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Mensagem |
Leopold
Veterano |
# mar/12
Observando uma postagem recente aqui e não só essa, fiquei pensando a respeito.
Não é de hoje que vejo um pessoal cair na armadilha da imitação. Quem se propõe a fazer "cover" supõe-se que vá tentar fazer o mais fiel possível ao original. Essa é uma questão, mas salvo a pessoa queira SOMENTE fazer cover para o resto da vida, quando pega uma música diferente deveria assumir a sua própria voz.
No popular temos inúmeros "artistas?" que montam a sua carreira imitando alguém e não sei porque razão continuam com isso depois. Vide Claudia Leite e Jorge Vercilo.
Onde eu quero chegar é que se o objetivo não ser um cover fiel, não se pode dar a desculpa do "eu canto igual ao cara naturalmente". Isso não existe.
A coisa mais importante num cantor é a sua identidade vocal. No início pode se basear em alguém, mas depois tem que pegar o seu próprio caminho.
Um grande artista é o que cria. Viver à sombra da voz e de trejeitos de outro é demonstrar falta de capacidade e criatividade zero.
Faça a sua versão das coisas. Cante do seu jeito, que é diferente do jeito de qualquer outro, ou pelo menos deveria ser.
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Raphael F. Silva
Veterano |
# mar/12 · Editado por: Raphael F. Silva
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Leopold
E aí brother, acredito que um dos covers que o fizeram refletir tenha sido um dos meus, estou certo?
E sim, você está realmente correto em seu ponto de vista! EXTREMAMENTE mesmo!
Tomando como parâmetro o meu caso, seria falta de vergonha na minha cara dizer que aquela é minha forma de cantar! Afinal de contas, sim, quando faço covers do Iron quiz imitar o Dickinson, e quando fiz o cover do Mettalica, quiz também fazer algo como se fosse o Dickinson cantando, axei que a galera levaria por um outro lado. Não pretendo firmar uma carreira em cima do sucesso do mestre Bruce, mas , em paralelo ao meu projeto, que o convido á ouvir: http://forum.cifraclub.com.br/forum/1/282903/ , vou continuar fazendo covers do Iron e Bruce Dickinson, e tentando soar o mais fiel possível, sou um grande fã do trabalho do cara, mas tenho minha personalidade, que é a do som que postei acima.
Um abraço!
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Guilherme Nau
Veterano |
# mar/12
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Leopold
Concordo. Mas existem pessoas que fogem tanto da voz do artista durante o cover que se torna até exagerado/forçado...
Eu faço covers a uns 2 ou 3 anos. De qualquer gênero, não falo de vocal, e sim do instrumental, no qual eu adapto tudo pra ficar acústico, que na minha opinião, é muito mais gostoso de se ouvir.
Faz pouco mais de um ano que comecei a compor, pegando características de diversas bandas e compositores de Hard Rock e Folk. O resultado foi uma música que postei a um tempo atrás no fórum, que a galera gostou muito, apesar de eu cantar se saber o que canto rs.
Mas acho que o artista que não cria, não é um artista, e sim um bom copiador.
Abraço
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Leopold
Veterano |
# mar/12 · Editado por: Leopold
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Raphael F. Silva
Sim, o seu foi um deles, mas de maneira geral o que vejo é que as coisas acabam mesclando, porque na concentração de fazer um cover perfeito, é quase impossível não "adquirir" determinada maneira de cantar que sempre lembre o artista original.
Não tenho nada contra cover, mas acho perigoso também, se a intenção é se firmar como cantor, tem que se criar um estilo próprio. Tudo o que se pode absorver de bons cantores acho válido - exemplo: se observar o Pavarotti e o modo como ele abre os A's, diferentemente de outros, pode-se usar o mesmo recurso porém sem buscar a mesma sonoridade, assim como o Kraus com seus I's e E's totalmente encaixados.
Acho que esse pessoal está aí pra isso, dar um norte do que funciona bem.
O único senão é o fato de que as vezes a pessoa não consegue se livrar da referência, aí e uma coisa ruim.
Guilherme Nau
Acho que depende mesmo do objetivo, como eu disse, tem pessoas que querem fazer cover mesmo e a intenção é ser totalmente fiel. Se você adapta já está fazendo diferente do original o que se torna uma marca sua, mesmo sendo música de outro.
