Cantores que não entrariam no The Voice.

    Autor Mensagem
    Volare
    Veterano
    # abr/15


    Olá.
    Você acha seu timbre feio?
    Acha que tem que ser aquelas coisas iguaizinhas nos The Voice na vida?

    Ta aí, a minha listinha de "cantores estranhos" que não teriam lugar na música popular, teoricamente, se o filtro fosse esses programas de calouros. Minha opinião, claro.

















    E aí vai um vídeo de uma banda resultante desses programas:


    E aí?

    RafaelBernatto
    Veterano
    # abr/15
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    Volare

    Porra, legal.. uasuhauhuaeuahe

    Me sinto motivado agora hahaha

    Mas sabe o que eu acho pior? Quando o cara esquece de desenvolver o próprio som e passa a imitar esse tipo de "cantor" (os "do the voice")...

    Pô até acho interessante a voz do Jake Bugg (às vezes) mas não desse jeito aí... Com dobras e principalmente "auto-tune"..

    Agora, achei o cara do Vanguart "normal"... Não tão estranho ou feio rsrs

    nichendrix
    Veterano
    # abr/15
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    Um que nunca entraria no The Voice:



    E olha que é provavelmente a banda de rock alternativo mais influente dos EUA nos anos 90... kkkkkk

    Christhian
    Moderador
    Prêmio FCC 2007
    # abr/15 · Editado por: Christhian
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    Excelente ponto de vista. E isso se aplica a todos esses supostos 'reality shows' ligados à arte, que estão muito longe da realidade.

    GersonM
    Membro
    # abr/15
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    Eheh, acabei de fazer um vídeo sobre isso, de gente que fica preocupada se o timbre é feio ou não, se a voz é bonita ou não, isso ou aquilo.
    Pode ser feio até mas não é um fator decisivo e nem impeditivo.

    fernando tecladista
    Veterano
    # abr/15
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    MMI
    Veterano
    # abr/15
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    Para o sujeito explodir e dar certo tem que ser o cara certo, no lugar certo e na hora certa. Pode chamar de "sorte", mas não é bem isso. Tem um monte de exemplos de gente excelente que nunca decolou e uns caras que decolaram que nunca foram excelentes. Tem muitos "ases do estúdio", que fazem álbuns perfeitos mas ao vivo são sofríveis - prefiro nem dar nomes... kkkkkk

    PguitarMaxx
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: PguitarMaxx
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    Não sei, não canto e sou um ignorante no assunto, mas qual o problema dos cantores tipo do The Voice?

    RafaelBernatto
    Veterano
    # abr/15
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    PguitarMaxx

    Olá.
    Você acha seu timbre feio?
    Acha que tem que ser aquelas coisas iguaizinhas nos The Voice na vida?

    Acho que o objetivo do Volare foi debater essa espécie de padrão criado por programas desse tipo que podem "amedrontar" quem não se encaixa.

    Mauricio Luiz Bertola
    Veterano
    # abr/15
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    PguitarMaxx
    Não sei, não canto e sou um ignorante no assunto, mas qual o problema dos cantores tipo do The Voice?
    Hype..., Excesso de ecletismo, não são compositores, etc... Um monte de coisas, sem contar que o programa em sí (e seus semelhantes), é chato, brega e artificial....
    Abç

    RafaelBernatto
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: RafaelBernatto
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    Sem falar que esse tipo de coisa acaba influenciando/mudando os padrões do que se considera "aceitável" "bom"...

    PguitarMaxx
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: PguitarMaxx
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    RafaelBernatto
    Sem falar que esse tipo de coisa acaba influenciando/mudando os padrões do que se considera "aceitável" "bom"...

    Mas isso não seria interessante? Não é perigoso ficarmos apenas em uma zona de conforto?


    Mauricio Luiz Bertola
    Excesso de ecletismo, não são compositores, etc...

    Mas esse é um mal de que a música brasileira sempre sofreu e as pessoas não se importam. A maioria dos grandes idolos do pais se encaixam nisso, não?

