23º Fórum da Liberdade.

    Autor Mensagem
    Devil Boy
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: Devil Boy


    A principal característica do Fórum da Liberdade são os debates que acontecem entre as personalidades convidadas para o evento. Eles trazem diferentes perspectivas para o Brasil de amanhã, nas áreas social, econômica e política, entre outras, apontando novos rumos para solucionar os problemas do país. Ou seja, são previsões para o futuro. E nada melhor para simbolizá-las do que uma bola de cristal, formada a partir das cores e traços da bandeira nacional.

    Porto Alegre, 14 de abril de 1988. No Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, acontecia o primeiro Fórum da Liberdade.

    Criado com o intuito de buscar alternativas objetivas e viáveis para equacionar os problemas brasileiros, o Fórum consolidou-se como o maior espaço de debates sobre questões econômicas, políticas e sociais da América Latina.

    Na discussão de temas polêmicos e inovadores, conferencistas de renome nacional e internacional debatem com empresários, políticos, filósofos, sociólogos e economistas temas de vanguarda, proporcionando uma ampla visão das tendências mundiais.

    Discutir, analisar e aprender são verbos que se conjugam continuamente a cada nova edição, resultando em caminhos concretos e coerentes para a solução de questões que entravam o progresso do país.

    O Fórum da Liberdade consolidou-se ao longo desses anos trazendo palestrantes de peso para debater assuntos de relevância nacional. Seu foco sempre foi mostrar a visão dos empresários e da sociedade sobre as questões sociais, políticas e econômicas.

    A ideia do Fórum da Liberdade é, e sempre foi, reunir várias vertentes políticas, patrocinando um debate aberto das diferentes visões dentro do tema proposto, buscando dar espaço para as diversas correntes e seus respectivos pontos de vista.

    Isso torna o Fórum da Liberdade um evento importante, interessante e, acima de tudo, polêmico. Um evento com liberdade de ideias, liberdade de expressão, que busca incessantemente soluções por meio de um debate franco.

    O termo ideia pode ser entendido como imaginação, opinião, juízo, lembrança, invenção, conhecimento. Em qualquer uma dessas concepções, o vocábulo representa aquilo que diferencia o homem dos demais animais, a sua característica elementar, a razão. É de posse dessa faculdade que o ser humano desenvolve por meio de processos cognitivos, o que chamamos de ideias, elementos fundamentais para a sua existência e para a sua integração social.

    Os homens, como indivíduos racionais que são, encontram nas ideias a amálgama que os une em sociedade, que os permite interagir e compreender uns aos outros, que organiza esta convivência, que os faz evoluir no entendimento do que é bom e justo.

    O poder das ideias no processo social, portanto, é central e determinante, influenciando decisivamente a vida dos indivíduos, a matriz cultural dos agrupamentos sociais e, caminho natural, o progresso e a felicidade dos povos.

    Nesse contexto, adotando uma visão aristotélica, expor ideias é mais do que um ato útil para o desenvolvimento social; é um dever próprio dos seres humanos, dotados que são de razão e arbítrio. Por isso, um espaço plural e livre,em que os entendimentos sobre o estado intelectual, artístico, científico, econômico e social da sociedade contemporânea são debatidos, não apenas auxilia a evolução sociocultural, como também permite aos que desse encontro participam a oportunidade de exercitar a faculdade humana por excelência.

    É fundado neste pensamento que o Instituto de Estudos Empresariais apresenta a vigésima terceira edição do Fórum da Liberdade, intitulado "Seis temas para entender o mundo". Neste ano, a organização do Fórum foi buscar, na obra de Ludwig von Mises, as seis questões que constituirão as temáticas expostas, quais sejam i) capitalismo; ii) socialismo; iii) intervencionismo; iv) inflação; v) investimento estrangeiro; e vi) política e ideias. Os motes são, sem dúvida alguma, de grande relevo, e impactam fortemente a dinâmica de qualquer sociedade, motivo pelo qual suscitá-los, em um espaço que traduza diversos pontos de vista, indubitavelmente possui significativa repercussão sociocultural.

    Essas questões serão abordadas por grandes palestrantes, de diversos campos do conhecimento e de variadas linhas do pensamento, conferindo ao evento uma característica muito especial: ser um ambiente de debate livre, multidisciplinar e plural.

