Amor é quando você ajuda alguém a carregar o fardo da vida.

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snowwhite
Veterano
# jul/12
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Viciado em Guarana
Pare com isso salamão! Você está inflando o ego dela! ¬¬

Você quer que ele infle o seu tb? Ciumeeeeentooooo!

Die Kunst der Fuge
Veterano
# jul/12
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Viciado em Guarana

Você está equivocado sobre quem faz inflar o que de quem.


[ficou confuso]

snowwhite
Veterano
# jul/12
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O Viciado em Guaraná tem mesmo 16 anos?

Viciado em Guarana
Veterano
# jul/12 · Editado por: Viciado em Guarana
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Die Kunst der Fuge
Tuas palavras trazem maldade em meu coração.

Viciado em Guarana
Veterano
# jul/12
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snowwhite
Sim.
Vou fazer 17 daqui a alguns meses, tia!

:P

brunohardrocker
Veterano
# jul/12
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Viciado em Guarana

Caramba, tu não tinha 14 ontem??

Viciado em Guarana
Veterano
# jul/12
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brunohardrocker
Não.
Eu entrei nessa bagaça com 15 anos.

Vai fazer 2 anos de vício.

souncide
Veterano
# jul/12
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Você fala de amor correspondido, não é? Porque quando o amor não é correspondido, o fardo da vida só faz ficar mais pesado.

QUARESMA
Veterano
# jul/12
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Depressivol total

Aí dentro
Veterano
# jul/12
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Ajuda a carregar o fardo pois isso mantém a pessoa ao teu lado, o que te faz bem.

Altruísmo só existe na forma de negação absoluta da vida em prol de outrem.

E mesmo nesse caso, acho ainda que ele não se apresenta em sua plena definição, pois penso que mesmo quem decide encerrar sua vida para que outra pessoa continue a sua o faz não completamente pela outra pessoa, mas em parte, pela idealização de boa ação realizada por ela, que ficará registrada na memória dos que permaneceram vivos.

Esta pode ser até uma forma maior ainda de egoísmo, onde o ser, para ter um valor positivo atribuído a si, é capaz até de abdicar de sua própria vida.

brunohardrocker
Veterano
# jul/12
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Aí dentro

O problema está em julgar o "egoísmo" em questão como algo desonesto e desqualificado.

Não é desonesto. Se uma pessoa ajuda a outra, mesmo que obtenha benefícios em retorno, está ajudando a outra. A ação de ajudar a outra também existe, também conta, também merece atenção.

snowwhite
Veterano
# jul/12
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Viciado em Guarana
Sim.
Vou fazer 17 daqui a alguns meses, tia!

:P


Ás vezes parece ter um pouco mais. Às vezes parece ter menos xD

Aí dentro
Veterano
# jul/12
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brunohardrocker
Sim, concordo.

Pedro_Borges
Veterano
# jul/12
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snowwhite
Viciado em Guarana
Sim.
Vou fazer 17 daqui a alguns meses, tia!

:P

Ás vezes parece ter um pouco mais. Às vezes parece ter menos xD


Ele ainda está chegando terra no pé do mie.

snowwhite
Veterano
# jul/12
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Pedro_Borges
Ele ainda está chegando terra no pé do mie.

Não entendi...

Bob Mauley
Veterano
# jul/12
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snowwhite

O tio pedro quis dizer que o Guaraná é um ninfetinho

snowwhite
Veterano
# jul/12
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Bob Mauley
O tio pedro quis dizer que o Guaraná é um ninfetinho

Ah sim e é mesmo.

