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brunohardrocker Veterano |
# mar/10
Isso é um lamento, tipo "triste, mas verdade" ou uma afirmação mesmo, como se uma coisa realmente dependesse da outra?
O que acha?
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rodsom Veterano |
# mar/10
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parece que eu ja vi um topico desse. mas nao tenho certeza nao.
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Simonetti Veterano |
# mar/10
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Si vis pacem, para bellum!!!
Já usei esta frase aqui no OT, mais de uma vez!
Não acho que deveria ser assim, mas infelizmente é verdade, pois é parte da natureza humana ser belicista.
Acho que são raros os povos que nunca se meteram em alguma guerra. Talvez os suiços, alguns países nordicos e só. Todos os demais já viveram alguma guerra... alguns nunca saíram dela.
É como se para viver em paz, das duas uma:
- um povo precisa se livrar dos males que o impedem de ter paz. Vide os isralenses, com todos os povos árabes que não reconhecem seu direito à terra.
- ou então um povo consegue viver em harmonia mas é constantemente ameaçados por aqueles que invejam sua paz de alguma forma.
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Simonetti Veterano |
# mar/10
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http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/175852/#4796374
http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/173224/#4714308
http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/179472/#4920071
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Índio_DT Veterano |
# mar/10
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Infelizmente é a verdade. Hoje em dia o conceito de paz vem de uma trégua após um conflito, e não da promoção de um desejo comum. Dificilmente uma pessoa que está em paz se preocupa em promover a paz. Ela só vai se preocupar quando estiver entrando em conflito, e isso só vai acontecer até que ela veja que não tá conseguindo progresso. Daí, ela resolve promover a guerra tambem. No mais, buscar a paz como desfecho de uma guerra é comum.
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brunohardrocker Veterano |
# mar/10
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Simonetti Não acho que deveria ser assim, mas infelizmente é verdade, pois é parte da natureza humana ser belicista.
Você acha que existe alguma forma de mudar essa natureza?
Tipo, eu tava pensando aqui, e fazendo uma analogia da guerra com a quimioterapia. Quando um câncer está num certo grau, as sessões de quimioterapia apenas vão prolongando a vida da pessoa, adiando o falecimento, o que não implica em cura, pois o câncer volta.
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Índio_DT Veterano |
# mar/10
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brunohardrocker Tipo, eu tava pensando aqui, e fazendo uma analogia da guerra com a quimioterapia. Quando um câncer está num certo grau, as sessões de quimioterapia apenas vão prolongando a vida da pessoa, adiando o falecimento, o que não implica em cura, pois o câncer volta.
Boa analogia. Vou até seguir meu pensamento baseado nela. A maioria das pessoas que fazem quimio sabem que a cura é improvável. Essa prorrogação da vida serve mais pra uma esperança de acharem uma cura repentina e poder salvar a humanidade. Ou seja, é aquela gota de esperança que nunca sai do peito. No caso da paz e da guerra, podemos dizer que hoje em dia é colocado a paz como câncer e a guerra como quimioterapia, onde o correto (ou mais coerente) seria o inverso.
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brunohardrocker Veterano |
# mar/10
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Índio_DT Interessante sua colocação.
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Simonetti Veterano |
# mar/10
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Índio_DT a paz como câncer e a guerra como quimioterapia
A paz não é o cancer, mas sim a tão desejada cura!
O câncer é a situação atual (qualquer uma que não a paz), a tensão entre povos, a disputa por terras, por controle de governos, a intolerância religiosa, a intolerância racial, etc!
A guerra - esta sim eu concordo - seria a quimioterapia: pode ser que leve à paz, pode ser que não.
Veja no caso da Somália: 20 anos de conflito armado e nada se resolveu: a situação está cada dia pior. Já no caso da II Guerra Mundial, uma guerra foi necessária para salvar o mundo dos cânceres do nazismo e facismo. Neste caso, funcionou.
Então, há momentos em que a guerra é sim necessária. Carl von Clausewitz disse que "a guerra é a extensão da política por outros meios" ("war is the extension of politics by other means"). Ele está certo: a guerra é de fato uma extensão de métodos quando a política tradicional falha.
O que acontece, no entanto, é que a política nem sempre é buscada, o diálogo, a diplomacia estão ficando cada vez em segundo plano. Vemos este tipo de coisa muito clara no mundo de hoje:
- Israel vs. Palestina: há tréguas de paz, acordos, etc, mas sempre um dos lados (geralmente a palestina, que é governada pelo Hamas) quebra a trégua, impedindo que a política funcione
- Venezuela: O Hugo Chavez está armando a Venezuela, ao custo de deixar seu país sem energia elétrica, sem comida, sem abastecimento de água e esgoto. Pra que? Ele quer tão desesperadamente uma guerra com os EUA, mas ao mesmo tempo se recusa a sentar para conversar de igual para igual com o Barack Obama.
