Sobre o Utilitarismo

    Autor Mensagem
    brunohardrocker
    Veterano
    # mar/12


    A exemplo do amigo Cavaleiro, com a criação deste tópico sobre o Pragmatismo, proponho uma série de tópicos semelhantes sobre filosofias, seguindo as mesmas normas e linkando e citando os demais assim como faço agora, para fins de organização da série de tópicos.

    O Utilitarismo

    Em Filosofia, o utilitarismo é uma doutrina ética que prescreve a ação (ou inação) de forma a optimizar o bem-estar do conjunto dos seres sencientes[1]. O utilitarismo é então uma forma de consequencialismo, ou seja, ele avalia uma ação (ou regra) unicamente em função de suas consequências.
    Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista pela frase:
    Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo).
    Trata-se então de uma moral eudemonista, mas que, ao contrário do egoísmo, insiste no fato de que devemos considerar o bem-estar de todos e não o de uma única pessoa.
    Antes de quaisquer outros, foram Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) que sistematizaram o princípio da utilidade e conseguiram aplicá-lo a questões concretas – sistema político, legislação, justiça, política econômica, liberdade sexual, emancipação feminina, etc.
    Em Economia, o utilitarismo pode ser entendido como um princípio ético no qual o que determina se uma decisão ou ação é correta, é o benefício intrínseco exercido à coletividade, ou seja, quanto maior o benefício, tanto melhor a decisão ou ação.

    Completo:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Utilitarismo

    Critiquem.

    BokuWa
    Veterano
    # mar/12
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    Qual a utilidade desse tópico?

    Cavaleiro
    Veterano
    # mar/12
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    Em Economia, o utilitarismo pode ser entendido como um princípio ético no qual o que determina se uma decisão ou ação é correta, é o benefício intrínseco exercido à coletividade, ou seja, quanto maior o benefício, tanto melhor a decisão ou ação.

    Discordo um pouco da wikipedia em relação ao coletivo.

    A Lei de utilidade marginal funciona da seguinte forma: Uma água por exemplo, tem mais utilidade para você quando está com sede, então atribuímos um valor imaginário (utilidade 5). Depois que tomou a primeira vez, a utilidade tende a decrescer cada vez que se adquire uma nova unidade (a medida que a sede vai acabando, vai diminuindo a utilidade marginal). A questão é a escolha racional da cesta em que se maximize a utilidade marginal com a quantidade de dinheiro disponível.

    André Perucci
    Veterano
    # mar/12
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    Cavaleiro
    Discordo um pouco da wikipedia em relação ao coletivo.

    a wikipedia discorda de você

    Cavaleiro
    Veterano
    # mar/12
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    André Perucci
    a wikipedia discorda de você

    E do Stiglitz

    The Fixer
    Veterano
    # mar/12
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    Cavaleiro


    A questão da utilidade marginal refere-se a um valor pessoal, diferente em cada indivíduo, mas que num todo, ou seja, se todos os indivíduos se satisfazem da melhor forma possível, será o bem coletivo.

    The Fixer
    Veterano
    # mar/12
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    Cavaleiro
    (a medida que a sede vai acabando, vai diminuindo a utilidade marginal).

    Então, pra você, a sede pode acabar num determinado nível e para mim noutro, de toda forma ao alcançar esse nível estaremos plenamente satisfeitos.

    Cavaleiro
    Veterano
    # mar/12
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    The Fixer

    Sim, é lógico que se todos os indivíduos estiverem satisfeitos isto representará a coletividade, isto é lógica, mas o foco da teoria é a utilidade marginal individual, já que a utilidade que damos para determinado produto/serviço é diferente de pessoa pra pessoa.

    Então, pra você, a sede pode acabar num determinado nível e para mim noutro, de toda forma ao alcançar esse nível estaremos plenamente satisfeitos.

    Aí entra uma questão biológica, mas a utilidade marginal da água pode chegar próxima a zero quando você estiver cheio, depois ela subirá novamente em decorrência do tempo em que você ficou sem tomar água (ou substitutos).

    tambourine man
    Veterano
    # mar/12
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    Cavaleiro
    The Fixer

    se o valor se equivale (ou tende a se equivaler) ao preço no mercado, qual é a diferença entre preço e valor?