    Não quero defender A nem B, mas me disseram uma vez que música é arte e as vezes vejo pessoas com base nesse raciocinio (porém mais radicais) tentando reprimir alguém que canta ou toca com virtuosismo ou de alguma forma não convencional para elas e isso me incomoda um pouco



    Apesar de estar nos playoffs do The Voice, esse moleque foge do padrão "The Voice"


    Abraços!

    RafaelBernatto
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: RafaelBernatto
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    PguitarMaxx

    Mas isso não seria interessante? Não é perigoso ficarmos apenas em uma zona de conforto?

    Justamente! O The Voice, em rede nacional, emcabeçados por "quem entende" diz o que é bom e o que não é... Quando na verdade existe um mundo além daqueles interesses...

    PguitarMaxx
    Veterano
    # abr/15
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    RafaelBernatto
    Entendo e concordo. Mas as vezes eu acho que fazemos o mesmo, só mudamos os alvos

    RafaelBernatto
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: RafaelBernatto
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    PguitarMaxx
    Mesmo que exista um preconceito para com os "escolhidos" por esses programas... Pode não passar de uma resposta a um padrão...
    Afinal qual o percentual de vencedores que consegue "virar alguma coisa"?

    É como achar que quem tira a melhor nota no ENEM é mais inteligente.

    IMO a música e/ou o trabalho de um artista é como a descoberta de como transformar esterco em energia.
    Um programa desses pega os bois e compara qual faz a melhor bosta.

    Faz parte do processo, mas como disseram lá em cima, está longe da realidade.

    Não há problema em cantar como os do The Voice, o problema é achar que música se limita a isso, o objetivo do tópico é esse.

    BruMarcondes
    Veterano
    # abr/15
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    Bom, interessante tópico... Já vou metendo o bedelho e dando a minha opinião. Eu adoro o The Voice (Americano). Mas curto muita coisa que nem passaria por programas assim. A ideia é legal, só vamos ressaltar que tem uma diferença GRITANTE na qualidade dos técnicos do The Voice americano para os do brasileiro, não falo como músicos, mas como técnicos e produtores. Embora ache que a atual formação americana canta bem melhor que a brasileira, indubitavelmente.

    Aqui você já entra no programa tendo de se mutilar (porque não é adaptação, é mutilação mesmo) pra agradar fulano A ou B se ele quiser ficar contigo. Vide Carlinhos Brown que basicamente só dá valor pra quem é negro ou do norte/nordeste ou tá cantando músicas próprias da região ou que tenham a ver com a cultura negra. De longe, o técnico mais parcial. Raro pacas quando ele vira pra alguém que foge dessas características, mais ainda se ele mantém essa pessoa no programa após botá-la com algum artista dentro desse padrão dele.

    Além do que, muita gente que entra no programa canta melhor que eles (jurados), e tem uma evolução baixa se comparada com a dos caras la do the voice gringo. Isso não quer dizer que não sejam bons músicos, o Carlinhos toca uma pancada de instrumentos e tem ótimas composições. O Lulu além da guitarra é um dos grandes letristas do pop e pop rock nacional no século passado. Só que o programa daqui não funciona como o de lá, eles não preparam tão bem os artistas quanto lá, principalmente porque aqui eles dão muito o toque deles em vez de querer explorar o melhor da personalidade daquele artista.

    Mas, uma coisa que a gente pode sacar, por exemplo... Aqui quem canta em português se dá melhor, quase sempre. E nos dois programas as baladas românticas são as que mais conquistam de jurados a público. E, principalmente aqui, os vocais de rock que se inscrevem no programa tem seu espaço meio que tirado, a medida em que o programa vai evoluindo e pedindo maior comercialidade de algum modo. Rasgados não são assim tão tão bem vindos...Já os melismas são quase que uma ejaculação divina, perdoem-me pela forma de me expressar, aliás. Hahaha!

    Sobre o Sawyer, eu gostei dele, mas fico muito irritado com o tanto que ele anasala a voz, eu também faço isso, mas ele é mais exagerado que o Axl.

