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The Root Of All Evil Veterano
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# jun/09
É brabo aturar as "aulas" dos pesquisadores. A grande maioria nem quer dar aula e só vai lá pra ficar lendo os slides na parede, sem didática nenhuma. Não há quem aguente, até os mais nerds pegam no sono.
Esta falta total de didática aliada aos blocos de 4 horas de aula seguidas, sem intervalos, quase acabam com o gosto pela ciência, além de me deixar totalmente desmotivado.
É algo que eu não entendo, o cara ganha no mínimo 6 mil reais pra preparar algumas aulas interessantes, corrigir algumas provas... Sobre o assunto que ele mais gosta e além de tudo ainda trabalha com isto.
E ao invés de pensar uma maneira de fazer isso de forma interessante o cara chega lá e simplesmente joga a porra toda em cima de você, como uma metralhadora giratória?
É impossível de entender como este esquema ainda permanece numa grande faculdade. Deve ser comodismo.
Só um desabafo, nem expressei tudo que penso sobre isso.
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Minow Veterano |
# jun/09
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The Root Of All Evil Pra ser pesquisador tem que ter licenciatura?
Obs: entra no msn.
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The Root Of All Evil Veterano
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# jun/09
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Minow Pra ser pesquisador tem que ter licenciatura?
Nopa. Nem pra ser professor de universidade.
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The Root Of All Evil Veterano
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# jun/09
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O engraçado também é que isso é motivo de orgulho da universidade:
"Todos os nossos professores são pesquisadores e dão aula sobre o assunto que mais entendem."
Vai ver "as aulas"...
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Headstock invertido Veterano |
# jun/09
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Os professores deveriam lembrar do quão chatos eram os professores deles, e tentar ser melhor, e não descontar nos alunos.
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thebassx Veterano |
# jun/09
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O Bog já vem esclarecer.
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Laura Pausini a cantora Veterano |
# jun/09
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Todo professor deveria ser igual a professor de cursinho!!! Todo professor deveria fazer aulas de teatro!!! Todo professor deveria se humanizar mais ter aulas de didática ....
tudo seria mais fácil
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Headstock invertido Veterano |
# jun/09
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Laura Pausini a cantora Os professores deveriam lembrar do quão chatos eram os professores deles, e tentar ser melhor, e não descontar nos alunos.
Fazendo tudo isso aê
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The Root Of All Evil Veterano
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# jun/09
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Laura Pausini a cantora
É verdade cara.
Dar aula é uma coisa tão importante!
Os professores deveriam se esforçar pra fazer a aula ser a coisa mais interessante e mágica possível!
Mas ao invés disto...
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Headstock invertido Veterano |
# jun/09
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The Root Of All Evil Olha quem está pelo OT...
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Bog Veterano
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# jun/09 · Editado por: Bog
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The Root Of All Evil
Heheh, o pior é que é verdade, existem mesmo muitos professores em universidades que só entram porque querem ser pesquisadores. Pior, isso não ocorre só no Brasil, mas em todo o mundo. Sim, este não é o "modelo brasileiro"! O.o
Mas muito piores são aqueles que entraram na universidade há uns 20 anos e se acomodaram, sem produzir pesquisa e nem trabalhar na indústria. Se os primeiros sabem o que há de quente no mundo da ciência mas não sabem passar isso adiante, os últimos vão tentar passar adiante montes de coisas defasadas e arcaicas!
Por outro lado, é importante saber que o papel do professor universitário NÃO É ENSINAR!!! Sim, isso mesmo. O papel do professor universitário é cobrar que o aluno aprenda. Um bom professor consegue equilibrar as coisas, não chega na prova cobrando coisas das quais nunca falou, mas também não dá tudo na boquinha, faz os alunos aprenderem sozinhos, nem que seja na marra. Um dia, alguns olharão para trás e notarão que aprenderam a ter uma coisa importante, chamada autonomia. Aprender a se virar sozinho faz parte da brincadeira.
o cara ganha no mínimo 6 mil reais
Opa, 6 mil, onde? Também quero! =P Na última vez que conferi, o salário para um PhD era uns 5 mil...