Joseph de Maistre
Veterano
# jul/12
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É verdade.

brunohardrocker
Veterano
# jul/12
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‎"A beleza de um jardim não depende do tamanho das flores mas da variedade do seu colorido. Assim, a felicidade não depende de grandes alegrias, mas da variedade de muitos pequenos momentos felizes que colhemos ao longo da vida." (Padre Fábio de Melo)

Joseph de Maistre
Veterano
# jul/12
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Amor é ter alguém para dividir e se identificar com os teus planos de vida. Alguém para tomar as tuas ambições como as suas próprias e para te encorajar e te manter no eixo nos teus momentos de dúvida. Alguém para se arriscar contigo e por quem você não hesitaria em se arriscar. Alguém que não tenha medo nem repulsa de ter guris teus nem você dela. Alguém que se comprometesse tanto contigo e se investisse tanto em vocês que seria moralmente inconcebível você abandonar esse alguém por algum motivo que fosse depois de usá-lo durante todo esse tempo. Amor não é idealização abstrata, é a ação concreta de cada dia.

Ou seja, amor - em qualquer sentido relevante do termo - é casar segundo os preceitos tradicionais da ICAR. E o resto é promiscuidade.

(esperando alguém contestar a definição acima com alguma analogia cretina sobre carrinhos de mão e aposentadorias.)

Cavaleiro
Veterano
# jul/12
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Joseph de Maistre

Ou seja, amor - em qualquer sentido relevante do termo - é casar segundo os preceitos tradicionais da ICAR

Normalmente a conclusão tem que ter relação com os argumentos postados previamente. A conclusão neste caso, não é requisito para que os argumentos postados anteriormente sejam satisfeitos.

A base do amor é a confiança, companheirismo e tolerância, seja ou não seguindo preceitos ou tradições de seja lá quem ou o que for.

Esta necessidade fetichista de pertencimento a um grupo para se auto validar é assustadora.

Joseph de Maistre
Veterano
# jul/12 · Editado por: Joseph de Maistre
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Cavaleiro
A conclusão neste caso, não é requisito para que os argumentos postados anteriormente sejam satisfeitos.

É, sim. Você que não abstraiu suficientemente o que eu falei.

A base do amor é a confiança, companheirismo e tolerância, seja ou não seguindo preceitos ou tradições de seja lá quem ou o que for.

Resuma tudo isso a uma palavra: compromisso. Será que existe - a menos que as partes estejam falando da boca para fora, é claro - compromisso maior do que usar expressões como "na alegria e na tristeza", "por todos os dias da minha vida" ou "até que a morte nos separe" em votos de casamento?

Esta necessidade fetichista de pertencimento a um grupo para se auto validar é assustadora.

Não é preciso ter grande conhecimento de História para saber que as noções de amor e comprometimento aqui descritas eram estranhas à cultura da antiguidade e só foram introduzidas no Ocidente durante a Idade Média, pela Igreja Católica,.

snowwhite
Veterano
# jul/12 · Editado por: snowwhite
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Joseph de Maistre
Ou seja, amor - em qualquer sentido relevante do termo - é casar segundo os preceitos tradicionais da ICAR. E o resto é promiscuidade.

EIN?

Não é preciso ter grande conhecimento de História para saber que as noções de amor e comprometimento aqui descritas eram estranhas à cultura da antiguidade e só foram introduzidas no Ocidente durante a Idade Média, pela Igreja Católica,.

E depois que o mundo saiu da Idade Média e da Inquisição? Quem não casa na ICAR é promíscuo?

Resuma tudo isso a uma palavra: compromisso. Será que existe - a menos que as partes estejam falando da boca para fora, é claro - compromisso maior do que usar expressões como "na alegria e na tristeza", "por todos os dias da minha vida" ou "até que a morte nos separe" em votos de casamento?

E tem que ser extamente nos termos descritos pela ICAR ou não é casamento e não existe amor? E os casamentos que são felizes por longo tempo e depois o maor acaba? Não eram casamentos enquanto o foram? E quando os tais votos são ditos e jurados e as pessoas não se aturam mais? É moral e decente ficarem juntas?

Cavaleiro
Veterano
# jul/12
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Joseph de Maistre

É, sim. Você que não abstraiu suficientemente o que eu falei.

