopólio coercitivo mantido graças ao Estado], ou seja, no Brasil [e na maioria do mundo], capitalismo é apenas teoria.

Lendo vários artigos de lá do site percebi que estas eram algumas das minhas concepções erradas e que no fundo, eles também "odeiam" as mesmas coisas que eu.

Concluindo: Respeito as empresas e os empresários que são bem sucedidos e conseguem lucros numa concorrência justa e livre. Neste caso o lucro é um prêmio merecido e conquistado, não há mal nenhum nisso.

Odeio os empresários que se utilizam da maquinaria estatal para conseguir benefícios e evitar a concorrência e com isso lucrarem. E odeio o Estado por permitir que isso aconteça.

Cavaleiro
Veterano
# set/12
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Cadê as mortes ou às críticas a superficialidade do texto?

Party Boy
Veterano
# set/12
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Putz. Ainda tão falando de marxismo? Já tem quase 20 anos q houve a prova máxima q o socialismo é balela e só funciona se for implantado entre formigas e abelhas, mas nunca entre humanos...

Chamar o socialismo real de marxismo tambem é só uma convenção, pq para o bem ou para o mal, o socialismo idealizado pelo marx nunca foi posto em prática. E há de se analisar o contexto histórico em q ele formulou as suas idéias, numa época onde a democracia era conto de fadas...

Enfim, o marxismo é tão inaplicável para os dias de hoje q acreditar nele é tão ridiculo quanto se dar ao esforço de criticá-lo.

Oq nao significa q nós nao devemos analisar o nosso contexto atual e buscar maneiras de tornar a vida da parte realmente produtiva da sociedade melhor. Cada um vive uma realidade e nem todos os trabalhadores tem uma chance de melhorar de vida só pelo esforço. Só pq vc se deu bem e ta com o burro na sombra nao significa q o mundo é justo e q todo mundo teve as mesmas oportunidades q vc.

Ou seja, já tem 20 anos q ser de esquerda nao tem nada a ver com ser marxista...

Cavaleiro
Veterano
# set/12
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Die Kunst der Fuge

Agora eu finalmente concordo com todo o seu posicionamento porque penso da mesma forma.

Cavaleiro
Veterano
# set/12
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E onde somente pode ser utilizado para designar local, quase todo mundo usa errado.

tambourine man
Veterano
# set/12
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Cavaleiro

eu me pergunto porque esses manos do instituto mises se contentam em criticar uma caricatura de marxismo, mesmo porque eu vejo muita coisa em comum aos dois (no sentido de uma radicalidade e uma crítica feroz ao status quo).

Teriam muito mais a ganhar se tentassem entender de fato marx

Die Kunst der Fuge
Veterano
# set/12
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Cavaleiro

Já podemos formar o "Partido da Liberdade do Brasil" e iniciar a dissolução do Estado desfazendo todas as merdas acumuladas que os burocratas fizeram.

/sonho

Headstock invertido
Veterano
# set/12
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Não li novidade alguma.

Bizet
Veterano
# set/12
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Die Kunst der Fuge
Caralho, onde você tava?

brunohardrocker
Veterano
# set/12
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No Brasil, posso considerar honesto mesmo um empresário que para atingir um sucesso aceitável, teve de sonegar impostos. O que é muito comum acontecer.

Cavaleiro
Veterano
# set/12
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Die Kunst der Fuge

Mais fácil trocar de país.

tambourine man

Essa questão entra naquele tópico sobre conseguir analisar verdadeiramente o posicionamento do outro.

Cavaleiro
Veterano
# set/12
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tambourine man

i.e. Eu li ideologia alemã e O capital e tentei ser o mais mente aberta possível porque sabia do meu viés, mas ainda assim devo ter tido uma compreensão totalmente diferente de você.

Da mesma forma que você provavelmente teria lendo Mises, Hayek ou Friedman.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# set/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Bizet
Caralho, onde você tava?

Por aí =]

tambourine man

Vê se eles não entenderam de fato:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1349

Bizet
Veterano
# set/12
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Die Kunst der Fuge
Me conta no emessen :(

Die Kunst der Fuge
Veterano
# set/12
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Cavaleiro
i.e. Eu li ideologia alemã e O capital e tentei ser o mais mente aberta possível porque sabia do meu viés, mas ainda assim devo ter tido uma compreensão totalmente diferente de você.

Da mesma forma que você provavelmente teria lendo Mises, Hayek ou Friedman.


Eu li análises sobre o marxismo [feita por Scholars do assunto, não foi o próprio "O Capital", mas acho que vale de algo] e o manifesto, antes de ler algo do pessoal Austríaco ou Chicago. Além disso, pelos meus conceitos errados, é possível dizer que eu tinha um viés completamente oposto ao que o pessoal de Chicago ou Austríaco diz, no entanto, a capacidade deles de explicar os fenômenos da economia, bem como um breve estudo sobre o assunto, me fizeram achar a maior parte da teoria deles bem mais coerente.

E depois que vi a explicação do Hayek pros ciclos econômicos, que é diferente do Friedman, acho que estou com o pessoal Austríaco, mas ainda tenho que ver...

Cavaleiro
Veterano
# set/12
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Die Kunst der Fuge

Eu ainda tenho uma certa dúvida de posicionamento entre Friedman e escola austríaca.

Mises e Hayek são mais utópicos e radicais em suas mudanças enquanto Friedman é mais aplicável e tenta trabalhar na medida do possível para a melhoria da situação atual. Enquanto Mises é mais compatível ideologicamente com a forma que eu penso, prefiro a aplicabilidade de Friedman.

Se ainda não fez, recomendo que leia (ou assista) o Free to Choose.