    Eu acho que no the voice brasil, é capaz de botar um André Matos lá pra cantar, e eles não virarem por causa dos super agudos, achando que é pesado e exagerado demais, e daí, quando virarem e verem que é um músico ainda mais conceituado que todos os 4 (porque abrangeu o mundo todo com seu trabalho), ficarem com cara de tacho. Haha!

    Eu não gostaria de passar pelo The Voice, tenho medo que isso me condene musicalmente falando, de algum modo, a ter meu espaço na música tão somente enquanto estiver no programa e depois disso 'sumir' como tantos outros, em todos esses tipos de programa. A única exceção que me vem assim, é a Kelly Clarkson que ganhou o American Idol.

    E bem, o motivo principal de não explodirem, acho que porque a maioria não tem composição, não cria... Voce ve tipo... 1 ano depois que o cara saiu do programa, procura videos dele na internet e só tem cover, nada dele, nada próprio. É tenso isso.

    Mas como foi dito, tipo... Cantar não se limita a isso tampouco fazer música.

    Pastor of Puppets
    Veterano
    # abr/15
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    Entenda-se uma coisa por programa de TV:

    * Se existe, é para dar dinheiro.


    Essa condição não significa que o programa esta lá só para fazer dinheiro, mas significa que o objetivo número 1 do programa é esse.
    Também não estou dizendo que será uma coisa ruim, só que televisão é coisa séria, são investidos milhões de reais em cada minuto dos canais abertos mainstreams e esses milhões tem que pelo menos se manterem sem perdas (sem gerar prejuízo).

    O que isso acarreta? Como quase tudo na TV aberta, gera uma compressão e uma generalização de ideias.

    Se tratando de um programa de "revelação de talentos", um verdadeiro programa de calouros, se tratando de Brasil, é necessário que o programa mantenha um mínimo de audiência, esse mínimo de audiência deve ser risco zero, ou seja, não dá para arriscar. O que acontece? Coloca-se então músicos de estilos que estão em voga no país, pois ai o mínimo de público vai ser atingido e o programa pelo menos vai se pagar. Até pode ser que entre um e outro tenham músicos que fujam um pouco do convencional adotado pela maioria, porém, a medida que os músicos de estilos mais tradicionais vão sendo mais aclamados que os "exóticos" estes vão sendo naturalmente limados até que sobrem somente os "mais do mesmo".

    Mauricio Luiz Bertola
    Veterano
    # abr/15
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    PguitarMaxx
    Ninguém aqui está "reprimindo" ninguém, mas, cmo bem observou o Pastor of Puppets, Se existe, é para dar dinheiro. e não por valor artístico intrínseco ou por anos de luta no "underground" como a maioria das grandes bandas fizeram. Parece que hoje em dia tudo tem que surgir (e sumir) derrepente, do nada... Isso é o artificialismo e manipulação.
    Esses programas são uma espécie de BBB musical.
    Abç

    Thiago Livgren que toca mais ou menos
    Membro Novato
    # abr/15
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    Peter Gabriel:


    Phil Collins:


    Snakepit
    Veterano
    # abr/15 · Editado por: Snakepit
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    O grande problema desses programas é que eles não consideram a musica como ela realmente é: arte.

    Avaliam de forma fria, tecnica e superficial. Musica não é isso. Musica é arte.

    Muitos dos maiores musicos não entrariam nesse programa. E isso não é veronha pra nenhum deles.

    PguitarMaxx
    Veterano
    # abr/15
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    BruMarcondes
    Concordo completamente com você. Eu nunca assisti o The Voice nacional por ja ter assistido o Idolos e saber mais ou menos como essas pessoas pensam (preconceito). Mas tenho acompanhado o americano, tenho gostado. Tem um pouco de folk, blues, jazz... Enfim, tem cantores bem originais ali, como o proprio Sawyer.

    Mas entendo que esses programas tem a obrigação de gerar audiência, como tudo na TV.