Claro que não, assim que a cultura é incorporada ela sai do domínio da moral e entra para a ética, o funcionamento é semelhante, você não precisa pertencer ou mesmo conhecer a existência da ICAR para ter um "relacionamento saudável" pautado em amor.


Resuma tudo isso a uma palavra: compromisso. Será que existe - a menos que as partes estejam falando da boca para fora, é claro - compromisso maior do que usar expressões como "na alegria e na tristeza", "por todos os dias da minha vida" ou "até que a morte nos separe" em votos de casamento?


Claro, são palavras bonitas e firmam o compromisso, mas também há tem ideiais mais antigos como submissão da mulher perante o homem, sua utilização puramente voltada a perpetuação da espécie e dogmatização do prazer carnal.



Não é preciso ter grande conhecimento de História para saber que as noções de amor e comprometimento aqui descritas eram estranhas à cultura da antiguidade e só foram introduzidas no Ocidente pela Igreja Católica, durante a Idade Média.


E só é preciso ter uma percepção mínima para compreender que hoje faz parte da cultura (o conhecimento, embora as ações dentro ou fora da instituição na maior parte das vezes siga em outro rumo) e é natural, você não precisa sequer conhecer os dogmas ou fazer parte de um grupo ter um relacionamento saudável, acho isto um pouco doentio na verdade, você mesmo provavelmente tem sua concepção própria de relacionamento baseado na moral cristã, não totalmente atrelado a ela e a utiliza somente para ter a alcunha de tradicionalista (porque ateu é coisa de comunista).

Sequer deve fazer questão de acreditar em um Deus e utiliza-se da moral somente como um norteador natural e auto-consciente de pertencimento a um grupo, isto é bastante natural.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# jul/12 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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Joseph de Maistre
Amor é ter alguém para dividir e se identificar com os teus planos de vida.

O nome disso é seguidor no twitter. Amor é outra coisa.

Alguém para tomar as tuas ambições como as suas próprias e para te encorajar e te manter no eixo nos teus momentos de dúvida.

O nome disso é Personal Trainer. Amor é outra coisa.

Alguém para se arriscar contigo e por quem você não hesitaria em se arriscar.

O nome disso é sociedade. Amor é outra coisa.

Alguém que não tenha medo nem repulsa de ter guris teus.

O nome disso é barriga de aluguel. Amor é outra coisa.

Alguém que se comprometesse tanto contigo e se investisse tanto em vocês que seria moralmente inconcebível você abandonar esse alguém por algum motivo que fosse depois de usá-lo durante todo esse tempo.

O nome disso é patrocinador. Amor é outra coisa.

esperando alguém contestar a definição acima com alguma analogia cretina sobre carrinhos de mão e aposentadorias

Mimimi, não tenho senso de humor.

Joseph de Maistre
Veterano
# jul/12 · Editado por: Joseph de Maistre
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snowwhite
E depois que o mundo saiu da Idade Média e da Inquisição?

Para entrar no terror do laicismo da Revolução Francesa, que matou muito mais gente em dez anos do que a Inquisição em 4 séculos, você quer dizer?

Quem não casa na ICAR é promíscuo?

Onde foi que eu falei isso?

Se você ler com atenção o meu post, verá que eu falei sobre preceitos da ICAR, não sobre fé. É perfeitamente possível um chinês seguidor de Confúcio lá em Shanghai ser devotado a sua família e encarnar esses preceitos sem precisar frequentar missa nenhuma aqui no Ocidente.

E quando os tais votos são ditos e jurados e as pessoas não se aturam mais? É moral e decente ficarem juntas?

Sempre existirão pessoas descontentes e frustradas com todo tipo de decisões erradas que tomaram em algum momento da vida. Todos sabem disso e pensar o contrário é utopia.