Eu já ouvi aqui gente fazendo melhor, dando a sua cara, o seu modo de cantar, e acabou superando o original.
Penso eu que esse deveria ser o objetivo maior. Fazer melhor ainda e diferente.
(uma vez tive uma aluna com uma voz inacreditável, e quando eu disse que ela iria em pouco tempo cantar muito que aquelas divas que ela tanto gostava, ela simplesmente desistiu, achando que nunca - e disse isso literalmente - iria chegar perto daquelas cantoras. Então, não acreditar no próprio potencial também é um fator a ser levado em conta. Endeusar demais o original é ruim de qualquer maneira. )
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Rabbit
Veterano
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# mar/12
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Leopold
Acho que esse é um problema tanto do artista quanto dos ouvintes. Se forma um ciclo vicioso. Existe um entendimento macabro em que as pessoas acham que o quanto mais fiel o cover melhor a performance. Como todo mundo ouve música todo mundo acha que entende de música. Isso se aplica em todos os instrumentos não só em voz, se você fizer uma busca rápida pelo fórum de guitarra verá que tem gente que reclama de um cover porque o vibrato não está no mesmo tempo da original.
Acho que nisso muita gente se deixa levar e perde a originalidade.
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gravity
Veterano |
# mar/12
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Originalidade definitivamente é algo muito mais difícil que parece. Se desapegar das influências ao mesmo tempo que constrói um estilo próprio
é um processo complexo. E muitas vezes é atingido de forma medíocre e indesejada.
No caso da originalidade vocal, muitas vezes o timbre é parecido, como existem pessoas com rostos parecidos. Essa característica provoca comparações e isso não tem como burlar. A diferença tem que ser notada no conjunto da obra. Afinal, imitar é uma arte. Não imitar, é um Dom.
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Guilherme Nau
Veterano |
# mar/12
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Leopold
Cara eu também acho isso.
Mas acho que ela desistir por isso foi estranho haha. Eu me sentiria mais instigado pra continuar.
Mas a frase A diferença tem que ser notada no conjunto da obra. Afinal, imitar é uma arte. Não imitar, é um Dom.
Então, não acreditar no próprio potencial também é um fator a ser levado em conta. Endeusar demais o original é ruim de qualquer maneira. )
Me fez pensar bem sobre algo que estou em dúvida no momento.
Pena que um assunto tão importante rendeu tão pouco.
Abraço
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leviribeiro
Veterano |
# mar/12
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Rabbit
Se forma um ciclo vicioso. Existe um entendimento macabro em que as pessoas acham que o quanto mais fiel o cover melhor a performance.
Depende do caso né, ttem covers onde a proposta é exatamente essa, fazer igualzinho, o mais parecido possível, seriam aquelas bandas que usam o nome da original seguido de cover, tipo "metallica cover", "roberto carlos cover"....
Agora quando vc tem uma banda com um determinado estilo, acho bem melhor botar sua cara na musica, tenho uma banda de metalcore e tocamos heaven and hell, mas ela ficou bem mudada hehehe
Raphael F. Silva
Sobre a tua voz aí cara, relaxa, é assim, qqr coisa q tu faça bem, vai aparecer gente caindo de pau em cima, muitas vezes porque isso mexe com aquele sonho de adolescente de cantar como o bruce de pessoas que dedicaram anos estudando canto, e no final descobriram sua propria voz, mas nunca conseguiram imitar o bruce.
Quem aqui nunca quis uma vez na vida cantar igual determinado cantor que atire a primeira pedra.
Isso de "imitar" um cantor ou outro é muito legal, pq vc vai aprendendo detalhes de cada um, e com o tempo vc vai criando sua própria identidade vocal.
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Raphael F. Silva
Veterano |
# mar/12
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leviribeiro
Poxa cara! Obrigado pela sua opinião! Desculpe a demora da resposta ( 10 dias ), mas tive uns probleminhas e fiquei um tempo afastado do fórum! Mas muito obrigado mesmo pela opinião! Depois de tanto que deu o que falar, vou ficar um tempo sem cantar Iron Maiden, porque querendo ou não, quanto mais Iron eu canto, mais imito o Bruce Dickinson! Tô me dedicando 100% ao meu som agora, e vamos ver o que vai rolar! :D
Um abraço!
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