    Abç!

    francisco2004
    Veterano
    # abr/15
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    Não consigo assistir ao The Voice, X-Factor, etc... eu sou um cara de banda, do tipo que gosta de tocar com um grupo de pessoas que possui alguma afinidade artística. Não é simplesmente reunir músicos experientes e achar que o resultado vai ser excelente. Os supostos "defeitos" são fundamentais.

    Como falaram nas postagens anteriores, é muito difícil vermos um cara que cante como John Lennon em Dig a Pony ou Come Together... é sempre algo "over". Ou então é algo que deixa o lead vocal sempre em primeiro plano, algo que muitas vezes não ocorria no The Who ou nos Beatles, por exemplo, em que os backing vocals ficam alinhados com o lead vocal, praticamente no mesmo nível de relevância para o arranjo.

    Enfim, esses The Voice da vida são programas de halterofilismo vocal... é como assistir uns guitar heroes fritando uns solos de guitarra sem sentido em cima de um backing track midi.

    JJJ
    Veterano
    # abr/15
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    Excelente tópico. Nunca vi esse the voice, mas imagino que seja algo parecido com todos os do gênero "descobridor de novos talentos numa competição com jurados" (se não for, desculpem).

    Mas todos os que vi foram sempre baseados num mesmo "modelo", que deve ser seguido à risca ou senão um "jurado" vai falar que você não teve "presença de palco" ou não fez as devidas caras e bocas ou não rebolou o suficiente ou blá blá blá blá...

    Inúmeros cantores fantásticos jamais seriam "aprovados" num troço desses. Concordo plenamente com a ideia do tópico.

    nichendrix
    Veterano
    # abr/15
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    BruMarcondes
    Eu acho que no the voice brasil, é capaz de botar um André Matos lá pra cantar, e eles não virarem por causa dos super agudos, achando que é pesado e exagerado demais, e daí, quando virarem e verem que é um músico ainda mais conceituado que todos os 4 (porque abrangeu o mundo todo com seu trabalho), ficarem com cara de tacho. Haha!

    Na boa, ele levaria bomba em qualquer lugar... kkkkk

    EU só vi 8 shows com ele, 4 no Angra, 2 no Shaman e 2 de Blues com o Vasco Faé, o vocal só era bom quando tava no Angra, pelo que percebi ele só consegue dar o máximo se tiver uma estrutura favorável, qualquer show menor ele sempre deixa muito a desejar até mesmo tecnicamente em alguns casos.

    A ideia é legal, só vamos ressaltar que tem uma diferença GRITANTE na qualidade dos técnicos do The Voice americano para os do brasileiro, não falo como músicos, mas como técnicos e produtores. Embora ache que a atual formação americana canta bem melhor que a brasileira, indubitavelmente.

    Acho que a maior diferença que existe não são os técnicos é o fato de que nos EUA existe formula pra sucesso e aqueles caras sabem como é percurso, um Pharrell Williams daquele tem mais experiência fazendo a fama dos outros do que os 3 do The Voice nacional juntos. Outra coisa é a diferença do que é sucesso de lá pra cá, aqui sucesso é uma coisa realmente muito grande, lá não tanto.

    Aqui o buraco é mais embaixo, não existe uma formula, se eu cantar de tal forma, tal tipo de música, de tal tipo de compositor, eu não vou ter 100 shows por ano, lá as coisas funcionam assim, aqui não, você pode ter um Tiririca fazendo sucesso, um Mr. Catra, um Angra, uma Marisa Monte, uma Legião Urbana e uma Ivete Sangalo e não vai ter muitos denominadores comuns, até regionalmente as coisas são bem diferentes, pegue o numero de bandas de forró ou sertanejo que vendem milhões de cópias em suas respectivas regiões e se você for pro outro lado do Brasil, são virtualmente desconhecidas?

