Alessandra Veterano |
# ago/06 · Editado por: Alessandra
Otville VIII
- Pajé, sinto que chega a hora de eu partir para a grande viagem. - Disse o índio
- Mas já? Curumin nem fez o ritual de acasalamento com uma cabra ainda... - Respondeu o pajé chapadão de erva
- Pajé, eu já sou homem. E não vou fazer o ritual com as ovelhas...
- Cabras.
- Cabras, que seja.
Dentro da oca, o índio, de tanguinha de penas de arara, corpo bronzeado e torneado pela vida na mata, pedia permissão para o sábio da tribo para ir em busca do seu destino.
Lá fora, as índias de peitos de bicões pretos e murchos batendo no umbigo faziam farinha, e os curumins de piruzinho pelado corriam atrás das galinhas e faisões.
O pajé da tribo, abeçoando o jovem aventureiro, pega um monte de bosta de capivara e esfrega no seu peito.
- IRGH!!!!! Pra que isso Pajé? - Perguntou
- Pra dar boa sorte. - Respondeu
- Sorte?? Isso fede!! Não pode dar sorte... - O índio balançava os ombros
- Se alguma onça quiser te atacar, ela vai ver que você tá com cheiro de cocô, e não vai te comer. - Disse o pajé acendendo um cachimbo da paz
- Pajé, eu cresci na mata, sei me cuidar das onças...
- E dos viados, sabe?
-Não, desses não... - O índio abaixou a cabeça e aceitou a sabedoria do velho doidão.
Ele saiu, tirou a areia da bunda, e melecado de cocô de capivara, foi se despedir do cacique.
- Pra onde pretende ir, Dimai-Terá? - Perguntou o cacique.
- Pra onde o céu está roxo cacique. Lá está meu destino. - Disse o índio.
- Entendo... Mas ainda nem fez o ritual de acasalamento com as cabras...
Entediado, o índio fingia ouvir a ladainha do cacique, enquanto via passar a bela índia Tiriçiá, a única da tribo cujos peitos ainda permaneciam de pé.
Ela passou por ele e apertou o mamilo direito, o que significava que ela estava disposta a... er... bem...
O cacique continuava a falar, e o índio agradeceu os conselhos, e disse que estava de partida. Pegou sua lança, sua trouxa de couro de anta, e saiu rumo ao riacho, onde Tiriçiá estava nua, tomando banho.
Ele tirou a tanguinha, entrou na água, e se livrou daquele monte de bosta de capivara, e nadou cachorrinho até onde estava a índia. Atrás da cachoeira, onde havia a gruta, os dois treparam feito coelhinhos.
- Eu vou te trazer um pedaço do meu destino - Disse o índio.
- Vou esperar. - Disse a índia de cabelos negros deitada na terra.
E o Índio Dimai-Terá saiu rumo ao céu roxo.
****
No QG de Jediknight
*Uóóóóó Uóóóóó Uóóóóó Uóóóóó Uóóóóó*
Soava alto o alarme.
- Ai meu deus, ai meu deus!!! - Exclamava Jediknight saracoteando em círculos na sala.
Os reatores de energia da estação central haviam rompido, tudo tremia, com fumaça, pouco se via, além da orda de anões que se acotovelavam tentando fazer alguma coisa.
Urubu, tocando Malmsteen e de fones, nem se deu conta do pandemônio nas suas costas.
- Vamos morrer! vamos morrer! - gritavam os anões
Maggie, que estava no chão, tirou os sapatos e se livrou das cordas dos pés, e se aproveitando do faniquito de Jediknight, sai correndo rumo à porta.
No corredor principal, haviam diversas portas, ela chutava uma a uma, mas estavam todas trancadas.
- Mhhhffhddrrrrff!!!! *tradução: mas que caralho!!!*
Jediknight, apavorado, gruda nas costas de Urubu pedindo socorro
- AHH que que a gente faz? Que que a gente faz???
Urubu, dando um murro no chefe histérico, pra ele desmaiar, pára um dos anões e pergunta delicadamente o que havia acontecido
- Ô seu Liliputiano filho da mãe, que cagada que vocês aprontaram aqui???
- O reator principal, explodiu! Salvem-se quem puder!!! <o>
Urubu, sem perder a calma, percebeu que maggie havia fugido, suspirou e foi caminhando até uma torre onde havia um display com números, digitou uma sequência e olhou para os monitores de tv.
Jediknight, desmaiado no chão, de bunda pra cima, bob's na cabeça, tinha movimentos espasmódicos das mãos.
Maggie estava chutando as portas principais, até que uma delas abriu.
- Mrffftttthhh!!! *tradução: Aleluia!!!*
Ela corre pela sala branca, sem janelas, onde ao fundo havia uma porta.
Urubu aperta um botão no painel, e uma enorme jaula monitorada por aparelhos médicos surge. Dentro havia um ser em hibernação.
- É... - Disse pra si mesmo Urubu, enquanto os anões fugiam, as paredes tremiam e as vibrações nucleares eram catastróficas.
Um segundo botão foi apertado, e o ser da jaula é desperto, mas continua preso.
Era um grande animal.