Cavaleiro
Veterano
# set/12
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Um exemplo do posicionamento do Friedman, no caso, na educação:

http://www.espacoacademico.com.br/018/18cdeitos.htm

tambourine man
Veterano
# set/12
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Die Kunst der Fuge
Vê se eles não entenderam de fato:

nope, caricatura grosseira

Cavaleiro

o marxismo vai explicar bem como o capitalismo se formou sobre as bases paternalistas de uma sociedade colonial, que acaba gerando um pseudocapitalismo. Nada contra o pessoal da escola austríaca, mas se você chega enfiando o modelo deles sem contar a realidade histórica, corre o risco de falar besteiras. Muito do que eles colocam é pertinente e vai de acordo com o marxismo, a discordância é bem pequena ao meu ver.

cafe_com_leite
Veterano
# set/12
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o professor de História da 8 série era a favor do comunismo, agora eu sei que nem é tudo aquilo que ele falava.

The Laughing Madcap
Veterano
# set/12
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Party Boy

meh, o problema da revolução russa foi ter sido na russia

se fosse na inglaterra, como deveria ser, o role seria outro

Cavaleiro

o post é tipo uma charge escrita. não sei qual é a utilidade (!) de
criticas desta forma

Party Boy
Veterano
# set/12
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The Laughing Madcap
se fosse na inglaterra, como deveria ser, o role seria outro

Será? Pra mim ia acabar com os figurões do partido oprimindo a massa trabalhadora miseravel do mesmo jeito, e usando o capitalismo como vilão e causa pra todos os problemas q eles tivessem

The Laughing Madcap
Veterano
# set/12 · Editado por: The Laughing Madcap
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e os libertarios assim como os marxistas não curtem a sociedade oligárquica que se arrasta desde tempos coloniais até hoje

tem um capitulo do capital, 24 eu acho, que trata da acumulação primitiva e tal. considerando seu conteúdo, uma revolução libertária teria de começar com uma puta de uma reforma agrária, uma planificada e tal dos pontos de partida


a diferença é que os libertários cagam para a história

Die Kunst der Fuge
Veterano
# set/12
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tambourine man
mas se você chega enfiando o modelo deles sem contar a realidade histórica, corre o risco de falar besteiras.

The Laughing Madcap
libertários cagam para a história

Na moral, galera...

Rothbard.

Cavaleiro
Enquanto Mises é mais compatível ideologicamente com a forma que eu penso, prefiro a aplicabilidade de Friedman.

Saquei!
Uma coisa eu sei: Prefiro qualquer um dos dois ao que nós temos hoje.

Se ainda não fez, recomendo que leia (ou assista) o Free to Choose.

Eu assisti o primeiro e gostei, mas resolvi ler, então to lendo =P

tambourine man
Veterano
# set/12
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Cavaleiro
Die Kunst der Fuge

e o mais importante, o marxismo é uma teoria crítica, e não uma teoria econômica

Cavaleiro
Veterano
# set/12
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The Laughing Madcap
o post é tipo uma charge escrita. não sei qual é a utilidade (!) de
criticas desta forma


No caso, vi uma oportunidade de discussão, se tem algo ameno ninguém comenta.

Mas eu já perdi o feeling pra esses tópicos.

Joseph de Maistre
Veterano
# set/12 · Editado por: Joseph de Maistre
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Cavaleiro

Excelente texto. Curto, preciso e implacavelmente honesto.

The Laughing Madcap
e os libertarios assim como os marxistas não curtem a sociedade oligárquica que se arrasta desde tempos coloniais até hoje

Não necessariamente. Uma fração considerável** dos liberais/libertários (principalmente dentro do Mises Institute americano) é abertamente conservadora, reacionária, redneck, elitista, pró-autoridade-e-hierarquias, pró-religião, pró-patriarcado, pró-oligarquias-familiares, pró-Idade-Média, pró-volta-do-canto-gregoriano-no-missal e adota a rejeição do igualitarismo como um dos princípios fundantes de sua visão de mundo (se não "o" princípio fundante).

O fato de eles não respeitarem a autoridade do Estado (fundada na força física e na redistribuição de riqueza) não quer dizer que não reconheçam voluntariamente outros tipo de autoridade (fundadas na qualificação profissional, na produção de riqueza, na coragem diante do combate, na sabedoria e auto-disciplina, etc.), estes sim genuinamente necessários para a manutenção da ordem social.

Há uma ótima palestra do Paul Gottfried tocando nisso: http://vimeo.com/24613056

**Deve haver mais “tribos” (Portugal, por exemplo, é cheio de liberal monarquista e o Flandres de liberal interiorano separatista), mas estas aqui são, academicamente falando, as mais em evidência dentro do movimento:

http://en.wikipedia.org/wiki/Fusionism
http://en.wikipedia.org/wiki/Paleolibertarianism
http://en.wikipedia.org/wiki/Christian_libertarianism

a diferença é que os libertários cagam para a história

Bobagem. Uma prática bastante comum entre acadêmicos de orientação austríaca (principalmente se o sujeito for saudosista da Alta Idade Média e souber que as instituições desse período foram a coisa mais próxima de anarcocapitalismo que o Ocidente empiricamente já teve) é o revisionismo histórico. Isto é, usa-se o instrumental austríaco para reavaliar as conjunturas sociais do passado e emitir um julgamento diferente dos preconceitos esquerdistas que estão entranhados nas universidades.

Algumas leituras básicas sobre o tema:
mises.org/Books/theoryhistory.pdf
library.mises.org/books/Murray%20N%20Rothbard/Austrian%20Perspe ctive%20on%20the%20History%20of%20Economic%20Thought.pdf
http://www.amazon.com/Democracy-Economics-Politics-Monarchy-Natural/dp /0765808684
http://files.libertyfund.org/files/920/Leoni_0124b_EBk_v6.0.pdf

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