    Sem contar no escopo, aqui no Brasil tudo é muito grande, shows para 4-10mil pessoas são shows "pequenos", aqui não é raro uma Aviões do Forró botar 50-100mil pessoas num show. Não é raro uma Ivete Sangalo fazer 5 shows por semana para mais de 30mil pessoas. Se você for ver lá fora, a média de público dos shows muito grandes é 10mil pessoas, pegue uma bada como os Rolling Stones da vida, e verá que a média de público é 15mil pessoas, no metal o único lugar onde uma banda bota mais de 20mil pessoas por show é aqui. O pessoal do Iron vive dizendo que EUA e Europa é 5-10mil pessoas por show, chega na América Latina e de repente é 50, 100, e já teve até de 500mil pessoas. Porra 50mil pessoas qualquer Anita ou Ivete Sangalo bota pra rebolar a bunda pelo menos 2x por semana.

    francisco2004
    Veterano
    # abr/15
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    nichendrix
    Sem contar no escopo, aqui no Brasil tudo é muito grande, shows para 4-10mil pessoas são shows "pequenos", aqui não é raro uma Aviões do Forró botar 50-100mil pessoas num show. Não é raro uma Ivete Sangalo fazer 5 shows por semana para mais de 30mil pessoas. Se você for ver lá fora, a média de público dos shows muito grandes é 10mil pessoas, pegue uma bada como os Rolling Stones da vida, e verá que a média de público é 15mil pessoas, no metal o único lugar onde uma banda bota mais de 20mil pessoas por show é aqui. O pessoal do Iron vive dizendo que EUA e Europa é 5-10mil pessoas por show, chega na América Latina e de repente é 50, 100, e já teve até de 500mil pessoas. Porra 50mil pessoas qualquer Anita ou Ivete Sangalo bota pra rebolar a bunda pelo menos 2x por semana.

    Aqui no Brasil, cultura custa muito caro, a começar pelo equipo. Depois tem os teatros e locais apropriados para se conseguir uma boa sonoridade. Depois, tem a falta de formação musical do brasileiro. Nos EUA as escolas oferecem oportunidades dos alunos terem contato com a música. Aqui no Brasil, o cara vira músico aprendendo aqui e ali com os amigos ou na igreja. Tudo isso gera um ambiente propício para que a música seja massificada e não existe mercado para atrações de nicho, tipo um teatro ou um bar para 300 pessoas lotado para assistir a uma atração local.

    O Ed Motta falou algo que no fundo é verdade, mas não deveria ser dito em público. Não estou elitizando a música, acho que os estilos mais populares e massificados como samba, hip hop, funk, sertanejo, gauchesca tem gente competente e talentosa, eu gostando ou não. O problema é que o pessoal bom (que é músico mesmo e domina a arte dentro do seu nicho) fica meio escondido, quando muito tem uma composição tocada por outro grupo/intérprete.

    Não há uma cultura de apreciação do diferente. Se você for num bar, vai ver banda cover que não faz o menor esforço para arranjar a música do seu jeito... e provavelmente faz isso porque o público quer ouvir o arranjo mais fiel possível ao consagrado. Talvez no Rio e em São Paulo seja diferente, mas aqui em Porto Alegre, não vejo uma efervescência de bandas e cantores locais fazendo sucesso local. O artista não precisa ganhar o Brasil para ser bem-sucedido, mas para que isso seja viável, precisamos remar contra a indústria fonográfica e as rádios-jabá.

    nichendrix
    Veterano
    # abr/15
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    francisco2004
    Aqui no Brasil, cultura custa muito caro

    Custa caro mesmo, mas o motivo é simples, tem gente besta pra pagar. A verdade é essa, outro dia vi um show do Ney Matogrosso por 900 reais o ingresso e esgotado, porra eu vi todas as grandes bandas internacionais e nunca paguei isso pra ver elas, vou pagar pra ver o Ney Matogrosso só porque ele acha que faz parte da história da música popular brasileira?

    epois, tem a falta de formação musical do brasileiro. Nos EUA as escolas oferecem oportunidades dos alunos terem contato com a música.