    É certo, portanto, que este próximo Fórum da Liberdade, ao debater ideias, representará uma oportunidade única para os seus participantes praticarem a faculdade humana por excelência, aquela que distingue os homens dos demais animais, a reflexão consciente, o uso da razão.

    Afinal, como dizia Mises, "ideias, e somente ideias, podem iluminar a escuridão".

    http://www.forumdaliberdade.com.br/fl2010/palestrantes.php

    Imperdível esse fórum. A julgar apenas pelas mesas (deliberadamente montadas para avacalhar o negócio), tenho certeza de que o troço será pelo menos divertido.

    Este ano vão colocar o filho anarquista do Milton Friedman para discutir antitruste com o presidente do Cade e um professor marxista-stalinista-maoísta da Unicamp para debater socialismo com... dois economistas austríacos!

    Melhor que isso, só ver o Stiglitz apanhando do Huerta de Soto.

    Devil Boy
    Veterano
    # abr/10
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    Aliás, isso sim é "debate democrático" e não aquela reunião de comadres inútil conhecida como Fórum Social Mundial, verdadeiro refúgio de comunistas analfabetos desprovidos de autocrítica, financiada pelo governo, que só serve para promover showzinhos uníssonos antiglobalização, de apologia ao MST e à censura da mídia para uma platéia de pós-adolescentes cabeças-de-vento.

    ghostbastard
    Veterano
    # abr/10
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    Devil Boy
    verdadeiro refúgio de comunistas analfabetos desprovidos de autocrítica, financiada pelo governo, que só serve para promover showzinhos uníssonos antiglobalização, de apologia ao MST e à censura da mídia para uma platéia de pós-adolescentes cabeças-de-vento.


    parabéns, um show de discernimento.

    Me deu muita vontade de ler o seu texto agora.

    Julia.
    Veterano
    # abr/10
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    E nada melhor para simbolizá-las do que uma bola de cristal, formada a partir das cores e traços da bandeira nacional.
    Haha. Gênio.

    Devil Boy
    Veterano
    # abr/10
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    ghostbastard

    O texto não é meu.

    Por acaso, você seria uma das pessoas a que eu me referi no meu último post? =)

    brunohardrocker
    Veterano
    # abr/10
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    Eles debatem o futuro do Brasil mesmo ou um futuro que eles sonham para o Brasil mas que não sairá do debate?

    Julia.
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: Julia.
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    brunohardrocker
    Pelo que entendi, a intenção deles não é mudar o mundo não. É espalhar as idéias, disseminar a razão, fazer com que as pessoas pensem. Eles não estão ali pra encontrar essa verdade absoluta que vai mudar o Brasil e o mundo - e que, na verdade, não existe.

    Devil Boy
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: Devil Boy
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    brunohardrocker

    Com a mentalidade estatista que predomina no Brasil, provavelmente a segunda alternativa.

    Levando em conta as instituições vigentes e os candidatos que costumam liderar as pesquisas eleitorais, falar em coisas como cortar impostos, demitir funcionários públicos, diminuir o tamanho do Estado em geral e permitir "guerras de preços" entre as empresas soa politicamente utópico mesmo.

    brunohardrocker
    Veterano
    # abr/10
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    Julia.

    Hm, sei.
    Espero que quem assista ao debate raciocine mesmo.

    brunohardrocker
    Veterano
    # abr/10
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    Devil Boy
    cortar impostos, demitir funcionários públicos, diminuir o tamanho do Estado em geral e permitir "guerras de preços" entre as empresas

    Triste é que a maioria nem sabe o que é isso.

    Ed_Vedder
    Veterano
    # abr/10
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    No fim, irão todos pra redenção ascender um baseado e cantar woman no cry... tal qual os piolhentos do forum social mundial.

    brunohardrocker
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: brunohardrocker
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    Eu tava tentando achar aqui uma foto em que um sujeito levanta uma faixa no meio da multidão, que diz "Eu odeio a liberdade de expressão!" em inglês. Mas não achei mais.

    Shredder_De_Cavaquinho
    Veterano
    # abr/10
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    Malditos neoliberais.

    J. S. Coltrane
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: J. S. Coltrane
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    edit: tópico errado

    Black Fire
    Gato OT 2011
    # abr/10
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    Pelo naipe dos palestrantes a diferença desse fórum e do fórum social mundial é que nesse aí, ao invés de barbudos sujos, estão almofadinhas engravatados, mas a reunião de cumadres e gente desprovida de auto-crítica que acredita em ideais economicos-sociais do século 18 é a mesma.