Já em outros casos, a guerra funcionou perfeitamente como extensão da política quando esta foi tentada e mal sucedida:
- as 2 guerras mundiais
- As guerras dos balcãs, sobretudo a que levou à criação de novos Estados, como a Eslováquia, República Tcheca, Eslovenia, Croacia.
- A guerra das malvinas
Já houve casos em que os meios políticos funcionaram antes que uma guerra eclodisse, mesmo que ela fosse eminente:
- a crise dos mísseis em cuba (1969, eu acho)
- a separação das repúblicas soviéticas
Então, como vemos, a guerra muitas vezes é um mal necessário, mas outras é simplesmente um ato mal pensado de uma política sequer tentada.
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Índio_DT Veterano |
# mar/10
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Simonetti É. Por isso eu disse que o contrário seria o mais coerente.
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Konrad Veterano |
# mar/10
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brunohardrocker
Essa frase me lembra as aulas de latim, Quincas Borba e o Pragmatismo norte-americano.
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Thiago Yoshiki Veterano |
# mar/10
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Então parece que o grande problema do Hugo Chavez é o orgulho pessoal.
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Juh_Cruz Veterano |
# mar/10
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eu acho que uma coisa depende da outra...
É como se para viver em paz, das duas uma:
- um povo precisa se livrar dos males que o impedem de ter paz. Vide os isralenses, com todos os povos árabes que não reconhecem seu direito à terra.
- ou então um povo consegue viver em harmonia mas é constantemente ameaçados por aqueles que invejam sua paz de alguma forma. [2]
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Índio_DT Veterano |
# mar/10
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Juh_Cruz É assim que acontece. Mas enquanto a paz for tratada como "antônimo de guerra", nao vai mudar muita coisa no mundo...
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luiztx Veterano |
# mar/10
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O que falta é pensamento coletivo, no mundo existem condições de todos viverem em ótimas condições, se todos lutarem para que isso acontece, mas a preguiça de uns e a ganância de outros impede que isso acontece. como foi na URSS, não lembro o nome da política, mas foi em um período em que toda a produção rural era dividida pelo povo pra que todos tivessem o que comer... não funcionou, pois o ser humano, que se julga superior por ser supostamente "racional" parou de produzir como produzia antes pois sabia que alguém estaria fazendo por ele...
se o mundo vivesse em uma política semelhante, e as pessoas visse que isso só traria felicidade e desenvolvimento a todos, talvez a paz fosse algo eterno...
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Simonetti Veterano |
# mar/10
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Thiago Yoshiki Então parece que o grande problema do Hugo Chavez é o orgulho pessoal.
Também!
Outro grande problema dele é que ele não é um líder político. Ele é mais um sindicalista do que um governante. Ele desconhece políticas internacionais, regras diplomáticas, e não tem o menor interesse no bem coletivo. Tanto é que a Venezuela é um país que com alguma liderança seria capaz de virar 1º mundo, dada a riqueza mineral sobre o qual estão sentados.
Ele quer ser uma espécie de mártir de uma causa que não existe. A Venezuela estava muito bem antes dele, e é exatamente ele que está tornando-a inabitável.
Uma guerra na Bolívia (Evo Morales, putinha do Hugo Chavez) e na Venezuela são inevitáveis, civil ou militar, para frear os abusos que estes 2 caudilhos silvícolas estão cometendo. O Brasil já tomou milhões (bilhões, talvez) de dólares em prejuízo resultante dos arroubos de Hugo chavez. Só que nossa política estrangeira, com o Celso Amorim, se baseia em ficar de quatro para países de esquerda e peitar países de direita!
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Lucas Borlini Veterano |
# mar/10 · Editado por: Lucas Borlini
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brunohardrocker
Cara, eu creio que o sentido da frase é que uma coisa depende da outra.
Si vis pacem, para bellum.
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Lucas Borlini Veterano |
# mar/10
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Si vis pacem para bellum é uma locução latina que quer dizer: "Se queres a paz, prepara a guerra". Foi escrita pelo autor romano Publius Flavius Vegetius Renatus. A locução é uma de muitas provenientes do seu livro "Epitoma rei Militaris", que foi provavelmente escrito no ano 390 D.C. A expressão não se trata de espírito belicoso, como podem sugerir interpretações equivocadas.Trata-se, ao contrário, de uma exaltação à paz. Entretanto, a história da humanidade demonstra que a paz não contempla todos os povos, mas somente aqueles que têm a Inteligência de conquistá-la. Este é o grande propósito da Inteligência Operacional, pois "aquele que não estiver disposto a lutar pela sua paz, não a merece". Esta frase também foi usada como moto pelo fabricante alemão de armas Deutsche Waffen und Munitionsfabriken e é a origem da palavra Parabellum, usada para designar calibre de armas de fogo e munições.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Si_vis_pacem,_para_bellum
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J. S. Coltrane Veterano |
# mar/10
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Se a natureza humana é belicista a solução é a morte de todos.
Não existe nada pré-determinado em nossas ações. Isso é naturalizar a história e as relações sociais.
"O amor pode ser inútil se não compreendermos as causas da guerra"
Seu Madruga
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