Alessandra Veterano |
# jul/06 · Editado por: Alessandra
Otville IV
OTville é como um grande mundo de Rpg.
O Prefeito, Samuel, procura manter a ordem e a boa convivência entre seus ignóbeis moradores através da polícia montada. A delegacia, um recanto de amor e paz, era comandada pelo Delegado Marco A. Rotta, que usava um trevo de quatro folhas no peito, no lugar da estrela.
-Qustões de bom senso político - Afirmava. Del. A.Rotta.
Era um bom homem, que distribuia torturas gregas, mas como ser de bom coração, dava abraços depois.
O fiel escudeiro, e patrulheiro Leandro Panucci, tinha apenas 11 anos, mas já era de confiança do prefeito e do delegado há mais de 20.
Ultimamente, como o movimento da cidade andava aumentando, as patrulhas voltaram a ativa.
- Eu prefiro se-er... essa metamórrrfose ambulante... - cantarolava Leandro Panucci, rodando o cassetete Signature na mão, pelas ruas calmas de Otville.
De repente...
- ELES ESTÃO VINDO, ESTÃO VINDO, ESTÃO VINDO!!!! - Um homem pelado, com um boné Schell passa correndo com as mãos na cabeça.
- PÓ PARÁ RAPÁ, pára ae ô! - Correndo, pulando hidrantes, com seu físico de canário belga, ele passava entre as grades, atirando balas de goma nas costas do rapaz que corria.
- Protejam-se, a REVOLUÇÃO COMEÇOU!!! <o> - Corria o rapaz nu, balançando o periquito e assustando velhinhas.
- Moooooço, pára! Teje preso! - Corria ao encalço Leandro Panucci.
O homem que corria e berrava feito uma gazela no cio de repente parou e colocou a mão do lado do pescoço.
- Zentë, que qüer isso aqui e Ahn..... - ele virou os olhos, e desmaiou, com a bunda pra cima. Um cachorro foi cheirar e saiu ganindo.
O agente secreto da organização de Otville, o galã comedor, GuitarHouse, estava de tocaia e com sua zarabatana florida made in Usa, derrubou o pervö pelado.
Leandro panucci e Guitar House fazem a dancinha da fusão do Dragon Ball, em sinal de respeito mútuo.
- Pra onde levamos esse aqui? - Pergunta Guitar House
- Para o quarto... - Disse Leando Panucci
- Ow, ce sabe que eu parei co esses treim de aliciar os priosonêro. Favor espeito co minerim aqui. - Cortou GH
- O quarto de interrogatório..... - Disse então Leandro Panucci.
- Ahhhh....
Eles então arrastaram o rapaz até a sala da delegacia.
- Céus, o que esse rapaz está fazendo aqui, nu, careca, de boné, e dopado? - Pergunta o Delegado A.Rotta.
- Ele tava correndo na rua gritando, quando o pegamos - Disse Leandro Panucci.
- Ele não é petista, é? - Perguntou seriamente preocupado o Delegado A.Rotta.
- Não senhor. Aparentemente, é caminhoneiro... - Disse GuitarHouse.
Sentado na cadeira da sala de investigação, o rapaz voltava à consciência lentamente...
- Ai Jurema, pára.... hihihih pááára Jurema... - balbuciava o rapaz
- ô, quanto tempo demora pra essa tua macumba passar o efeito...?- Perguntou Panucci
- Mais um cadim só... - Respondeu GuitarHouse, pegando uma bandeija de pão de queijo
O prisioneiro continuava naquele estado de semi-consciência:
- Ai Jurema, que bumbum gostooooooso... Hmmm
- Eu vou é tacar água nesse cara... - E Panucci atirou um copo de água gelada na cara do rapaz.
- Hã? öi? Q? Onde eu tô? - perguntava assustado.
- Cara...eu tenho um monte de pergunta, mas antes me diz: Quem é Jurema? - Perguntou intrigado Panucci
- Jurema...? É a poodle da mamãe...
****UIAHuihaHAOiuhaIUHAiuhaUIHAIuhaiuHAIUhaiuHAUhaiuHAIUHiauh ****- Ria o Delegado A. Rotta atrás do vidro espelhado.
Guitar House continuava a comer pão de queijo, e Panucci começou o interrogatório.
- Onde estão as suas roupas, rapaz?
- Eles levaram. - Respondeu o jovem
- Eles quem?
- ELES, cara!!! Foram eles que fizeram isso comigo!!! Eles vieram *gasp* e botaram 'mecanísmicos' em mim *gasp* - O rapaz apontava o dedo indicador para a própria cabeça, igual o Da Lua, só que não falava "Rutiiiiiiiiiiiiinha...".
- Rapaz, acho que a culpa de você ter nascido com essa cara de Jão é dos seus pais... - Dizia Panucci
- Vocês não entendem... Eles estão vindo, cara, vieram do espaço, me levaram pra nave deles, e vão tomar conta de tudo isso aqui, vão colocar microchips no seu pau, no seu cérebro, e sugarão seus pensamentos, e...
- ...me obrigarão a andar pelado na rua, correndo e fugindo feito um louco? - Perguntou Panucci.
- Pq se for assim, minha ex-mulher fazia igualzinho comigo e ela nasceu lá em Barbacena...
