GersonM Membro
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# jun/15 · Editado por: GersonM
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Essa ária cai muito bem em tenores leves, basta ver o Kraus por exemplo. O Florez é um caso à parte. Um tenor ligeiro com fibra e com agudos muito consistentes. Não se esperaria agudos desse tipo num tenor tão leve. Não é à toa que é considerado o melhor da atualidade.
Já quanto ao Kaufmann, está aí um tenor que me desagrada totalmente. Quem ouviu ao vivo reclamou da voz pequena e entubada. A emissão é estranha e cheia de falhas. Talvez uma das vozes mais entubadas que eu já ouvi. É o comum de hoje. Pegam um boa pinta que canta meia boca e colocam como grande estrela da ópera. O mesmo acontece com as sopranos. Netrebko é um dos casos. É uma boa soprano, mas nada além disso. Está a anos-luz de ser a grande diva da ópera como alguns pintam.
Mas hoje existe essa necessidade de fabricar estrelas. Um aluno meu foi fazer uma oficina de canto e conversando sobre tenores com uma mezzo bem jovem, a guria me vem com a perola de que seria bom pra ele ouvir o Villazon. Que o Villazon que é o bom. (o cara se parece muito com um boneco de ventríloquo, eheh).
Se estamos nos baseando em tenores pelo Villazon, o eterno imitador do Placido...estamos mal.
Quanto ao Florez, esse sim, pode ser festejado à vontade, pois faz tempo que já entrou para o rol dos maiores tenores, tido como o melhor Rossiniano de todos os tempos. (ok, que o Blake fez grandes coisas, mas como canta aberto demais, o Florez ganha).
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