snowwhite Veterano |
# abr/12
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Pedro_Borges Tenho observado isso tudo com muito nojo da profissão do jornalismo, infelizmente. Quando surge um fato relevante ou trágico, para lá se dirigem toda a "massa de 'jornalistas' " e, como você disse, ficam lá até pingar a última gota. Depois se deslocam para o próximo "boi morto" como se fossem urubus. O pior é que eles editam a notícia, transformando-a em produto.
Fico pensando, quão incompetentes são. Já que são jornalistas, por que então não se lançam em busca de notícias outras, notícias essas que podem ser de grandes feitos, fatos pitorescos, novas descobertas científicas, etc. Só sabem escrever a partir de boletins policiais. Só sabem falar daquilo que eclodiu em um veículo de comunicação. Suas fontes são, na maioria das vezes os telejornais.
A culpa não é dos jornalistas. São apenas profissionais que conseguiram trabalho em determinado veículo de comunicação que tem aquele perfil. Mandam o cara cobrir o acontecimento , tem que ir ( especialmente repórter, fotógrafo etc). Quem manda nisto tudo é o público que quer ver e patrocinador que injeta dinheiro onde tem audiência. O resto é consequência. Por isto eu assisto Manhatan Connection.
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Pedro_Borges Veterano |
# abr/12
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Cavaleiro Há sentido na crítica, mas ela seria mais eficaz se fosse utilizado na causa raiz ao invés da consequencia.
Este é um dos problemas do mundo, nunca analisa-se a causa raiz e sim as consequencias
Em se tratando de sociedade, há uma relação cíclica entre a causa>>>>efeito>>>>>causa>>>>efeito>>>>causa. Uma realimenta a outra e vice versa ora corrigindo, ora modificando rumos. A audiência, por exemplo, é sensível à crítica, muito mais que ao volume de IBOPE, embora o objeto é este último. Por exemplo, se todos nós, digamos... formadores de opinião nos empenhassem em tecer críticas constantes, isso influenciaria os comunicadores e, em conseqüência, também a massa telespectadora.
Vou citar-lhe um exemplo. Há muitos anos atrás, eu assistia (eu e com certeza seus pais, talvez) o programa dos Trapalhões, quando era composto por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Eu via os membros do programa fazerem piadas com a cor do Mussum, comparando-o com fumo, urubu, passado de pessoas de baixa caráter (passado negro), tudo isso.
Pois bem, eu por exemplo, via tudo isso de forma divertida e, sinceramente, não conseguia perceber o mau gosto e as atitudes politicamente deploráveis. Dias atrás vi um vídeo no Youtube sobre um episódio desses e arrepiei. Percebi que evoluímos muito de lá pra cá.
O X da questão é que não foram os telespectadores que fizeram com que tal comportamento fosse rejeitado e até mesmo o que se vê hoje: ele sendo repudiado. Foi uma minoria formadora de opinião que, através da crítica permanente, conseguiu ridicularizar tal comportamento e fez com que a causa desaparecesse, ou pelo menos se reduzisse a níveis mínimos.
Um governo pode ser derrubado a qualquer momento, não pelo povo que recebe cestas básicas, mas pela crítica dos formadores de opinião, que são minoria. Agora o Congresso não consegue essa façanha sozinho, por exemplo, porque está entrelaçado pela burocracia funcional da instituição e até mesmo pelo gesso frio da corrupção.
Nós, individualmente não temos acesso direto à causa, mesmo porque, como você mesmo disse, ela é composta por vários agentes: o veículo, o anunciante, o povo telespectador que querem algo picante, enfim.
Nossa voz só é ouvida através de quorum, entretanto esse quorum não é a da presença absoluta da população. Apenas de quorum qualificado. A ação proativa do autor desse tópico, do Wagner Moura, minha, sua... é capaz de promover mudanças sim. Nós não somos uma mera multidão, conforme muitas das vezes somos submetidos a pensar.
Por último digo que, no dia em que eu deixar de acreditar que minha ação individual somada a sua e mais uma boa quantidades de pessoas, não seja capaz de mudar algo, nesse dia eu terei perdido a fé na humanidade e, consequentemente nesta vida.
E tenho dito!
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