Ah, e não se esqueça que muitos dos professores ficam por anos como substitutos/temporários/bolsistas de posdoc, porque os concursos não são tão frequentes assim. Esse aí ganham 2 mil e olha lá.
pra preparar algumas aulas interessantes, corrigir algumas provas...
Neste ponto, eu te *garanto* que é mais complicado do que parece. Equilibrar o tempo dedicado à pesquisa com o da preparação das aulas é bem difícil, especialmente para aqueles que preferem a pesquisa às aulas. Não sei como você imagina que é a rotina de um pesquisador, mas te garanto que sempre falta tempo - você precisa ler muito, escrever muito, projetar e executar experimentos, conversar longamente com os alunos do mestrado/doutorado, se enfiar na lama da burocracia e da captação/administração de recursos (na universidade pública, os próprios professores precisam manter o departamento)... o tempo/vontade que sobra para o cara preparar aulas às vezes é pequeno. Especialmente quando ele entra na sala e nota que a maior parte dos alunos não está interessada em aprender, só em tirar nota para passar. Eu sou pesquisador em tempo integral - não dou aulas e nem oriento ninguém - e às vezes 9 horas de trabalho me parecem muito pouco em um dia.
Claro, isso não isenta os professores da responsabilidade. Como eu disse, um bom professor consegue equilibrar as coisas. Mas não pense que fazer isso é fácil, porque não é.
Só quero ver como é que eu vou me sair... Eu penso bastante no assunto, e quero ser um bom professor, mas exatamente por estar bem próximo desta realidade é que eu sei que não é nada simples como algumas pessoas pensam que é.
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Bog Veterano
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# jun/09
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Laura Pausini a cantora Todo professor deveria ser igual a professor de cursinho!!!
Discordo totalmente. Os bons professores de cursinho não ensinam os alunos, adestram. Flipper dá cambalhota, Flipper ganha peixinho, muito bem, Flipper! No cursinho, os professores tomam para si o papel de criar o interesse. Numa universidade, lidando com adultos, o interesse tem que partir do aluno. Supõe-se que um adulto é capaz de se interessar pelo conhecimento pelo conhecimento, e não por malabarismos e piadas com pitadas de conhecimento. Da mesma forma que supõe-se que um adulto é capaz de ler um manual técnico com 600 páginas da mais árida descrição por saber que aquilo é necessário para determinado trabalho, e por isso ninguém faz manuais técnicos com cara de Super Interessante ou manuais técnicos em quadrinhos.
Todo professor deveria fazer aulas de teatro!!!
Discordo totalmente, de novo. Professor universitário está lá para cobrar do aluno, não para dar cambalhota e contar piada. O aluno deve se interessar pelo conhecimento, e não pela cambalhota ou pela piada.
Saindo da universidade, quando o advogado for ler um processo volumoso e monstruoso, não vai ser um processo engraçado, divertido, com figuras para colorir. Vai ser um processo chato, longo, árido, e enrolado.
Saindo da universidade, quando o médico for ler sobre um novo procedimento cirúrgico, não vai ser um relatório contendo piadas, suspense, emoção e muitas aventuras de uma turminha que vai aprontar grandes confusões. Vai ser um relatório seco, direto, técnico.
O universitário precisa aprender desde cedo a buscar o conhecimento pelo conhecimento, e não pelos enfeitezinhos em volta do mesmo.
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Bog Veterano
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# jun/09 · Editado por: Bog
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Para não acharem que eu penso que tudo é uma maravilha, já digo: não é.
Mas o maior problema que eu vejo nas universidades não tem nada a ver com professores que não chegam na sala fazendo malabarismos e cantando musiquinhas para decorar como se calcula uma integral de 2a. ordem.
