Christhian Moderador
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# mar/07
Engano: de enganar, do latim ingannare, radicado em gannire, ladrar. Alguns enganos perpetuaram na língua portuguesa. Um exemplo é a palavra índio. Devemos a Cabral e Colombo a confusão, pois eles acharam que tivessem chegado às Índias quando descobriram o Brasil e a América, respectivamente. Assim, nada mais natural do que chamar os locais de índios. No inglês, há um engano em silkworm, minhoca de seda, o nosso bicho-da-seda, na verdade uma larva de mariposa. Também o vaga-lume, eufemismo escolhido para evitar-se o popular caga-lume, nome original do pirilampo, que em inglês é firefly, mosca de fogo. Só que ele não é mosca, é besouro. Se continuasse com o nome popular, certamente não designaria o lanterninha do cinema, como é chamado o funcionário que ajuda as pessoas a encontrar lugar depois que o filme começou. O iguana é outro caso de confusão. Chamado, em inglês, horned toad, sapo com chifre, não é sapo, é lagarto. O porquinho-da-índia, por sua vez, é, na verdade, um roedor da América do Sul. Estrela cadente também não é estrela, é meteoro. O banho turco é romano. O urso panda não é urso, mas um parente do guaxinim. Por fim, a caixa-preta dos aviões não é preta, além de não ser uma só: são duas, de cor alaranjada; uma registra as conversas na cabine, outra os dados técnicos mais recentes do vôo.
Bom dia!
=)
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