O problema é: se você elimina a responsabilidade do indivíduo por seus erros e diz a ele que aquele juramento claro e inequívoco que ele fez não precisa valer nada, que é tudo uma mentirinha que só vale enquanto ele achar fofinho brincar de casinha, tudo que você consegue é destruir a segurança do contrato que ele assinou e aumentar o número de descontentes e frustrados com ele.

Digo, se hoje chegamos em ponto em que a Britney Spears ou similares podem "se casar" e se separar no dia seguinte apenas porque ela e o marido funkeiro "não se aturam mais", então é porque a instituição do casamento já foi completamente pervertida e desnaturada do seu propósito original.

Colocando a questão em termos econômicos, o que você tem é o seguinte: se os custos de você cometer um erro se tornam cada vez menores, então a tendência é você se tornar cada vez menos preocupado com tais erros. Tornar-se cada vez menos preocupado com a possibilidade de erros significa se tornar cada vez mais desleixado e, no caso do casamento, cada vez menos seletivo quanto ao seu futuro cônjuge. Logo, com menos segurança, menos pressão seletiva, mais disfuncionalidades conjugais e, consequentemente, mais frustrados enchendo o saco depois e pressionando por "libertação" dos ônus que assumiram por livre e espontânea vontade diante do altar. É um ciclo vicioso.

Por isso, por mais contra-intuitivo e politicamente incorreto que isso soe para algumas pessoas, para mim (e para a ICAR) a forma mais eficaz de se reduzir o número de frustrados e restaurar a seriedade do casamento é justamente maximizar a segurança dele, i.e., maximizar as sanções e custos de você faltar com a sua palavra, seja abolindo o divórcio de uma vez (como teoricamente ocorre entre os católicos), seja estigmatizando-o socialmente o máximo possível (como ocorre entre os judeus). Passar a mão na cabeça está longe de ser uma opção desejável.

Cavaleiro
você não precisa pertencer ou mesmo conhecer a existência da ICAR para ter um "relacionamento saudável" pautado em amor.

Você aparentemente também não leu o meu post com atenção. É óbvio que ninguém precisa conehcer a ICAR para ter nada disso. Apenas fazer o que ela diz já está de bom tamanho.

Claro, são palavras bonitas e firmam o compromisso, mas também há tem ideiais mais antigos como submissão da mulher perante o homem, sua utilização puramente voltada a perpetuação da espécie e dogmatização do prazer carnal.

Também não é preciso ser grande conhecedor da História para saber que esses discursos sobre "submissão" são um mito feminista e que não houve nenhum período histórico na civilização ocidental em que as mulheres estiveram mais "emancipadas" do que no final da Antiguidade: http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/288632/#8346319 (Vide o trecho de livro que citei na minha resposta ao Black Fire nesse post)

você não precisa sequer conhecer os dogmas ou fazer parte de um grupo ter um relacionamento saudável,

Eu costumava pensar assim. Até que finalmente me dei conta de que indivíduos não são entidades estanques/auto-suficientes e que nenhuma cultura existe nem jamais existiu sem instituições organizadas que lhe forneçam lastro e parâmetros de conduta.

O que difere algumas vezes, dependendo do lugar e da época, é somente a instituição a que você recorre para conseguir esse lastro. Algumas pessoas recorrem à autoridade da Igreja. Outros à do pastor ou do rabino do bairro. Outros preferem a Sharia islâmica. Outros, os ensinamentos do Tao. E outros, é claro, se submetem de prontidão à autoridade dos sacerdotes-burocratas do Deus Leviatã (esse guia moral maravilhoso que, desde que reassumiu a tutela civil da família pela primeira vez desde a queda de Roma, ela não pára de se desintegrar).

QUARESMA
Veterano
# jul/12
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ICARrim de mão
Padá! Padá Padá Bá!
ICARrim de mão
Padá! Padá Padá Bá!

infelizmente não posso dançar pois sou aposentado =(

Cavaleiro
Veterano
# jul/12
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Joseph de Maistre
histórico na civilização ocidental em que as mulheres estiveram mais "emancipadas" do que no final da Antiguidade: http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/288632/#8346319 (Vide o trecho de livro que citei na minha resposta ao Black Fire nesse post)

Interessante, não tinha conhecimento disto, recomenda alguma leitura que não seja um Curso de direito romano sobre o assunto?