    Cavaleiro
    Veterano
    # mar/12
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    tambourine man

    Ao meu ver não deveria ter a diferença.

    Mas quando você vai comprar uma coca cola, por exemplo, o valor não está associado a questões que mudariam sua utilidade marginal, como a temperatura e sim em um valor fixo normalmente feito pelo marketing com base em custos, branding com marcas, retorno esperado dos acionistas e etc.

    A Coca cola já teve iniciativa de tentar fazer isto (atrelar precificação a utilidade) em máquinas de refrigerante, mas o projeto foi pro saco na primeira pesquisa de campo, as pessoas ainda não entendem este preço variável e colocam isto como exploração.

    Atom Heart Mother
    Veterano
    # mar/12
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    É a técnica.

    Meu filho ouvirá Classic Rock
    Veterano
    # mar/12
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    Estou estudando esse exato tema em Filosofia Geral na faculdade de Direito.

    O conceito básico do Utilitarismo é "O maior prazer possível, e a menor dor possível", lembrando que não dá pra obter 100% de prazer e 0% de dor, e vice versa.

    Acho os textos do Stuart Mill excelentes pra entender o assunto.

    Eu estou lendo sobre isso no livro "Justiça" do Professor de Harvard Michael J. Sandel. O Utilitarismo é o tema do 2º Capítulo. Quem puder ler, não só o capítulo, como o livro todo, é muito bom.

    Também tem a aula do Sandel em Harvard gravada em vídeo, mas é em inglês e sem legendas, em www.justiceharvard.org

    Qualquer coisa, estamos ae (joguei a base pra vocês, depois eu volto e a gente debate hahaha)

    Meu filho ouvirá Classic Rock
    Veterano
    # mar/12
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    Eu gosto do exemplo do Sandel sobre a tortura.

    Um terrorista pode ser torturado e ter seus direitos civis violados para que os agentes consigam uma informação que beneficie 10 mil pessoas?

    Ai vocês responde que sim.

    Ai o Sandel pergunta: Mas você acha que ele merece ser torturado porque ele é terrorista e por isso ele já fez algo errado, por isso a tortura?

    Ai você fica meio sem resposta.

    Então pensa. Pelo princípio utilitarista, seria correto a tortura de qualquer pessoa em prol de 10 mil pessoas. Se fosse a filha do terrorista a ser torturada, ou qualquer outra pessoa, a lógica utilitarista diz que pode ser torturada, contanto que isso ajude, beneficie um nº maior de pessoas. E isso entra na lógica do "O maior prazer possível, a menor dor possível."

    Ou seja, é correta essa perda de pouco em prol de muitos, ignorando direitos civis, etc?

    Pensem ae =*

    Meu filho ouvirá Classic Rock
    Veterano
    # mar/12
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    Sobre o utilitarismo na economia, pelo o que eu entendi, é a maximização dos lucros, dos ganhos e a minimização dos gastos.

    Simonhead
    Veterano
    # mar/12
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    Sobre o utilitarismo na economia, pelo o que eu entendi, é a maximização dos lucros, dos ganhos e a minimização dos gastos.

    Lê rê lê rê
    Lê rê rê rê rê rê rê
    Lê rê - Lê rê.

    Meu filho ouvirá Classic Rock
    Veterano
    # mar/12
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    Simonhead