    Conversa pra boi dormir cara, algumas escolas lá tem uma banda que só quem vem são os nerds que todo mundo odeia. Americano ouve mesmo é Rap, Hip Hop, Pop e Country. Na boa 90% do que americano ouve é Britney Spears, Kate Perry, Beyonce, Pharell Williams, Garth Brooks, Eminen e por aí vai. Não tem essa de que lá é um povo iluminado que ouve jazz, blues, rock and roll e o escambau. Na boa se tu pegar um único disco da Kate Perry vende mais que todos os discos do Miles Davis em toda a carreira dele e ele é o cara que mais vendeu discos de jazz em todos os tempos. Esses caras de jazz e blues especialmente estão acostumados a fazer show é pra lugares de 300-1000 pessoas, é muito raro pra eles tocar pra mais que isso, turnê deles não é em estádio ou em grandes teatros é em barzinhos um pouco melhorados como o Bourbon Street em São Paulo.

    Aqui no Brasil, o cara vira músico aprendendo aqui e ali com os amigos ou na igreja.

    Lá por tudo que conheço é do mesmo jeito, a maioria mal sabe ler uma tablatura, só quem envereda mesmo pro lado da formação profissional que vai aprender música de verdade.

    Tudo isso gera um ambiente propício para que a música seja massificada e não existe mercado para atrações de nicho, tipo um teatro ou um bar para 300 pessoas lotado para assistir a uma atração local.

    Cara, isso existe ó, o que não existe é visão dos donos dos bares pra fazer isso acontecer, quando eu morava em Teresina eu e alguns amigos organizávamos com frequência shows de tudo que é estilo não massificado e nunca tivemos dificuldade de botar 300 pessoas pra ouvir blues, jazz ou qualquer vertente do metal que você imaginar. Agora o mais difícil era convencer os donos dos bares a liberarem o local pra esse tipo de evento.

    O Ed Motta falou algo que no fundo é verdade, mas não deveria ser dito em público. Não estou elitizando a música, acho que os estilos mais populares e massificados como samba, hip hop, funk, sertanejo, gauchesca tem gente competente e talentosa, eu gostando ou não. O problema é que o pessoal bom (que é músico mesmo e domina a arte dentro do seu nicho) fica meio escondido, quando muito tem uma composição tocada por outro grupo/intérprete.

    Isso é idiotice cara, ele lá na Europa toca pra 500-1000 pessoas, é o mesmo tanto daqui esse é o tamanho máximo do público dele, se pegar qualquer músico de jazz, blues e afins, os muito conhecidos vão tocar pra 5mil pessoas, mas a maioria fica na casa dos 1000. Não existe esse grande mercado lá fora não.

    O que existe é poder aquisitivo. O cara toca pra 500 pessoas e tira fácil seus 10mil dólares de cachê, o dono do bar tem seu lucro e aí vale a pena tocar, o cara faz 100 barzinhos num ano e tem o faturamento bruto de 1milhão de dólares, tirando os custos deve sobrar uns 150-200mil de lucro pro cara que é a renda anual dele.

    É assim que vivem os músicos de jazz, blues, de rock, de metal, do que você imaginar lá fora. Fazer shows enormes como os daqui é coisa pra Madonna não pro Diana Krall.

    erico.ascencao
    Veterano
    # abr/15
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    Sobre o Herbert Vianna, eu acho que ele canta mal. Principalmente depois do acidente, tenho a impressão que ele desafina muito. Mas gosto da voz dele do começo da carreira e concordo que não é daquele padrãozão do The Voice.

    Ramsay
    Veterano
    # abr/15
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    O Sawyer deve ganhar o the voice USA 2015, pq é o único talento natural que tem lá.
    Além dele tem a India Carnes que canta muito, mas, devido a muito estudo vocal.
    Na temporada passada, o tal do Craig Wayne Boyd só ganhou devido aos votos do público, pq tinha gente lá que cantava muito melhor que ele.

    O fato curioso é que, após o término do programa, nenhum ganhador do The Voice conseguiu emplacar algum hit que tenha chegado ao topo da parada do Billboard.

    Por outro lado, vários ganhadores do American Idol USA já galgaram o topo da parada do Billboard.

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