- Não, não não... - repetia o jovem
- Que que ce faz da vida? - perguntou Guitar House
- Faço de tudo um pouco, mas antes de me levarem lá pra nave deles, eu tava fazendo bico de caminhoneiro, transportando óleo Schell. - respondeu o rapaz.
O silêncio foi cortado por um peido alto que o prisioneiro largou derepente
- Desculpa, desculpa!!! - O rapaz falava envergonhado
- Meu, enfiaram foi um gambá no seu rabo, não microchip na sua cabeça - todos tossiam e abanavam o ar.
Atrás do vidro espelhado, o Delegado Marco A. Rotta babava de rir, comendo rosquinhas e abanando o ar também, deixando escapar da boca migalhas e saliva.
- Moço, você vai pra casa, dorme bem essa noite, e amanhã vai na farmácia do Coldplay e pede uma aspirina, e tenta relaxar... - Dizia GuitarHouse
- É, vai pro puteiro, algo assim... - Dizia Panucci, prendendo as madeixas
- Vou tentar... - O rapaz pensava se tudo não havia sido um sonho mesmo, e a cicatriz triangular na careca recém raspada fosse apenas um resquício da molecagem, quando brincava de esconder varinha com os amiguinhos da vila.
Panucci e GuitarHouse liberaram o rapaz, e fizeram o toque de 'Super gêmeos - ativar", dando uma voltinha no ar e fazendo o V de vitória.
- Mais um caso brilhantemente solucionado, hein? - Disse Panucci, ficando em posição degafanhoto, numa almofada no canto da sala.
- Bão dimais. - Respondeu GuitarHouse.
- Já mandaram o rapaz embora? - Perguntou o Delegado A. Rotta.
- Já, patrão - Disse GuitarHouse
- Puxa, eu nem abraçei ele... - Disse O Delegado
E o Irmão Caminhoneiro Schell, foi caminhando pra casa enrolado numa toalha de mesa, pensando em ir visitar a casa noturna Boate Pink, onde o proprietário Rato, famoso por suas manhas com as mulheres, mantinha um harém de belas hoyas, entre elas Jenny, a dançarina de can-can com a bunda mais durinha de OTville...
**
Enquanto isso, em algum lugar longe de Otville...
- Me tira daqui, cagalhão!
- Cala a boca, mulher!
- Me deixa ir embora, eu tô avisando, vou armar um escândalo!
- Cala a boca, diabo. Estou aqui a degustar finíssimos vinhos e queijos de primeira qualidade...
- Me dá queijo!!! Me dá vinho!!!
- Por favor... o quê?
- Por favor... me dá queijo... Não aguento mais comer só salsichas... - choramingava a mulher atrás das grades.
- Com licença, uma ***** de belíssimo rabo clama por minha presença, de pernas abertas e salmãozinho rosado.
- Não, desgraçado viado filho da puta... - A mulher começou a chorar desesperadamente.
Estava há mais de 6 meses presa naquele quarto, comendo apenas salsichas, e não via nenhuma solução para seus problemas. Já havia tido incursões pseudo-sexuais com quase tudo dentro dos 3 cômodos que lhe serviam de alcova, dentre eles os vidros de shampoo, o chuveirinho, e até o pufe colorido. Estava a beira de um ataque, quando ouviu um 'psit';
- Pssssit
- Hän? - Com a cara cheia de remela, catarro e ranho, nariz inchado de tanto chorar, ela procura de onde veio o ruído.
Ela olha pra porta e sorri
- Ai meu Deus, é tu mesmo... - Saiu correndo em direção ao homem parado e encolhido perto da porta. Ele usava uma camisa de flanela e botas de motoqueiro.
- Shhhh, logo logo a kanda que eu paguei pra enrolar o Jediknight fica sem KY pra usar no vibrador GG dele e ele volta, temos pouco tempo
- Eu esperei tanto... *soluços*
- Me escuta, eu vou voltar com ajuda, use esse celular... - ele tira um motorola tijolão do bolso e tenta passar entre as grades, mas é grande demais..
- Porra, não pássa...
- Não podia ter trazido um modelo Slim não, ô?
- Não reclama, é a tua salvação, caspita.
- Abre ele
E ficaram 10 mintos tentando fazer o tijolão passar pra dentro.
- Então, usa esse telefone, que eu vou voltar com ajuda...
- Me beije, como nunca beijou antes! - Implorou a mulher
Ele olhou fundo nos seus olhos, se agachou e chupou seu joelho com poderosas linguadas.
- Adeus, faça isso que eu mandei... - E saiu correndo pra fora da fortaleza.
Sozinha no quarto, a mulher encarava o celular:
- Será que tem modo vibra-call...?
Lá fora, o homem rouba um triciclo de um garotinho e sai pedalando vorazmente no pequeno veículo, quando pára na frente de uma agência de correios.
- Bom dia, preciso mandar um telegrama.
- Bom dia, para onde? - respondeu a moça
- ... *pausa* Para Otville.
- Aqui está, preencha o endereço, são 7 mirréis.
- Caralho, tudo isso?
- As tarifas aumentaram...
- Que bosta...
- Aceita moedas e um chiclé? - olha desesperado o homem
- Tá... manda logo, mas que seja curto.
- Obregaduu!
Ele escreveu, mandou e saiu voando baixo no triciclo.
No telegrama, havia apenas as palavras:
'CARPANO IS COMING HOME'
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Tá, esse foi comprido.
IAUhiuaHiuaHiuahaiuHa
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