    Dogs2
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: Dogs2
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    Democrático entre aspas né.
    Teve um fórum da liberdade que o Ciro Gomes participou e ele foi o único, inclusive entre a platéia, que era contra o (neo)liberalismo. Aliás, o Ciro até disse que á a favor de um liberalismo absoluto, mas que não estamos na época de almejá-lo. E explicou o porquê disso com argumentos SÓLIDOS, dados estatísticos e raciocínios bem expostos. Mas o Tom Palmer foi outro convidado, e nem quis discutir racionalmente: preferiu ficar chamando a platéia (predominantemente liberal) com provocações pra cima do Ciro. Bem democráááticooo...

    Excelion
    Veterano
    # abr/10
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    Deve ser mais um bagulho aí pra movimentar a galerë maconheira militante que passa no Vestibular e acha que já é gente.

    Dogs2
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: Dogs2
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    Excelion
    Nem tem taaaanto esse caráter... mas esse grupo até que existe
    O pessoal do Fórum da Liberdade é bem gabaritado, o que mata é o clima de "torcida organizada liberal" que tem, que dá a entender que eles mais se preocupam em afirmarem os devaneios ideológicos uns dos outros do que uma visão mais, sei lá, lúcida

    J. S. Coltrane
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: J. S. Coltrane
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    almofadinhas engravatados, mas a reunião de cumadres e gente desprovida de auto-crítica que acredita em ideais economicos-sociais do século 18 é a mesma.

    hehehe

    edit. Fui no FSM e acho que deve ser muito mais divertido que esse citado ai em cima.

    Devil Boy
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: Devil Boy
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    Dogs2
    E explicou o porquê disso com argumentos SÓLIDOS, dados estatísticos e raciocínios bem expostos. Mas o Tom Palmer foi outro convidado, e nem quis discutir racionalmente: preferiu ficar chamando a platéia (predominantemente liberal) com provocações pra cima do Ciro.

    Ô, você estava lá? Eu só assisti um pedaço da discussão que colocaram na internet outro dia.

    A menos que a minha memória esteja enganada, o Ciro Gomes estava teimando, em pleno século XXI, de defender o protecionismo com o argumento de que isso seria uma forma de proteger a "identidade cultural" dos brasileiros, que supostamente estaria sendo ameaçada pela "imposição de um padrão de consumo estrangeiro", através do acesso mais fácil aos produtos importados.

    Digamos a título de ilustração dessa idéia que, se as tarifas de importação de guitarras forem reduzidas a zero e, de repente, uma guitarra Fender passar a custar menos que uma guitarra Tagima e, em razão disso, os guitarristas brasileiros começarem a consumir mais Fender do que Tagima (afinal, muitos, incluindo eu, consideram a qualidade média da primeira marca superior à da segunda) a "identidade cultural" do Brasil estará comprometida. Por esse motivo, ele afirmava que uma das funções do governo é proteger os consumidores de si mesmos, para que você não abandone a sua "identidade nacional" em nome de valores materialistas vazios como, por exemplo, desembolsar menos por uma guitarra de maior qualidade.

    Depois ainda veio com um mercantilismo bizarro e fez a maior salada. O raciocínio dele, por mais ridículo que possa ser, era algo como: "nós somos brasileiros e, como nossa renda e padrão de consumo são inferiores ao dos países ricos, devemos pagar mais caro para consumir os produtos nacionais e os políticos devem nos proibir de pagar menos por produtos estrangeiros. Assim seremos mais ricos."

    E uma coisa que me chamou a atenção na hora foi que a argumentação dele era só isso mesmo - ele não tentou nem alegar a velha conversa fiada de que competição com indústrias estrangeiras prejudica as firmas locais e causa "desemprego". Ou seja, ao ficar só nessa de "identidade", praticamente pediu para o Palmer comer o rabo dele.

    E, se bem me lembro, o Tom Palmer também não fez nada além de ter citado os países bálticos e outros do ex-bloco soviético como exemplo de nações que enriqueceram após a abolição total do protecionismo e ironizado o fato de ele (Ciro), com o poder aquisitivo típico de um membro das elites brasileiras, ter feito cursos em Harvard e possuir pleno acesso aos demais produtos que ele, ao defender o protecionismo, quer negar à população de menor poder aquisitivo que o dele.