- Caralho, como é o nome desse bicho...? - Se perguntava Urubu
Ele corre para Jediknight e o sacode:
- Chefe, como é o nome do monstro?
Jedi babava
- CHEFE, QUAL O NOME DO MONSTRO, PORRA??
- É... *gasp* É... - balbuciava Jedi
- É....???
- Cão
- Cão???
- Cão........ ffff... *gasp* - tentava falar Jediknight
- Fala logo, desgraça...
- Cão.... fofo.
Urubu fica gelado.
- Cão fofo?? Que espécie de idiota nascido de um ovo põe um nome desses em um rotweiller assassino geneticamente modificado ???
E sai corredo pro painel de controle.
Maggie sai da sala, e encontra uma cerca, que começa a esfregar de costas as mãos para tirar as cordas.
- Mffffsgrrrr *tradução: rasga carai, rasga!!!*
Até que conseguiu.
Ela tirou a mordaça de boca e olhou com mais atenção em volta.
- Ohhhh... - Ela exclama.
Maggie estava no meio de um campo minado.
Mas voltemos à Urubu...
- Cão fofo, ativar. Fugitiva no setor CM, missão: captura da fugitiva.
A porta da jaula comprimida se abriu, e um grande cachorrão preto e de olhos vermelhos sai correndo em direção à maggie.
Urubu põe as mãos nas paredes e percebe que as ondas nucleares que estavam sendo emitidas poderiam ser impedidas, se uma onda maior ainda as atingisse, evitando o fim do mundo.
- Mãe, me dá suco... - gemia desacordado Jediknight
Urubu traz para a sala de controle o seu amp com 16 válvulas e a sua guitarra. Fuma metade de um marlboro cream de uma tragada só, liga o amp, e faz um gesto de arminha com os dedos para as paredes, que protegiam o reator.
- Vou te pegar!
E começa a tocar Cavallino Rampante, e depois emenda Voodoo, a uma velocidade alucinante de notas por segundo, as vibrações dos amps vão sobrepondo as vibrações dos reatores, e quando ele começa a tocar Icarus Dream Fanfare, as paredes parecem que vão ecsssplóóódir, mas no final da música, tudo estava calmo.
Silêncio.
Tudo estava sob controle novamente, as ondas dos reatores foram impedidas, e extintas.
Bem, quase tudo sob controle.
No campo minado, Cão fofo encontra maggie, que fugia a passos curtos e ligeiros....
Pelo monitor da TV do centro de comando, Jediknight, que se recompunha, assistia ao duelo enter o totó e a loira.
******
Na hospedaria barah's...
Incubus e NillaKetty desceram do quarto, agindo como se nada tivesse acontecido.
- Ae hën? Comeu, né? - Cumprimentou Gsprs
- Molhou o bacalhau da empregada, cara! - Disse Cabeça de balde
- Gosöu Lictrös de PraZZÇËRSÊzz - Phillipius exclamou.
- Nao sei do que vocês estão falando... - Disse Incubus
- Então essa borrachinha de aparelho ortodôntico aqui no teu cabelo, não quer dizer nada... - Falou Bramires
Reptile aparece na sala, olha para Incubus e faz com a garra dianteira um sinal de legal.
Nillaketty também agindo como se nada tivesse acontecido, porém o gingado de suas pernas meio abertas não escondia o estrago feito pelo Colossus de Incubus.
- E então? E então? E Então? - Perguntavam de uma vez Snowwhite e Carla Andrea.
- Então o que gente? - Desconversou Nilla
- Ah, que fazida, conta pra gente, como foi? - Perguntou Carla Andrea.
- Ah....... - Encabulada, Nilla ia começar a falar, quando o portão da frente é aberto, e dentro do Hall da hospedaria, entra como um foguete maltrapilho, Super V.
Os homens - Exceto Alê, que continuava sentado no sofá com colar ortopédico - se levantaram assustados.
- Eu... cheguei. - Super V falou solene, põe as mãos na cintura e em seguida, caiu duro no chão, com a cara nas tábuas.
- ED!!!!! - Brama e Gsprs correram para levantar o companheiro
- Cara, cê voltou!!
- Mano, onde tu tava? O que andou fazendo? - Perguntavam.
- Mans, antes de tudo... tem bóia?
Depois de comer 3 pratos de arroz, feijão, bucho, macarronada, maionese, bacon, polenta e franguinho frito, tomando coca-cola, e de sobremesa 2 pacotes de trakinas, Ed_Vedder, o Super V, relaxa.
- Ah.... - Dizia ele, recostado na espreguiçadeira, com a camisa erguida, dava tapinhas na pança em sinal de orgulho.
- A gente precisa fazer alguma coisa, a maggie está em perigo. Grande perigo. - Começou Ed
- Ela me ligou, falou 5 palavras e desligou... - Disse Bramires.
- A gente vai precisar de todo mundo pra tirar ela de lá...
Eles discutiam o paradeiro de maggie, e como a fortaleza de Jediknight estava bem guardada, até que Incubus, já se sentindo parte daquela grande e peidorreira família, interrompe a conversa:
- Eu sei quem pode nos ajudar....
***
Tcham.
Não, esse não é pra rir, é ação hoje, gentë.
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