Os dois maiores problemas que eu penso existirem são:
1. De longe, os professores acomodados, que mesmo que saibam dar aulas, só ensinam coisas arcaicas, que não fazem parte nem da realidade da ciência e nem da realidade do mercado.
2. O fato de que se coloca MUITO peso na pesquisa acadêmica. Isso é relacionado com aquilo que o autor do tópico acha ruim. Ao meu ver, a universidade devia ter professores com backgrounds distintos, alguns mais acadêmicos, outros mais "do mercado", e outros no meio do caminho. Os alunos deviam ter contato com a realidade científica/acadêmica, mas também com a realidade do mercado. Incluindo aí toda a cadeia do conhecimento, da pesquisa básica até a aplicação direta. Do jeito que está, tem academia demais e indústria de menos.
Eu me vejo como alguém no meio do caminho: desde o tempo dos estágios, eu tentei não seguir o caminho "bolsista de iniciação científica -> bolsista de mestrado -> bolsista de doutorado -> posdoc/professor substituto -> professor". Fiz estágios, e trabalho com pesquisa aplicada, não acadêmica. Mas sei que isso pode pesar contra mim quando for tentar um concurso, porque muitos departamentos dão mais valor para o cara que passou os últimos 15 anos só estudando e publicando papers...
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Horcruxes Veterano |
# jun/09
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The Root Of All Evil Concordo. Pelo menos 70% das minhas aulas são um cu. É o q vc falou msm: os caras são pesquisadores, manjam horrores do assunto q teoricamente ensinam, e mesmo assim ninguém entende uma palavra da aula deles. Os slides são confusos, as provas são impossíveis, e o livro-texto da aula é uma merda que eles mesmos escreveram e que é tão ruim quanto a aula em si.
Inclusive, nesse exato momento estou me decidindo a matar as aulas de hoje pra estudar pra prova de amanhã. A aula é de física e eu já estou muito mal, mas a matéria da prova de amanhã (Biologia Celular Geral) vai ferrar todo o meu semestre que vem se eu não for bem.
Moral da história: a grande lição que se tira da faculdade é mesmo aprender a ser auto-didata! >_<
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Bog Veterano
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# jun/09
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Horcruxes a grande lição que se tira da faculdade é mesmo aprender a ser auto-didata
Hehehe, essa aí já captou o espírito da coisa...
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Bog Veterano
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# jun/09
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Para entender melhor o outro lado:
http://www.phdcomics.com/comics/archive.php?comicid=975 http://www.phdcomics.com/comics/archive.php?comicid=979 http://www.phdcomics.com/comics/archive.php?comicid=980
http://www.phdcomics.com/comics/archive.php?comicid=1080 http://www.phdcomics.com/comics/archive.php?comicid=1081 http://www.phdcomics.com/comics/archive.php?comicid=1082 http://www.phdcomics.com/comics/archive.php?comicid=1083 http://www.phdcomics.com/comics/archive.php?comicid=1084 http://www.phdcomics.com/comics/archive.php?comicid=1085
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tncv Veterano |
# jun/09
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joga a porra toda em cima de você olhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaa
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CheshireCat Veterano |
# jun/09 · Editado por: CheshireCat
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Eu prefiro aprender sozinha, então não me importo. Só presto atenção na aula se eu gostar do professor. Senão fico lá fazendo exercícios ou nem vou. (no caso dos que não cobram presença)
Bog Discordo totalmente, de novo. Professor universitário está lá para cobrar do aluno, não para dar cambalhota e contar piada. Bah, eu concordo com você, mas esses professores palhaços são os únicos que conseguem minha atenção hehe. =P
Para entender melhor o outro lado: Ahauahauhauaha muito boas as tirinhas!
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Carlos_Souza_Jr Veterano |
# jun/09
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Apesar de não ter lido todos os posts, imagino que o Bog já tenha falado quase tudo.
The Root Of All Evil
Gostaria de citar um dos muitos motivos de termos pesquisadores desinteressados: os alunos.