    Obviamente acusar o Ciro de hipocrisia não foi a maneira mais "simpática" e "legal" de se dirigir ao cara, mas nem por isso deixa de ser um argumento perfeitamente válido para ilustrar como funciona a cabeça desses burocratas.

    o que mata é o clima de "torcida organizada liberal" que tem, que dá a entender que eles mais se preocupam em afirmarem os devaneios ideológicos uns dos outros do que uma visão mais, sei lá, lúcida

    Eu vou para a edição deste ano com a minha esposa. E não nego que estou indo para lá com a expectativa de ver o presidente do Cade ser "ownado" mesmo.

    Mas sem dúvida eu quero ouvir o que ele tem a dizer. Se por acaso ele contrariasse essa expectativa e apresentasse algum argumento instigante e falácia-free, eu não veria porque não mudar os meus conceitos e virar a casaca.

    Eu não tenho problema em mudar de idéia, eu tenho problema é com ignorância e preguiça.

    Devil Boy
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: Devil Boy
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    Aliás, o Ciro até disse que á a favor de um liberalismo absoluto, mas que não estamos na época de almejá-lo.

    Eu não duvido que o Ciro Gomes tenha lá seus bons momentos.

    Contudo, hoje ele não passa de apenas mais um político oportunista fazendo média com todo mundo, se esforçando para mostrar como é "centrista" e sempre adotando o discurso que atraia o maior número possível de aliados, por mais que esse discurso não faça sentido nenhum. Ele diz que não é "esquerdóide", que não é "conservador", que não é "reacionário", que não gosta de "burocracia". Se ele não gosta de nada disso e também não é "neoliberal", então o que é que ele é afinal?

    Ah, lembrei: ele é o cara que quer ditar onde as pessoas devem gastar seu dinheiro, que quer impedi-las de consumirem aquilo que consideram mais vantajoso e que acha que o dinheiro dessas pessoas tem de servir a finalidades mais "nobres" e "adequadas à sua identidade cultural" do que aumentar o próprio bem-estar delas.

    Dogs2
    Veterano
    # abr/10 · Editado por: Dogs2
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    Devil Boy
    o Ciro Gomes estava teimando, em pleno século XXI, de defender o protecionismo com o argumento de que isso seria uma forma de proteger a "identidade cultural" dos brasileiros, que supostamente estaria sendo ameaçada pela "imposição de um padrão de consumo estrangeiro", através do acesso mais fácil aos produtos importados.

    Esse "protecionismo" que o Ciro defende não é absoluto, senão ele saía defendendo a estatização de tudo, mas o que ele defende é planejamento central estratégico do Governo com alguns mecanismos entre o estado e os empreendedores que eu ainda não entendo porque não manjo muito disso, mas se vc procurar algumas entrevistas dele ele explica com clareza. Pra ele, o país precisa de uma segurança que o mercado não oferece, e pra vc entender de forma prática o perigo, veja só a situação atual da Islândia. Aliás, um dos defeitos, para ele, do governo Lula é justamente não ter institucionalizado nenhum avanço nosso, porque dessa forma com um peteleco a gente cai. O básico do que ele defende, é que ele diz que não conhece nenhum experimento de desenvolvimento exitoso no planeta sem três características: 1. Sólido nível interno de poupança, com exceção da norte-américa por peculiaridades. 2. Sólida coordenação estratégica do governo com o empreendedorismo 3. Investimento em gente (educação, nível de capacitação, etc). São três itens interrelacionados, e é ISSO que ele defende, e não ideais etéreos que nascem e morrem no campo das idéias. Não tem essa de estado mínimo, estado máximo... é estado NECESSÁRIO pra ocasião. Tanto que aliás, nesse debate, quando ele comenta sobre a Estônia, Lituânia... dá a entender que, caso ele governasse algum desses países, ele os trataria não da forma protecionista, porque eles NÃO TEM O QUE PERDER, por isso a tarifa é zero. Aqui no Brasil, nós temos o que perder, então é preciso algumas medidas que assegurem o que adquirimos. Tudo é circunstancial.

    Ian Anderson
    Veterano
    # abr/10
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