    Acredito que haja uma discordância. Um dos traços importantes do utilitarismo é seu racionalismo. A moralidade de um ato é calculada, ela não é determinada a partir de princípios diante de um valor intrínseco. Este cálculo leva em conta as conseqüências do ato sobre o bem-estar do maior número de pessoas. Ele supõe então a possibilidade de se calcular as consequências de um ato, e avaliar seu impacto sobre o bem-estar dos indivíduos. Para alguns utilitaristas, como o filósofo Peter Singer, o cálculo utilitarista de prazer e dor deve incluir todos os seres dotados de sensibilidade, sendo legítimo assim incluir os animais no cálculo da moralidade de um ato. Singer se refere ao cálculo utilitarista que seja exclusivo para o ser humano, como uma forma de "especismo", ou seja, preconceito de espécie, sendo extremamente relevante para a respiração celular. É abastecida pela célula que a hospeda por substâncias orgânicas como a glicose, as quais processa e converte em energia sob a forma de ATP, que devolve para a célula hospedeira, sendo energia química que pode ser, e é, usada em reações bioquímicas que necessitem de dispêndio de energia. A mitocôndria está presente em grande quantidade nas células: do sistema nervoso (na extremidade dos axônios), do coração e do sistema muscular, uma vez que estas apresentam uma necessidade maior de energia. A palavra mitocôndria vem do Grego ou "mitos" (fio/linha) + ou "chondrion" (grânulo).A mitocôndria está presente na maioria dos eucariontes,[4] excepto num grupo de protistas chamado Archezoa, apesar da análise genômica destes organismos indicar que podem ter perdido as mitocôndrias ao longo da evolução. A principal evidência disto é o facto de alguns genes codificadores de proteínas mitocondriais terem sido encontrados no genoma nuclear destes protistas (Bui & Bradley, 1996). Foi descrita por Altmann, em 1894 (que as denominou "bioblastos"), sugerindo a sua relação com a oxidação celular. O seu número varia entre as células, sendo proporcional à atividade metabólica de cada uma, indo de quinhentas a mil ou até dez mil dessas estruturas por célula. Esta apresenta duas membranas fosfolipídicas, uma externa lisa e outra interna que se dobra formando vilosidades, chamadas cristas.[5] A região limitada pela membrana interna é conhecida como matriz mitocondrial, onde existem proteínas, ribossomas e DNA mitocondrial, de forma circular, que contém 37 genes codificadores de 13 proteínas, de 2 rRNAs e 22 tRNAs. Estes são necessários no processo de produção de ATP, ou seja, necessários para que a respiração celular ocorra. Deixe o feijão branco de molho, de véspera. Cozinhe o feijão branco na água com 1 cabeça de alho inteira sem descascar, folha de louro e sal, até amolecer, sem desmanchar (cerca de 20 minutos) - Reserve. Retire toda gordura do bucho e corte em tiras Coloque dentro de um recipiente e lave várias vezes na água. Em seguida esprema todo o limão (com a casca) dentro da última água e espere uns 10 minutos. A seguir, escalde o bucho em água quente pelo menos por 3 vezes. Pegue uma panela de pressão; coloque água, o bucho, 1 cebola inteira descascada, hortelã, louro e sal. Feche a panela e leve para cozinhar por uns 15 minutos ou até o bucho ficar macio. Em outra panela aqueça o azeite frite a lingüiça, acrescente 1 cebola picada colorante alimentício, páprica, salsinha picada e o tomate sem pele Para finalizar; escorra o bucho e junte ao feijão branco e o refogado da lingüiça. Deixe apurar por mais uns 10 minutos para pegar gosto. Já Stuart Mill não concorda com esta racionalização, apostando por sua vez na qualidade, tanto quanto na quantidade. Assim, deve-se perceber, entre os vários tipos de prazer, quais são os melhores e mais valorosos. Desta forma, este filósofo cria uma espécie de hierarquia dos prazeres, na qual os intelectuais e afetivos estão acima dos sensíveis. Atualmente o Utilitarismo se desdobra em várias direções. Seus principais seguidores, do século XVIII até nossos dias, são James Mill, discípulo de Bentham e genitor de John Stuart, Henry Sidgwick, J. C. Smart, Moore, Singer, Karl Popper e J. Rawls, além dos já citados.

    Entendeu?

    Simonhead
    Veterano
    # mar/12
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    Meu filho ouvirá Classic Rock
    Entendeu?

    Não. Nem perdi o meu tempo! Até porque tem receita no meio e eu não sou bom na culinária.

    Agora, se você não entendeu o meu ponto de vista, ai sim nós temos um problema. Que, inclusive, é seu e não meu. ; )

    Meu filho ouvirá Classic Rock
    Veterano
    # mai/12
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    Lembrei deste tópico ao criar este tópico:
    http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/286267/

    Vejam lá as considerações do Sandel sobre o Utilitarismo!

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