Cara, a grande maioria dos alunas das universidades, pasmem, é desinteressado e leva tudo com a barriga. O professor (em uma atitude errada, é claro) prefere cuspir a matéria, ou entupir os alunos de trabalhos e passar as outras 20 h dele se divertindo em seus laboratórios com os colegas pesquisadores(incluo aqui os seus próprios alunos de iniciação ciêntifica), que normalmente são interessados pelo assunto.
O que eu postei não serve como desculpa por um simples motivo, a função do professor não é só a parte técnica, mas sim a formação do profissional como um todo, e tornar a sua aula atrativa ao aluno é tbm responsabilidade do professor, assim como fazer valer sua autoridade. Fato: eles ganham muito pouco pra tal responsabilidade.
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Sephiro Veterano |
# jun/09
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Bog o cara ganha no mínimo 6 mil reais Opa, 6 mil, onde? Também quero! =P Na última vez que conferi, o salário para um PhD era uns 5 mil...
O salário base para professor adjunto nível I com dedicação exclusiva é de R$ 6.722,85, tenho alguns editais aqui, caso lhe interessar...
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Bog Veterano
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# jun/09
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Sephiro O salário base para professor adjunto nível I com dedicação exclusiva
Uia, 4 anos sem prestar atenção aos concursos dá nisso... =P É para federal?
Mas só de pensar que até passar no concurso eu vou passar X anos como substituto/temporário/posdoc, ganhando menos de 1/3 disso... :(
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MajorKong Veterano |
# jun/09
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Pior em Medicina, que, além de pesquisa e ensino, mais de 90% ainda atuam na área. Sempre vai ter um que puxa mais prum lado, mas a didática sempre tende a sofrer.
Mas, no final das contas, é legal pegar essa gama de visões e experiências. Tem horas que eu acho que o pessoal de certos cursos vive num mundo de fantasias. Só no livro texto.
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Sephiro Veterano |
# jun/09
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Bog É para federal É para federal sim!
Mas só de pensar que até passar no concurso eu vou passar X anos como substituto/temporário/posdoc, ganhando menos de 1/3 disso... Eu não olhei como isso funciona ainda, mas me parece que esse período é de 3 anos.
Eu até me inscreveria nesses concursos, mas ainda não tenho doutorado ;p
Qual sua área de atuação?
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Bizet Veterano |
# jun/09
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Sephiro Não é você o que fazia História?
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conandrade Veterano |
# jun/09 · Editado por: conandrade
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Bog
Pra presidente!
Cara, demais os seus posts. Não se acha não. :) Vc falou muita coisa que eu quis ter dito, qndo tive a oportunidade. []´s
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McBonalds Veterano |
# jun/09
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Na minha universidade também tem isso. Empresários (que não poderiam necessariamente ser chamados de professores) que dão aulas só para complementar a renda, sem ter nem sombra de didática.
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thebassx Veterano |
# jun/09
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É engraçado, que parece que todo Professor nasceu professor. Tipo brotou do chão na frente da sala de aula. Parecem pessoas sem passado... e quando tentam contar piada então, que tragédia !!!
Durante todo meu curso de engenharia, que fiz numa federal, nunca tive um professor que ENTENDESSE do mercado. Já resolvi provas absurdamente estúpidas no âmbito prático, questões meramente acadêmicas, tipo, calcule a impedância de entrada deste estágio porta-comum com fonte degenerada, e um capacitor shunt .... quer dizer, um bagulho assim nem existe na prática...
Pior eram as provas de curto-circuito em linhas de transmissao... inventavam uns valores quaisquer, e na hora de resolver as provas tinah que manter em mente que ali, aplicando a prova rea uma pessoa que nunca tinha sido engenheiro na vida, mas um mero estudante... a vida toda, e por isso aqueles numeros pareciam tao fora de contexto e absurdos...
