Vazamento de documentos secretos abala relações dos EUA com aliados!

    Autor Mensagem
    Paul Simon
    Veterano
    # dez/10


    A Casa Branca condenou neste domingo (28) o vazamento de documentos secretos da diplomacia dos Estados Unidos, chamando a ação de "negligente e perigosa". O Pentágono - que representa o Departamento de Defesa americano - anunciou que já tomou medidas para evitar que a "divulgação ilegal" de arquivos volte a ocorrer.

    O Reino Unido já havia se posicionado antes mesmo da publicação dos documentos, ao afirmar que as informações contidas nesse material "podem colocar vidas em risco". De acordo com o jornal espanhol El País, Franco Frattini, ministro das Relações Exteriores da Itália, chegou a declarar que esse "é o 11 de Setembro da diplomacia mundial", em referência à data dos ataques às torres gêmeas nos Estados Unidos. O partido do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, o Povo da Liberdade, afirmou que esse modo de tratar informações é o novo terrorismo.

    A divulgação de cerca de 250 mil documentos confidenciais foi promovida pelo site WikiLeaks, uma organização dedicada a expor os segredos oficiais, conduzida supostamente por um ex-analista de inteligência que explorou uma brecha de segurança.

    Jornais como El País, o inglês The Guardian, o americano The New York Times, o francês Le Monde, além da revista alemã Der Spiegel, expuseram em suas manchetes dados sobre as relações dos Estados Unidos com outros países.

    Veja imagens das capas dos jornais

    De acordo com o El País, os documentos revelam dados inéditos sobre os episódios de maior conflito no mundo, mostrando os mecanismos e as fontes da política externa americana e "deixando em evidência suas fraquezas e obsessões".

    Os textos contêm comentários e informes elaborados por funcionários dos EUA, com linguagem franca e até dura em relação a outras nações. O jornal espanhol diz ainda que os documentos revelam entrevistas, atividades de espionagem e expõem com detalhes opiniões e dados levantados por fontes em conversas com embaixadores americanos ou funcionários da diplomacia.

    Boa parte dos documentos data dos últimos anos, mas o conteúdo geral compreende o período de 1966 a 2010. O New York Times informa que, no arquivo, há comunicações entre o governo federal e mais de 270 representações diplomáticas pelo mundo.

    De acordo com a imprensa internacional, na última semana o governo de Barack Obama manteve contato com líderes de países aliados para tentar amortizar o impacto do vazamento de informações em suas relações diplomáticas. A secretária de Estado, Hillary Clinton, ligou na última sexta-feira (26) para dirigentes franceses, afegãos, britânicos e chineses para falar sobre as informações adquiridas pelo WikiLeaks.

    Um dos documentos fala sobre uma campanha de inteligência secreta dirigida aos membros da ONU (Organização das Nações Unidas), incluindo o secretário-geral, Ban Ki-moon, e representantes do Conselho de Segurança.

    Os Estados Unidos chegaram a pedir aos seus diplomatas, em 2008, que investigassem a possível presença da Al Qaeda e outros "grupos terroristas" islâmicos na região da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, segundo documentos.

    Um dos aspectos que mais chama atenção nos documentos do WikiLeaks é a revelação do que pensam os diplomatas, conhecidos pelo tom politicamente correto de suas declarações públicas, sobre os líderes mundiais.

    Um dos documentos diz que o Departamento de Estado americano pediu à embaixada em Buenos Aires informações sobre "o estado de saúde mental" da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Em outro texto, um conselheiro presidencial francês, Jean-David Lévitte, diz que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está "louco" e afirma que até mesmo o Brasil não podia apoiá-lo.

    Sobre o primeiro-ministro da Itália, são detalhadas suas "festas selvagens". Os documentos também mostram pouco apreço pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, personalidade acompanhada de perto pelas autoridades americanas.

    Fonte

    Paul Simon
    Veterano
    # dez/10
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    diz que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está "louco" e afirma que até mesmo o Brasil não podia apoiá-lo.


    Ahhhh, mas isso eu já sabia!!!

    =)

    Black Fire
    Gato OT 2011
    # dez/10
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