Na verdade esta ideia converge com meu pensamento ciclico sobre o mundo, civilização e economia de forma geral.

snowwhite
Veterano
# jul/12 · Editado por: snowwhite
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Joseph de Maistre
Sempre existirão pessoas descontentes e frustradas com todo tipo de decisões erradas que tomaram em algum momento da vida. Todo mundo sabe disso e pensar o contrário é utopia.

O problema é: se você elimina a responsabilidade do indivíduo por seus erros e diz a ele que aquele juramento claro e inequívoco que ele fez não precisa valer nada, que é tudo uma mentirinha que só vale enquanto ele achar fofinho brincar de casinha, tudo que você consegue é destruir a segurança do contrato que ele assinou e aumentar o número de descontentes e frustrados com ele.

Digo, se hoje chegamos em ponto em que a Britney Spears ou similares podem "se casar" e se separar no dia seguinte apenas porque ela e o marido funkeiro "não se aturam mais", então é porque a instituição do casamento já foi completamente pervertida e desnaturada do seu propósito original.

Colocando a questão em termos econômicos, o que você tem é o seguinte: se os custos de você cometer um erro se tornam cada vez menores, então a tendência é você se tornar cada vez menos preocupado com tais erros. Tornar-se cada vez menos preocupado com a possibilidade de erros significa se tornar cada vez mais desleixado e, no caso do casamento, cada vez menos seletivo quanto ao seu futuro cônjuge. Logo, com menos segurança, menos seletividade, mais disfuncionalidades conjugais e, consequentemente, mais frustrados enchendo o saco depois e pressionando por "libertação" dos ônus que assumiram por livre e espontânea vontade diante do altar. É um ciclo vicioso.

Por isso, por mais contra-intuitivo e politicamente incorreto que isso soe para algumas pessoas, para mim (e para a ICAR) a forma mais eficaz de se reduzir o número de frustrados e restaurar a seriedade do casamento é justamente maximizar a segurança dele, i.e., maximizar as sanções e custos de você faltar com a sua palavra, seja abolindo o divórcio de uma vez (como teoricamente ocorre entre os católicos), seja estigmatizando-o socialmente o máximo possível (como ocorre entre os judeus). Passar a mão na cabeça está longe de ser uma opção desejável.


Não tenho paciência alguma pra responder a tanta bobagem tendenciosa, moralista e equivocada reunidas.
Mas posso testemunhas como atéia que sou. Meu primeiro casamento foi feito nos conformes da ICAR. Durou 4 anos. Foi um erro e a ICAR não garantiu que ele se mantivesse sem amor, porque é o amor que importa e a ICAR deveria concordar com isto. Mas parece que sua sanha sádica em trancafiar as pessoas carregando suas cruzes é mais correto.
Meu segundo casamento começou estando marido ainda casado com outra mulher há cerca de 1 ano ( com quem tinha casado na ICAR por insistência da mulher dele). Nos apaixonamos e ele se separou. Ele foi transferido e pegamos um avião juntos e assim começou nosso casamento que dura mais de 20 anos de amor verdadeiro e profundo, do qual nasceu uma filha maravilhosa. Formamos uma família muito feliz.
Esta é a realidade da vida.
Para a ICAR tudo isto não passa de uma pouca vergonha, nós dois ainda estamos casados perante Deus com nossos ex-cônjuges e a nossa filha é fruto do pecado.

Ou seja, o que a ICAR pensa ou deixa de pensar é irrelevante, senão idiota e cruel. Aliás, sabemos que a ICAR não tem moral alguma para julgar ninguém.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# jul/12
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snowwhite x Joseph de Maistre

Caralho, que true.

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