Hahaha... alias, conversando com um colega meu, que esta trabalhando numa empresa de nobreaks e etc., teve um problema num conversor, e ninguem conseguia resolver.. dai chamaram um professor da univerisdade que eu estudei - um cara super fodao do tipo que levanta a voz na sala e pergunta.. FULANO, QUAL A FORMULA DA TAXA DE DISTORCAO HARMONICA? ... dai ele foi lah, pensou, pensou... cobrou sei la quantos dolares por hora.. e no fim das contas quem resolveu o problema, foi um tecnico em eletronica velho que nunca ouviu falar no termo "eletronica de potencia"... e o problema era simples.
É uma pena. No BR as pesquisas são pra gerar energia eólica em marte, pra provar uma formula... e vai um monte de dinheiro nisso. Por isso que em termos tecnologicos o Brasil e tao atrasado, nao porque nao existam cabeças pensantes, mas pela mentalidade dessas cabeças.
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Bog Veterano
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# jun/09
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Sephiro Qual sua área de atuação?
Inteligência artificial + visão computacional
No momento, estou trabalhando como pesquisador no Japão, mas uma hora eu pretendo voltar para o Brasil e seguir como professor.
conandrade
hsomddfoiejmfsd... (constrangido)
thebassx nunca tive um professor que ENTENDESSE do mercado
Como eu disse lá em cima, eu acho que isso acontece porque em muitos departamentos, os professores se trancam em suas torres de marfim, e não existe interação entre a indústria e a academia. Eu acho que essa conversa é importante, produtiva e saudável. Nem só academia, nem só mercado, nem só teoria, nem só prática. Gostaria que houvesse um pouco de tudo, nem que isso significasse abrir mão de, por exemplo, decoarar a "fórmula da taxa de distorção harmônica". Este problema, ao meu ver, é muito mais grave do que ter professores que não fizeram curso de teatro com o Krusty (olá crianças, hehehehehehehe!).
Ainda na universidade, tive várias discussões com professores que tinham idéias completamente fora da realidade. E por isso mesmo, quando for dar aula, pretendo sempre começar e concluir um assunto dizendo onde exatamente aquilo se aplica no "mundo real". Claro, também tem vezes nas quais os alunos PENSAM que aquilo não tem utilidade, para só descobrir que estavam enganados quando é tarde demais. Digo por experiência própria, como alguém que pensava que nunca ia precisar de cálculo...
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Bog Veterano
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# jun/09
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todos
Aproveitando o embalo, estava conversando com minha namorada, que fez faculdade no Brasil e agora está estudando aqui no Japão, e ela aqui tem uma matéria que creio que faz toda falta no Brasil. É uma matéria onde eles aprendem sobre a própria profissão, mas em termos BEM pés no chão.
Digo, quando tive matéria de administração, era aquela coisa de "o que é liderança", "o que é motivação" e afins, mas no fim, ninguém ali sabia onde você vai para abrir uma empresa, quais documentos precisa, quanto custa, e coisas afins. No caso da minha namorada, que é fisioterapeuta e estuda acupuntura, eles aprendem coisas como as dimensões do consultório, os equipamentos mínimos exigidos, qual o processo burocrático para abrir, o que pode e o que não pode ser anunciado, em quais veículos é permitido fazer propaganda, etc.
Acho que nunca vi no Brasil um curso que tivesse uma disciplina com esse tipo de abordagem 100% concreta sobre coisas da profissão. Taí mais uma coisa que eu acho que seria muito mais vantajosa do que um curso de "como prender a atenção da criançada"...
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brunohardrocker Veterano |
# jun/09
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Bog
Eu faço administração, e apesar de todo o preconceito que esse curso enfrenta por quem faz cursos mais específicos, eu acho que por um lado eles têm razão. As vezes penso que boa parte do curso de administração deveria ser ensinado já no Ensino Medio, mesmo que fosse necessário aumentar o ensino médio em mais um ano. O que se vê no curso de administração, todo profissional deveria saber, seja advogado, engenheiro, médico, etc. Ou seja, o aluno já sairia do ensino médio preparado para o mercado de trabalho, enquanto cursa sua 'faculdade desejada' (redundância?).
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